Garantia da Ranger passa de 3 para 5 anos

Garantia da Ranger passa de 3 para 5 anos

Linha 2017 da picape Ford será a primeira do gênero com o benefício

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23730/garantia-da-ranger-passa-de-3-para-5-anos

REDAÇÃO AB

A Ford passou de três para cinco anos a garantia da Ranger na linha 2017, que será apresentada entre os dias 7 e 9 deste mês. Essa é a primeira picape a ter cinco anos de garantia no Brasil. Além do benefício extra, a caminhonete traz um novo plano de revisões com preço fixo. Como há apenas uma revisão a cada 12 meses ou 10 mil quilômetros durante os três primeiros anos, isso resulta em economia na comparação com o modelo anterior.

Segundo a Ford, na versão topo de linha 3.2 Diesel Limited a redução de custos de manutenção é de 34%. O plano com três revisões tem um custo total de R$ 2.464, assim dividido: aos 12 meses ou 10 mil km são R$ 648; aos 24 meses ou 20 mil km, R$ 808,00; e aos 36 meses ou 30 mil km, R$ 1.008.

Na opção 2.2 Diesel XLS a redução é ainda maior: 39%. Ainda de acordo com a montadora, a cesta básica de peças da Ranger 2017 chega a ser até 80% mais barata que a da concorrência, de acordo com levantamentos usados como referência no mercado.

Grupo VW investe na autonomia de pesados

Grupo VW investe na autonomia de pesados

MAN e Scania receberão total de € 500 milhões até o fim da década

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23727/grupo-vw-investe-na-autonomia-de-pesados

REDAÇÃO AB

No comboio, 2º e 3º caminhões são semiautônomos e repetem ações do 1º
O Grupo VW vai investir cerca de € 500 milhões até o fim da década em tecnologia autônoma para os veículos pesados das marcas MAN e Scania. O anúncio foi feito na segunda-feira, 4. A MAN está mostrando em Munique, na Alemanha, a viabilidade de um sistema em que um veículo pesado dirigido por uma pessoa é seguido em comboio por outros caminhões semiautônomos.

Os “brutos” se conectam pela transferência digital de dados. Dois ou mais veículos seguem um atrás do outro a uma distância de como dez metros ou o equivalente a meio segundo. O motorista do primeiro veículo define trajeto e velocidade. Os de trás repetem as ações. De acordo com a VW, essa interação permite redução de consumo e emissões em até 10%.

Chamado de “Desafio Europeu do Comboio de Caminhões”, a iniciativa foi proposta pelo governo holandês, que quer favorecer a condução autônoma. A Scania também entrou no programa, inicialmente com três veículos partindo da Suécia no fim de março. Os caminhões seguiram para a Dinamarca, depois Alemanha, Bélgica e Países Baixos.

No dia 4, a MAN iniciou seu comboio partindo de Munique com destino a Rotterdam. Ao lado de veículos de outros fabricantes europeus, eles chegarão em 6 de abril. “O desafio demonstra claramente o quanto o setor de transportes irá mudar. Os caminhões estarão totalmente conectados e isso vai aumentar a segurança e eficiência”, afirma o ministro alemão dos Transportes, Alexander Dobrindt.

No sistema adotado, os veículos do comboio estão conectados por uma “barra de tração eletrônica”. Os comandos de manobra são transmitidos diretamente de um caminhão para o outro. O de trás também pode enviar dados de volta ao da frente. A comunicação entre eles ocorre por uma conexão WLAN com frequência de 5,9 gigahertz.

Peugeot renova 208, mas mantém patamar de preços

Peugeot renova 208, mas mantém patamar de preços

Com motor 1.2, carro parte de R$ 48.190 e recebe título de mais econômico do Brasil

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23736/peugeot-renova-208-mas-mantem-patamar-de-precos

GIOVANNA RIATO, AB | De Fortaleza (CE)

Como parte do esforço para dar a volta por cima no mercado brasileiro, a Peugeot atualiza o 208. Apresentado pela montadora como hot hatch, o carro teve mudanças estéticas, ganhou novos equipamentos, mas a principal novidade é mesmo o motor PureTech 1.2 flex de três cilindros, que equipa algumas versões e leva a sério a tendência de downsizing, que prioriza potência e baixo consumo de combustível. Neste quesito o carro passa com louvor: a configuração garantiu ao modelo o título de automóvel mais econômico do Brasil na etiquetagem veicular do Inmetro (leia aqui).

