Nissan lança Kicks, seu novo SUV global

Nissan lança Kicks, seu novo SUV global

Modelo resulta de investimento de R$ 2 bilhões e começou a ser criado em 2011

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/24292/nissan-lanca-kicks-seu-novo-suv-global

MÁRIO CURCIO, AB

Versão SL 1.6 tem 114 cv e transmissão automática CVT
Como resultado de um investimento de R$ 2 bilhões iniciado em 2011, a Nissan lança, enfim, o modelo Kicks. O utilitário esportivo compacto chega num primeiro momento apenas na versão mais completa, SL, equipada com motor 1.6 flex, transmissão automática CVT e preço sugerido de R$ 89.990.

O desenvolvimento do modelo começou quando a montadora estabeleceu uma área de design no Brasil. A pré-venda do carro começou há um mês e a chegada às revendas está marcada para 5 de agosto.

“As próximas opções (S e SV) seguirão o critério adotado pela Nissan em outros modelos”, afirma o vice-presidente de vendas e marketing, Ronaldo Znidarsis. O executivo não revela quando chegam, mas é provável que ao menos a SV (intermediária) entre na rede em cerca de dois meses. “É possível superar a marca de 3 mil unidades mensais nos próximos três meses.”

O Kicks é um modelo global e também será produzido em Resende (RJ), ao lado de March e Versa, nos próximos meses (veja aqui). A fábrica recebe investimento de R$ 750 milhões para receber o Kicks.

Com as vendas do modelo, a montadora espera elevar sua participação dos atuais 2,8% para 3% até o fim do ano. “Seus principais concorrentes serão o Honda HR-V e o Jeep Renegade”, afirma Znidarsis, referindo-se aos atuais líder e vice-líder entre os utilitários esportivos à venda no Brasil. O Honda tem tabela de R$ 84,9 mil na versão mais acessível com transmissão automática e o Jeep, R$ 90.490 nessa mesma condição.


Kicks SL tem interior caprichado e painel que mistura velocímetro analógico ao lado de um display digital, que pode exibir conta-giros, um gráfico do controle dinâmico do chassi, consumo (como nas três pequenas imagens acima), mais bússola e informações complementares ao som e GPS. A troca de uma tela para outra é fácil, feita por botões no volante.

“De 2010 a maio de 2016, a participação dos SUVs compactos no Brasil saltou de 1,7% para 9,8%. E esse aumento não foi apenas em market share, mas também em volume”, afirma a gerente de produto Juliana Fukuda. “E muitos pensam que os utilitários esportivos roubaram vendas dos sedãs médios, mas na verdade eles herdaram clientes de station wagons, monovolumes e também de hatches médios”, recorda a executiva.

Nas vendas globais da Nissan, a participação de SUVs cresceu de 20,1% em 2010 para 27,6% até o fim do ano passado. A empresa já tem 11 fábricas em todo o mundo produzindo automóveis desse tipo. O modelo X-Trail é vendido em 135 países e tem 550 mil unidades entregues a cada ano. Outro modelo bem aceito é o Qashqai. Presente em 102 nações, ele tem média anual de 372 mil unidades.

TECNOLOGIAS DO KICKS SL

A primeira versão que chega do México é bastante completa. Mais do que uma imagem projetada em marcha à ré, um conjunto de quatro câmeras para visão em 360 graus permite detectar qualquer objeto ao redor, parado ou em movimento. O sistema é complementado por sensores traseiros, como nos detectores de obstáculo mais comuns.

Quando o carro está em movimento, um controle dinâmico para curvas e um estabilizador ativo de carroceria utilizam em conjunto o freio-motor e os freios normais para impedir ou reduzir oscilações e melhorar a dirigibilidade do carro. O freio-motor também é acionado em entradas de curva.

O quadro de instrumentos tem velocímetro analógico à direita e uma tela de cristal líquido em que o motorista escolhe pelos botões no volante a função que deseja ver ali, entre elas conta-giros, bússola, computador de viagem, controle dinâmico do chassi, consumo e informações complementares ao GPS e ao sistema de áudio (mostrando a emissora e a faixa do CD/DVD, por exemplo) para evitar que o motorista desvie o olhar para o lado sem necessidade.

DESEMPENHO MODESTO

O Kicks recebeu um motor 1.6 semelhante ao que equipa o March, mas com 114 em vez de 111 cavalos. O torque também é ligeiramente mais alto, passando de 15,1 para 15,5 cv. Andando na cidade ele vai bem, mas falta um certo ânimo em saídas de semáforo. O problema se repete nas retomadas de velocidade de estrada.

Como forma de reduzir a sensação de falta de força o motorista conta com a função Sport do câmbio, que mantém o motor mais “aceso”. Como exemplo, a 120 km/h o recurso eleva a faixa de rotações de 2,5 mil para 3,5 mil rpm.


Porta-malas do Kicks comporta 432 litros de bagagem. Banco traseiro tem bom espaço para as pernas e é bipartido para facilitar o transporte de objetos maiores. O acabamento de couro pode ser marrom, preto ou areia, dependendo da cor externa escolhida.

É importante dizer que o Kicks tira partido de seu baixo peso (1.142 quilos em ordem de marcha) e da menor cilindrada ante os concorrentes e obtém bons números de consumo, segundo o programa de etiquetagem do Inmetro. Com etanol ele faz 8,1 km/l na cidade e 9,6 km/l na estrada. Com gasolina esses dados sobem, respectivamente, para 11 km/l e 14 km/l.

