VW atualiza Gol e Voyage e baixa preços

VW atualiza Gol e Voyage e baixa preços

Com mais conectividade, marca tenta recuperar terreno perdido

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23485/vw-atualiza-gol-e-voyage-e-baixa-precos

PEDRO KUTNEY, AB

Gol e Voyage: reestilização leve por fora e mais conteúdo por dentro
Para tentar recuperar terreno perdido, aVolkswagen investiu R$ 363 milhões na atualização de dois de seus modelos mais vendidos no Brasil, Gol e Voyage, que após anos de liderança em seus segmentos cederam espaço para concorrentes mais modernos. Depois de 27 anos na posição número um do mercado brasileiro, o Gol perdeu o posto há dois anos e hoje é apenas o quinto hatch compacto mais vendido do País. O Voyage também ocupou as primeiras posições mas fechou 2015 na quarta colocação entre os sedãs pequenos. Para mudar esse cenário, a VW aposta na maior oferta de equipamentos e conectividade para ambos os carros, com preços mais baixos do que a concorrência pratica para veículos com o mesmo nível de equipamentos.

Jorge Portugal, vice-presidente de vendas de marketing da Volkswagen do Brasil, afirma que Gol e Voyage são os primeiros de uma nova safra de produtos que buscam atender com melhor custo-benefício as necessidades dos clientes, para tornar a marca novamente uma referência do mercado. O executivo diz que, para atingir esse objetivo, as margens foram sacrificadas. Com isso, os preços da nova versão do Gol estão, em média, 2,5% mais baratos, enquanto a tabela do Voyage baixou 5,7%.

Como exemplo, Portugal citou o preço da versão mais vendida hoje do Gol, a Trendline 1.0 equipada com os opcionais ar-condicionado e sistema elétrico de vidros, travas e retrovisores, que tinha preço sugerido de R$ 38.790 e, nos cálculos da montadora, deveria passar a R$ 39.600 com o novo motor 1.0 seis cavalos mais potente e outras atualizações. “Mas para o carro nesta configuração vamos cobrar R$ 37.690, ou R$ 1.910 a menos do que deveríamos estar cobrando”, destacou o executivo. O “desconto” projetado para o Voyage Trendine 1.0 é ainda maior, de R$ 3.520, considerando que o sedã custava R$ 46.090, deveria custar R$ 47.310 e será vendido a R$ 43.790.

Em uma comparação com os quatro concorrentes que hoje vendem mais do que o Gol (pela ordem, Chevrolet Onix, Fiat Palio, Hyundai HB20 e Ford Ka), todos na configuração mais demandada atualmente pelos clientes, incluindo ar-condicionado, direção assistida, trio elétrico e sistema de som, a Volkswagen afirma que seu hatch é de R$ 2 mil a R$ 5 mil mais barato. “Reposicionamos o carro, o custo-benefício é diferente”, afirma Henrique Sampaio, gerente de marketing de produto.

Os pacotes de opcionais estão mais concisos e menos confusos. A versão de entrada Trendline é bastante espartana, mas já vem de série com direção hidráulica, ajuste de altura do banco do motorista e acionamento elétrico de vidros dianteiros e travas. Os únicos opcionais são ar-condicionado e sistema de som. A opção intermediária Confortline já vem com tudo isso incluído e pode receber o pacote opcional de conectividade mais completo. “Estamos reduzindo os opcionais, é algo que o cliente não quer mais, porque não entra na valorização do carro”, explica Sampaio.

MENOS POR FORA E MAIS POR DENTRO

Os novos Gol e Voyage que chegam às concessionárias este mês passaram por uma leve reestilização externa e ganharam mais conteúdo interno. Por fora, as linhas foram quase que imperceptivelmente retocadas, com vincos reforçados para “alargar” o visual e mudanças maiores nos faróis e lanternas, que deixaram os modelos mais alinhados com o design global da Volkswagen.

Por dentro estão as grandes diferenças em relação à geração anterior (de 2012), com painel completamente novo, incluindo o quadro de instrumentos (cluster) com computador de bordo central multiconfigurável, além de sistema de infoentretenimento opcional que pode espelhar as funções do smartphone na tela central, por meio das interfaces Mirror Link, Apple Carplay e Android Auto. Na configuração mais completa, Gol e Voyage agora estão mais parecidos com os carros globais da VW.