A atualização foi apenas do veículo. Os preços começam exatamente no mesmo patamar, de R$ 48.190 na versão mais simples, a Active com câmbio manual e o novo motor 1.2 em substituição ao 1.5, que deixa de equipar a família 208 e, até que seja completamente substituído, permanece em outros carros da gama da PSA Peugeot Citroën. Serão oferecidas sete configurações do carro, com preços que chegam a R$ 78.990 na GT com motor 1.6 THP de 173 cv, que promete aceleração de zero a 100 km/h em 7,6 segundos. As versões intermediárias Active Pack, Allure com câmbio manual e Griffe, com transmissão automática, também permanecem com preços inalterados.

Desde a configuração mais simples, o 208 segue a estratégia da empresa de oferecer sempre bom nível de equipamentos. No caso, o modelo já vem de fábrica com itens como ar-condicionado, lanternas de LED, direção elétrica, volante com regulagem de altura e profundidade, além de vidros, travas e retrovisores elétricos. “Temos coerência no nosso posicionamento de marca. Nossos clientes esperam design e conforto”, destaca Ana Theresa Borsari, diretora geral da Peugeot no Brasil.

O visual do modelo está alinhado com o do vendido na Europa, com algumas adaptações para o mercado local. Internamente o carro recebeu o i-Cockpit, que traz o painel de instrumentos em posição elevada para que o condutor não desvie o olhar da pista, além de nova central multimídia. Os materiais de acabamento e tecidos dos bancos também foram renovados.

Segundo a Peugeot, o 208 é a opção mais em conta se for considerado o mesmo nível de equipamentos em concorrentes como o Ford New Fiesta, Hyundai HB20, Fiat Punto e Chevrolet Onix. O motor 1.2 que equipa o carro agora tem 90 cv de potência, três a menos do que o propulsor 1.5 oferecido na geração anterior. “Esta diferença é amplamente compensada pela economia de combustível que o cliente vai ter”, assegura Sergio Davico, gerente de produto da companhia. Nos testes do Inmetro, quando abastecido com gasolina, o modelo fez 15,1 quilômetros por litro em ciclo urbano e 16,9 km/l em estradas.

O motor 1.6 é oferecido a partir da versão Allure com câmbio automático de quatro marchas e preço sugerido de R$ 59.090. A opção mais completa, 208 GT, não existe na Europa e foi desenvolvida para o mercado brasileiro. Além da esportividade do motor, o carro traz itens como rodas de liga leve de 17 polegadas, aerofólio e controle de estabilidade.


Peugeot 208 versões Griffe (branco) e GT (vermelho)

MOTOR É PEÇA-CHAVE PARA O INOVAR-AUTO

Ana Theresa enfatiza que o objetivo da marca é ficar distante da imagem de carro popular. Para ela, o motor com menor cilindrada não afeta este plano. “A Peugeot deixou de oferecer motor 1.0 há mais de 15 anos, mas faz tempo que este tipo de propulsor não é mais sinônimo de carro popular. Conseguimos ótima performance com o propulsor 1.2 no 208”, garante.

O motor é uma aposta alta da empresa. Totalmente importado da França no atual patamar elevado do dólar, o propulsor pode tornar mais difícil para a marca manter a margem das vendas do 208. A decisão de trazer a novidade mesmo assim pode ter foco em melhorar a rentabilidade no futuro, garantindo boa performance de eficiência energética no Inovar-Auto. “O novo motor é peça-chave para que a gente alcance as metas do Inovar-Auto”, diz Carlos Gomes, o presidente do grupo na América Latina. A conferência dos resultados do programa acontece ainda neste ano e importar o propulsor pode ser a oportunidade que a PSA Peugeot Citroën encontrou para garantir performance melhor e, eventualmente, conquistar desconto adicional no IPI.