Durante a avaliação em estrada, andando a cerca de 110 km/h, o consumo indicado no painel do carro era de 13,6 km/l). Segundo a Nissan, o Kicks acelera de zero a 100 km/h em 12 segundos e atinge máxima de 175 km/h.

ACABAMENTO E EQUIPAMENTOS

A posição de dirigir do novo SUV agrada. O volante tem ajustes de altura, profundidade e botões de controle com uso fácil e intuitivo. O ajuste de inclinação do banco é ruim por usar uma alavanca em vez de roldana. O botão da função Sport do câmbio fica na parte de trás da alavanca do câmbio, fora do alcance dos olhos.

O conforto e o silêncio são pontos de destaque do carro. Os revestimentos e acabamento das portas, painel e bancos são muito bons. Já o material aplicado na região do porta-malas (tapete e porta-pacotes) é simples demais para um carro que beira os R$ 90 mil. O espaço para bagagem, segundo a Nissan, tem 432 litros.

O Kicks traz ar-condicionado com comando digital (sem dual zone), som completo com entrada USB, tela sensível ao toque de sete polegadas e navegador GPS integrado, controles eletrônicos de tração e estabilidade, chave presencial com partida por botão, sistema Isofix para cadeirinhas infantis, abertura e fechamento das portas e vidros por controle remoto, couro nos bancos e volante, retrovisores com acionamento elétrico e repetidores de direção, mais rodas de liga leve de 17 polegadas, entre outros itens.

O carro está disponível nas cores branca, prata, preta e em dois tons de cinza-metálico. O revestimento interno pode ser preto, marrom ou cor-de-areia, dependendo da pintura externa escolhida. O teto laranja é uma opção para a versão cinza grafite e também está nas unidades restantes da série especial Rio 2016, comemorativa aos Jogos Olímpicos.

Vendas da Renault têm crescimento recorde global

Vendas da Renault têm crescimento recorde global

Companhia vendeu 1,57 milhão de veículos no 1º semestre, alta de 13,4%

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/24241/vendas-da-renault-tem-crescimento-recorde-global

REDAÇÃO AB

As vendas globais do Grupo Renault registraram crescimento recorde no primeiro semestre de 2016. Com 1,57 milhão de unidades vendidas, os negócios da companhia avançaram 13,4%, incluindo a marca Dacia. O mercado europeu deu forte contribuição ao bom resultado, com aumento de 14% na demanda, para 606,9 mil unidades descontado o volume licenciado na França. Segundo a fabricante, a alta reflete o bom resultado da renovação da gama na região, com modelos como Kadjar, Espace, Talisman e novo Megane.

Fora do continente os emplacamentos de veículos do grupo cresceram 12,5% no semestre, impulsionados pela região que inclui África e Oriente Médio, onde a evolução chegou a 38,2%, para 208,6 mil carros. Na região Ásia-Pacífico a empresa vendeu 66,7 mil carros, com expansão de 12,8%. O bom resultado não foi reproduzido nas Américas, onde os negócios do Grupo Renault encolheram 3,1% para 158,1 mil unidades.

O Brasil, principal mercado latino-americano, foi um dos motivos para a retração da região. O país, que chegou a ocupar a posição de segundo maior mercado da companhia no mundo, desceu para a sétima colocação, com 69,8 mil emplacamentos na primeira metade do ano. Comunicado divulgado pela empresa indica que as turbulências no País, na Rússia e na Argélia impactaram os resultados. Ainda assim, a empresa destaca ter conquistado market share nestas três regiões.

As vendas globais da marca Renault avançaram 16% para 1,2 milhão de carros. Enquanto isso, os negócios da Dacia cresceram para 297 mil veículos, com alta de 2,5% na comparação com o primeiro semestre de 2015. Já a Renault Samsung Motors, joint venture da companhia na Coreia, cresceu 25,9%, para 46,9 mil emplacamentos. Com os resultados, a empresas espera continuar ampliando os negócios no segundo semestre e reforçar a sua presença em todas as regiões.

Carro elétrico economiza 84% ante gasolina

Carro elétrico economiza 84% ante gasolina

Empresas testam veículos a bateria e obtêm ganhos com a manutenção

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/24259/carro-eletrico-economiza-84-ante-gasolina

REDAÇÃO AB

Economia nos gastos com combustíveis é um dos maiores ganhos para quem utiliza veículos elétricos, apontam testes realizados pela Emotiva – Programa de Mobilidade Elétrica da CPFL Energia, a partir de dados coletados com empresas parcerias que aceitaram testar e usar os carros elétricos fornecidos pela Renault.

Uma das empresas foi a 3M, que utilizou um Renault Kangoo em sua frota de transporte de cargas entre maio de 2014 e fevereiro de 2016. Neste período, o veículo percorreu 6,13 mil quilômetros, uma média de 58 km/dia. Para rodar os mais de 6 mil km, a 3M gastou R$ 930 para o reabastecimento dos carros com energia elétrica, considerando a tarifa industrial A4 da CPFL Paulista (R$ 0,31/kWh). O custo equivalente do Kangoo a gasolina seria de R$ 5,95 mil, o que representa economia de 84% com combustível, sem considerar a redução das despesas não mensuradas com manutenção, uma vez que os motores 100% elétricos não necessitam de troca de óleo, filtros e velas.

