Financiamentos recuam R$ 24,6 bi em um ano

Financiamentos recuam R$ 24,6 bi em um ano

Saldo da carteira para compra de veículos cai 14% em 12 meses

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/24030/financiamentos-recuam-r-246-bi-em-um-ano

PEDRO KUTNEY, AB

O saldo da carteira de crédito direcionado à compra de veículos perdeu R$ 24,6 bilhões nos últimos 12 meses terminados em abril passado, quando o estoque de financiamentos somou R$ 153 bilhões, contra 177,6 bilhões um ano antes, o que significou contração de quase 14%. Os números são do balanço mensal de operações do sistema financeiro nacional, que foram divulgados pelo Banco Central na quarta-feira, 25. O resultado confirma a tendência de queda continuada dos empréstimos para aquisição de carros no País, que estão em retração há cerca de três anos devido a fatores combinados como maior rigor dos bancos para efetuar novas concessões, falta de confiança do consumidor em contrair dívidas, aceleração do desemprego, encarecimento dos planos com elevação de juros e redução de prazos, além do nível de endividamento já alto, com retomada do crescimento da inadimplência nos últimos meses.

Nesse cenário, o volume de novos contratos tem sido menor do que o de encerrados, provocando a expressiva queda na carteira de crédito da modalidade. De janeiro a abril foram concedidos R$ 22 bilhões em novos financiamentos para compra de veículos, uma redução de 20,4% na comparação com o mesmo quadrimestre de 2015, quando foram abertos R$ 27,6 bilhões em novos contratos. O valor de concessões no período foi R$ 5,6 bilhões menor. Em dezembro, o melhor mês do ano passado, foram concedidos R$ 7,1 bilhões em crédito para o setor, valor que desceu para R$ 5,3 bilhões em abril, o quje representou recuo de 12% em relação a março.

As perspectivas pioram com o crescimento da inadimplência. Em abril o atraso nos pagamentos de financiamentos superior a 90 dias atingiu 4,5% do volume de crédito concedido, uma ligeira melhora em relação aos 4,8% apurados em março, mas ainda assim persistentemente acima dos 4%, como vem sendo registrado desde setembro do ano passado. A inadimplência havia se estabilizado em 3,9% desde dezembro de 2014 e começou a mostrar tendência de alta no segundo semestre de 2015.

A taxa média anual de juros para financiamento de veículos, que vinha subindo desde o ano passado, passando de 23,8% aa em janeiro para 26% aa em dezembro, chegou ao pico de 27,6 aa em fevereiro e começou a descer ligeiramente em março, para 27% aa, e em abril voltou a baixar levemente, para 26,8% aa. Ainda assim, o juro do crédito para comprar carros ficou 2,2 pontos porcentuais mais caro em 12 meses, enquanto os prazos médios permanecem estáveis, girando este ano em torno de 41 meses. Com isso, o preço das parcelas aumenta e afugenta possíveis novos clientes.

Ford lança Fiesta EcoBoost 1.0 em julho

Ford lança Fiesta EcoBoost 1.0 em julho

Motor turbo a gasolina será o mais potente 1.0 do País, com 125 cv

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/24018/ford-lanca-fiesta-ecoboost-10-em-julho

PEDRO KUTNEY, AB

O motor EcoBoost 1.0: no Fiesta brasileiro a partir de julho
A Ford vai começar a turbinar sua linha de veículos produzida no Brasil a partir de julho, quando devem ser iniciadas as vendas do Fiesta EcoBoost 1.0, que com seus 125 cavalos será o mais potente carro com motor de 1 litro disponível no País. A opção será oferecida só em versão a gasolina com câmbio automático de dupla embreagem e seis velocidades. Com a expectativa de demanda inicial baixa, provavelmente por causa do preço que deverá facilmente superar os R$ 65 mil (hoje o Fiesta 1.5 mais barato custa R$ 50 mil), ao menos por enquanto o propulsor será importado da fábrica da Ford na Romênia, para ser montado no Fiesta feito em São Bernardo do Campo (SP).

A fabricante tem condições de fazer o EcoBoost na planta de motores Camaçari (BA), inaugurada há cerca de dois anos, pois já produz lá, para equipar o Ka, o mesmo três-cilindros 1.0 com bloco de ferro-grafite (CGI, fornecido pela brasileira Tupy), mas sem turboalimentação nem injeção direta de combustível.

