Foton Caminhões detalha parceria com Agrale

Foton Caminhões detalha parceria com Agrale

Empresa aponta que veículos feitos pela Agrale já terão 65% de conteúdo nacional

Fonte: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23599/foton-caminhoes-detalha-parceria-com-agrale

REDAÇÃO AB

Em comunicado divulgado na segunda-feira, 14, a Foton Caminhões detalhou como vai funcionar a parceria para montagem de seus caminhões provisoriamente na fábrica da Agrale (leia aqui). Segundo informou o representante da marca chinesa no Brasil, os veículos a serem montados na Serra Gaúcha a partir deste ano já terão 65% de conteúdo nacional. A meta é elevar o porcentual para 70% quando a planta própria da empresa entrar em atividade na cidade de Guaíba (RS), que tem inauguração prevista para o primeiro semestre de 2017.

No último dia 10, a Foton assinou acordo com a Agrale para a montagem de caminhões por 12 meses na unidade 2 da fabricante em Caxias do Sul, na Serra Gaúcha . Com a parceria, a Foton pretende evitar um novo atraso na nacionalização de seus produtos, que estava prevista inicialmente para começar em 2014.

A empresa levará cerca de quatro meses para fazer os ajustes técnicos necessários na linha de montagem da Agrale. Apenas a partir de agosto serão montados ali três modelos de caminhões, de 3,5, 10 e 13 toneladas de Peso Bruto Total (PBT). Segundo a Foton, os protótipos já completaram todas as fases de testes com bons resultados.

A parceria entre as duas empresas prevê que a Foton fique responsável pelas compras de componentes com os fornecedores, além de toda a logística e inspeção final da qualidade dos produtos. Por outro lado, a Agrale cuidará da montagem dos caminhões.

A marca chinesa tem programa de investimento de R$ 250 milhões para o Brasil. Do total, R$ 160 milhões serão aplicados na construção da fábrica em Guaíba, que terá capacidade para fazer 20 mil caminhões por ano. O restante irá para uma nova área de desenvolvimento de produtos.

Autopeças faturam 14,5% a menos em janeiro

Autopeças faturam 14,5% a menos em janeiro

Vendas a montadoras caíram 27,2% e ano começou mal até no mercado de reposição

Fonte: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23600/autopecas-faturam-145-a-menos-em-janeiro

MÁRIO CURCIO, AB

O faturamento do setor de autopeças em janeiro foi 14,5% menor que o registrado no mesmo mês de 2015. As vendas para as montadoras recuaram 27,2%. As intrassetoriais foram 25,9% menores. Até mesmo o mercado de reposição recuou no primeiro mês de 2016. Neste caso a queda foi de 3,6%. Destas três divisões de negócios, a reposição foi a única a crescer no consolidado de 2015 (em 6,8%).

As exportações aumentaram 26% em reais. Com o valor convertido em dólares, porém, o resultado é uma queda de 18,1%. Os números foram elaborados pelo Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) a partir de pesquisa mensal feita com 64 empresas que representam 32,2% do faturamento do setor no Brasil.

- Veja aqui o estudo do Sindipeças

A participação das vendas externas no faturamento das fabricantes de autopeças instaladas no Brasil continua subindo e em janeiro atingiu 24,2%. O emprego nacional registra queda de 16,9% em janeiro ante o mesmo mês de 2015 e de 2,27% no confronto com dezembro.

A capacidade ociosa no primeiro mês do ano alcançou 44,7% em janeiro, o segundo pior resultado desde que a metodologia atual foi adotada, em 2012. Só ficou abaixo de dezembro de 2015, quando superou os 45% em razão de férias coletivas.

Daimler quer desenvolver carro elétrico com autonomia de 500

Daimler quer desenvolver carro elétrico com autonomia de 500 km

CEO do Grupo aponta que número poderia atrair mais consumidores

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23563/daimler-quer-desenvolver-carro-eletrico-com-autonomia-de-500-km

REDAÇÃO AB

A Daimler quer desenvolver um carro elétrico com autonomia de pelo menos 500 quilômetros. A meta foi anunciada por Dieter Zetsche, CEO do Grupo. Segundo ele, se um modelo com a tecnologia for capaz de rodar esta distância com apenas uma carga na bateria, mais consumidores ficarão interessados em comprar veículos zero emissão.