“A 3M utilizou o veículo elétrico da CPFL Energia para realizar diversas entregas a seus clientes-chave. Sempre percebemos excelente reação aonde chegávamos, uma vez que a iniciativa de se praticar o serviço de logística de forma sustentável agrada a todos. Agradecemos à CPFL pela oportunidade de participar de um projeto pioneiro como este, já que a inovação está em nosso DNA”, diz o engenheiro de processos de supply chain da 3M, Gustavo Soares.

USO PESSOAL

Segundo o levantamento, a economia no uso de veículos elétricos também se dá para motoristas em ocasiões de passeios, viagens e outros percursos, como deslocamento ao trabalho. Entre julho de 2015 e janeiro de 2016, o gerente de gestão de caixa da CPFL Energia, Rinaldo Adriano Ribeiro, utilizou o Renault Zoe para as suas atividades diárias. No período, ele rodou 6,21 mil km em Campinas (SP), reabastecendo o veículo usando um eletroposto instalado em sua residência.

Na média, o veículo elétrico representou um acréscimo de 243,7 kWh no consumo mensal de energia elétrica na casa do gerente. Ao longo do período, foram realizadas 85 cargas, com periodicidade de cada a dois dias, totalizando um consumo total de 1,51 mil kWh. A cada recarga, a carga restante da bateria era, em média, de 39%. A autonomia média do Renault Zoe foi calculada em 119 km.

Este perfil de uso gerou um acréscimo de R$ 1.028,69 na conta de luz de Ribeiro, considerando a tarifa residencial da CPFL Paulista (R$ 0,6799 por kWh). Segundo a CPFL, caso Rinaldo percorresse a mesma distância com um veículo similar a gasolina, o custo total com combustível seria de R$ 2,29 mil, o que significa economia de 55%, também sem levar em consideração os custos de manutenção.

“A experiência de conduzir um veículo elétrico é única. Extremamente silencioso e suave, o carro tem emissão zero de gases poluentes, além de excelente custo-benefício em relação à gasolina. Embora a autonomia e o tempo de recarga ainda são pontos a serem aprimorados, o veículo elétrico atende completamente as necessidades urbanas”, avalia Rinaldo.

No estudo produzido a partir dos dados coletados com Rinaldo, a área de inovação da CPFL Energia estima que deixaram de ser emitidos 876 quilos de CO2, equivalente ao poder de absorção de cinco árvores.

PROJETO DE MOBILIDADE

Segundo a empresa, atualmente há uma consulta pública aberta na Agência Nacional de Energia Elétrica sobre o tema de mobilidade elétrica, representando o primeiro passo para que o órgão regulador avance na elaboração de um arcabouço regulatório para o desenvolvimento das atividades deste setor. Além disso, o governo federal reduziu a alíquota do imposto de importação para veículos elétricos em outubro de 2015, passando de 35% para uma faixa de zero a 7%, diminuindo o preço de venda do carro no Brasil.

“Com o projeto Emotive, a intenção da CPFL Energia é estudar amplamente o tema de mobilidade elétrica no Brasil e descontruir todos seus mitos, além de preparar técnica e comercialmente o grupo para o desenvolvimento de um mercado extremamente promissor”, afirma o diretor de estratégia e inovação da CPFL Energia, Rafael Lazzaretti.

Fiat completa 40 anos de produção no Brasil

Fiat completa 40 anos de produção no Brasil

Fábrica de Betim está em meio ao maior ciclo de investimento de sua história

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/24246/fiat-completa-40-anos-de-producao-no-brasil

REDAÇÃO AB

No último dia 9 a Fiat completou 40 anos de produção no Brasil a partir do início das operações de sua fábrica localizada em Betim (MG), a primeira da indústria nacional a sair do eixo Rio-São Paulo. Com 50 modelos produzidos e lançados nestas quatro décadas, a unidade está em meio ao seu maior ciclo de investimento, recebendo desde 2010 um total de R$ 7 bilhões em aportes, incluindo o desenvolvimento de novos produtos – como a picape Toro e o compacto Mobi – previsto para terminar neste ano.

Inaugurada em 1976 com o lançamento do Fiat 147, as linhas de produção já entregaram até hoje mais de 15 milhões de veículos, dos quais mais de 3 milhões foram destinados às exportações para 30 países. Em quatro décadas, o carro mais produzido foi o Uno, com pouco mais de 3,7 milhões de unidades.


O acordo de interesses foi assinado pelo então presidente da Fiat, Giovanni Agnelli, e o governador de MG, Rondon Pacheco, em 14 de março de 1973. A fábrica foi inaugurada 3 anos depois, em 1976, com o primeiro modelo em linha Fiat 147.

Um dos principais objetivos do Grupo FCA é a completa modernização da fábrica, cuja capacidade aumentou para 800 mil veículos por ano, transformando-se na maior fábrica de veículos da América Latina e a maior do grupo em capacidade instalada em todo o mundo.

Como parte desse processo, a unidade de prensas passou a operar, em 2011, com duas linhas de alta cadência, capazes de dar 16 golpes por minuto, o dobro da velocidade das prensas convencionais. Novos robôs foram inseridos na linha de produção, trazendo mais tecnologia e precisão: somente na funilaria, 195 robôs foram inaugurados a partir do início da produção do Mobi, projeto que recebeu R$ 1,3 bilhão em investimento (leia aqui). A montagem da carroceria do novo modelo é totalmente automática, do pavimento até o teto, passando pelas laterais e partes móveis, como portas, paralamas e capô.

A fábrica também contará com um novo prédio dedicado à pintura dos veículos, cujas obras estão na fase final com equipamentos mais modernos e eficientes, elevando o patamar de qualidade do processo. As obras estão em fase final.