Nesse aspecto, a Ford leva certa vantagem sobre a Volkswagen, que no ano passado lançou o Up! TSI com o motor EA 211 tricilíndrico turbinado e precisou fazer mais de duas centenas de modificações para adaptar o turbocompressor e a injeção direta ao propulsor. “No nosso caso fizemos o caminho contrário: adaptamos o nosso EcoBoost 1.0 para funcionar sem turbo nem injeção direta. Portanto, não são necessárias grandes adaptações nem reforços estruturais para fazer a versão turbinada”, explica Volker Heumann, engenheiro-chefe de powertrain da Ford América do Sul. Ele garante, no entanto, que a fabricação do EcoBoost no Brasil, embora possível, não está colocada no horizonte próximo. Uma desvantagem para a nacionalização do EcoBoost é que a turbina é fornecida pela Continental, que não fabrica turbos no País. Por enquanto, só a BorgWarner faz aqui turbocompressores para motores otto, usados pela VW.

Ainda sem revelar detalhes de como será a nova configuração da família Fiesta com a inclusão da opção 1.0 turbo, a Ford apenas adianta que o modelo continuará a ser vendido com as outras duas motorizações flex disponíveis hoje, 1.5 de 112 cv e 1.6 de 128 cv. Com a chegada do 1.0 turbinado, a expectativa da Ford é que a partir deste ano 30% de sua linha de veículos no mercado brasileiro seja oferecida com a linha de motores EcoBoost – antes do Fiesta, uma das versões do Fusion já é vendida com o EcoBoost 2.0 de 234 cavalos.

GRANDE FAMÍLIA TURBINADA

A família EcoBoost é bastante ampla, hoje tem sete opções: três cilindros 1.0, quatro cilindros 1.5, 1.6, 2.0 e 2.3, e os V6 2.7 e 3.5, que vão dos 125 a 350 cavalos. “Turboalimentação, injeção direta de combustível e duplo comando variável de válvulas (presentes em todos os EcoBoost) são tecnologias já dominadas e conhecidas. O difícil é tirar a máxima eficiência dessas soluções. O desenvolvimento da linha gerou 275 patentes e construiu um padrão global de sucesso”, avalia Rogelio Golfarb, vice-presidente de estratégia, comunicação e relações governamentais da Ford América do Sul. Ele destaca o crescimento da produção dos carros com motorizações EcoBoost, que atingiou 2 milhões de unidades em 2013 e chegou a 6 milhões em 2015, com expectativa de chegar a 20 milhões em 2020. Hoje a família de propulsores equipa 100% dos veículos vendidos pela Ford na América do Norte e 80% na Europa. “É uma rota tecnológica que nos deu vantagens competitivas globais”, afirma o executivo.

A Ford está entre as primeiras fabricantes globais de veículos que, a partir do início desta década, aderiram à tendência mundial de redução do tamanho de motores ciclo otto com a utilização de turboalimentação e injeção direta de combustível para aumentar a eficiência sem perda de desempenho. “Enquanto a legislação de diversos países limita cada vez mais para baixo as emissões, o consumidor não quer perder performance. Até agora o downsizing com a turboalimentação foi a solução com o custo mais competitivo para comtemplar as duas coisas”, afirma Golfarb.

O EcoBoost 1.0, por exemplo, tem quase a mesma potência do motor 1.6 Sigma TiVCT da Ford, mas é cerca de 20% mais econômico e 20% mais rápido, porque o turbo “enche” em apenas 1,5 segundo ao pisar do acelerador e faz o propulsor atingir seu torque máximo de 170 Nm a apenas 1.400 rpm, mantendo-se no topo até 5.000 rpm, enquanto o 1.6 faz o mesmo só acima das 4.000 rpm. Com isso, segundo medições da Ford, o novo Fiesta EcoBoost 1.0 faz de 0 a 100 km/h em 9,6 segundos, enquanto a versão 1.6 faz o mesmo em 12,1 segundos.

Devido à sua eficiência, o EcoBoost 1.0 já equipa nada menos que 10 modelos da Ford na Europa, incluindo Fiesta, EcoSport, Focus, Mondeo e até algumas versões da van Transit Courier. “É um motor pequeno com coração forte. Tamanha diversidade de aplicações comprova isso”, ressalta Heumann.

Lucratividade das montadoras pode crescer com novos serviços

Lucratividade das montadoras pode crescer com novos serviços

MacKinsey mede o impacto da chegada de carros autônomos e compartilhados

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/24003/lucratividade-das-montadoras-pode-crescer-com-novos-servicos

REDAÇÃO AB

Os carros autônomos, elétricos e o compartilhamento de veículos vão gerar bons negócios para a cadeia automotiva nos próximos anos. A conclusão é do estudo Revolução Automotiva, da McKinsey & Company, que verifica como as tecnologias disruptivas poderão transformar o setor nos próximos 15 anos. O levantamento indica que, apesar da perspectiva de redução das vendas de veículos, novas oportunidades de negócio impulsionarão expansão da ordem de 2% até 2030.