Ainda assim, o executivo destaca que este não é um número mágico e que são necessários avanços contínuos. Um dos principais é a redução do custo das baterias de íons de lítio. Segundo ele, este seria um incentivo importante. Zetsche estima que o as baterias custem em torno de US$ 170 por Kilowatt/hora atualmente. Na opinião dele, entre US$ 110 e US$ 130 kWh seria o ponto em que o equilíbrio entre performance e custo pode tornar estes carros competitivos.

A marca não está tão distante. A General Motors promete lançar internacionalmente em 2016 o Bolt com o melhor custo de bateria até então, em torno de US$ 145 kWh. Segundo a fabricante, isso fará com que automóvel tenha preço em torno de US$ 37,5 mil.

Exportações devem superar as expectativas

Exportações devem superar as expectativas

Anfavea considera que previsão de alta de 8% para o ano é conservadora

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23553/exportacoes-devem-superar-as-expectativas

SUELI REIS, AB

Com o crescimento de 26,8% das exportações de veículos no primeiro bimestre na comparação com mesmo período do ano passado, para 60,3 mil unidades, a Anfavea acredita que a atividade deve superar as expectativas para o ano: “Nossa previsão de aumento de 8% das exportações em 2016 é extremamente conservadora. Esperamos um crescimento maior que o projetado no início deste ano”, afirma Luiz Moan, presidente da entidade que reúne as montadoras, durante a apresentação dos dados de desempenho do setor à imprensa na sexta-feira, 4, em São Paulo.

- Veja aqui os dados da Anfavea

A maior contribuição para o resultado foi do segmento de leves, cujas vendas ao exterior aumentaram 28,7% no período, para pouco mais de 56,9 mil unidades, entre automóveis e comerciais leves. Os embarques de chassis de ônibus também subiram 15,7% nos dois primeiros meses do ano, passando de 733 para 848 unidades. O resultado geral das exportações só não foi melhor porque o volume de caminhões destinados a outros mercados caiu 3,1% neste começo de ano, para pouco mais de 2,5 mil unidades.

Segundo Moan, os embarques de veículos leves subiram 30% para a Argentina no primeiro bimestre, 142% para o México e 145% para a Colômbia e embora tenha registrado volume menor neste ano, as exportações de caminhões subiram 30% para o México e 40% para o Chile.

“Estamos trabalhando junto ao governo no esforço para alavancar as exportações ao máximo”, declara o executivo. Ele informa que com o fim das sanções internacionais impostas ao Irã, o Brasil estreitará acordos com aquele mercado: “As tratativas do ministro do MDIC com o Irã podem gerar novos negócios”, disse. Ele cita que o ministro Armando Monteiro anunciou ao setor que o Brasil poderá participar de uma concorrência para fornecer até 140 mil automóveis, 65 mil caminhões e 17 mil ônibus a longo prazo. Ele disse ainda que 10 empresas associadas à Anfavea já sinalizaram o interesse em fornecer seus produtos ao Irã.

Sobre a Argentina, Moan se diz “tão otimista quanto o ministro [do MDIC]”, uma vez que a Anfavea vai perseguir um acordo a longo prazo com o país vizinho com o objetivo de alcançar o livre comércio para o setor.

“Se for necessário um período de transição, nós o faremos. O importante é que ao final tenhamos atingido o livre mercado”, enfatiza.

Por outro lado, as exportações em valores continuam em declínio, mas com índice menor de queda: no primeiro bimestre os embarques renderam US$ 1,39 bilhão às montadoras, resultado 7,5% abaixo do verificado há um ano. “Há um mês, essa queda foi de 18%. A tendência é que durante o decorrer do ano vamos zerar essa queda e quem sabe buscar uma variação positiva”, disse Moan. Ele explica que este resultado se deve ao mix – menos embarques de produtos com maior valor agregado.

