Pontos na CNH. Qual o limite?

multas1470522948

Uma preocupação constante entre todos os motoristas é em relação à possibilidade de ser multado. Sabemos que cometer uma infração gera, além da multa e do valor a ser pago, pontos na CNH (Carteira Nacional de Habilitação). Esses pontos geram tanta ou mais dor de cabeça ao condutor, devido às consequências a que eles podem levar.

Contudo, é importante ter conhecimento, além dos riscos que corremos enquanto motoristas, dos direitos assegurados por lei. Saber como proceder ao ser multado ajuda no momento de buscar a resolução do problema. Por isso, neste artigo falaremos sobre o limite de pontos que podem ser somados na CNH e o que se pode fazer para evitar acumulá-los.

Com quantos pontos se perde a CNH?
Quando se comete uma infração, a possibilidade de que o condutor seja multado é latente. Sempre que se recebe uma multa, pontos são anotados na carteira de motorista, o que, normalmente, chamamos de pontos na carteira. Esta pontuação varia de acordo com a gravidade da infração cometida.

O artigo 259 do CTB (Código de Trânsito Brasileiro) determina a pontuação equivalente ao tipo de infração cometida. Vale lembrar que as infrações são divididas em leves, médias, graves e gravíssimas. É preciso estar atento à quantidade de vezes em que se recebe uma multa de cada tipo, pois, dependendo da multa, a pontuação da CNH cresce rapidamente.

Multas leves, como, por exemplo, parar o veículo afastado do meio-fio na distância compreendida entre 50 centímetros e 1 metro, acarreta 3 pontos na CNH. Multas consideradas médias, como passar ou ultrapassar ciclistas a menos de 1 metro e 50 centímetros de distância, gera 4 pontos na carteira.

Além dessas, existem multas consideradas graves, como conduzir o veículo sem os equipamentos de segurança obrigatórios ou que estejam em estado de inutilização, que garantem ao condutor 5 pontos na certeira de habilitação. Neste caso, O CTB determina o recolhimento do veículo para adequação.

Há ainda as multas de caráter gravíssimo, como ultrapassar em linha contínua amarela, hábito comum entre muitos motoristas, que fazem com que o condutor receba 7 pontos em sua carteira de habilitação. Mas atenção: algumas multas, como a de dirigir sem capacete, podem gerar a suspensão direta da CNH. Há que atentar ao fato de que, quanto maior a pontuação recebida por cometer uma infração, menos infrações serão necessárias para que se atinja o limite de pontuação.

Esse limite não é alto. O máximo de pontos que é permitido que o motorista acumule, no prazo de 12 meses, é 19. Com 20 pontos, o processo de suspensão já pode ser gerado. Alcançando a pontuação de 20 ou mais pontos dentro de 12 meses, acaba dando início ao processo de suspensão da carteira de motorista. Porém, essa pontuação só é permitida no caso de motoristas que já possuem habilitação há mais de 1 ano.

Antes disso, quando a pessoa está de posse da permissão do direito de dirigir, a chamada CNH provisória, é tolerável apenas o somatório de 4 pontos. Isso significa que, para não perder o direito de dirigir e não ter que refazer todo o processo de habilitação, é possível cometer apenas 1 infração leve ou 1 média. O artigo 148 do CTB determina, ainda, que não se pode reincidir em uma infração de caráter médio para solicitar a CNH permanente.

Os pontos desaparecem da carteira?
Muito se pergunta se os pontos acumulados na carteira de habilitação prescrevem em algum momento. A resposta para essa dúvida é simples: sim! O artigo 261 do Código de Trânsito Brasileiro afirma que, passados 12 meses, não se pode mais contar os pontos para que a carteira seja suspensa, desde que o motorista não atinja 20 ou mais pontos.

É possível recorrer?
Com certeza! Todo condutor, independente do tipo de infração de que está sendo acusado de ter cometido, possui direito de recorrer. Saber disso é importante para garantir um direito previsto em lei. Além disso, no caso em que o motorista atinge a pontuação máxima em 12 meses e está a perigo de ter sua CNH suspensa, recorrer pode ser de muita utilidade.