Ambos agora têm a arquitetura eletroeletrônica global da VW, assim como já aconteceu com o Fox em 2015. Os carros podem receber sistema completo de conectividade e navegação GPS, com a instalação de dois tipos de tela sensível ao toque no centro do painel, que podem ser de série ou compradas como opcional, a depender da versão do modelo. Sinal dos tempos em que o celular virou parte do corpo humano, todas as versões de Gol e Voyage podem ter opcionalmente um suporte original de fábrica para fixar o smartphone em um pequeno pedestal no centro do painel.


Os quatro tipos de sistema de infoentretenimento oferecidos nos novos Gol e Voyage: da esquerda para a direita, Media, Media Plus, Composition Toch e Discover Nav

São quatro opções de sistema de infoentretenimento para os dois modelos. O mais básico é o Media, disponível apenas como opcional na versão de entrada Trendline. Sem tela, conjuga rádio AM/FM com entradas para reprodução de arquivos de som por SD Card, USB e auxiliar, além de conexão via Bluetooth e microfone para falar ao telefone celular. A versão intermediária Confortline já vem de série com o Media Plus, que acrescenta CD player, reprodução de iPod/iPhone via USB e o Parking System, com alarmes sonoros que ajudam a estacionar. Esta opção já vem preparada para receber comandos dos botões do volante multifuncional – opcional para a versão Confortline e de série na Highline.

Já o topo de linha Highline vem equipado com o sistema Composition Touch – que pode ser instalado opcionalmente nas versões Confortline. Tem todas as funções já citadas e tela sensível ao toque de cinco polegadas, que espelha funções do smartphone.

O sistema mais completo Discover Media tem navegador GPS e só pode ser agregado como opcional nos Gol e Voyage Confotline ou Highline. A tela tátil é maior, de 6,33 polegadas, e mostra o monitoramento do sensor de estacionamento, ajuste gráfico do som, interatividade por comandos de voz e pareamento de até dois celulares por Bluetooth, incluindo a leitura de mensagens SMS nos alto-falantes.

Para o lançamento, nos três próximos meses a Volkswagen vai vender com preços mais baixos a versão especial Gol Connect, que tem todos os equipamentos da opção Confortline mais o pacote completo de conectividade Discover Media. Esta versão também tem acabamento interno exclusivo, com apliques azulados, e uma cor externa única, Azul Lagoon. “Vamos fazer cerca de 700 unidades só para o lançamento”, promete Sampaio.

NOVO E VELHO MOTORES

As versões 1.0 dos novos Gol e Voyage agora usam só o novo e eficiente motor MSI, da família EA211, de três cilindros e 82 cavalos abastecido com etanol (ou 75 cv com gasolina), o mesmo que estreou em 2013 no Fox e em 2014 no Up!, com bloco e cabeçote de alumínio. Ele é 10% mais potente e 8% mais econômico do que o antigo motor 1.0 EA111 de quatro cilindros, que agora foi definitivamente aposentado pela Volkswagen no Brasil.

Já as versões 1.6 vão continuar a usar o velho powertrain quatro-cilindros EA111 de 104/101 cv, com bloco de ferro. Existe a opção de câmbio manual ou automatizado I-Motion. O novo 1.6 MSI quatro-cilindros EA211 de 120 cv, que já equipou o Gol Rally e é usado em algumas versões do Fox e Golf, não será mais oferecido na linha Gol e Voyage.

Também não está nos planos a oferta no Gol e Voyage do motor 1.0 turbinado que equipa o Up! TSI. “Avaliamos que o motor 1.6 EA111 atende 100% o que o mercado demanda para esse produto”, diz Sampaio.

APRENDIZADO

Desenvolvido no Brasil e lançado pela primeira vez em 1980, em seus 36 anos de mercado com 6,7 milhões de unidade vendidas no Brasil e 1 milhão exportadas para 60 países, o Gol é o carro mais produzido, vendido e exportado da história da indústria automobilística brasileira. Por isso o modelo serviu de plataforma de aprendizado para a engenharia brasileira da Volkswagen. “Nós aprendemos até hoje com o Gol e sua evolução. Sua robustez é usada como base de todo desenvolvimento no País”, afirma José Loureiro, gerente de desenvolvimento de produto.

Segundo Loureiro, não foi diferente desta vez. Foram 1,2 milhão de quilômetros rodados e milhares de horas de testes de laboratório feitos antes de lançar os novos Gol e Voyage, que se não demonstram grandes renovações ao olhar externo, passaram pelo pente-fino da engenharia. “O carro inteiro foi totalmente recertificado, refizemos todos os testes”, explica Loureiro.