Primeiras prensas da fábrica da Fiat em Betim instaladas em 1976 e as novas prensas instaladas em 2011 capazes de dar 16 golpes por minuto

UMA FÁBRICA QUE NÃO PARA

Segundo a Fiat, o processo de modernização ocorre sem a interrupção dos trabalhos das linhas de montagem, permitindo à empresa realizar simultaneamente grandes mudanças de processos, incorporação de novas tecnologias, além de um programa para o treinamento e desenvolvimento de pessoas.

“A ênfase está em combinar qualidade e eficiência, através de processos produtivos cada vez mais precisos e compartilhados por toda a cadeia produtiva”, afirma o presidente da FCA para a América Latina, Stefan Ketter.

Desde 2007, a fábrica adota o sistema de produção WCM – World Class Manufacturing, desenvolvido pela própria Fiat e baseado no Lean Manufacturing, sistema de produção enxuta criado pela Toyota. Por meio dele, a empresa abrange todos os aspectos da manufatura, desde postos de trabalho, passando por qualidade, manutenção até logística. É aplicado em todas as fábricas da FCA no mundo e que compartilham entre si as melhores práticas, a maior parte vinda de sugestões dos próprios funcionários.

Com este novo processo, a fábrica ganhou mais flexibilidade, capaz de se adequar rapidamente às variações e oscilações de demanda, com a possibilidade de montar diferentes modelos em uma única linha de produção. O inverso também é possível, com um modelo sendo montado em diferentes linhas, simultaneamente. Atualmente, o número de peças manuseadas diariamente ultrapassa 3,5 milhões, abastecidas por cerca de 300 fornecedores.


A 147 pick-up, a primeira picape leve derivada de um automóvel no Brasil, de 1978, o Fiorino Furgão, apresentado como menor caminhão do mundo e o Uno Mile, o modelo mais produzido por Betim.

Aliada à produtividade, a sustentabilidade do complexo está presente em todos os setores, sendo a primeira fábrica de veículos leves a obter o certificado ISO 14001, de gestão ambiental, e também o ISO 50001, de gestão de energia. Atualmente, 99,4% da água utilizada para produzir carros é de reúso, graças a um dos mais modernos sistemas de tratamento e recírculo de água do Brasil, utilizada pela unidade como parte do investimento em novas tecnologias a partir de 2010.

A fábrica de Betim foi também a primeira no país a obter a marca de aterro zero: nenhum resíduo é enviado para aterros – 97% são reciclados e os 3% restantes reaproveitados. Até mesmo sobras de tecido automotivo e de cintos de segurança têm uso: elas viram acessórios, como bolsas e mochilas, por meio do Cooperárvore, cooperativa do programa social Árvore da Vida, gerando renda e integração para as regiões vizinhas à fábrica. Mais de 25 toneladas de materiais já foram reaproveitadas, em 10 anos, dentro do escopo do programa, desenvolvido pela FCA.

PROMOVENDO A INOVAÇÃO

Para a Fiat, a palavra de ordem ao longo dos anos foi a inovação. As novidades passam pelo crivo do centro de pesquisa e desenvolvimento Giovanni Agnelli, instalado no complexo industrial de Betim, cujos trabalhos são realizados em sinergia com demais centros de P&D do grupo FCA, em Turim (Itália), Aurburn Hills (EUA) e o mais recente aberto no complexo industrial de Goiana (Pernambuco).

“Projetamos modelos que atendem às expectativas do consumidor brasileiro. É a nossa visão sobre os nossos carros, com inspiração na excelência do design italiano”, afirma o diretor do FCA Design Center Latam, Peter Fassbender.

“O que as pessoas esperam de um carro muda com o tempo e estamos acompanhando essas transformações”, explica o diretor de estratégia de produto da FCA, Carlos Eugênio Dutra.

Entre seus feitos, a empresa guarda no currículo a criação da primeira picape derivada de um automóvel de passeio em 1978, foi a primeira a produzir carros populares no País em 1990, com o Uno Mile, ofereceu em primeira mão conteúdos de segurança em carros nacionais, como airbag, inaugurou a era da conectividade nos veículos do Brasil ao lançar o primeiro carro com conexão bluetooth, inaugurou a tecnologia start&stop no novo Uno, entre outras.

Das áreas de engenharia e design, estão na lista inovações como o Fiat 147 sendo o primeiro carro a etanol fabricado em série no mundo, em 1979. Em 2006, nasceu o Siena tetrafuel, primeiro e único veículo do mundo movido a quatro combustíveis. Em 2009, a Fiat convidou clientes de todo o mundo a criarem o carro do futuro: o Fiat Mio, o primeiro carro conceito desenvolvido na plataforma creative commons, do qual participaram consumidores de cerca de 160 países enviando mais de 17 mil ideias e sugestões.


Primeiro carro nacional com motor de 4 válvulas por cilindro; primeiro veículo tetrafuel; a picape Toro que inaugurou o conceito de tampa traseira bipartida e o Mobi, primeiro modelo nacional com tampa de porta-mala totalmente em vidro.

Atualmente, um projeto nos moldes de startup funciona na planta de Betim a fim de gerar novas ideias a serem implementadas na operação. O núcleo é formado por especialistas de diversas áreas, de engenheiros a economistas, passando por químicos e designers. “Promovemos a construção de tecnologia nacional, de forma viável, prática, acelerada e sempre com foco no cliente”, afirma Toshizaemom Noce, supervisor de inovação da FCA.