Mais do que tentar anular a autuação, recorrer pode garantir que a carteira não será suspensa, independente do resultado do processo. Explicando melhor, quando o motorista recorre, os pontos atribuídos à CNH ficam suspensos até que o julgamento chegue ao final. Caso o condutor esteja chegando ao final de 1 ano em que cometeu as outras infrações, os pontos já obtidos podem prescrever antes que a pontuação atual passe a contar, o que elimina a possibilidade de suspensão.

Algo importante a ser considerado é que as multas chegam por correio. Então, é necessário manter seu endereço sempre atualizado, para não correr o risco de ser multado e não ficar sabendo. Caso o condutor queira consultar a situação da sua CNH, é possível fazê-lo a través do site do DETRAN do estado em que reside.

De qualquer modo, vale lembrar que o melhor é manter sempre atenção às leis e buscar não cometer infrações de trânsito, para evitar qualquer tipo de complicação.

Por Gustavo Fonseca, do Blog Doutor Multas.

Mercado de locação de veículos vai na contramão da crise

Setor reúne 14 mil veículos no estado do Rio. São 842 locadoras ativas, o equivalente a 16,3% desse tipo de empresa na região Sudeste do país

fonte:
O DIA

Rio - Em meio à crise, os brasileiros encontraram na locação de veículos uma alternativa para se locomover de carro sem a necessidade de comprometer o orçamento com uma eventual compra. Levantamento feito pela Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA) comprova o crescimento desse setor. De acordo com o estudo, há 842 empresas nessa atividade no estado do Rio, que representam 16,3% das locadoras ativas no Sudeste do país. Juntas, possuem uma frota de mais de 14 mil veículos emplacados.

Associação utilizou dados estatísticos do Serpro para fazer estudo com panorama do setor de locação de veículos no paísReprodução Internet

Do total de locadoras no Rio, 557 alugam veículos sem motorista, o que representa uma frota de 12.794 automóveis. As outras 285 atuam prestando serviço de aluguel incluindo o condutor, reunindo 1.218 carros. A maioria das locadoras é de pequeno porte — 75,4% delas possui uma frota com até nove veículos. A ABLA utilizou dados estatísticos do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) para fazer o levantamento.

De acordo com o diretor da ABLA no Rio, Rodolfo Miranda Marques, o setor de locação de veículos já é responsável por comprar quase 11% de todos os automóveis e comerciais leves vendidos por ano no Brasil. “As empresas de locação são as maiores clientes das montadoras que trabalham no país”, diz.

12,1 bilhões em 2016

O faturamento nacional com a locação de automóveis e comerciais leves atingiu R$ 12,1 bilhões no ano passado. Conforme a pesquisa, há 11.199 empresas de locação de veículos ativas junto à Receita Federal, com frota de pelo menos um veículo registrado em sua propriedade nos órgãos competentes de Trânsito.

Dessas 11.199 empresas de locação ativas, 3.150, o equivalente a 28,1%, são locadoras com frota superior a nove veículos, enquanto 8.049 locadoras (71,9%) possuem frota entre um e até nove veículos.

A terceirização, que é o aluguel de frotas inteiras para empresas, órgãos públicos e empresas da iniciativa privada, teve a maior participação nesse faturamento do setor. O aluguel para turismo de lazer (25%) e a locação de veículos para profissionais em viagens de negócios (17%) completaram os nichos mais importantes para o para a locação em 2016.

Fiat Chrysler lidera ranking dos veículos em maior quantidade nas locadoras, com 24,23%, seguidas por Volkswagen, GM, Renault e FordDivulgação

Fiat Chrysler lideram

No Brasil, a frota total soma 660.277 unidades (incluídos ônibus, micro-ônibus, caminhões e motos). Por marca, Fiat Chrysler lidera (24,23%), seguidas por Volkswagen (19,23%), General Motors (15,03%), Renault (13,5%) e Ford (11,13%).

Carros econômicos representam 44,99% dos veículos das locadoras, seguidos pelos compactos (22,6%) e executivos (6,4%). Os utilitários e vans já representam quase 20% da frota das empresas de locação. Conforme a pesquisa da ABLA, os emplacamentos de veículos zero km feitos pelas locadoras no ano passado chegaram a 230.285 novas unidades, entre automóveis, comerciais leves, ônibus, micro-ônibus, motocicletas e caminhões. Entre automóveis e comerciais leves, foram 217.848 unidades emplacadas pelas locadoras em 2016.