A Volkswagen informa que o investimento de R$ 363 milhões para atualizar os dois modelos envolveu o desenvolvimento de engenharia veicular e de motor, aquisição de bens de capital para modernização do processo produtivo e treinamento dos trabalhadores. A área de montagem final das fábricas de Taubaté e Anchieta (São Bernardo do Campo) precisou de novos dispositivos para o encaixe da estrutura do novo painel que agrega as principais inovações tecnológicas.

Embora renovados e atualizados, os novos Gol e Voyage ainda são montados sobre a plataforma regional PQ24. Eles deverão cumprir uma espécie de mandato tampão pelos próximos dois anos, até que possam ser montados sobre a plataforma modular global MQB, sobre a qual podem ser feitos 43 modelos das marcas do Grupo Volkswagen, como Golf e Audi A3 que já são montados na fábrica de São José dos Pinhais (PR).

Veja abaixo todos os preços dos novos Gol e Voyage:

GOL
• Trendline 1.0: R$ 34.890
• Trendline 1.6: R$ 40.190
• Confortline 1.0: R$ 42.690
• Confortline 1.6: R$ 47.490
• Confortline 1.6 I-Motion: R$ 50.790
• Highline 1.6: R$ 51.990
• Highline 1.6 I-Motion: R$ 55.290
• Connect 1.0: R$ 45.190
• Connect 1.6: R$ 49.990
• Connect 1.6 I-Motion: R$ 53.290

VOYAGE
• Trendline 1.0: R$ 40.990
• Trendline 1.6: R$ 44.590
• Confortline 1.0: R$ 46.490
• Confortline 1.6: R$ 49.790
• Confortline 1.6 I-Motion: R$ 53.090
• Highline 1.6: R$ 55.290
• Highline 1.6 I-Motion: R$ 58.590

Volare mostra novo miniônibus Cinco

Volare mostra novo miniônibus Cinco

Modelo com chassi próprio recebeu investimento superior a R$ 180 milhões

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23439/volare-mostra-novo-minionibus-cinco

REDAÇÃO AB

Linha dedicada ao modelo tem capacidade para até 40 unidades diárias
A Volare promete para este primeiro semestre o miniônibus Cinco, um modelo com chassi próprio e capacidade entre 13 e 20 passageiros a ser produzido na fábrica de São Mateus (ES). “O projeto custou cerca de R$ 80 milhões. Ele será montado em um novo galpão com 20 mil metros quadrados onde investimos mais de R$ 100 milhões”, afirma o diretor-geral da empresa, Gelson Zardo. A capacidade instalada é para 35 a 40 unidades por dia.

Como veículo de cinco toneladas de Peso Bruto Total (PBT), o modelo será beneficiado pela linha Finame. “Ainda não temos preços definidos, mas a intenção é que sejam competitivos em relação a Renault Master e Mercedes-Benz Sprinter”, diz Zardo. A Volare ainda não divulga ficha técnica completa do veículo, que tem altura máxima (considerando o ar-condicionado) próxima a 2,8 metros. As dimensões internas reveladas incluem altura de 1,93 m e largura de 1,91 m.

O motor será o Cummins ISF 2.8 de 140 cavalos Euro 5. Haverá versão Euro 3 para exportação. A transmissão escolhida foi uma Eaton de cinco marchas. A Dana fornecerá os eixos dianteiro e traseiro. A ideia de fabricar o próprio chassi em vez de comprá-lo da Agrale ou Mercedes teria vindo da necessidade de redução de peso e melhor adequação ao projeto: “Normalmente encarroçamos os chassis, mas desta vez precisávamos ‘enchassizar’ uma carroceria”, afirma o diretor de engenharia e design Roberto Poloni. Ele estima 300 a 400 quilos a menos no peso final pela utilização da estrutura dedicada ao novo veículo.

A carroceria é produzida com material plástico pelo processo SMC, iniciais de Sheet Mouldind Compound, que faz a pré-conformação a quente da resina, das fibras de reforço e outros componentes empregados, resultando em peças mais leves, uniformes e bem-acabadas que as de fibra de vidro convencionais. A nova geração do jipe Troller T4 lançada em 2014 também emprega esse processo.