Entre as pesquisas realizadas pelo grupo está o Projeto Girassol, um sistema fotovoltaico gera energia elétrica adicional para a bateria, resultando em economia de combustível e redução de emissões. Outras pesquisas em andamento avançam sobre os novos conceitos da conectividade. “A experiência de uso será o fator determinante para os automóveis daqui para frente e é nisso que estamos trabalhando hoje”, explica o executivo.

Entre as realizações da marca sob o leque da conectividade estão o Fiat Live On, utilizado no Mobi, que ao integrar o smartphone ao veículo transforma o celular na central multimídia do carro, por meio de um aplicativo, possibilitando acesso a comandos pelo volante multifuncional. O sistema traz ainda o EcoDrive, que fornece informações sobre a condução, em especial quanto à economia de combustível, e o Car Parking, que mostra o último local em que o carro foi estacionado.

“Nossa missão é continuar a desenvolver produtos e serviços que estejam, cada vez mais, conectados às necessidades dos clientes, encontrando formas de conjugar meio ambiente, mobilidade, prazer e comodidade”, enfatiza Eugênio Dutra.

Com o projeto Futuro das Cidades, a marca já se movimenta para, de maneira colaborativa, conhecer o ecossistema onde estão inseridos seus produtos, mapear problemas potenciais e contribuir para o desenvolvimento de soluções de mobilidade para as cidades brasileiras. Em breve, lançará uma plataforma aberta e colaborativa, que servirá como um espaço de conhecimento sobre a mobilidade.

“A boa mobilidade não é necessariamente a que tenha mais carros, metrôs, corredores de ônibus, avenidas, ciclovias ou calçadas de qualidade, mas a que faça uma combinação justa, inteligente e eficiente de todos os modos de transporte possíveis”, explica Mateus Silveira, especialista em future insights da FCA e líder do projeto. A iniciativa já agrega empresas, especialistas, universidades e entidades da sociedade civil e do terceiro setor. “Queremos entender o modelo de cidades que estamos construindo e debater projetos que possam contribuir para o bem-estar urbano”, conclui Silveira.

Confira os resultados da indústria automotiva no 1º semestre

Confira os resultados da indústria automotiva no 1º semestre

Anfavea divulga dados de mercado doméstico, produção e exportação de janeiro a junho

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/24218/confira-os-resultados-da-industria-automotiva-no-1o-semestre

REDAÇÃO AB

A Anfavea, associação dos fabricantes de veículos, divulgou na quarta-feira, 6, os dados da indústria automotiva no primeiro semestre de 2016. Os números seguem contraídos, com baixa no mercado doméstico e na produção e aumento nas exportações entre janeiro e junho de 2016.

Clique nos links abaixo e confira a análise completa dos dados:

•VENDAS DOMÉSTICAS
Junho: 171,8 mil (+2,6% sobre maio e -19,2% sobre junho de 2015)
Janeiro a junho: 983,5 mil (-25,4% sobre jan-jun de 2015)

•PRODUÇÃO
Junho: 182,6 mil (+4,2% sobre maio e -3% sobre junho de 2015)
Janeiro a junho: 1,016 milhão (-21,2% sobre jan-jun de 2015)

•EXPORTAÇÕES
Junho: 43,3 mil (-7,5% sobre maio e -9,6% sobre junho de 2015)
Janeiro a junho: 226,6 mil (+14,2% sobre jan-jun de 2015)

•MANTIDAS AS PROJEÇÕES PARA 2016

BMW e Mini implantam novos serviços na rede

BMW e Mini implantam novos serviços na rede

Modelos de atendimento elevam rentabilidade da oficina em até 20%

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/24213/bmw-e-mini-implantam-novos-servicos-na-rede

MÁRIO CURCIO, AB

A BMW está implantando em suas concessionárias e também na rede Mini dois novos serviços de pós-venda. Chamados “Via Rápida” e “Recepção no Veículo”, eles exigiram investimento de R$ 2 milhões pela companhia. Já o revendedor terá de desembolsar cerca de R$ 500 mil para atender pelos dois formatos.

“Esses serviços podem aumentar o faturamento (da oficina) de 15% a 20%”, afirma o diretor de pós-venda do BMW Group do Brasil, Antonino Gomes de Sá. “Esses modelos surgiram na Alemanha, mas houve grande desenvolvimento no mercado chinês por causa do crescimento astronômico daquele mercado e pela falta local de profissionais qualificados. O resultado foi muito bom”, diz Sá.

Três revendas no Brasil já dispõem dos dois novos serviços e outras cinco implantaram um ou outro modelo. “Em 2018, toda a rede terá os dois serviços”, afirma o executivo. “Num programa piloto percebemos um aumento de seis a sete pontos porcentuais na satisfação do cliente. Os atendimentos também geram um ticket médio mais elevado”, informa o executivo.

A nova estrutura necessária na revenda implica a instalação de um showroom de pós-venda com sala climatizada. No Via Rápida a meta é realizar pequenos serviços em no máximo uma hora ou até 1h30 com lavagem do carro.

Já o sistema Recepção no Veículo é um formato de pós-venda para elevar o nível de atendimento quando é preciso realizar um serviço de manutenção mais aprofundado do que nas revisões de rotina. O consultor técnico poderá explicar de maneira muito clara e detalhada o que precisa ser feito no carro.