Na análise por marcas, a Fiat e a Chrysler foram responsáveis por 19,96% dos veículos 0 km vendidos. Em segundo lugar nas vendas do ano para locadoras ficou a GM (16,8%), seguida pela Renault (16,13%), Ford (13,31%), Hyundai (11,89%) e Volkswagen (9,57%).

Leasing | Financeiro x Operacional: Qual a diferença?

leasing

Quando há uma opção de compra futura do bem, já pré-estabelecida em contrato e quando se “imputa” ao locatário toda a responsabilidade pelo uso, manutenções guarda modernização do bem… Temos aí o Leasing Financeiro, do contrário será operacional”.

 

  • Arrendamento financeiro é quando a locadora assume tudo com relação ao bem, sua conservação, manutenções, ajustes tecnológicos e outros. **A ARRENDATÁRIA já FECHA CONTRATO com INTENÇÃO da PROPRIEDADE FUTURA**
  • as contraprestações devem garantir ao banco financiador 100% do custo total do carro + juros + ganho financeiro ;
  • fica “autorizado” ao arrendatário (locadora), mudar, ajustar, atualizar qualquer coisa no bem sem que precise de “aval” do banco;
  • há opção de compra do bem já previsto em contrato

 

  • Arrendamento operacional é quando a arrendadora assume os “cuidados” com o carro, em algum momento até agindo como uma locadora faz
  • a formação do preço das prestações incluirão até 90% do valor do carro + serviços agregados;
  • os prazos dos contratos são limitados a 75% da vida útil econômica do bem;
  • a “possibilidade” de compra do bem implicará no pagamento do valor de mercado do carro;
  • haverá sim a “possibilidade” da compra, mas não há previsão contratual de VRG – opção de compra como no Arrendamento Financeiro.

Aluguel de frotas corporativas é uma importante estratégia de gestão e oferece diversos benefícios aos empresários

Os benefícios do aluguel de frotas são vários como redução de custos da ordem de 25%, a empresa fica livre dos trabalhos de gestão da frota e essa gestão passa a ser feita pela locadora de forma muito mais profissional e racional. Veja mais alguns benefícios:

Foto: DINO

• Manutenção por conta da locadora
• Impostos, taxas e outros por conta da locadora
• Emplacamento e licenciamento por conta da locadora
• Carro reserva
• Atendimento nacional
• Não há perdas com depreciação dos veículos
• Gestão profissional da frota
• Renovação periódica da frota
• Não há preocupação com desmobilização da frota e venda de usados
• Entre outros benefícios fiscais que contribuem na redução dos custos

Fonte: Terra

Carro elétrico da montadora Tesla

Será um dos destaques da 12ª Eletrolar Show, no estande da Elektra

Maior feira de consumo de bens duráveis da América Latina será realizada 17 a 20 de julho, no Transamerica Expo Center, em São Paulo.

A Elektra Motors, que desde o final do ano passado comercializa os veículos da marca Tesla no Brasil, confirmou participação na 12ª Eletrolar Show. Em seu estande, a loja de luxo apresentará um modelo do portfólio da companhia americana especializada em automóveis movidos por tração elétrica.

Para a feira, a Elektra, que trabalha com veículos elétricos e sustentáveis e é pioneira nesse segmento em São Paulo, levará também suas scooters (bicicletas elétricas). “Na Eletrolar Show, nossa expectativa é divulgar a marca, fechar vendas e fazer novas parcerias”, diz a diretora comercial da empresa, Monique Angeli.

Os veículos elétricos, assim como os modelos autônomos, têm chamado a atenção nos últimos anos, tanto que o segmento automotivo vem ganhando cada vez mais espaço nas feiras globais de tecnologia. Em um momento em que o mundo todo discute fontes de energia limpa, esse é um mercado com grande potencial a ser explorado.