A consultoria aponta que demandas por produtos e serviços hoje praticamente inexistentes – como o compartilhamento de automóveis, que tende a ser aprimorado com a chegada de modelos autônomos nos próximos anos – devem gerar um grande mercado. Estas demandas movimentarão US$ 1,5 trilhão até 2030, segundo o estudo. O montante traria crescimento de 30% nos ganhos da cadeia automotiva. Em 15 anos, um em cada 10 carros vendidos será destinado ao uso compartilhado. Deste total, 15% terão sistema autônomo de condução.

O caminho mais promissor para acompanhar o cenário de transformação, conforme aponta a consultoria, é que as montadoras encarem a mobilidade como um serviço e se reposicionem no mercado. Além da mudança da noção de posse do veículo, a conectividade e a oferta de soluções via aplicativos devem se tornar fontes de receitas, indica o levantamento.

A chegada de novos players ao setor automotivo, como as empresas da área de tecnologia, tendem a gerar uma série de novas parcerias com a possibilidade de oferecer produtos inovadores aos consumidores. O estudo prevê que, a partir de 2030, as receitas com novos serviços oferecidos pelas montadoras devem seguir em expansão. O desafio, neste caso, será competir em um mercado mais pulverizado.

Citroën C3 vira supereconômico com motor 1.2

Citroën C3 vira supereconômico com motor 1.2

Modelo recebe propulsor PureTech e tem preços a partir de R$ 46.490

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23999/citroen-c3-vira-supereconomico-com-motor-12

REDAÇÃO AB

A Citroën prepara a chegada do C3 equipado com motor 1.2 PureTech de três ciclindros para junho com preços a partir de R$ 46.490. O modelo será o segundo da gama do Grupo PSA a receber o propulsor, que chegou primeiro na nova geração do Peugeot 208 (leia aqui) e tornou o modelo o mais econômico do Brasil na classificação do Inmetro. Com a novidade, o C3 também deve alcançar o patamar de supereconômico assim como o modelo da marca-irmã.

O motor 1.2 substituirá o 1.5 usado em três versões do carro até então. Dados da Citroën indicam que o novo propulsor garante economia de 32% no consumo e permite desempenho de até 16,6 quilômetros por litro na estrada. O propulsor conta com sistema de partida a frio que dispensa o tanquinho de combustível. A fabricante assegura que, com a atualização, melhora também a performance do C3, que passa a ter 90 cv de potência.

A Citroën já vendeu globalmente 327 mil unidades do C3 PureTech. A companhia aponta que o modelo mantém a tradição de chegar ao mercado bem equipado, com itens como central multimídia com tela sensível ao toque de 7 polegadas, para-brisa Zenith, luzes diurnas de LED e direção elétrica. O modelo tem três anos de garantia e plano pós-venda com valores fixos em R$ 365 para as revisões de 10.000, 20.000 e 30.000 quilômetros.

Enquanto o C3 é fabricado em Porto Real (RJ), o motor PureTech 1.2 chega totalmente importado da França mesmo no atual patamar elevado do dólar. Carlos Gomes, presidente do Grupo PSA para a América Latina, já declarou que há planos para fabricar o propulsor localmente, mas apenas se os volumes chegarem perto de 100 mil unidades anuais e com previsibilidade melhor das condições do mercado local.

General Motors vai contratar 200 empregados em São José dos Campos

General Motors vai contratar 200 empregados em São José dos Campos

Com alta demanda da picape S10 para exportações, 2º turno será reaberto

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23996/general-motors-vai-contratar-200-empregados-em-sao-jose-dos-campos

REDAÇÃO AB

Metalúrgicos da GM aprovam valor de PLR e acolhem proposta de contratação de 200 novos empregados
A General Motors vai contratar 200 empregados para a fábrica de São José dos Campos (SP), uma das medidas aprovadas por cerca de 3 mil trabalhadores em assembleia realizada na manhã da segunda-feira, 23, pelo sindicato dos metalúrgicos da região. Os novos contratados serão incorporados ao segundo turno da unidade, que será reaberto até o fim de junho para sustentar a produção da picape S10, cuja demanda segue em alta puxada pelas exportações para mercados da América Latina. Procurada, a GM não quis comentar.

Em comunicado, o sindicato informa que a produção do primeiro turno ficou acima da capacidade, levando a empresa a optar pela reabertura do segundo turno. A entidade afirma ainda que a GM já está montando um banco de dados para as novas contratações e que os futuros empregados deverão passar por treinamento. Atualmente, a unidade de São José dos Campos emprega 4,3 mil trabalhadores e além da picape S10 é a responsável pela produção da Trailblazer, motores e transmissões.