Nissan amplia exportações de Resende

Nissan amplia exportações de Resende

Fábrica brasileira começa a embarcar carros para mais países sul-americanos

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/24210/nissan-amplia-exportacoes-de-resende

REDAÇÃO AB

Funcionários da fábrica da Nissan em Resende comemoram ampliação das exportações
A Nissan está ampliando as exportações da fábrica de Resende (RJ) para países da América do Sul. A unidade iniciou suas vendas externas em março deste ano para o Paraguai e agora, na segunda fase do programa entre julho e agosto, começou a embarcar os March e Versa feitos na planta brasileira para Bolívia, Chile, Peru e Uruguai. Um pouco mais adiante será a vez de a Argentina receber os carros da marca japonesa produzidos no Brasil, segundo informa a companhia.

As exportações da Nissan no Brasil ocorrem dois anos após a inauguração do Complexo Industrial de Resende, no Sul do Estado do Rio de Janeiro. As versões exportadas do March e Versa são com motor a gasolina 1.6, com opções de câmbios manual e automático CVT. O SUV Kicks, que em breve começa a ser produzido em Resende, também será vendido a outros mercados sul-americanos.

“A ambição da Nissan de ser a marca japonesa número 1 está vinculada ao fortalecimento e expansão da nossa base de manufatura. A combinação da produção de carros e crossovers na planta de Resende e a futura produção de picapes na Argentina em 2018 vão gerar sinergias que vão beneficiar consumidores no Brasil e na região”, afirma em nota François Dossa, presidente da Nissan do Brasil.

O programa de exportação da Nissan do Brasil foi criado em 2015 com objetivo de atender os mercados da América Latina, cuja demanda tem crescido ao longo dos meses, segundo a montadora. É uma forma de aproveitar melhor a capacidade do Complexo Industrial de Resende, inaugurado em abril de 2014, que pode produzir até 200 mil veículos e 200 mil motores por ano. Atualmente são fabricados na unidade o hatch compacto March e o sedã pequeno Versa, com motorizações 1.6 quatro-cilindros e 1.0 três-cilindros, e, em breve, entra na linha de produção o crossover global Kicks.

Brexit e as consequências para a indústria automotiva

Brexit e as consequências para a indústria automotiva

Com a saída do Reino Unido da UE, montadoras pedem isenção de impostos

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/24159/brexit-e-as-consequencias-para-a-industria-automotiva

REDAÇÃO AB

A surpreendente Brexit, apelido-sigla que define a saída do Reino Unido da União Europeia (UE), apenas começa a ser digerida, mas já deixa a indústria automotiva preocupada. Fabricantes de veículos instaladas no continente pedem isenção de impostos nas relações comerciais, já que todas as empresas desenharam a atuação europeia contando com as condições de livre comércio do bloco e o mercado britânico de veículos, o segundo maior da região, tem alta relevância para a maioria das marcas.

As mudanças não devem ser imediatas, mas companhias com operação local já pensam na renegociação das condições atuais. “Nós não sabemos ainda o que a mudança significa para as operações que temos no Reino Unido até que seja definida uma nova legislação”, declarou à imprensa da região um porta-voz da BMW.

Representantes da General Motors, que controla a marca inglesa Vauxhall (uma versão britânica da alemã Opel), foram consultados pela agência Automotive News Europe. Segundo eles, a preocupação está em manter a livre circulação de bens e pessoas na Europa mesmo com a saída do Reino Unido do bloco econômico. Pelo acordo, estas condições são oferecidas apenas para membros da União Europeia, além da Suíça, Noruega e Islândia.

A Ford garante que, por enquanto, a decisão inglesa não altera seus planos de investimento para a região. A empresa defende que tomará todas as medidas necessárias para se manter competitiva no Reino Unido e nos outros países do continente.

INDÚSTRIA AUTOMOTIVA NO REINO UNIDO

O Reino Unido se tornou o segundo maior mercado de veículos da Europa, atrás apenas da Alemanha, com 2,47 milhões de unidades novas licenciadas em 2015, volume superior ao do mercado brasileiro no mesmo ano. A frota britânica soma 37 milhões de carros. Da produção local de quase 1,6 milhão de unidades no ano passado, fatia expressiva de 78% é destinada às exportações. A indústria automotiva gera 800 mil empregos no país e responde por fatia de 4% do PIB.

Hoje as montadoras que nasceram na Grã Bretanha têm controle internacional, como Mini e Rolls-Royce, que pertencem ao Grupo BMW; Jaguar Land Rover, agora controlada pelo grupo indiano Tata; Bentley, que integra o Grupo Volkswagen; Vauxhall, da General Motors; Aston Martin, nas mãos hoje de investidores dos Emirados Árabes; além de MG e Manganese, ambas pertencentes a conglomerados chineses. Além de fábricas de algumas destas marcas locais, o Reino Unido abriga a produção de veículos da Nissan, Toyota e operação de motores e transmissões da Ford.

Brasil e Argentina renovam acordo automotivo por mais 4 anos

Brasil e Argentina renovam acordo automotivo por mais 4 anos

Países preveem maior integração produtiva por livre comércio em 2020

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/24168/brasil-e-argentina-renovam-acordo-automotivo-por-mais-4-anos

REDAÇÃO AB

Brasil e Argentina concordaram em renovar o acordo automotivo por mais quatro anos no mesmo molde do atual, denominado flex, que vence na próxima quinta-feira, 30 de junho. O comitê automotivo formado por representantes dos dois países se reuniu em Brasília nos dias 23 e 24 de junho e concluíram as negociações com a definição das condições do novo acordo, que prevê uma agenda de trabalho com foco na integração industrial e comercial a fim de possibilitar o livre comércio entre os dois mercados a partir de julho de 2020.