Após forte queda, Anfavea sustenta projeção para 2016

Após forte queda, Anfavea sustenta projeção para 2016

Entidade já previa contração nas vendas de veículos no início do ano

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23551/apos-forte-queda-anfavea-sustenta-projecao-para-2016

GIOVANNA RIATO, AB

O baque nas vendas de veículos no primeiro bimestre de 2016 fez o mercado brasileiro encolher para 302 mil unidades, com redução de 31,3% na comparação com o resultado de janeiro e fevereiro de 2015. Apesar da baixa, a Anfavea, associação que representa as montadoras, sustenta a sua projeção para 2016. “Sabíamos que a queda relativa dos primeiros meses do ano seria grande. Traçamos nossa expectativa com base na perspectiva de queda do PIB”, aponta Luiz Moan, presidente da entidade.

-Veja aqui os dados da Anfavea

A perspectiva da entidade é de que as vendas encolham 7,5% este ano na comparação com 2015, para 2,37 milhões de unidades entre automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. Apesar do número negativo, o panorama parece otimista se considerados os resultados do início do ano. Alguns executivos de marcas que atuam no Brasil já apontaram que o total de emplacamentos no mercado interno pode cair para menos de 2 milhões de unidades em 2016.

A projeção da Anfavea foi traçada com base na média diária do terceiro trimestre do ano passado, descontada a expectativa de redução do PIB para 2016 da ordem de 3%. “Erramos o resultado de fevereiro por 2 mil unidades”, diz, na tentativa de provar que a bola de cristal da entidade não está descalibrada. Segundo ele, nas expectativas da Anfavea o mercado interno teria chegado a 148 mil unidades no mês passado. O resultado real foi 148,8 mil emplacamentos, com redução de 5,5% na comparação com janeiro e de 21% sobre fevereiro de 2015.

Moan reconhece, no entanto, que existe um fator capaz de deteriorar ainda mais o ambiente de negócios. “Só temos a perder com a contaminação da política na economia. Isso traz um pessimismo e é um indutor da depressão econômica”, aponta. Segundo ele, caso a crise no governo e as ideologias políticas continuem a gerar conflito no País, a economia e os negócios tendem a piorar.

PIOR 1º BIMESTRE DESDE 2007

O resultado registrado faz de janeiro a fevereiro o pior primeiro bimestre desde 2007, quando foram emplacados 299,7 mil veículos no Brasil. Ainda assim, Moan destaca que houve melhora da média diária de vendas da ordem de 5% em fevereiro na comparação com o mês anterior, o que indicaria tendência de melhora.

O segmento que mais contribuiu para a forte contração das vendas nos primeiros dois meses do ano foi o de pesados. O emplacamento de caminhões encolheu 35,5% sobre o já fraco patamar do início do ano passado, para apenas 4,4 mil unidades entre janeiro e fevereiro. Já a venda de ônibus somou 1,7 mil chassis, com queda de 49,1%.

A demanda por veículos leves teve retração um pouco menor, de 31%, para 292 mil unidades, com queda de 28,9% na demanda por automóveis e de 42,5% na de comerciais leves.

Recursos para veículos devem recuar 5,4% em 2016, prevê Anef

Recursos para veículos devem recuar 5,4% em 2016, prevê Anef

Entidade também aponta para queda de 5,1% no saldo das carteiras

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23512/recursos-para-veiculos-devem-recuar-54-em-2016-preve-anef

REDAÇÃO AB

Em sua projeção para 2016, a Anef, associação nacional que representa os bancos de montadoras, aponta para uma nova queda no volume total de crédito para o financiamento de veículos, que deve ficar nos R$ 87 bilhões contra os R$ 92 bilhões registrados no ano passado. Se o resultado se confirmar, representará retração de 5,4%, bem abaixo da queda de 17,3% apurada em 2015.

Segundo a previsão da entidade, o saldo das carteiras para o financiamento do setor também registrará queda em 2016, embora em proporção menor que a do ano passado. Os números apontam para um saldo 5,1% menor neste ano, para R$ 173,8 bilhões. Em 2015, o saldo de crédito fechou em R$ 183,2 bilhões, 13,3% abaixo do resultado do ano anterior.

Em seu relatório, a Anef destaca que o cenário econômico em 2015 impactou fortemente na concessão de crédito para o setor automotivo. Entre as modalidades de financiamento, houve redução de 12,7% nas carteiras de CDC, registrando saldo de R$ 177,2 bilhões no acumulado do ano. O leasing manteve a pouca expressividade durante 2015, com apenas 2% de participação, enquanto o consórcio correspondeu a 5% e os pagamentos à vista somaram 40% das compras realizadas no ano.