PLR

Além da contratação dos novos empregados, os metalúrgicos também aprovaram o valor da participação nos lucros e resultados (PLR) para 2016, que foi negociado entre a montadora e o sindicato. Após sete reuniões ao longo deste mês, ficou acertado que será paga uma antecipação da PLR no valor de R$ 8.600 ainda em maio e a segunda parcela em janeiro de 2017.

Já o valor total da PLR será vinculado a metas do volume de produção no ano: de 35 a 37 mil veículos (80% da meta) o valor total de PLR será de R$ 11.280; se a produção chegar a 42 mil veículos (100% da meta), o valor será R$ 14.100 e se ultrapassar as 44 mil unidades (120% da meta), a PLR será fechada em R$ 16.920.

“Conseguimos reverter o valor rebaixado imposto pela empresa no ano passado. Isso representa uma importante vitória para os trabalhadores da GM”, afirma o presidente do sindicato dos metalúrgicos, Antônio Ferreira de Barros, o Macapá.

O sindicato observa que o valor da PLR em São José dos Campos é superior ao que será pago aos trabalhadores da unidade de São Caetano do Sul, no ABC Paulista, onde o sindicato local fechou com a empresa o valor de R$ 11 mil, com congelamento de salários e apesar das 180 demissões.

Novo Gol duas portas recebe 1.0 de três cilindros

Novo Gol duas portas recebe 1.0 de três cilindros

Modelo chega em junho às revendas com preço inicial de R$ 33.620

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23913/novo-gol-duas-portas-recebe-10-de-tres-cilindros

REDAÇÃO AB

Motor EA 211 obteve até 11% de melhoria em eficiência energética no novo Gol
A versão de duas portas do novo VW Gol chega em junho às concessionárias na versão Trendline 1.0, agora equipada com motor de três cilindros e preço sugerido a partir de R$ 33.620. O carro tem motor EA 211 flex, que produz até 82 cavalos quando abastecido com etanol.

A lista de itens de série inclui direção hidráulica, vidros elétricos, travamento central, limpador, lavador e desembaçador do vidro traseiro com temporizador, mais alerta de não utilização do cinto de segurança pelo motorista.

O modelo também traz novos faróis com máscara negra, rodas de 14 polegadas com pneus 175/70 R14 “verdes”, de baixa resistência ao rolamento, e banco do motorista com ajuste de altura. Segundo a VW, com o motor de três cilindros o modelo obteve melhoria de eficiência energética de até 11% em relação ao modelo anterior.

Como opcional, a versão Trendline pode receber ar-condicionado e pacote “Interatividade”, com sistema de som “Media” e suporte para celular capaz de posicionar e carregar smartphones de até seis polegadas. O “Media” possibilita as funções mais utilizadas em sons automotivos: Bluetooth com função streaming de áudio, entradas USB/ AUX-IN e para cartões de memória do tipo SD-card.

Há também o pacote “Interatividade Composition Touch”, uma central multimídia que permite reprodução e operação de smartphones direto em sua tela colorida de cinco polegadas.

Fiat é a que mais perde participação em 2016

Fiat é a que mais perde participação em 2016

Marca entregou quase quatro pontos porcentuais no início do ano

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23907/fiat-e-a-que-mais-perde-participacao-em-2016

PEDRO KUTNEY, AB

Passado o primeiro terço de 2016 com profunda recessão no Brasil, quando apenas uma fabricante de veículos (a General Motors) conseguiu ultrapassar a barreira de 100 mil unidades vendidas, a Fiat foi a marca que mais perdeu participação de mercado no período. Foram perdidos quase quatro pontos porcentuais (3,87), descendo seu domínio para 15,2%, o que fez a marca cair para o segundo lugar no ranking entre as mais vendidas no País. Apesar das boas vendas das picapes Strada e da recém-lançada Toro, com o restante do portfólio desatualizado e centrado em produtos de baixo valor, justamente o segmento mais afetado pela crise, a Fiat apurou queda nas vendas de 42,3% na comparação com janeiro a abril de 2015, um tombo muito maior do que a retração média de 27,6% observada no primeiro quadrimestre do ano.

O buraco de mercado deixado pela Fiat abriu espaço para a GM assumir o primeiro posto do mercado nacional de veículos leves. Apesar do recuo expressivo em suas vendas também acima da média geral, de 30,4% entre janeiro e abril na comparação com mesmo período do ano passado, a fabricante continua embalada pelo bom desempenho do Chevrolet Onix, que representou quase metade dos emplacamentos da marca e foi o carro mais vendido do País no período. Com isso, a GM perdeu bem menos participação, 0,65 ponto, ficando com 16,3%. Essa performance mostra que não foi a GM que ganhou o topo do ranking de veículos leves, mas a Fiat que perdeu – e espera recuperar com a crescente procura pela Toro e após o lançamento de seu novo subcompacto, o Mobi, que começou a ser vendido no fim de abril.