O livre comércio entre os países era o objetivo do Brasil desde a retomada das negociações neste ano, mas a Argentina decidiu conduzir as negociações visando à permanência do regime de cotas (leia aqui).

Pelo acordo atual, os dois países podem exportar até US$ 1,50 um ao outro em veículos e autopeças para cada dólar que importam do vizinho. Por exemplo, quem importa o total de US$ 1 milhão pode vender ao outro até US$ 1,5 milhão sem cobrança de imposto de importação; o que fica acima desses limites é taxado normalmente.

A regra continuará valendo para o período entre 1º de julho de 2016 até 30 de junho de 2020. Em comunicado divulgado na segunda-feira, 27, a Anfavea, associação das fabricantes no Brasil, confirma que se forem alcançadas as condições de uma maior integração produtiva e comercial, o valor passa a ser de US$ 1,7, após prévio acordo entre as partes.

“Um acordo com horizonte de médio e longo prazos é fundamental para dar mais previsibilidade ao planejamento e segurança na definição de investimentos. Por esta razão avalio de forma muito positiva a conclusão das negociações pelos governos, que demonstraram equilíbrio e maturidade ao enxergar a relação de complementariedade produtiva entre os países e prever agenda de trabalho visando ao livre comércio”, declarou na nota o presidente da Anfavea, Antonio Megale.

Por sua vez, o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, comenta também em comunicado divulgado nesta data que o acordo de longo prazo trará benefícios mútuos ao conferir maior previsibilidade ao setor: “Depois de muita negociação, chegamos a um acordo por mais quatro anos que traz muita previsibilidade para o setor e que estabelece bases para o livre comércio automotivo a partir de 2020, uma grande vitória para a indústria nacional.”

Ford Fiesta turbo é o 1.0 mais potente e caro

Ford Fiesta turbo é o 1.0 mais potente e caro

Por R$ 72 mil, carro com motor EcoBoost custa mais do que o 1.6

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/24181/ford-fiesta-turbo-e-o-10-mais-potente-e-caro

PEDRO KUTNEY, AB | De Campinas/Mogi Guaçu (SP)

Ao lançar o novo Fiesta 1.0 EcoBoost no Brasil, a Ford tem uma difícil equação a explicar ao consumidor, pois inverte completamente a ordem do mercado brasileiro ao transformar um carro equipado com motorização 1-litro em topo de linha, que por quase R$ 72 mil, só disponível em versão única a gasolina e com câmbio automático de dupla embreagem, é o mais caro da família, acima das opções 1.6 do modelo. Com 125 cavalos, o motor EcoBoost que estreia no País é seguramente o mais potente motor 1.0 comercial do mundo, mas aqui também será o mais caro do planeta.

O EcoBoost três-cilindros que passa a equipar o Fiesta tem a mesma base do motor 1.0 fabricado pela Ford em Camaçari (BA) desde 2014 para motorizar o Ka, mas sem turboalimentação ou injeção direta de combustível. Com algumas adaptações, seria possível produzir o propulsor turbinado no Brasil, mas a empresa preferiu não fazer o investimento neste momento e traz o EcoBoost importado de sua fábrica de motores na Romênia. Pela mesma razão, ao menos por enquanto não será oferecida no mercado brasileiro nenhuma versão bicombustível gasolina-etanol. “Seria necessário fazer investimentos para desenvolver o flex. Preferimos ter o produto em tempo mais rápido aqui”, explica Maurício Greco, gerente geral de marketing da Ford Brasil.

Com motor e transmissão importados, o Fiesta ficou mais caro e a solução foi colocar a versão EcoBoost no topo da linha. “O Fiesta sempre foi vendido como um hatch compacto premium, por isso nunca teve motor 1.0 [que normalmente está nos carros mais baratos vendidos no País]. Agora podemos oferecer o 1.0 premium, o mais potente do mercado, com tecnologia avançada”, justifica Greco. Por isso aqui a versão só será vendida com câmbio automatizado de dupla embreagem com seis velocidades. “É que quem compra carros acima de R$ 60 mil no País normalmente busca a opção automática”, diz o gerente.

ESTRATÉGIA ARRISCADA

É difícil entender a estratégia baseada na crença de um consumidor que pode gastar mais para comprar menos – no caso, um carro menor por preço maior. Com o novo Fiesta EcoBoost topo de linha a Ford faz a arriscada aposta de atrair para um modelo compacto clientes que estão migrando dos hatches médios, um segmento em queda, para as crescentes faixas de mercado onde estão os SUVs pequenos ou sedãs médios, com preços parecidos mas mais espaço a oferecer. “Isso agora é possível com o motor mais potente. Queremos vender tecnologia avançada e atingir um cliente que busca itens só presentes em carros superiores, mas que prefere a versatilidade de um hatch compacto”, arrisca Greco.

A Ford não revela quais são as expectativas de vendas da linha Fiesta 2017 nem a estimativa de porcentual que deverá ser representada pela versão EcoBoost. O Fiesta trafega na faixa de cima do segmento de hatches compactos, o maior do mercado brasileiro, com 36% dos emplacamentos este ano. O objetivo é continuar entre os três mais vendidos do País com motorização superior a 1,5 litro – fatia que representa 30% dos emplacamentos da categoria no País e o Fiesta foi o primeiro do segmento em 2014, com participação de 18,2%, e caiu para segundo em 2015, com 13,8%. Cerca de 60% das compras foram das versões equipadas com motor 1.6 e os restantes 40% da 1.5, que agora passa a ser oferecida só para frotistas.