“Temos a produção local nos planos, mas só se o volume chegar perto de 100 mil unidades por ano e quando tivermos previsibilidade melhor do mercado brasileiro”, aponta Gomes. Ele admite que o propulsor será usado em outros modelos, o principal candidato a receber a motorização é o Citroën C3, mas por enquanto só no Brasil. “Na Argentina não tem Inovar-Auto, então não vamos levar o motor para lá.”


Peugeot 208: novo motor 1.2 flex de 3 cilindros e detalhe dos novos bancos e painel

PRODUTO ADEQUADO E ESTRUTURA PRONTA

Com as novidades, a Peugeot espera significativo aumento das vendas do 208. A previsão é de que o patamar atual de 750 a 800 unidades por mês suba para mil carros/mês. “Já temos bom resultado com o novo 2008, que supera a nossa previsão com nível de mil emplacamentos mensais”, compara Ana Theresa. Do volume esperado, 60% a 65% deve ser das versões equipadas com motor 1.2, 25% da configuração Griffe com motor 1.6 e 20% das outras opções com câmbio automático e da topo de linha GT.

A Peugeot não aposta apenas na oferta do novo produto para concretizar estes resultados. O lançamento do 208 é apoiado em ofensiva no pós-venda. O carro tem garantia de três anos e revisões a preço fixo. A empresa oferece ainda plano de fidelização dos clientes que já estão na marca. Eles terão acesso a condições especiais de financiamento, com juros subsidiados pela empresa, além de um bônus de R$ 3 mil, que pode ser usado como o cliente preferir, em desconto no valor do carro, serviços ou acessórios na concessionária. “Com isso, uma pessoa pode trocar seu 208 e sair de carro novo pagando a mesma parcela que pagava no modelo antigo”, diz Davico.

A reestruturação da rede de concessionárias, que acontece desde 2014, também deve impulsionar os negócios. A Peugeot inaugurou mais de 20 lojas nos últimos quatro meses e encerrou março com 103 revendas no Brasil, número que saltará para 126 casas até o fim do ano. “Não é só crescer em número, mas melhorar a oferta para o cliente, estar em regiões importantes. Começamos a nos readequar antes mesmo da crise e hoje estamos do tamanho exato para o mercado, com um modelo de negócio rentável para o nosso concessionário”, garante Ana Theresa.

Segundo ela, a linha de veículos oferecida pela marca no Brasil nunca foi tão atual quanto agora, o que soma mais um ponto a favor. Nas casas da marca a meta é conquistar o cliente ao volante, oferecendo test-drive para que ele sinta os atributos dos carros. “Aumentamos em quatro vezes a nossa frota para testes na rede”, conta a executiva.

A ofensiva na área comercial compõe o plano Acelera Peugeot, que envolve toda a rede de distribuição para melhorar a performance da marca. O esforço já rende resultados. Ana Theresa destaca que a empresa encerrou 2015 com 1,10% de participação no mercado brasileiro. O porcentual cresce gradativamente e alcançou 1,44% em março, segundo a executiva.

Ao enfatizar esta evolução, a marca deixa para trás o discurso de que estava em busca de lucratividade e não de market share e mostra disposição em recuperar ao menos parte da representatividade perdida no Brasil. Com isso, a nova estratégia da empresa indica que as duas coisas caminham juntas e que a Peugeot não está disposta a abrir mão de nenhuma delas.

Brasil pode voltar ao jogo em quatro anos

Brasil pode voltar ao jogo em quatro anos

Definição política tende a calibrar o mercado e trazer previsibilidade

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23686/brasil-pode-voltar-ao-jogo-em-quatro-anos

ANA PAULA MACHADO, PARA AB

Octávio de Barros, economista-chefe e diretor do departamento de pesquisas e estudos econômicos do Brasdeco (Foto: Ruy Hizatugu)
O economista-chefe do Bradesco, Octávio de Barros, fez previsões bem realistas da economia brasileira durante o VII Fórum da Indústria Automobilística, realizado por Automotive Business no Golden Hall do WTC na segunda-feira, 28. Segundo ele, diante de uma definição política, com a saída ou não da presidente Dilma Housseff, o País poderá apresentar um nível de produtividade equivalente ao de março de 2014 – considerado o pico do mercado dos últimos anos – em até quatro anos.

“Uma eventual mudança política deve calibrar o mercado. A volta da previsibilidade é fundamental para a melhora do cenário econômico”, diz Barros.