A Volkswagen também continua perdendo participação de mercado de maneira galopante: cedeu 2,3 pontos e desceu a 13,6%, o menor nível em mais de cinco décadas, após registrar retração nas vendas de 38% no primeiro quadrimestre. Foi o terceiro pior desempenho porcentual do período entre as 10 marcas mais vendidas do País, só perdendo para Fiat e Ford (nesta ordem). A renovação de portfólio promovida até agora não sensibilizou os consumidores, mas ao menos foi suficiente para evitar perdas maiores, mantendo inalterada a terceira posição da marca no ranking.

Do quarto posto para baixo aconteceu uma pequena revolução de posições. No primeiro quadrimestre a Hyundai saltou para a quarta colocação do ranking, com ganho de 2,4 pontos porcentuais de market share, que subiu a inimagináveis 10%. O recuo nas vendas de 4,6%, bastante inferior à média de mercado de janeiro a abril, mostra que continua alto o interesse do consumidor pela linha HB20, produzida em Piracicaba desde 2012 sempre com alto índice de demanda. Os HB20 hatch foi o segundo carro mais vendido do País nos primeiros quatro meses do ano.

Logo abaixo vem a Toyota, que com a boa procura por todos os carros que faz no País (Corolla e Etios hatch e sedã) subiu ao quinto posto do ranking nacional, com ganho de 2,3 pontos porcentuais de market share, que subiu para 8,9%. A marca também registrou queda nas vendas no quadrimestre, mas de apenas 2,4%, bastante abaixo da grande depressão do mercado no período.

Hyundai e Toyota atropelaram a Ford, que perdeu para as duas seu tradicional posto de quarta fabricante que mais vende do País, após queda de 41,7% nos emplacamentos de seus modelos no primeiro terço de 2016. Com isso, a Ford cedeu dois pontos porcentuais de participação de mercado e fechou o quadrimestre com 8,5%. Apesar de o Ka hatch ter sido o terceiro carro mais vendido entre janeiro e abril, a marca carece de outros best sellers – o mais bem colocado após o Ka é o EcoSport em 19º lugar.

A Renault, que até 2014 ocupava a quinta posição entre as marcas mais vendidas do mercado brasileiro, foi sendo ultrapassada nos últimos tempos, terminou 2015 em quinto lugar e desceu para o sétimo no primeiro quadrimestre de 2016, mesmo posto de um ano atrás, ainda que com ligeira recuperação de participação, 0,17 ponto, fechando o período com 7,1%. Sem renovações importantes, as vendas da marca caíram 25,9%, praticamente em linha com o padrão geral observado de janeiro a abril.

Graças ao estouro de demanda pelo HR-V, um SUV com preços acima de R$ 70 mil que foi o sexto carro mais vendido do País entre janeiro e abril, a Honda conseguiu manter seu oitavo lugar no ranking, com ganho de 1,32 ponto porcentual de participação, agora em 6,7%. Ainda assim, as vendas da marca caíram quase 10% no quadrimestre.

Depois do lançamento em 2015 do Renegade fabricado em Pernambuco, a Jeep ganhou volumes nunca antes atingidos no Brasil, fazendo a marca de um ano para outro saltar da 21ª para a nona posição do ranking nacional. Foi a única que registrou crescimento, de 879% no primeiro quadrimestre, isso porque as vendas do Renegade só começaram em maio do ano passado e deixam a base de comparação distorcida. Nos primeiros quatro meses de 2016 a Jeep conquistou 2,64 pontos porcentuais de participação, o maior avanço entre todas as marcas, subindo para 2,85%.

Sem conseguir elevar a demanda pelos March e Versa produzidos em Resende (RJ), a Nissan perdeu uma posição no ranking brasileiro, descendo da nona para a décima colocação, mesmo com pequeno ganho de 0,39 ponto em sua participação de mercado no primeiro quadrimestre, que chegou a 2,7%. As vendas no período se contraíram 15,3%, abaixo do recuo médio.

Abaixo da décima posição do ranking, após profunda reestruturação em sua rede de concessionários a Peugeot parece estar conseguindo ao menos estancar as perdas dos últimos anos. A marca francesa conseguiu avançar 0,34 ponto, elevando levemente sua participação para 1,34%, porque registrou queda nos emplacamentos de 2,46% de janeiro a abril, muito menor do que a média de mercado. Teve assim desempenho bem melhor do que a marca associada do mesmo Grupo PSA, a Citroën, que teve recuo de 24,1% nos emplacamentos e manteve o market share estável em 1,32%, como 12ª mais vendida no País.

Retração maior teve a Mitsubishi que após muitos anos ocupando a décima posição do ranking nacional de vendas de veículos leves, no primeiro quadrimestre desceu para a 13ª colocação, com perda de 0,5 ponto de participação, para 1,26%, e contração nos emplacamentos de expressivos 47,6%.