Junto com essa novidade, a Eletrolar Show reunirá, de 17 a 20 de julho, no Transamerica Expo Center, em São Paulo, 10 mil produtos de 700 marcas, que serão vistos por 29 mil executivos de compras do grande, médio e pequeno varejo, que respondem por 30 mil pontos de venda em todo o Brasil. O evento terá, também, a participação de 800 compradores de grandes redes do Brasil que não têm sede em São Paulo, e 200 da América do Sul, que virão da Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Paraguai, Peru e Venezuela para a feira, com o patrocínio do Grupo Eletrolar.

Serviço:
Eletrolar Show 2017 “12ª Feira de Negócios para a Indústria e o Varejo de Eletrodomésticos, Eletroeletrônicos, Celulares e TI”
Data: 17 a 20 de julho de 2017, das 13h às 21h
Local: Transamerica Expo Center
Endereço: Av. Dr. Mário Villas Boas Rodrigues, 387
Realização: Grupo Eletrolar
Site: www.eletrolarshow.com.br

Eletrolar Show – Maior feira B2B da América Latina
www.eletrolarshow.com.br
Maior feira B2B da América Latina … 12/05/2017 LELONG quer ampliar número de clientes na Eletrolar Show. A empresa expõe na feira pela terceira vez, motivada …

 

Confira as principais revistas do setor

Sindloc SP – Ano XIX – Nº 189 – 2017

ABLA – Locação – Nº 72 – Mai / Jun – 2017

Sindloc PR – Ano XVI – Nº 79 – 2017

Sindloc MG – Ano XIII – Nº 86 – 2017

Auto Rental – Vol. 30 – Nº 2 – 2017

Frota e Mercado – Ano VI – Nº 18 – Jan / Fev / Mar – 2017

Anuário ABLA – 2017

Parar Fleet Review – Nº 10 – Março – 2017

Sindloc SP – Ano XX – Nº 187 – 2017

Ano V – Nº 17 – Out / Nov / Dez – 2016

Sindloc RS – Ano VII – Nº 20 – 2016

Sindloc ES – Ano XII – Nº 101 – Jan / Fev / Mar – 2016

Sindloc SP – Edição Especial | 2016

Ano V – Edição Número 14 – Jan/Fev/Mar – 2016

Auto Rental – 2016


Volkswagen completa 80 anos de história

Registrada em Berlim, começou sua trajetória com produção do Fusca

REDAÇÃO AB

 

Em 28 de maio de 1937, há 80 anos, era registrada em Berlim a “Companhia para preparar o caminho do carro do povo alemão”, um nome bastante incomum e aos moldes do genuíno idioma alemão. Posteriormente, a empresa recebia uma denominação mais simples, cujo significado é carro do povo, ou Volkswagen, que protagonizou o conceito de carro popular.

A trajetória como montadora começa um ano depois, em maio de 1938, com a construção de uma fábrica no canal Mittelland, em Wolfsburg, cidade-sede da companhia até hoje. De lá sairia o Tipo 1, o primeiro projeto de veículo conhecido como KdF-Wagen, mas a produção do primeiro lote com 630 veículos ficou apenas na promessa até 1945, uma vez que o local foi utilizado para fabricar armamentos e veículos utilitários militares, os Kübelwagen, para uso durante a Segunda Guerra Mundial.

Com o fim da guerra e a queda de Berlim, os britânicos assumiram a responsabilidade da fábrica, da cidade e da definição sobre o curso da planta de Wolfsburg, então bastante danificada pelos bombardeios aliados. Eles então se comprometeram com a reconstrução do local e em dezembro de 1945 começaram a produzir o Tipo 1, o primeiro lote com 55 veículos e que logo passou a se chamar Käfer (besouro). Dois anos depois, em 1947, o modelo começou a ser exportado, tendo a Holanda como primeiro destino, com cinco unidades.

A administração britânica efetivamente transformou a Volkswagen em uma empresa civil. Em outubro de 1949 os britânicos entregaram o comando da fábrica ao governo alemão, o Estado de Baixa Saxônia ficou responsável pela administração da empresa – e até hoje é um dos acionistas do grupo. O Volkswagen Fusca e a Kombi decisivamente moldaram a expansão da marca em todo o mundo.