Com a volta da previsibilidade, conforme o economista, haverá mais disposição para aprovar as reformas necessárias à retomada do crescimento. Uma delas, a da previdência, poderá aliviar o rombo nas contas do governo nos próximos anos.

“Nunca estivemos tão próximos das reformas como agora. Sem crise não se avança. A população ativa no Brasil cresce 0,5% ao ano e a inativa, mais de 4%. Isso precisa ser revisto”, ressalta.

Com as condições de temperatura e pressão resolvidas para este ano, o economista prevê desaceleração do PIB de 2,5%, com câmbio fechando em R$ 3,65, além da inflação um pouco acima da meta, com 6,5%. A taxa básica de juros (Selic) deverá cair quatro vezes ao longo deste ano e em 2017 terá mais duas quedas, resultando em nível abaixo de 10% ao ano.

“Poderemos entrar num curso de recuperação moderada e normal. Tudo depende da resolução da crise política”, conclui Barros.

Montadoras reduzem volume de compras

Montadoras reduzem volume de compras

Total deve cair 4,4% neste ano; dólar alto deve impulsionar nacionalização

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23685/montadoras-reduzem-volume-de-compras

ALEXANDRE AKASHI, PARA AB

A partir da esq.: Custódio (Roland Berger), Berbetz (Mercedes-Benz), Roxana (Ford), Picolo (VW) e Vischi (PSA). Foto: Ruy Hizatugu

Pelo segundo ano consecutivo, as montadoras comprarão menos. Segundo levantamento feito por Automotive Business, a estimativa de compras produtivas em 2016 é de R$ 76 bilhões, ante os R$ 79,5 bilhões computados em 2015, que por sua vez foi 16,3% menor do que o ano anterior, quando o volume somou R$ 90 bilhões. Os números foram apresentados durante o VII Fórum da Indústria Automobilística realizado na segunda-feira, 28, no Golden Hall do WTC, no painel que debateu a Evolução nas Compras das Montadoras.

Participaram os executivos Antonio Carlos Vischi, diretor de compras América Latina da PSA Peugeot Citroën, Edvaldo Picolo, gerente executivo de compras da Volkswagen do Brasil, Erodes Berbetz, diretor de compras da Mercedes-Benz do Brasil, Roxana Molina, diretora de compras da Ford América do Sul, e Rodrigo Custódio, diretor da consultoria Roland Berger.

A redução no volume financeiro nas compras das montadoras é uma certeza, uma vez que o mercado opera em recessão e constantes quedas nas vendas de veículos zero-quilômetro e o índice de 4,4% levantado por Automotive Business está coerente, de acordo com informações dos executivos de compras participantes do painel de debate. Vischi, da PSA, informou que deve gastar € 700 milhões este ano. Porém, mais importante do que isso, a montadora mira aumento na localização de componentes. “Hoje temos 65% de conteúdo local, mas para 2018 queremos 85%”, afirmou. Já Picolo, da Volkswagen, informou que o volume de compras deste ano deve ser entre R$ 9,5 bilhões a R$ 10 bilhões.

AJUDA

Menor volume de compras significa redução de atividade nos fornecedores. Pesquisa interativa realizada durante o painel de debate revelou que a maioria dos fornecedores da cadeia de suprimentos passa por dificuldades (40,7% em situação crítica e 52,7% em dificuldades, mas administrável). Assim, é fundamental oferecer suporte.

Por conta disso, já é comum entre as montadoras oferecer programas de capacitação aos fornecedores tiers 2 e 3. Na PSA, Vischi explica que há possibilidade de antecipações de pagamentos, “sobretudo na forma de experiência para ajudar a conseguir trabalhar melhor as questões financeira, produtiva e logística”, comenta.

Na Ford, Roxana informa que também são desenvolvidos programas com os fornecedores: “Buscamos com eles formas de aumentar a produtividade e trabalhamos também com instituições financeiras para ajudar em questões de crédito”, diz.

Apesar de todas as montadoras representadas no painel contarem com programas similares de ajuda aos fornecedores, quase 70% do público responderam em pesquisa interativa durante o debate que desconhece qualquer tipo de ação. “Programas existem, mas os problemas vão muito além de melhorias que as montadoras podem oferecer”, afirmou Custódio, da Roland Berger, ao comentar que os fornecedores precisam de volume e reajuste. “A cadeia não está competitiva nem flexível porque ninguém imaginou queda deste tamanho”, disse.