Toyota já faz motores em Porto Feliz

Toyota já faz motores em Porto Feliz

Entraram em produção os 1.3 e 1.5 para o Etios; Corolla fica para depois

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23925/toyota-ja-faz-motores-em-porto-feliz

PEDRO KUTNEY, AB | De Porto Feliz (SP)

Vista aérea a nova fábrica de motores da Toyota em Porto Feliz (SP)
No início deste mês a Toyota começou a produzir motores pela primeira vez na América Latina em sua fábrica de Porto Feliz, no interior paulista, a meio caminho das unidades de montagem final da empresa em Sorocaba, onde é feito o Etios, e Indaiatuba, que faz o Corolla. A montadora investiu R$ 580 milhões na nova planta para avançar na nacionalização de seus produtos no Brasil, reduzindo assim a exposição ao câmbio, ao mesmo tempo em que atende parte das exigências do programa Inovar-Auto, que concede isenções fiscais para incentivar o maior volume de compras no País e localização de processos industriais.

A inauguração oficial da fábrica de Porto Feliz foi feita na terça-feira, 10, mas a unidade já estava em operação para atender a recém-lançada versão 2017 dos Etios hatch e sedã (leia aqui). Inicialmente, entraram em produção os novos motores VVT-i de 1,3 e 1,5 litro, que passaram a equipar o Etios com economia em torno de 9% maior na comparação com a geração anterior dos mesmos propulsores – a maior eficiência energética também é uma das metas do Inovar-Auto.

Quando a construção da planta foi anunciada, em 2012, também estava prevista, em uma segunda etapa, a fabricação de motores para o Corolla. Contudo, com a retração das vendas e a queda dos volumes de produção, a Toyota deverá esperar mais para colocar esse projeto em andamento. “Ainda estudamos se faz sentido econômico. É necessário antes fazer um investimento maior para modernizar a fábrica de Indaiatuba. Quando decidirmos poderemos fazer aqui o motor do Corolla também”, explica Steve St. Angelo, CEO da Toyota America Latina. “Com a taxa de câmbio no nível atual, essa é a hora de buscar o aumento da nossa localização em todos os níveis, mas não é só isso que importa nesse caso [da importação do motor do Corolla], é um projeto maior”, acrescenta.

Pelo mesmo motivo, foi suspenso o plano de produzir o Corolla também em Sorocaba, como forma de aliviar a unidade de Indaiatuba em caso de maior procura pelo modelo. “O mercado mudou e hoje não precisamos de mais Corolla além do que já fazemos”, diz St. Angelo. No entanto, muitos dos investimentos para aumentar a produção brasileira da Toyota já foram feitos, segundo explica o vice-presidente da empresa para a América Latina, Luiz Carlos Andrade Jr.: “O que estamos fazendo é ficar preparados para fazer mais se o mercado demandar. Não tínhamos isso antes e perdemos oportunidades de avançar mais no País”, avalia.

“Esta nova unidade de motores reafirma a estratégia de longo prazo da Toyota, que enxerga o potencial da América Latina e do Brasil para emergir como poder econômico global nas próximas décadas”, disse St. Angelo em seu discurso durante a cerimônia de inauguração em Porto Feliz, em que procurou dissipar a tensão causada pela crise econômica. “Mantemos nossa promessa de investir no Brasil. Estamos sofrendo como nossos concorrentes, mas estamos trabalhando para superar esse momento, porque temos certeza que a economia vai se recuperar. Seremos recompensados no futuro”, destacou.

CAPACIDADE SOB DEMANDA

A fábrica de Porto Feliz nasce com capacidade para 108 mil motores/ano, a mesma instalada em Sorocaba para fazer o Etios. “Vamos seguir a demanda, quanto mais Etios vendermos, mais motores vamos produzir. Por isso fizemos uma planta extremamente flexível, capaz de operar com diferentes níveis de produção. Mas se for necessário expandir, também podemos fazer isso rápido, temos bastante espaço aqui para crescer”, diz St. Angelo. A planta está instalada em um terreno de 872,5 mil metros quadrados, tem atualmente 320 empregados e opera em dois turnos.

A Toyota garante que instalou no Brasil sua mais moderna, eficiente e completa fábrica de motores no mundo. Como poucas, a planta agrega todas as três etapas de produção, incluindo a fundição dos blocos e cabeçotes de alumínio, usinagem e montagem final. “Isso garante o maior controle dos processos e da qualidade”, explica Andrade Jr. “Esta fábrica também significa uma maior independência em relação à matriz, agora temos muita flexibilidade para atender melhor o mercado. Podemos produzir aqui qualquer motor com adaptação muito rápida da linha em termos de variedade e quantidade”, diz.