A demanda elevada para ambos os modelos conduziu à construção de mais fábricas: em 1956, a Kombi passou a ser produzida em Hannover, as transmissões em Kassel, os eixos e ferramentais em Braunschweig e a planta em Emden foi construída para sustentar as exportações.

Em 1952, a Volkswagen estabeleceu no Canadá sua primeira filial para vendas fora da Alemanha, seguida pela subsidiária no Brasil, em 1953. Em 1960, a companhia foi privatizada, o governo vendeu sua participação majoritária, tornando a Volkswagen uma sociedade anônima. Naquela época, a empresa já tinha pouco mais de 64 mil funcionários e produzia cerca de 888,5 mil veículos por ano.

Em 1965, a Volkswagen começou a tomar rumo para se consolidar como grupo ao adquirir a Auto Union, que se fundiu com a NSU Motorenwerke em 1969 para formar a Audi de hoje. Outras marcas foram compradas a partir de meados da década de 1980: Seat (1986), Skoda (1991), Bentley (1998), Bugatti (1998), Lamborghini (1998), Porsche (2009), MAN (2011), Ducati (2015). Além disso, o grupo conta com a divisão financeira Volkswagen Financial Services, que reúne operações e todos os serviços financeiros, como Banco Volkswagen. Em dezembro de 2016, o grupo criou a divisão Moia, focado em serviços de mobilidade para o futuro (leia aqui).

Em 1985 a empresa expandiu sua presença global com a entrada no mercado chinês, onde produziu o primeiro modelo ainda no mesmo ano em parceria com uma montadora local. Atualmente, a Volkswagen mantém duas joint ventures na China e com a terceira em fase de negociação.

Após anos de crescimento contínuo, a empresa se viu obrigada a realinhar sua postura e gestão com o desencadeamento do escândalo que ficou conhecido como dieselgate, no qual a Volkswagen admitiu o uso de software que burlava os testes de emissões em cerca de 11 milhões de veículos movidos a diesel vendidos principalmente na Europa e nos Estados Unidos. Tal escândalo custou o cargo de inúmeros envolvidos com a fraude, incluindo o de Martin Winterkorn, CEO e chairman na época. O dieselgate já custou cerca de US$ 25 bilhões aos cofres da montadora só nos Estados Unidos, pelo menos até agora.

Com isso, a Volkswagen nomeou novo corpo diretivo, conduziu Mathias Müller como novo CEO e divulgou o novo plano estratégico Together – Strategy 2025, focado em mobilidade sustentável para o futuro, baseado em soluções de digitalização, mobilidade elétrica, condução autônoma e novos serviços de conexão entre pessoas e veículo

Ford, Nissan e Audi já superaram metas de eficiência energética

Com redução no consumo superior a 15%, empresas já têm desconto no IPI

GIOVANNA RIATO E PEDRO KUTNEY, AB

 

Ka garantiu a média de eficiência para a Ford
Ford, Nissan e Audi foram as primeiras fabricantes de veículos a encarar a medição antecipada de eficiência energética para obter desconto no Imposto sobre Produtos Industrializados, o IPI, conforme prevê o Inovar-Auto, e desde janeiro passado já abatem um ponto porcentual do tributo de todos os modelos que vendem no País. As empresas aferiram consumo de combustível e emissões antes de outubro de 2016, a primeira oportunidade prevista pelo programa para antecipar o benefício – a segunda é até 1º de outubro deste ano, já que o regime automotivo termina no fim de 2017. As montadoras fizeram a medição antes porque tinham bons resultados para mostrar: na média de todos os carros que vendem, as três reduziram o consumo em no mínimo 15% na comparação com os números mensurados em 2012.

O resultado rendeu desconto de um ponto porcentual no IPI para as três companhias até 2020, desde que sejam feitas medições anuais para garantir que elas se mantenham dentro do bom patamar de consumo. A melhoria mínima imposta pelo Inovar-Auto é de 12% (média de 1,82 MJ/km considerando o peso médio da frota brasileiro de veículos leves, de 1,21 tonelada). Este índice não garante qualquer incentivo adicional às empresas, apenas a isenção de multas por carro vendido acima da meta de consumo. Só recebem desconto as montadoras que melhoram o consumo em 15% ou mais, como a Ford, a Nissan e a Audi. A meta mais desafiadora, no entanto, é a redução de 18,8% (média 1,64 MJ/km), que garante desconto de dois pontos no IPI.