LOCALIZAÇÃO

O desenvolvimento de fornecedores locais também é um desafio para os compradores das montadoras, que são categóricos em afirmar que o câmbio é mandatório na decisão entre importar ou buscar localmente. E nem mesmo o programa Inovar-Auto foi muito útil nessa tomada de decisão, com exceção da Mercedes-Benz Caminhões. “O Inovar-Auto auxiliou a trazer tecnologias que estavam difíceis de incorporar aqui, mas hoje quem manda é o câmbio”, afirma Berbetz.

O público também opinou sobre a importância do Inovar-Auto na decisão de compra de componentes nacionais. Para 45,2%, o programa não fez aumentar o volume de compras; já para 35,7%, reduziu, enquanto apenas 20,1% acreditam que o volume aumentou. No ano passado, o resultado negativo (redução de volume de compras) para a mesma pergunta foi de apenas 19%. Naquela época, o dólar ainda não havia disparado.

“A estratégia de aumento do volume local fazia sentido quando a expectativa era de 5 milhões veículos produzidos, com 2 milhões, não”, comentou Custódio, da Roland Berger. Para ele, isso reduziu a capacidade de o fornecedor ser competitivo e uma das saídas é a exportação.

DECISÃO DE COMPRA

Fornecer para montadoras é tarefa árdua, assim como decidir de quem comprar. Questionados sobre quais fatores são decisivos na determinação da escolha do fornecedor, os executivos foram unânimes na questão da qualidade, saúde financeira, preço e capacidade de inovação.

Globalização pode tirar setor da crise

Globalização pode tirar setor da crise

Para a consultora Letícia Costa, indústria deve focar mercado mundial

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23687/globalizacao-pode-tirar-setor-da-crise

ALEXANDRE AKASHI, PARA AB

Letícia Costa é sócia-diretora da Prada Assessoria (foto: Ruy Hizatugu)
A recessão não vai durar para sempre, mas ainda é difícil pensar em ações pós-crise no meio do turbilhão. Contudo, muito mais do que imaginar navegar em céu de brigadeiro é preciso enxergar o mercado automotivo como um todo e as oportunidades que ele oferece – agora e no futuro – em um momento de profunda transformação da industria.

Esta foi a principal mensagem da consultora Letícia Costa, sócia-diretora da Prada Assessoria, em sua palestra A Crise, as Oportunidades e a Reinvenção dos Negócios, durante o VII Fórum da Indústria Automobilística, realizado por Automotive Business no WTC, em São Paulo, na segunda-feira, 28.

Na visão de Letícia Costa a crise abre oportunidade para uma mudança de mentalidade dos executivos do setor automotivo brasileiro, que devem pensar globalmente para a indústria nacional, para ganhar escala e buscar competitividade internacional. Segundo a consultora, já faz tempo que as empresas fazem a lição de casa: buscam exportar mais, buscam incrementar volumes no mercado doméstico, trabalham o aftermarket, avaliam a cadeia de suprimentos e os fornecedores, fazem proteção de caixa e ajustes de capacidade. “Mas isso não é o suficiente quando pensamos a longo prazo”, afirmou. “A indústria não tem apresentado ganhos sustentáveis nem mesmo quando não há crise”, completou.

LENTIDÃO

Na avaliação da consultora, a recuperação da crise será lenta. Ela prevê retomada do patamar de produção de 2014 somente depois de 2020. “Neste cenário, haverá muita dificuldade para justificar investimentos”, alerta. Por isso, recomenda buscar investir em setores em que a indústria brasileira demonstra maior competência. “Não precisamos ser bons em tudo, mas ser competitivos para quando a crise passar, em 2021, a indústria esteja inserida no contexto global”, argumentou.

Para Letícia, se a indústria nacional não começar a se mexer agora, corre o risco de ficar parada no tempo, enquanto o mundo desenvolve veículos conectados, autônomos, movidos a eletricidade, sob o conceito de mobilidade compartilhada. “Mesmo que o País não tenha infraestrutura para absorver tudo isso, temos de mirar a exportação, dentro de um contexto globalizado, com produtos de qualidade e competitivos”, afirmou.