A Volare fará versões de turismo, fretamento e escolar, para 13, 16 e 20 passageiros, respectivamente. “Poderá haver equilíbrio nas vendas das três versões ou volume um pouco maior para a de turismo”, estima Zardo. Automotive Business entrou numa unidade para 13 passageiros. Chamam a atenção a facilidade de acesso, a largura do corredor, a grande área envidraçada e o desenho atual do painel de instrumentos. O espaço traseiro para bagagens e os maleiros internos são generosos.

O modelo tem motor dianteiro e tração traseira. A lista de equipamentos terá rádio, navegador GPS, DVD player, câmera de ré e entradas USB e para cartão SD. A arquitetura eletrônica de chassi e carroceria conta com projeto interligado desenvolvido pela engenharia da Volare.

A fabricante pretende enviar o novo modelo para países como Peru, Chile e Colômbia. “Também queremos exportá-los, a partir de outubro, para a África do Sul”, diz o diretor-geral. O Volare não divulgou projeções de vendas durante a apresentação prévia do modelo por causa da retração de mercado, que no caso dos micro-ônibus foi de cerca de 60%, enquanto a queda média para os ônibus em 2015 foi de 38,9% em relação a 2014.

Ford de Camaçari terá 2 mil em layoff em março

Ford de Camaçari terá 2 mil em layoff em março

Trabalhadores fazem parte do terceiro turno, que será encerrado

http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23427/ford-de-camacari-tera-2-mil-em-layoff-em-marco

REDAÇÃO AB

Cerca de 2 mil trabalhadores da Ford de Camaçari (BA) entrarão em layoff no dia 14 de março. A suspensão temporária dos contratos de trabalho foi aprovada em assembleia dos metalúrgicos no início do mês como forma de impedir a demissão em massa dos funcionários do terceiro turno da unidade baiana.

Como ocorre em regra num layoff, os metalúrgicos ficarão afastados por cinco meses, período em que vão receber cursos de atualização profissional. O complexo Ford tem cerca de 9 mil colaboradores e a retração nas vendas também obrigou a companhia a dar férias coletivas para toda a unidade durante o mês de fevereiro.

A fábrica baiana produz a linha Ka, motores 1.0 de três cilindros e também o EcoSport, cujas vendas em 2015 recuaram 37,6% em relação ao ano anterior por causa do recuo do mercado e também pelo aumento da concorrência, que tirou dele a liderança entre os utilitários esportivos. O Ford terminou o ano passado na quarta posição, atrás de Honda HR-V, Jeep Renegade e Renault Duster.

Jaguar Land Rover amplia vendas globais em janeiro

Jaguar Land Rover amplia vendas globais em janeiro

Companhia começou o ano com aumento de 24% nas entregas

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23440/jaguar-land-rover-amplia-vendas-globais-em-janeiro

REDAÇÃO AB

A Jaguar Land Rover começou 2016 com bons resultados. A empresa ampliou em 24% as suas vendas globais em janeiro na comparação com o mesmo mês do ano passado com a entrega de 46 mil veículos globalmente. A evolução foi de 65% na Europa, de 36% no Reino Unido, de 9% na América do Norte e de 5% na China. No mercado que a companhia chama de internacional, que inclui a América Latina, a alta chegou a 15%.

Entre as marcas, a Land Rover alcançou recorde para o mês, com 38 mil veículos vendidos, volume 20% superior ao registrado há um ano. O Brasil contribuiu com o resultado com a boa demanda pelo Discovery Sport. As vendas da marca no País cresceram 14,7%, para 735 unidades. Já a Jaguar teve o melhor resultado desde 2005, com 7,9 mil carros negociados em todo o mundo. No Brasil foram emplacadas 51 unidades em janeiro, com expansão de 112%.

“Sabemos que o mercado está sensível e, sem dúvida, estamos atentos aos movimentos do setor. Por isso, contar com resultados tão expressivos como os obtidos em janeiro nos faz acreditar ainda mais na recuperação da economia e no aquecimento gradual do mercado”, aponta em comunicado Ruben Barbosa, diretor de vendas da Jaguar Land Rover para América Latina e Caribe.

Anfavea insiste em culpar só imposto por preço alto no Brasil

Anfavea insiste em culpar só imposto por preço alto no Brasil

Entidade destaca carga tributária, mas não abre caixa preta dos preços

FONTE:http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23398/anfavea-insiste-em-culpar-so-imposto-por-preco-alto-no-brasil

GIOVANNA RIATO, AB

A Anfavea, associação dos fabricantes de veículos, enfim apresentou o estudo do preço do carro vendido no Brasil, prometido desde que Luiz Moan tomou posse como presidente da entidade, em 2013. Os dados reunidos, no entanto, tratam mais da carga tributária do que efetivamente do quanto um consumidor precisa desembolsar para comprar um automóvel. “O brasileiro paga dois carros e leva um”, simplifica o dirigente.