O Inovar-Auto foi desenhado para estimular o desenvolvimento da indústria automotiva brasileira além, claro, de restringir o mercado para importadores de veículos, colocando certa pressão para a instalação de fábricas locais. Enquanto é questionável que alguns objetivos do programa tenham sido alcançados – como o adensamento da cadeia produtiva, que inclui a produção de autopeças – a melhoria da eficiência energética dos carros vendidos no Brasil é uma das grandes conquistas. Pela legislação, as montadoras que não cumprirem o acordo de elevar a eficiência pagarão multas pesadas, que podem chegar a R$ 8 mil por veículo emplacado.

CARROS MAIS EFICIENTES COM BOM VOLUME DE VENDAS 

A Ford, a Nissan e a Audi buscaram redução adicional no IPI para melhorar a competitividade de suas operações locais. Ao fazer a medição ainda em 2016, as montadoras começaram a usufruir do benefício já em 2017, antes das empresas que deixaram para passar pela auditoria apenas este ano e, portanto, só receberão o desconto (ou multas) a partir de 2018. A receita das três marcas para conquistar a isenção da alíquota foi a mesma: equipar seus carros de maior volume de vendas com tecnologia para diminuir o consumo de combustível.

Na Audi este esforço começou com a produção nacional do A3 Sedan e do SUV Q3. Em 2013 estes modelos eram responsáveis por 40% das vendas de carros da marca no Brasil, participação que subiu para 70% em 2016, segundo o diretor de relações governamentais Roberto Braun. Os modelos são equipados com motores eficientes 1.4 flex, de 150 cv, e 2.0 a gasolina, que oferece até 220 cv, com turboalimentação e injeção direta de combustível. Além disso, todos vêm de série com recursos como start-stop, que desliga o motor em pequenas paradas no trânsito para reduzir o consumo de combustível, e monitoramento da pressão dos pneus, recurso que tem o mesmo propósito: cortar o gasto energético.

O Inovar-Auto prevê bônus para carros equipados de série com tecnologias como estas, que garantem redução no consumo e nas emissões especialmente no uso urbano do anda-e-para das cidades, o que não pode ser detectado em ciclo normal de testes. Assim, os recursos rendem desconto em megajoules por quilômetros nos números aferidos. O outro pilar em que a Audi se apoiou para superar os 15% de redução no consumo de combustível foi o lançamento do novo A4, em abril de 2016. O modelo, destaca Braun, reduziu em 22% o consumo de combustível na comparação com a geração anterior.

O Ka praticamente garantiu sozinho a superação da meta para a Ford. O modelo lançado em 2014 é equipado com o eficiente motor 1.0 de três cilindros bicombustível de até 85 cv e conta com direção elétrica de série, que puxa o resultado ainda mais para baixo. As medições do programa de etiquetagem veicular do Inmetro feitas em 2016 indicam que o Ka SE tem consumo de apenas 1,49 MJ/km, resultado bem inferior ao mínimo necessário (em torno de 1,60 MJ/km considerando o peso de 1.020 kg do Ka) para a empresa convergir para a meta de eficiência energética do Inovar-Auto. O número bastaria, inclusive, para a companhia alcançar o desconto de dois pontos porcentuais no IPI. Isso, claro, se este fosse o único modelo da marca à venda no Brasil. Outros carros puxaram a medida para cima.

De qualquer forma, a eficiência do Ka combinada ao seu bom volume de vendas garantiu a boa média de consumo de combustível da frota da Ford emplacada no País. O modelo foi o terceiro carro mais vendido do Brasil em 2016, com 76,6 mil unidades, volume que equivale a 42% do total emplacado no ano pela fabricante.

Mesmo com números de vendas mais tímidos, a Nissan conquistou o desconto adicional de um ponto no IPI com o March e o Versa, que chegam ao mercado com opções 1.0 de três cilindros e 1.6 de quatro cilindros. Juntos, os dois carros somaram 40,1 mil emplacamentos em 2016, volume que equivale a mais de 60% do total vendido pela Nissan no Brasil.