A taxa de inadimplência voltou a subir de forma sistemática para o setor de veículos. Segundo a Anef, o aumento dos atrasos acima de 90 dias nos contratos de pessoa física foi de 0,8 ponto porcentual, alcançando 6,1% no período. No caso de pessoa jurídica, o crescimento é ainda mais expressivo, de 1,1 p.p. sobre 2014, representando 4,5% dos contratos. Em referência à inadimplência da carteira de CDC, foi registrado no período um aumento de 0,2 p.p. para pessoas físicas, totalizando 4,1%, enquanto o percentual na modalidade jurídica subiu 0,8 p.p., chegando aos 4,9%.

Para o segmento de veículos comerciais pesados (caminhões e ônibus) a modalidade Finame registrou 66% de representatividade, seguido por pagamentos à vista com 16% e financiamentos com 15%. O leasing manteve apenas 1% de participação – mesmo nível desde 2013 – atrás da categoria de consórcio que segue a porcentagem de 2%, registrada anualmente desde 2008. Na venda de motocicletas, apenas foram registradas as modalidades de financiamento (33%), consórcio (35%) e compras à vista (33%).

Pelos dados da Anef, as taxas praticadas pelos bancos de montadoras continuaram mais atraentes para o consumidor: com relação a dezembro, a média oferecida foi de 1,77% ao mês e 23,43% ao ano, enquanto a taxa dos bancos independentes passou para 1,9% a.m. e 26% a.a. para pessoa física. O prazo médio dos contratos permaneceu em 42 meses, o mesmo registrado nos últimos dois anos. Os planos máximos oferecidos pelos bancos aos consumidores seguem em 60 meses.

JAC T5 surge na opção top, de R$ 68.990

JAC T5 surge na opção top, de R$ 68.990

Carro será montado no Brasil e torna-se principal produto da marca

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23509/jac-t5-surge-na-opcao-top-de-r-68990

MÁRIO CURCIO, AB

Com seis meses de atraso a JAC Motors começa a vender o utilitário esportivo T5. O modelo traz motor 1.5 flex com até 127 cavalos, o mesmo do J3S. O carro deveria partir de R$ 59.990, mas o primeiro lote importado veio apenas na opção mais completa, de R$ 68.990. Nos próximos dois meses devem chegar as opções de entrada e intermediária, esta com tabela de R$ 64.990. A empresa estima vender cerca de 2,5 mil unidades até o fim do ano. Por enquanto o câmbio é manual para todos, mas sempre com seis marchas.

O T5 passa a ser o principal produto da JAC no Brasil por causa da mudança de planos da empresa, que trocou o projeto da fábrica de R$ 900 milhões por outro bem mais modesto, de R$ 200 milhões, uma operação em que os carros serão apenas montados no Brasil e sem a sociedade dos chineses como ocorreria.

“Enquanto a fábrica tiver investimento e volume limitados, deixem que eu faço”, disse Habib à matriz.

A unidade menor também será em Camaçari (BA), onde o terreno já foi terraplenado há mais de um ano. “Começaremos a produzir no segundo semestre de 2016 e venderemos as primeiras unidades no primeiro semestre do ano que vem. O intervalo de seis meses entre o início da montagem e a venda ocorre pelo processo de homologação do carro”, recorda o presidente da JAC.

Até o fim deste ano a companhia trará da China a versão com câmbio automático CVT, que será a primeira nacionalizada. A montagem local do T5 também foi viabilizada pelos bons volumes de produção no país de origem. Somente o mercado chinês absorveu 185 mil unidades do modelo em 2015 (vendido lá como S3) e a JAC também o exporta.

BEM EQUIPADO COMO TODO JAC

Desde a versão de R$ 59.990 o novo SUV traz ar-condicionado digital e automático, vidros, travas e retrovisores com acionamento elétrico, alarme, monitoramento da pressão dos pneus, sistema Isofix para fixação de cadeirinhas infantis, sensor traseiro de estacionamento, computador de bordo com autonomia restante, consumos instantâneo e médio, entre outras funções, faróis com regulagem elétrica de altura e acendimento automático.

Novo
JAC T5 é bem equipado, mas o câmbio automático CVT só virá no segundo semestre. Versão topo de linha das fotos sai por R$ 68.990 e traz couro, câmera de ré e central multimídia capaz de espelhar a tela de smartphones. Espaço no banco traseiro e acabamento geral surpreendem.