Segundo destaca Moan, um automóvel com motor entre 1.0 e 2.0 tem carga tributária de 54,8% no País, considerando o total de impostos aplicados sobre o preço de custo do veículo e os tributos embutidos na cadeia produtiva e não-recuperáveis. Com isso, o Brasil tem encargos mais pesados do que países como a Rússia, onde os impostos chegam a 22%, e os Estados Unidos, onde o porcentual é de 7,5%. Para carros com motorização até 1.0 a carga é de 48,2%. Segundo a Anfavea, isso quer dizer que vão para os cofres públicos 27,1% do preço de venda de um veículo da categoria.

Traduzindo em moeda, Moan aponta o exemplo do Fiat Palio Fire, automóvel mais barato à venda no Brasil, com preço de tabela de R$ 28,3 mil para a versão duas portas 1.0. Convertido em dólar, na cotação de janeiro deste ano, o montante daria US$ 7,3 mil. Caso fosse descontada toda a carga tributária apontada pela Anfavea, este preço cairia para US$ 4,9 mil, valor baixo se comparado com os preços internacionais. Pode até ser, mas o Palio Fire e seu baixo nível de conteúdo só existe no Brasil e países vizinhos, portanto não há como compará-lo com um carro global. Além disso, o real desvalorizado deixa qualquer veículo bem barato em dólares.

Moan insiste que, mesmo com tantos encargos, o preço do carro brasileiro evolui em ritmo menor do que a inflação. O IPCA, considerando toda a economia, aumentou 187,3% de 2004 a 2015, ao passo que a evolução dos valores dos veículos neste mesmo período foi de 123,4%. “Em 1995 um Volkswagen Gol custava o equivalente a US$ 9 mil, o que correspondia a 107 salários mínimos. Em 2015 este valor era de US$ 8,2 mil, algo em torno de 40 salários mínimos”, indica. Claro, o salário mínimo subiu acima da inflação e o real perdeu mais de 50% de seu valor diante do dólar só no último ano, o que distorce completamente essa comparação.

MAS E O PREÇO DO CARRO?

Os dados expostos pela Anfavea mostram que o plano de abrir a caixa preta do preço do carro no Brasil ficou só na promessa. No lugar de um estudo do valor cobrado por automóveis no País, a entidade mostrou levantamento sobre a carga tributária. Há quase três anos a Anfavea declarou estar trabalhando no material. Ainda assim, os dados foram divulgados oportunamente quando o dólar está valorizado, o que dá a falsa impressão de que os preços praticados no Brasil estão abaixo do mercado global.

A comparação mais justa deveria ser feita pela paridade de poder de compra ao mostrar, por exemplo, quantos salários médios são necessários para comprar determinado carro no mercado nacional e em outros países. Neste caso, o modelo analisado teria de ter o mesmo nível de equipamentos nos dois países, incluindo sistemas como controle eletrônico de estabilidade (ESC), que é obrigatório na Europa, mas localmente ainda tem participação tímida nas vendas.

Vendas de importados caem 45,3% em janeiro

Vendas de importados caem 45,3% em janeiro

Foram emplacados pouco mais de 3,6 mil veículos no mês, aponta Abeifa

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23407/vendas-de-importados-caem-453-em-janeiro

REDAÇÃO AB

BMW Série 3 foi o modelo mais fabricado por uma associada da Abeifa em janeiro, com 247 unidades
As vendas de veículos importados pela Abeifa – Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores – recuaram 45,3% em janeiro na comparação com idêntico mês do ano passado ao atingir volume de pouco maior que 3,6 mil unidades, de acordo com dados divulgados pela entidade.

Sobre dezembro de 2015, quando as associadas licenciaram 4,9 mil unidades, a queda foi um pouco menor, de 25,3%.

Segundo a entidade, o resultado do primeiro mês do ano reflete a mesma situação conjuntural que afetou o desempenho do mercado ao longo de 2015. Diante da incerteza dos cenários político e econômico, os consumidores continuam postergando suas compras e ponderando investimentos. Sobre os importados interferem de forma mais contundente a taxa de câmbio nos níveis atuais que continua impactando fortemente todas as atividades de importação.