Para reduzir o tamanho da área normalmente ocupada pela fundição e aumentar a eficiência do processo, o forno de fusão que derrete o alumínio teve as dimensões diminuídas, para que pudesse ser instalado ao lado da moldagem, eliminando assim o transporte do metal derretido dentro da fábrica. A solução trouxe ganhos de segurança e produtividade. Também são usados somente aditivos inorgânicos dentro dos moldes dos blocos, para evitar a emissão de partículas e gases tóxicos. Com isso, foi possível diminuir o tamanho dos coletores de poeira, economizando espaço.

Volkswagen cria seu modelo de revolução industrial no Brasil

Volkswagen cria seu modelo de revolução industrial no Brasil

Novos projetos para as quatro fábricas no País nascem antes no mundo digital

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23874/volkswagen-cria-seu-modelo-de-revolucao-industrial-no-brasil

SUELI REIS, AB

Celso Placeres, diretor de manufatura da Volkswagen, apresenta adoção de novos processos em fábricas no Brasil (Foto: Luis Prado)
Apesar de o Brasil ainda estar engatinhando no que se refere à quarta revolução industrial, denominada Indústria 4.0 (leia aqui), o País já conta com exemplos do que pode vir a ser parte das adaptações do conceito de manufatura avançada, que consiste em fábricas inteligentes com flexibilidade, gerenciamento eficiente, ergonomia e integração digital com fornecedores. Durante o Workshop A Indústria 4.0 e a Revolução Automotiva realizado por Automotive Business na segunda-feira, 2, em São Paulo, o diretor de manufatura da Volkswagen do Brasil, Celso Placeres, apresentou as ações que a empresa adota e que foram transformadas em inovações e tendências em busca desta nova era da industrialização.

“O conceito [de Indústria 4.0] busca não só a produtividade com redução de custo, mas trazer benefícios também para o cliente, que já é um consumidor com perfil conectado e que graças a isso quer um produto cada vez mais personalizado, diferenciado e que atenda seus requisitos”, ressalta.

Para isso, a empresa vem se adequando a uma nova maneira de produzir no Brasil com base em uma manufatura que converse o tempo todo com as carteiras de alimentação. “Para se ter uma ideia, colocar em linha um veículo de cor amarela requer planejamento, uma vez que trocar a tinta, lavar os bicos, usar solvente para limpar tem seu custo. Fazer isso agora, com apenas um carro, ou fazer na próxima semana quando terei um pedido com cinco modelos nesta mesma cor? A ideia é que a fábrica inteligente tenha autonomia para decidir e que no futuro a demanda do cliente se comunique diretamente com o processo de produção”, conta.

Desde 2008 todos os novos projetos para as quatro fábricas da empresa no Brasil – Anchieta, São Carlos, Taubaté (SP) e São José dos Pinhais (PR) – já nascem de um modelo digital. Isso significa que antes de entrar em produção, tanto a linha de montagem, seus processos e sequências, quanto o novo produto foram concebidos no mundo virtual, por meio de softwares de simulação em ambiente 3D. “Isso é fundamental para elevar a produtividade e a qualidade, além de garantir nossa participação em projetos globais, manter nosso conhecimento técnico e aumentar nossa competitividade”, ressalta Placeres.

A Volkswagen investiu R$ 31 milhões entre 2006 e 2015 com a aquisição de softwares, hardwares e também em treinamento para profissionais começarem a lidar aqui com a nova realidade da Indústria 4.0. Segundo Placeres, os investimentos deram novo ar de modernização e flexibilidade às unidades, em especial a de São Carlos, que se preparou já sob os conceitos da revolução industrial para a introdução dos novos motores EA 211. Nesse sentido, a empresa contou com parceria da Universidade Metodista de Piracicaba, cujos alunos de engenharia realizaram todo o processo de simulação das novas linhas de montagem dos motores.

“Com isso garantimos um índice de 99% de acerto nos projetos”, afirma. Ele acrescenta que outro exemplo é o investimento de R$ 427 milhões que a Volkswagen aplicou na unidade de Taubaté para a modernização da área de pintura entre 2012 e 2013. Na ocasião, a empresa contou com 52 fornecedores para os quais pediu que entregassem antes seus projetos em formato totalmente digital.

“Identificamos 296 interferências na realidade virtual e as evitamos quando executamos o projeto no mundo real. Se não tivéssemos simulado antes e eliminado as interferências, gastaríamos R$ 19 milhões adicionais para corrigi-las, 5% a 6% do investimento inicial”, revela.