Fabricado em São Bernardo do Campo (SP) desde 2013, o Fiesta vem acumulando desempenhos negativos nos últimos dois anos. De 2014 para 2015 as vendas do hatch caíram 63%, de 108 mil para 40 mil. Este ano, de janeiro a maior, a retração já passa de 66%, com apenas 19,7 mil unidades emplacadas no período. São quedas bastante elevadas e muito acima do recuo médio do mercado, sugerindo que será difícil mudar esse roteiro com preços maiores.

A Ford considera que os principais concorrentes do Fiesta EcoBoost são Hyundai HB20, Peugeot 208, Citroën C3 e Volkswagen Fox. Embora todos tenham acabamento parecido (honesto, mas longe de um carro premium), a Ford aposta que o Fiesta turbinado fará diferença com a potência superior aos dos outros três-cilindros 1.0 turbinados disponíveis no Brasil, o Volkswagen Up! de 101 cv e o Hyundai HB20 de 98 cv.

DESEMPENHO ACIMA DA MÉDIA

Afora as discussões sobre preço e mercado, o fato é que o motor EcoBoost 1.0 se encaixa muito bem no Fiesta. É de fato um propulsor de alta eficiência, apresenta acelerações espertas. Na estrada, as ultrapassagens são fáceis e é fácil fazer o velocímetro passar dos 120 km/h, sem sinais de “esgoelamento” do motor. O torque máximo de 17,3 kgfm já é disponível a partir de apenas 1.400 rpm, coisa que motores 1.6 de potência equivalente só atingem acima dos 4.000 giros, incluindo aí o próprio 1.6 Sigma do mesmo Fiesta, que tem potência igual de 125 cavalos, mas torque inferior, de 15,8 kgfm.

Tudo isso com consumo de 1.0 comum. O Fiesta EcoBoost gasta pouco combustível, é nota A na aferição do Inmetro, com consumo urbano medido de 12,2 km/l e rodoviário de 15,3 km/l, contra 11,2 km/l e 14,9 km/l, respectivamente, do mesmo Fiesta equipado com motor 1.6.

O EcoBoost também é 20% mais rápido que o Sigma 1.6, segundo a Ford, acelerando de 0 a 100 km/h em 9,6 segundos, e de 80 a 100 km/h em seis segundos. O motor tricilíndrico, normalmente mais ruidoso e vibrante, é bastante silencioso no Fiesta – a Ford mediu ruído 5% mais baixo do que o mesmo carro 1.6 de quatro cilindros.

O desenvolvimento do EcoBoost 1.0 foi focado em extrair o máximo de eficiência do motor. Para isso foram agregadas todas as tecnologias disponíveis para reduzir emissões e consumo com ganho de potência. O conjunto da obra envolve turboalimentação de 1,5 bar que viabiliza 50% mais potência e 90% do torque em um a dois segundos de aceleração, injeção direta de combustível, duplo comando variável de válvulas, bokba de óleo variável, coletor de escape integrado, correia banhada em óleo (reduz consumo em 1%, garante menos ruído e não tem manutenção), intercooler e sistema de duplo arrefecimento.

GAMA REVISADA

Para encaixar o novo Fiesta EcoBoost no topo da gama, a Ford revisou toda a linha. As opções com motor 1.5 deixam de ser vendidas no varejo – só frotistas poderão comprar por encomenda. Com isso, a versão de entrada S 1.5 foi extinta. A família Fiesta começa agora no SE 1.6, com o motor Sigma 1,6-litro (que tem os mesmos 125 cavalos do 1.0 turbinado) e câmbio manual de cinco marchas, ao preço sugerido de R$ 51.990. A versão já vem com ar-condicionado, direção hidráulica, alarme, acionamento elétrico dos vidros dianteiros e luz de seta embutida nos retrovisores externos.

Na sequência foram criadas duas versões SEL 1.6, uma com câmbio manual por R$ 58.790 e a automática Powershift por R$ 64.990. Além do pacote da SE, ambas as versões SEL vêm com farol de neblina, rodas de liga leve de 15 polegadas, controle eletrônico de estabilidade e tração (ESC e TCS), assistência de partida em rampa, sensor traseiro de estacionamento, um ultrapassado sistema multimídia Sync (não tem tela tátil nem navegação), ar-condicionado digital e acionamento elétrico de todos os vidros.

Para acomodar os preços nas alturas, as versões Titanium passam a ser chamadas de Titanium Plus, ambas com transmissão automática de dupla embreagem, mas uma com motor 1.6 por R$ 70.690 e a mais cara com o EcoBoost 1.0 por R$ 71.990. Para tentar justificar os valores, a Ford agregou o pacote máximo de acabamento, que além de todos os equipamentos das outras versões acrescenta sete airbags, abertura e fechamento de portas por aproximação da chave-sensor, partida sem chave, bancos revestidos em couro (sintético), faróis cromados, rodas de 16 polegadas, piloto automático de aceleração (cruise control), acendimento automático de faróis e lanternas, sensor de chuva e retrovisor eletrocrômico.

As vendas da linha Fiesta 2017 nas concessionárias começam na segunda quinzena de julho, mas a campanha publicitária na TV começa no início do mês e os interessados já podem configurar o modelo no site da Ford. Serão oferecidos dois planos de financiamento promocionais de lançamento: o EcoBoost poderá ser comprado com taxa zero e parcelamento de 18 meses, as demais versões também serão oferecidas sem juro e prazo maior, de 24 parcelas.

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