“O ano começa no mesmo ritmo de 2015, com queda nas vendas, sinalizando que o consumidor ainda permanece refratário a investir e aguardando sinais nítidos de que haverá melhora da economia”, declara presidente da Abeifa, Marcel Visconde.

O desempenho da produção nacional de veículos das marcas associadas à Abeifa em janeiro também apresentou queda em relação ao mês de dezembro de 2015. As 634 unidades montadas por BMW, Chery e Suzuky produzidas no primeiro mês do ano representaram redução de 56,9 % sobre igual mês do ano passado. Deste total, 390 unidades são dos modelos BMW Série 1, Série 3, X1 e X3. Os Chery Celer hatch e sedã somaram 89 unidades fabricadas em janeiro, enquanto o jipinho Suzuki Jimny teve 155 unidades produzidas.

Produção de caminhões cai 50,5% em janeiro

Produção de caminhões cai 50,5% em janeiro

Setor montou apenas 4,1 mil unidades por causa da baixa demanda

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23393/producao-de-caminhoes-cai-505-em-janeiro

MÁRIO CURCIO, AB

Como reflexo de estoques elevados e fraca demanda, a produção de caminhões em janeiro foi de apenas 4,1 mil unidades, resultando em queda de 50,5% em relação ao mesmo mês do ano passado. Os modelos com maior retração, de 59,7%, foram os semipesados.

Em unidades chama a atenção o baixo volume de semileves fabricado no mês, 90 unidades, com queda de 33,8%. Os números foram divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

- Veja aqui os números da Anfavea

O recuo nos emplacamentos foi menor, 42,4%, decorrente de 4,4 mil unidades. “Como ocorre demora no emplacamento dos caminhões que precisam receber implemento, os resultados fracos de janeiro refletem o que ocorreu em outubro, quando houve a interrupção do Finame PSI”, afirma o vice-presidente da Anfavea, Marco Saltini.

A menor queda em emplacamentos (-26,3) foi para os pesados. Segundo Saltini, isso ocorreu provavelmente porque o segmento (formado pelos cavalos mecânicos) não depende do implemento para ser emplacado.

Diante da dificuldade de elaborar um retrato preciso dos caminhões com os números de um único mês, Saltini diz: “Teremos uma visão mais clara em março, já que fevereiro tem menos dias úteis.”

EXPORTAÇÕES

Neste primeiro mês de 2016 o Brasil enviou 842 caminhões ao mercado externo. Apesar do esforço do País para exportar, o volume foi 28% menor que o anotado em janeiro do ano passado. Os maiores volumes foram de semipesados e pesados, com 254 e 290 unidades, respectivamente.

ÔNIBUS ACOMPANHAM RETRAÇÃO

A produção de ônibus em fevereiro somou pouco menos de 1,2 mil unidades, resultando em queda de 48,9% ante o mesmo mês de 2015. Em licenciamentos, as 1.033 levaram a recuo de 44,9%: “Teoricamente, teríamos para os ônibus um primeiro semestre com crescimento por causa das eleições. A queda indica que o poder público está ‘meio quebrado’, muitas licitações não ocorreram. E o setor privado estaria investindo menos, até pela insegurança por possíveis depredações decorrentes de reajustes de tarifa”, diz Saltini.

As exportações de ônibus em janeiro totalizaram 322 unidades, com alta de 13% sobre o mesmo mês do ano passado. O maior volume enviado foi de modelos urbanos, com 202 unidades e acréscimo de 32,9%.

Vendas de veículos têm queda de 39% em janeiro, aponta Fenabrave

Vendas de veículos têm queda de 39% em janeiro, aponta Fenabrave

Licenciamentos somaram 155,3 mil unidades, entre leves e pesados

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23370/vendas-de-veiculos-tem-queda-de-39-em-janeiro-aponta-fenabrave

REDAÇÃO AB

O ano já começou fora da curva para o mercado automotivo: as vendas de veículos tiveram queda de 39% no primeiro mês de 2016 ao somarem 155,3 mil unidades, entre leves e pesados, contra os 253,7 mil veículos registrados em igual período de 2015, segundo dados do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam) e divulgados na segunda-feira, 1º, pela Fenabrave, a associação dos concessionários. Sobre dezembro de 2015, os licenciamentos de janeiro foram 21,5% menores.

- Veja aqui os dados da Fenabrave.

A maior retração foi registrada pelo segmento de veículos pesados que engloba caminhões e ônibus. Com 5,6 mil unidades, sendo 4,3 mil caminhões, os licenciamentos ficaram 43,5% abaixo do verificado há um ano, quando o mercado absorveu 9,9 mil veículos. O índice de queda de 43% é o mesmo tanto para caminhões quanto para ônibus.