O banco traseiro é bipartido e o do motorista tem ajuste de altura. Todos os cinco ocupantes contam com cintos de segurança de três pontos e encostos de cabeça. A opção intermediária (R$ 64.990) recebe controle eletrônico de estabilidade, rodas de liga leve, faróis de neblina dianteiros e traseiro, rack no teto e assistente de partida em rampa, que “segura” o carro por dois segundos em subidas para as arrancadas, eliminando a necessidade de uso do freio de estacionamento.

Para a opção de R$ 68.990 os extras são os bancos de couro, a central multimídia de oito polegadas e a câmera de ré.

BOA IMPRESSÃO GERAL

O T5 causa uma boa impressão. O acabamento interno não tem falhas grosseiras, os materiais aplicados são agradáveis ao toque e o espaço para as pernas é bom também no banco de trás.

O quadro de instrumentos tem leitura fácil e a posição de dirigir é boa, mas o volante só traz ajuste de altura e não de profundidade. O câmbio tem engates fáceis. Ainda bem, porque é preciso usá-lo bastante. Isso ocorre porque o motor 1.5 tem torque máximo a 4 mil rpm. E como a relação final da transmissão é longa, a necessidade de reduzir marchas para uma pequena subida ou ultrapassagem é constante.

Essa é uma característica que em regra acompanha os carros de origem chinesa. Outra é a maciez excessiva da suspensão, que prejudica a dirigibilidade do carro em estrada. O T5 poderia ser um pouco mais firme em curvas.

Segundo a JAC Motors, o novo carro acelera de zero a 100 km/h em 10,8 segundos e atinge 194 km/h de velocidade máxima. O modelo obteve letra A no selo de eficiência energética, que informa 6,8 km/l com etanol e 9,6 km/l com gasolina em cidade. Na estrada esses números sobem para 8,18 km/l com álcool e 12,2 km/l com derivado de petróleo.

A JAC informa 600 litros de porta-malas no T5, mas olhando o dele e o do Renault Duster lado a lado é difícil acreditar que o do T5 seja maior. A concorrente declara 475 litros para seu carro na versão 4×2.

Além do Duster, o JAC compete por suas características e faixa de preços com Ford EcoSport e também com o Lifan X60, que foi o carro de origem chinesa mais vendido no Brasil em 2015. Compradores de Citroën Aircross e de hatches com apelo aventureiro como Hyundai HB20X, Renault Sandero Stepway e VW CrossFox também estão na mira do novo JAC.

Novo
Estilo traseiro do novo JAC é mais harmonioso que o dianteiro. Empresa informa 600 litros de porta-malas, mas o espaço para bagagens de um Renault Duster (475 litros na versão 4×2) parece maior. Banco traseiro bipartido aumenta versatilidade.

FÁBRICA DE R$ 900 MILHÕES NA GAVETA

A mudança de planos que pôs de lado o projeto inicial da JAC decorre da retração de mercado e da não liberação de um empréstimo de R$ 120 milhões aprovado pela agência de fomento Desenbahia em setembro de 2014.

Grandioso, o projeto original previa capacidade para 100 mil carros por ano em dois turnos. Já a operação CKD é para 20 mil unidades. “Já começamos a importar equipamentos”, afirma Sérgio Habib. “Depositamos um novo projeto no MDIC mais adequado ao momento”, diz, referindo-se ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Ele acredita que em 2017 venderá entre 5 mil e 7 mil T5.

A crise pôs de lado também o projeto do carro compacto específico para o mercado brasileiro, concebido sobre a mesma plataforma do J3, mas equipado com um motor 1.0 flex de três cilindros. Antes de apresentar o T5 aos jornalistas, Habib mostrou vários números do Brasil e de outros países para apoiar sua crença de que o mercado brasileiro ainda cairá mais 28% este ano em relação a 2015 e não terá mais de 1,8 milhão de unidades. Ele recorda que os planos iniciais para Camaçari foram traçados sobre a estimativa de um mercado interno que chegaria a 4,7 milhões unidades em 2015. Como se sabe, foram 2,15 milhões.