A a adoção de uma estrutura conectada também deu às linhas de montagem maior precisão e redução dramática de estoques, graças à parceria de fornecedores que se esforçam para atender aos novos requisitos da montadora quanto à conectividade da cadeia. “Estamos produzindo cada vez menos os lotes dos veículos mais vendidos para acrescentar cada vez mais os pedidos de clientes que têm origem até na internet”, afirma. Placeres destaca que o planejamento junto aos fornecedores tem sido cada vez mais acertado: “Antes trabalhávamos com estoque de peças para até nove dias, hoje este índice caiu para três dias.”

Apesar de contar com bons exemplos de manufatura inteligente, Placeres concorda que ainda há alguma dificuldade na cadeia de fornecedores em adotar novos processos, embora defende as parcerias para dar continuidade à revolução que a VW já vive em suas fábricas. “Nem todos têm recursos para investir em novos processos, isso é fato quando olhamos para tiers 2, tiers 3 (fornecedores de segundo e terceiro níveis na cadeia). Mas é possível fazer e avaliar onde é mais necessário, fazer células, ilhas de automação. Muito se fala em crise, mas é lição de casa buscar as oportunidades. Em tempos de crise, crie”, defende.

Nissan terá 11 mil Kicks para venda em agosto

Nissan terá 11 mil Kicks para venda em agosto

SUV já é montado no México desde março a fim de invadir o Brasil na Olimpíada

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23877/nissan-tera-11-mil-kicks-para-venda-em-agosto

MÁRIO CURCIO, AB | Do Rio de Janeiro (RJ)

Kicks vai concorrer com HR-V, Renegade, EcoSport e Tracker
A Nissan mostra pela primeira vez em todo o mundo a versão final do modelo Kicks, que começa a ser vendido em 5 de agosto, mesmo dia do início da Olimpíada. O utilitário esportivo é o carro oficial do evento e virá num primeiro momento do México, onde já é produzido desde março, na unidade de Aguascalientes. “Em agosto haverá 11 mil unidades disponíveis no Brasil”, garante o presidente da Nissan no País, François Dossa.

“O Brasil será o primeiro a receber o carro”, diz o executivo, que esta semana comemora quatro anos de sua chegada ao País. Ainda em 2016 o Kicks estará à venda em outros mercados latino-americanos e até o fim do primeiro trimestre de 2017 terá início a produção brasileira do modelo, na fábrica de Resende (RJ), onde hoje são montados o hatch March e o sedã Versa. A unidade recebeu R$ 750 milhões para produzir o utilitário esportivo.

“Os principais concorrentes do Kicks serão Honda HR-V, Jeep Renegade, Ford EcoSport e Chevrolet Tracker”, diz o presidente da Nissan América Latina, José Luis Valls. “Acreditamos em 2,5 mil a 3 mil unidades nos primeiros meses”, afirma o executivo. Ele estima que o lançamento elevará a participação de mercado da Nissan dos atuais 2,85% para 3% no ano fiscal de 2016, que termina em 31 de março de 2017.

A versão final manteve o estilo do carro-conceito mostrado no Salão do Automóvel de 2014. Segundo a fabricante, ele resulta da colaboração entre as equipes do Nissan Design América, na Califórnia, e o estúdio-satélite Nissan Design América–Rio, com a coordenação do Centro Mundial de Design da Nissan, no Japão.

Nissan
Com 2,61 de distância entre eixos, Kicks tem bom espaço interno. Nissan ainda não informa capacidade do porta-malas, que aparenta ter 400 litros ou pouco mais. Dados técnicos completos, versões e preços só serão divulgados em julho.

Seu desenho é bem resolvido, sem pontos de gosto duvidoso como no March e no Versa. O teto de cor diferente da carroceria não estará em todas as opções. O acabamento é caprichado, algo fácil de notar pela forração interna de couro, inclusive no painel. Versões mais completas como a SL da foto poderão ter os recursos Around View Monitor (monitor com visão 360°) e o Moving Object Detection (detecção de objetos em movimento), que utilizam quatro câmeras integradas para exibir uma visão total do carro e alertar o condutor no caso de perigos que poderiam passar despercebidos. A central multimídia tem tela colorida de sete polegadas.

A Nissan ainda faz mistério em relação aos motores e transmissões, mas já se sabe que haverá opção 1.6 e câmbio automático do tipo CVT. Em julho ocorrerá o lançamento de verdade, quando a montadora divulgará todos os detalhes do modelo, preços e versões. O Kicks mede 4,29 metros, tem 1,59 m de altura e 2,61 m de distância entre eixos. As dimensões são muito próximas às do HR-V. Como projeto global, o Nissan será vendido em 80 países.

A partir do dia 3, terça-feira, o Kicks acompanhará o trajeto da tocha olímpica de Brasília (DF) até o Rio de Janeiro por 20 mil quilômetros. O carro passará por 328 cidades durante 95 dias.

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