Já o emplacamento de leves que inclui automóveis e comerciais leves caiu em proporção um pouco menor menor, de 38,6%, para um total de 149,7 mil unidades, puxado pela queda de 51% dos comerciais leves, com 18,4 mil unidades sobre volume de 37,7 mil do ano anterior. Automóveis somaram 131,2 mil unidades, recuo de 36,3% no comparativo anual.

Em comunicado, o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção, aponta fatores que influenciaram o desempenho neste início de ano:

“Começamos 2016 sem expectativa de crescimento, porém, os resultados de janeiro não devem ser balizadores para as projeções para o ano, pois este mês é atípico historicamente, e carrega aspectos negativos por algumas razões que não se repetem ao longo do ano. Como ocorre tradicionalmente no mês de dezembro, as promoções atrativas de final de ano se destacaram e os consumidores estavam com mais disponibilidade de recursos, em função do 13º salário, provocando alguma antecipação de compra. Esse aumento de demanda no fim do ano passado refletiu, diretamente, no baixo desempenho das vendas em janeiro deste ano, que já é um mês mais fraco em função das despesas extras das famílias, com matrículas e materiais escolares, impostos como IPVA, entre outros que inibem investimentos. Esse ano a retração de janeiro se mostrou ainda mais acentuada na comparação com o mesmo mês de 2015 porque, naquela época, ainda havia veículos disponíveis com redução do IPI, favorecendo o mercado.”

A Fenabrave estima mais uma queda anual após o tombo registrado em 2015 (leia aqui), embora espere certa acomodação do mercado.

“Faremos as revisões [das projeções] a cada três meses para que possamos avaliar melhor o comportamento do mercado e o viés da economia, mas acreditamos que o pior resultado ocorreu em 2015 e que este ano não deve trazer os mesmos níveis de queda”, argumenta Assumpção.

GM faz recall do Sonic por risco de incêndio

GM faz recall do Sonic por risco de incêndio

Convocação vale também para quem comprou peças na rede autorizada

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23363/gm-faz-recall-do-sonic-por-risco-de-incendio

REDAÇÃO AB

Convocação atinge hatches e sedãs feitos de 2012 a 2014
A possibilidade de vazamento de combustível em caso de capotamento e consequente risco de incêndio levou a GM a fazer um recall de modelos Sonic (hatch e sedã) fabricados entre 21 de janeiro de 2012 a 8 de março de 2014. O motivo é a utilização de um anel de vedação da bomba de combustível fora das especificações. A solução para o problema é a substituição do anel de vedação. O atendimento tem início imediato.

O defeito atinge unidades com numeração final de chassi entre CB058382 e ES637073. A convocação vale também para quem comprou bomba ou medidor de combustível, além do anel de vedação, em uma loja da Chevrolet para efetuar reparos fora da concessionária.

Os consumidores devem agendar uma visita à rede autorizada para substituição gratuita do componente. O tempo previsto é de uma hora e dez minutos. Outras informações podem ser obtidas pelo site www.chevrolet.com.br ou no 0800 702-4200.

JAC Motors revê projeto de fábrica brasileira

JAC Motors revê projeto de fábrica brasileira

Companhia anuncia montagem do T5 e busca se adequar ao Inovar-Auto

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23367/jac-motors-reve-projeto-de-fabrica-brasileira

GIOVANNA RIATO, AB

Companhia pretende montar SUV no Brasil a partir de 2017
A JAC Motors enfim jogou a toalha do plano de construir fábrica para 100 mil carros por ano no Brasil. O projeto anunciado em 2011, que se arrasta desde então sem qualquer evolução, foi readequado. Agora a companhia confirma que pretende apenas montar veículos no Brasil a partir de kits importados da matriz chinesa, sem a pretensão de instalar linha de produção completa.

A planta terá capacidade para 20 mil unidades anuais, com início da operação previsto para o primeiro trimestre de 2017 com o utilitário esportivo T5. “Com volume menor, tivemos de abandonar a ideia de produzir carro barato e buscar melhor economia de escala com um SUV”, esclarece Eduardo Pincigher, diretor de assuntos corporativos da empresa no Brasil. Assim como o plano anterior, a unidade será instalada na Bahia. A empresa ainda pondera se vai construir a estrutura necessária no terreno que já tem na cidade de Camaçari ou se o melhor é alugar um espaço já pronto em outro município.