Para ela, dessa forma o setor se protege da instabilidade e volatilidade do mercado nacional, uma vez que estará inserido em um universo mais amplo e consistente.

Nissan lança March “vestido” de Rio 2016

Nissan lança March “vestido” de Rio 2016

Edição limitada a mil unidades será vendida por olímpicos R$ 54 mil

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23617/nissan-lanca-march-vestido-de-rio-2016

PEDRO KUTNEY, AB

Com o objetivo de intensificar sua estratégia de ações relacionadas ao patrocínio dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro que se aproximam (começam em agosto próximo), a Nissan lança a partir desta semana em suas 160 concessionárias no País a versão especial March Rio 2016, que já havia sido mostrada ao público brasileiro ainda como carro-conceito no último Salão do Automóvel de São Paulo, em 2014. É uma edição numerada e limitada inicialmente a mil unidades, baseada na versão topo de linha SL 1.6 de 111 cavalos do compacto March produzido no Brasil há cerca de dois anos na fábrica de Resende (RJ).

A estilização olímpica já nasce quebrando um recorde: o de preço. A versão Rio 2016 criou o March mais caro já vendido por aqui, oferecido por R$ 53.990 na cor preta, valor que aumenta R$ 1.150 caso o freguês queira a pintura branca perolizada ou prata metálico. O departamento de marketing da Nissan estima que 50% das vendas serão do carro preto, 30% do branco e 20% do prata. O pacote é bastante completo, incluindo ar-condicionado automático e digital, direção assistida, câmera de ré e o pacote multimídia Multi-App com sistema de navegação, display colorido de 6,2 polegadas sensível ao toque, leitor de CD e DVD, conexão Bluetooth e wi-fi, download de aplicativos e sistema Android (leia aqui). Contudo, a opção é R$ 2,5 mil mais cara do que a topo de linha SL 1.6 que já oferece todos esses equipamentos.

Por isso a missão principal do March Rio 2016 não é ganhar a medalha de ouro em vendas, mas funcionar como reforço de imagem para a marca, que poderá ter o agradável efeito colateral de aumentar a demanda pelo resto da linha de modelos, ajudando assim a aumentar a participação no mercado brasileiro. “Esta é a nossa primeira ação de produto no ano dos jogos olímpicos. Vamos ter outras. Temos de aproveitar a enorme visibilidade do evento, que tem audiência de 5 bilhões de telespectadores em todo o mundo”, afirma Arnaud Charpentier, diretor de marketing da Nissan no Brasil, que terminou 2015 com 2,5% de market share. “Com mais ações e lançamentos esperamos fechar o ano com pelo menos 3%”, acrescenta o executivo. A principal novidade da Nissan esperada para breve é o SUV compacto Kicks (leia aqui). “Nossa intenção é lançar o mais breve possível”, garante.

FOCO NA IMAGEM

“O estilo mais esportivo do March Rio 2016 deve atrair o público jovem, mas a intenção não é só vender mais, o objetivo principal é reforçar a imagem e dar continuidade à estratégia de produto que celebra os jogos olímpicos”, explica Cristiane Sanches, gerente de marketing de produto da Nissan. Ela acrescenta que as circunstâncias específicas do mercado brasileiro, em que os consumidores estão sempre atrás de novidades, acabaram exigindo novas soluções de design que estão servindo de exemplo para o grupo no mundo: “No Brasil estamos nos tornando uma referência em séries especiais” criadas no Nissan Design America Rio (NDA-R), o estúdio-satélite da empresa no Rio de Janeiro, responsável pela estilização da edição limitada do March.


Detalhes exclusivos do Nissan March 2016: faixas laranja nas saias traseira e dianteira, emblema metálico dos jogos olímpicos (no alto, ao centro), numeração da edição limitada na grade (embaixo, à esquerda) e o logotipo das olimpíadas do Rio de Janeiro colado na carroceria e bordado no tapete.