Pernambuco tem 30% de carro de locação do Nordeste com 18 mil veículos

 


Locação-de-Carros

Pesquisa da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA), revela que 616 empresas do setor de locação de veículos operam atualmente em Pernambuco. Juntas, essas locadoras possuem 18.713 veículos emplacados no estado, equivalentes a 30,40% da frota disponível para o aluguel em toda a região Nordeste.
Foi a primeira vez, que a ABLA utilizou dados estatísticos de frota fornecidos diretamente pelo Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados). Trata-se de uma empresa autorizada pelo Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) e que é também a maior empresa pública de tecnologia da informação do mundo.
Das 616 locadoras ativas em Pernambuco (20,18% do total de locadoras da região Nordeste), 501 alugam veículos sem motorista, enquanto 115 atuam prestando o serviço de aluguel incluindo o motorista. Das 616 empresas pernambucanas, 415 são de pequeno porte, com até nove veículos na frota. As locadoras de médio e grande porte no estado somam 201 empresas.

João Regue ira, diretor da ABLA em Pernambuco, diz que em termos nacionais o setor de locação de veículos já é responsável por comprar quase 11% de todos os automóveis e comerciais leves vendidos por ano no Brasil. “As empresas de locação são as maiores clientes das montadoras que trabalham no país”, diz Regueira.
Do total de 18.713 veículos reunidos nas locadoras pernambucanas, a maior parte está nas empresas que fazem o aluguel sem motorista. Essas empresas têm 18.203 veículos, enquanto as locadoras que atuam prestando o serviço com motorista reúnem uma frota de 510 veículos em Pernambuco.

Locação-de-CarrosA

O faturamento nacional com a locação de automóveis e comerciais leves atingiu R$ 12,1 bilhões no ano passado. Conforme a pesquisa há 11.199 empresas de locação de veículos ativas junto à Receita Federal, com frota de pelo menos um veículo registrado em sua propriedade nos órgãos competentes de Trânsito.

Outro dado interessante. Das 11.199 empresas de locação ativas, 3.150 (28, 1%) são locadoras com frota superior a nove veículos, enquanto 8.049 locadoras (71, 9%) possuem frota entre um e até nove veículos.

A terceirização de frotas (45%), que é o aluguel de frotas inteiras para empresas e órgãos públicos e também para empresas da iniciativa privada, teve a maior participação no faturamento de R$ 12,1 bilhões do setor. O aluguel para turismo de lazer (25%) e a locação de veículos para profissionais em viagens de negócios (17%) completaram os nichos mais importantes para o para a locação em 2016.

No Brasil, a frota total das locadoras soma 660.277 unidades (incluídos também ônibus, micro-ônibus, caminhões e motos). Fiat e Chrysler (24,23%), Volkswagen (19,23%), General Motors (15,03%), Renault (13,5%) e Ford (11,13%) são as montadoras que possuem maior participação nessa frota.
Os modelos econômicos (carros populares, “de entrada”) representam 44, 99% dos carros das locadoras, seguidos pelos modelos compactos (22,62%) e veículos executivos (6,37%). Os utilitários e vans já representam quase 20% do total (19,63%) da frota das empresas de locação.

Conforme a pesquisa da ABLA, os emplacamentos de veículos Zero km feitos pelas locadoras em 2016 chegaram 230.285 novas unidades, entre automóveis, comerciais leves, ônibus, micro-ônibus, motocicletas e caminhões. Exclusivamente entre automóveis e comerciais leves, foram 217.848 unidades emplacadas pelas locadorasno ano passado.

Em 2016, a Fiat e a Chrysler foram responsáveis por 19,96% dos veículos Zero km vendidos para locadoras. Em segundo lugar nas vendas do ano para locadoras ficou aGM (16,8%), seguida pela Renault (16,13%), Ford (13,31%), Hyundai (11,89%) e Volkswagen (9,57%).

Fonte: JC Negócios | Publicado por Fernando Castilho às 16:00

1 2 3 4 16