O T5 chega importado e começa a ser vendido antes da inauguração da unidade, em março deste ano, com preços que começam na faixa dos R$ 60 mil. O novo projeto demanda investimento de R$ 200 milhões, mais suave do que o aporte de R$ 1 bilhão necessário para o concretizar o plano anterior. Ao enxugar as ambições para a sua fábrica nacional, a empresa também alivia a burocracia envolvida no processo ao desfazer a sociedade com a matriz chinesa. “Por ser uma estatal, cada detalhe tinha de ser aprovado pelo governo chinês também. Isso atravancava o processo. Agora vamos conseguir andar mais rápido”, acredita Pincigher.

Segundo ele, o negócio continuará amparado pela matriz da empresa, que garantirá boa parte da infraestrutura, como máquinas e projetos de engenharia, mas caminhará de forma independente. A saída da parceria chinesa também reflete o tombo do mercado nacional de veículos, que levou junto a operação local da JAC Motors. Em 2011, ano em que fez sua estreia no Brasil, a empresa vendeu 3 mil carros em seu primeiro mês cheio de atividades, com apenas dois modelos no portfólio, o hatchback J3 e o sedã J3 Turin. Na época a meta era alcançar vendas anuais de 35 mil veículos. As coisas, no entanto, não evoluíram como o esperado e em 2015 a empresa terminou o ano com pouco mais de 5 mil carros emplacados, apesar de ter oito modelos na gama.

O convidativo mercado brasileiro, que seria a porta de entrada da JAC Motors para o ocidente na visão dos executivos da empresa na China, perdeu boa parte de seu brilho. Pincigher aponta que a região permanece importante no cenário automotivo global, mas o potencial fica para o longo prazo. “Ainda temos uma relação de número de habitantes por veículo menor do que a da Argentina, um território enorme e, portanto, a expectativa de voltar a ser um dos maiores mercados do mundo no futuro”, diz. Ele aponta que a marca quer garantir seu espaço, firmando-se entre as médias e grandes empresas do setor em volume de vendas na região.

INOVAR-AUTO AINDA É DESAFIO

Por mais que a JAC Motors defenda o potencial do mercado brasileiro, o fato é que a empresa tem mais um bom motivo para seguir com o plano de montar carros localmente, ainda que de forma mais tímida. A companhia precisa cumprir o compromisso com o governo firmado quando se habilitou como investidora no Inovar-Auto, regime automotivo que entrou em vigor em janeiro de 2013.

O programa impõe o adicional de 30 pontos porcentuais no IPI das empresas que não cumprirem algumas exigências, como atingir metas de eficiência energética. Além disso, a política industrial concede cota de 4,8 mil carros que pode ser importada anualmente sem a alíquota majorada. No caso das montadoras que se inscreveram com programas de investimento no Brasil, o Inovar-Auto concede crédito presumido de IPI para a importação de carros até que a produção local seja inaugurada. Este é um dos compromissos que podem ter influenciado a empresa a investir na montagem local mesmo com a queda do mercado.

“Temos feito reuniões com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior para apresentar o novo projeto a eles e atender a todas as exigências”, conta Pincigher. Ele assegura que a companhia não tem preocupação com o crédito presumido de IPI, já que, com o volume de vendas mais baixo, a cota de importação de 4,8 mil unidades tem sido suficiente e não foi necessário recorrer ao volume adicional.

Com o projeto mais enxuto, a empresa pretende se adequar a outra categoria do Inovar-Auto: a de fabricante com baixo volume de produção, restrita a empresas com capacidade produtiva de até 35 mil unidades por ano. A estratégia é igual a usada pelas marcas premium BMW, Audi e Jaguar Land Rover para montar automóveis localmente sem a necessidade de atingir índice de conteúdo nacional tão elevado nos carros.

Para se habilitar nesta categoria, no entanto, é necessário investir R$ 17 mil em ativos fixos por unidade prevista para a capacidade produtiva, o que no caso da JAC Motors daria R$ 340 milhões, montante superior aos R$ 200 milhões que a empresa reserva para a operação. Desta forma, ainda deve demorar alguns meses para que a empresa chegue a um consenso com o governo sobre o projeto de fábrica nacional. Na prática, o novo anúncio da JAC Motors dá um horizonte mais realista para a marca no Brasil, mas ainda deixa margem para dúvidas sobre o potencial que o plano tem de se concretizar.

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