Para “vestir” o March para as olimpíadas, a Nissan aplicou faixas laranjas nos retrovisores externos e nas saias dianteira e traseira, colou adesivos com o logotipo Rio 2016 também em laranja nas quatro faces do carro, além de fixar três emblemas metálicos nas laterais e tampa traseira com o símbolo dos jogos. Na grade dianteira foi inserida uma pequena moldura plástica laranja onde está gravado o número de fabricação da edição limitada, que vai de 0001 a 1000. O teto pintado de preto (no caso do modelo branco perolizado ou prata metálico) e as rodas pretas de liga leve e 16 polegadas completam o visual externo diferenciado da versão especial. No interior, o March olímpico recebeu tapetes exclusivos e costuras com linha laranja nos bancos.

VW investe R$ 200 milhões na nova Saveiro

VW investe R$ 200 milhões na nova Saveiro

Recursos aplicados no produto e na modernização da linha na Anchieta

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23630/vw-investe-r-200-milhoes-na-nova-saveiro

PEDRO KUTNEY, AB

A Volkswagen informa que investiu R$ 200 milhões para desenvolver e fabricar a nova picape Saveiro, que chega às concessionárias este mês pela primeira vez com cara diferente do Gol, com o qual ainda compartilha a já antiga plataforma PQ24 (leia aqui). O montante é parte do programa em curso de R$ 10 bilhões, previstos para o período 2014-2018, e foi aplicado no desenvolvimento do veículo e na modernização de processos produtivos da fábrica da Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP), onde é produzida a Saveiro.

Contando com os R$ 363 milhões aplicados recentemente para reestilizar e produzir os novos Gol e Voyage, também apresentados este mês (leia aqui), a montadora investiu o total de R$ 563 milhões na renovação de meia-vida de sua família brasileira de compactos montados sobre a mesma base construtiva. Os três modelos deverão sobreviver dessa forma até 2018 ou 2019, quando está prevista a conversão deles para a plataforma modular global MQB do Grupo VW, conforme antecipou Automotive Business (leia aqui).

Embora tenha descolado o design da picape dos demais modelos familiares da plataforma-tronco PQ24, a Volkswagen adotou na Saveiro exatamente a mesma estratégia de renovação aplicada nos novos Gol e Voyage: atualizou o painel e introduziu no veículo a arquitetura eletroeletrônica global do grupo, para dessa forma poder oferecer mais recursos de infoentretenimento e conectividade. O objetivo é tentar estancar a queda na participação de mercado da marca no Brasil enquanto não é possível renovar integralmente a plataforma de seus campeões de vendas.

Lançada em julho de 1982, a Saveiro já acumula mais de 1,1 milhão de unidades produzidas em São Bernardo do Campo, sendo que desse total mais de 200 mil unidades foram exportadas para mais de 60 países, principalmente da América do Sul. “As qualidades da Nova Saveiro certamente ajudarão a marca a conquistar novos clientes no Brasil e também novos mercados para exportação”, destaca o presidente e CEO da Volkswagen do Brasil, David Powels, em comunicado distribuído à imprensa na quinta-feira, 17, um dia após a apresentação da picape reestilizada que chega às concessionárias em abril próximo.

Além de usar a mesma plataforma reprojetada, a motorização segue sendo a mesma: o velho EA111 1.6 de 104 cavalos para a maioria das versões e o novo e mais eficiente EA211 1.6 de 120 cv, com bloco e cabeçote de alumínio, aplicado somente na Saveiro Cross.

MODERNIZAÇÕES NA FÁBRICA

Segundo a Volkswagen, as mudanças tecnológicas aplicadas à nova Saveiro exigiram alterações no processo produtivo das áreas de estamparia, armação (soldagem de carroceria), pintura e montagem final na planta Anchieta. Na estamparia, onde são prensadas as chapas dos carros, foram adquiridos equipamentos de medição de última geração e uma nova esteira para a inspeção das peças da superfície.

Já na armação da Nova Saveiro, um novo equipamento é responsável pela junção (grafagem) das peças da tampa dianteira do veículo. A pintura recebeu dispositivos específicos para a colocação de apliques como o friso para a lateral externa e para as soleiras da Saveiro Cross.