Confiança da indústria cai 1,5 ponto em fevereiro

Confiança da indústria cai 1,5 ponto em fevereiro

Resultado vai a 74,7 pontos, o pior índice desde setembro de 2015, aponta FGV

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23515/confianca-da-industria-cai-15-ponto-em-fevereiro

REDAÇÃO AB

O Índice de Confiança da Indústria (ICI), do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas (FGV) recuou 1,5 ponto em fevereiro, ao passar de 76,2 para 74,7 pontos, o menor nível desde setembro de 2015, segundo dados divulgados na segunda-feira, 29. A queda ocorreu em 10 dos 19 principais segmentos da pesquisa e foi determinada principalmente pela redução de 2,8 pontos do Índice de Expectativas (IE), para 72,6 pontos, o menor da série histórica. O Índice da Situação Atual (ISA) caiu 0,5 ponto, ficando em 77,1 pontos.

Segundo o superintendente adjunto para Ciclos Econômicos da FGV/Ibre, Aloisio Campelo Jr., o resultado reforça a suspeita de que a alta da confiança industrial nos últimos meses poderia não se sustentar ao longo do primeiro semestre.

“A queda do ICI devolve mais da metade da alta acumulada entre o mínimo histórico, ocorrido em agosto, e o mês passado. Além de sinalizações de que a demanda interna continua enfraquecendo, a pesquisa mostra uma piora expressiva das expectativas em relação aos próximos meses”, disse.

O indicador de ímpeto de contratações nos três meses seguintes, que recuou 5,2 pontos entre janeiro e fevereiro indo para 73,6 pontos, sinalizou que o quadro de funcionários na indústria continuará sendo ajustado nos próximos meses.

Segundo o levantamento, a maior contribuição para a redução do ISA em fevereiro foi a queda de 2,3 pontos para 74,8 pontos do indicador que mede o grau de satisfação com o nível de demanda atual. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) caiu 0,5 ponto porcentual em fevereiro, atingindo 73,6%, o menor nível da série histórica iniciada em 2001.

Montadoras esperam por grande ruptura no modelo de negócios em 5 anos

Montadoras esperam por grande ruptura no modelo de negócios em 5 anos

Pesquisa da KPMG aponta conectividade e digitalização como tendências prioritárias

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23480/montadoras-esperam-por-grande-ruptura-no-modelo-de-negocios-em-5-anos

REDAÇÃO AB

Uma grande ruptura no modelo de negócio das montadoras globais é extremamente provável para acontecer nos próximos cinco anos, revela a 17ªedição da pesquisa global com os executivos do setor automotivo realizada pela KPMG, a KPMG International Global Automotive Executive Survey – GAES 2016. Neste ano, com 800 entrevistados de 38 países, dos quais 60 no Brasil, 82% apostam nesta mudança.

“Os modelos de negócio devem estar focados para atender às necessidades atuais dos clientes. Os players do segmento devem notar que tornar-se um prestador de serviço direcionado ao consumidor é de extrema importância”, afirma o diretor de relacionamento da KPMG no Brasil para a indústria automotiva, Ricardo Bacellar.

Para os executivos do setor, a conectividade e a digitalização são a tendência número um a ser seguida até 2025. De acordo com o levantamento, tais itens subiram da 10ª posição no ano passado para a 1ª neste ano.

“Uma forma pela qual as montadoras podem agregar valor e oferecer experiências customizadas aos clientes é utilizar ao máximo a grande quantidade de dados que tanto o carro como o cliente produzem”, destaca Bacellar. No entanto, de acordo com o relatório, cerca de 70% dos entrevistados alegam que o uso dessas informações está em um estágio inicial e alguns até alegam que não fazem uso delas.

Enquanto isso, os clientes já estão cientes do valor de dados e querem receber por isso. Ao terem a opção de dar a ordem de classificação para as diversas alternativas de respostas, 82% dos clientes que responderam à pesquisa dizem que os benefícios monetários para os seus dados são a vantagem número um, seguidos pelos esquemas de incentivos ao cliente (75%) e serviço e experiência individualizados durante todo o ciclo de vida do consumidor (71%). Por outro lado, os executivos acreditam que o serviço e a experiência individualizados durante todo o ciclo de vida do cliente e os esquemas de incentivos (ambos com 88%) são mais importantes que os benefícios monetários (82%).