A exemplo do que aconteceu nas linhas de montagem dos novos Gol e Voyage, para a Saveiro também foram instalados dispositivos para o encaixe do novo painel (cockpit). Outra nova ferramenta é o manipulador para facilitar a montagem do conjunto frontal do veículo. O equipamento transporta, centraliza e encaixa o conjunto na carroceria. A Saveiro nas Versões Robust, Trendline e Highline são equipadas com o consagrado motor 1.6l Total Flex, de até 104 cv (etanol). Já a versão Cross está equipada com o novo motor 1.6l MSI, da família EA211, de até 120 cv.

Venda parcelada de novos cai 33,6% no bimestre

Venda parcelada de novos cai 33,6% no bimestre

CDC, consórcio e leasing somaram 173,5 mil veículos entregues no período

FONTE:http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23621/venda-parcelada-de-novos-cai-336-no-bimestre

REDAÇÃO AB

A venda parcelada de veículos novos no primeiro bimestre de 2016 somou 173,5 mil unidades, resultando em queda de 33,6%. O número considera veículos leves, caminhões e ônibus vendidos por Crédito Direto ao Consumidor (CDC), consórcio e leasing. Os dados foram divulgados pela Cetip, empresa que opera o Sistema Nacional de Gravames (SNG), que reúne o cadastro das restrições financeiras de veículos dados como garantia em operações de crédito no País.

Olhando isoladamente os veículos leves, a queda bimestral vai a 34,7%. Para os pesados essa retração é de 5,3%. A redução de negócios neste ano já não poupa mais os veículos usados, que tiveram desempenho positivo no ano passado. Neste primeiro bimestre foram parcelados 423,6 mil veículos leves e pesados de segunda mão, registrando queda de 12% ante igual período do ano passado.

RUIM TAMBÉM PARA DUAS RODAS

Nestes dois primeiros meses foram parceladas 103,4 mil motos novas, volume 23% menor que o anotado em igual período de 2015. A retração é menos acentuada que a de veículos leves e pesados, mas bastante severa quando se leva em conta que o setor entra no quinto ano consecutivo de baixa nas vendas e já recuou cerca de dez anos em produção e emplacamentos. No mercado de motocicletas usadas foram vendidas a prazo 15,3 mil unidades, 11,7% a menos que no mesmo período de 2015.

QUEDA MENOR EM CONSÓRCIOS

Na soma de negócios realizados com todos os tipos de veículo (leves, pesados e motos), o consórcio foi o que apresentou a menor queda no primeiro bimestre, 7,9%. Os financiamentos por CDC recuaram 21,9% e o leasing caiu outros 18,9%.

Veja o desempenho de cada forma de venda:

Schiemer prevê ano ‘péssimo’ para pesados

Schiemer prevê ano ‘péssimo’ para pesados

Presidente da Mercedes culpa governo por ‘criar situação insustentável’

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23595/schiemer-preve-ano-pessimo-para-pesados

MÁRIO CURCIO, AB | De Campinas (SP)

Schiemer recebeu imprensa na concessionária Araguaia
Durante visita a um concessionário de caminhões e vans em Campinas (SP, veja aqui), o presidente da Mercedes-Benz Brasil, Phillipp Schiemer, admitiu a possibilidade de um desempenho ainda mais fraco para o segmento de caminhões em 2016: “Vai ser um ano péssimo”, disse o executivo, preocupado com a retração de 36,8% nas vendas de caminhões neste primeiro bimestre ante os mesmos dois meses do ano passado, uma base já ruim.

Schiemer culpa o governo por ter “criado uma situação insustentável para a indústria”. Ao comentar uma possível retomada na venda de caminhões pesados, segmento que menos caiu no primeiro bimestre, o executivo recorda: “O agronegócio está indo bem e o País continua tendo um potencial muito grande. Poderia voltar a ter um ambiente político estável, mas infelizmente isso não deve ocorrer este ano”, diz Schiemer.

Ele preferiu não cravar um número para 2016 como 55 mil ou 60 mil unidades emplacadas: “É cedo para isso. A situação é muito dinâmica. É só lembrar que em poucos dias a cotação do dólar teve uma grande variação (baixando da casa dos R$ 4,40 para R$ 3,60).” Schiemer recorda que tudo isso tem feito a matriz acompanhar com apreensão a situação do Brasil. “Fizemos grandes investimentos aqui recentemente, é natural que isso ocorra.”

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