Sobre inovação, mais de um terço de todos os entrevistados (35%) prevê que as empresas automotivas tradicionais estarão à frente das inovações, seguidas pelas empresas de tecnologia de informação e comunicação (30%). Entretanto, ao analisar apenas as respostas das montadoras, 35% acreditam que as empresas de TI e comunicação deverão liderar as inovações.

“À medida que o mercado automotivo enfrenta uma nova era altamente conectada e digitalizada com vários novos players, as montadoras parecem estar cientes de que esses progressos ainda não são refletidos em modelos de negócio. Acreditamos que essas mudanças ajudarão a converter o setor para o próximo ciclo de desenvolvimento e os executivos do setor devem enxergar esse novo momento como uma grande oportunidade e não como um risco.”

Todos os dados da pesquisa e o estudo completo (em inglês) estão disponíveis emwww.kpmg.com/GAES2016.

GM ameaça rever investimento no País

GM ameaça rever investimento no País

Fabricante pode cancelar aporte de R$ 6,5 bilhões para 2017-2019

FONTE:http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23468/gm-ameaca-rever-investimento-no-pais

PEDRO KUTNEY, AB

Ammann: otimismo revisado para pessimismo
Seis meses de aprofundamento da crise econômica no Brasil fizeram a General Motors e o seu presidente mundial Dan Ammann mudar rápido de ideia quando ao potencial do País nos próximos anos. Em julho de 2015, dizendo-se confiante no potencial do mercado brasileiro apesar do cenário adverso, o executivo anunciou que a companhia faria um aporte adicional de R$ 6,5 bilhões entre 2017 e 2019 para desenvolver aqui nova família de veículos de segunda linha para países subdesenvolvidos (leia aqui). Sete meses depois, no fim da semana passada, em entrevista somente ao jornal O Estado de S. Paulo, Ammann revisou drasticamente suas perspectivas, dizendo que a GM vai “reavaliar” o investimento caso não aconteçam “sinais de avanços políticos e econômicos nos próximos 6 a 12 meses”. Solicitada a confirmar as declarações, a assessoria da GM do Brasil limitou-se a informar que a empresa não vai comentar a entrevista.

Segundo Ammann relatou ao jornal, a GM já viveu diversas crises no País, “mas o que mais nos preocupa agora é que pode não haver solução nos próximos três anos” em termos de recuperação do mercado brasileiro, que em 2015 teve retração de 23% nas vendas e este ano é esperada nova contração que pode derrubar o patamar para menos de 2 milhões de veículos pela primeira vez em uma década. “A pergunta mais importante é saber quando vamos ver estabilidade para criar uma situação que permita continuar nossos investimentos”, acrescentou.

Como o plano era continuar a fazer mais do mesmo – carros sem atratividade global, só vendidos regionalmente –, o câmbio favorável para exportações também não anima a companhia. Muito pelo contrário, o executivo disse que o real desvalorizado mais atrapalha do que ajuda, pois torna mais caras as importações de componentes.

CAIXA-PRETA

Apesar de todos os anúncios de investimentos no Brasil, é impossível confirmar se a GM – e diversas outras montadoras – está de fato aplicando tudo que disse que iria aplicar. Pode ser que o aporte a ser revisado jamais saia do papel independentemente da situação econômica. Mesmo o programa anterior, de R$ 6,5 bilhões de 2014 a 2016, tem todos os ingredientes para ser inverossímil, já que a companhia não fez nenhum gasto desse porte nos últimos anos. Tudo está dentro de uma caixa-preta, sem nenhuma transparência.

Pelo que se sabe, a GM não tem caixa próprio suficiente no País para bancar investimento deste porte, vem registrando seguidos prejuízos na região, também não se conhece nenhum aporte feito pela matriz nos últimos anos para cobrir gastos desse tamanho. Por outro lado, a empresa não contratou nenhum grande financiamento junto ao BNDES, principal financiador dos investimentos do setor. A última vez que a GM do Brasil recorreu ao banco de fomento foi em 2009, segundo registros do BNDES para captar R$ 180 milhões aplicados ao desenvolvimento de nova família de veículos compactos no País – que no caso já foram lançados. O valor é muito pequeno para cobrir os bilhões anunciados pela companhia.

1 9 10 11 12 13 16