Fiat completa 40 anos de produção no Brasil

Fiat completa 40 anos de produção no Brasil

Fábrica de Betim está em meio ao maior ciclo de investimento de sua história

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/24246/fiat-completa-40-anos-de-producao-no-brasil

REDAÇÃO AB

No último dia 9 a Fiat completou 40 anos de produção no Brasil a partir do início das operações de sua fábrica localizada em Betim (MG), a primeira da indústria nacional a sair do eixo Rio-São Paulo. Com 50 modelos produzidos e lançados nestas quatro décadas, a unidade está em meio ao seu maior ciclo de investimento, recebendo desde 2010 um total de R$ 7 bilhões em aportes, incluindo o desenvolvimento de novos produtos – como a picape Toro e o compacto Mobi – previsto para terminar neste ano.

Inaugurada em 1976 com o lançamento do Fiat 147, as linhas de produção já entregaram até hoje mais de 15 milhões de veículos, dos quais mais de 3 milhões foram destinados às exportações para 30 países. Em quatro décadas, o carro mais produzido foi o Uno, com pouco mais de 3,7 milhões de unidades.


O acordo de interesses foi assinado pelo então presidente da Fiat, Giovanni Agnelli, e o governador de MG, Rondon Pacheco, em 14 de março de 1973. A fábrica foi inaugurada 3 anos depois, em 1976, com o primeiro modelo em linha Fiat 147.

Um dos principais objetivos do Grupo FCA é a completa modernização da fábrica, cuja capacidade aumentou para 800 mil veículos por ano, transformando-se na maior fábrica de veículos da América Latina e a maior do grupo em capacidade instalada em todo o mundo.

Como parte desse processo, a unidade de prensas passou a operar, em 2011, com duas linhas de alta cadência, capazes de dar 16 golpes por minuto, o dobro da velocidade das prensas convencionais. Novos robôs foram inseridos na linha de produção, trazendo mais tecnologia e precisão: somente na funilaria, 195 robôs foram inaugurados a partir do início da produção do Mobi, projeto que recebeu R$ 1,3 bilhão em investimento (leia aqui). A montagem da carroceria do novo modelo é totalmente automática, do pavimento até o teto, passando pelas laterais e partes móveis, como portas, paralamas e capô.

A fábrica também contará com um novo prédio dedicado à pintura dos veículos, cujas obras estão na fase final com equipamentos mais modernos e eficientes, elevando o patamar de qualidade do processo. As obras estão em fase final.


Primeiras prensas da fábrica da Fiat em Betim instaladas em 1976 e as novas prensas instaladas em 2011 capazes de dar 16 golpes por minuto

UMA FÁBRICA QUE NÃO PARA

Segundo a Fiat, o processo de modernização ocorre sem a interrupção dos trabalhos das linhas de montagem, permitindo à empresa realizar simultaneamente grandes mudanças de processos, incorporação de novas tecnologias, além de um programa para o treinamento e desenvolvimento de pessoas.

“A ênfase está em combinar qualidade e eficiência, através de processos produtivos cada vez mais precisos e compartilhados por toda a cadeia produtiva”, afirma o presidente da FCA para a América Latina, Stefan Ketter.

Desde 2007, a fábrica adota o sistema de produção WCM – World Class Manufacturing, desenvolvido pela própria Fiat e baseado no Lean Manufacturing, sistema de produção enxuta criado pela Toyota. Por meio dele, a empresa abrange todos os aspectos da manufatura, desde postos de trabalho, passando por qualidade, manutenção até logística. É aplicado em todas as fábricas da FCA no mundo e que compartilham entre si as melhores práticas, a maior parte vinda de sugestões dos próprios funcionários.

Com este novo processo, a fábrica ganhou mais flexibilidade, capaz de se adequar rapidamente às variações e oscilações de demanda, com a possibilidade de montar diferentes modelos em uma única linha de produção. O inverso também é possível, com um modelo sendo montado em diferentes linhas, simultaneamente. Atualmente, o número de peças manuseadas diariamente ultrapassa 3,5 milhões, abastecidas por cerca de 300 fornecedores.


A 147 pick-up, a primeira picape leve derivada de um automóvel no Brasil, de 1978, o Fiorino Furgão, apresentado como menor caminhão do mundo e o Uno Mile, o modelo mais produzido por Betim.

Aliada à produtividade, a sustentabilidade do complexo está presente em todos os setores, sendo a primeira fábrica de veículos leves a obter o certificado ISO 14001, de gestão ambiental, e também o ISO 50001, de gestão de energia. Atualmente, 99,4% da água utilizada para produzir carros é de reúso, graças a um dos mais modernos sistemas de tratamento e recírculo de água do Brasil, utilizada pela unidade como parte do investimento em novas tecnologias a partir de 2010.

A fábrica de Betim foi também a primeira no país a obter a marca de aterro zero: nenhum resíduo é enviado para aterros – 97% são reciclados e os 3% restantes reaproveitados. Até mesmo sobras de tecido automotivo e de cintos de segurança têm uso: elas viram acessórios, como bolsas e mochilas, por meio do Cooperárvore, cooperativa do programa social Árvore da Vida, gerando renda e integração para as regiões vizinhas à fábrica. Mais de 25 toneladas de materiais já foram reaproveitadas, em 10 anos, dentro do escopo do programa, desenvolvido pela FCA.

PROMOVENDO A INOVAÇÃO

Para a Fiat, a palavra de ordem ao longo dos anos foi a inovação. As novidades passam pelo crivo do centro de pesquisa e desenvolvimento Giovanni Agnelli, instalado no complexo industrial de Betim, cujos trabalhos são realizados em sinergia com demais centros de P&D do grupo FCA, em Turim (Itália), Aurburn Hills (EUA) e o mais recente aberto no complexo industrial de Goiana (Pernambuco).

“Projetamos modelos que atendem às expectativas do consumidor brasileiro. É a nossa visão sobre os nossos carros, com inspiração na excelência do design italiano”, afirma o diretor do FCA Design Center Latam, Peter Fassbender.

“O que as pessoas esperam de um carro muda com o tempo e estamos acompanhando essas transformações”, explica o diretor de estratégia de produto da FCA, Carlos Eugênio Dutra.

Entre seus feitos, a empresa guarda no currículo a criação da primeira picape derivada de um automóvel de passeio em 1978, foi a primeira a produzir carros populares no País em 1990, com o Uno Mile, ofereceu em primeira mão conteúdos de segurança em carros nacionais, como airbag, inaugurou a era da conectividade nos veículos do Brasil ao lançar o primeiro carro com conexão bluetooth, inaugurou a tecnologia start&stop no novo Uno, entre outras.

Das áreas de engenharia e design, estão na lista inovações como o Fiat 147 sendo o primeiro carro a etanol fabricado em série no mundo, em 1979. Em 2006, nasceu o Siena tetrafuel, primeiro e único veículo do mundo movido a quatro combustíveis. Em 2009, a Fiat convidou clientes de todo o mundo a criarem o carro do futuro: o Fiat Mio, o primeiro carro conceito desenvolvido na plataforma creative commons, do qual participaram consumidores de cerca de 160 países enviando mais de 17 mil ideias e sugestões.


Primeiro carro nacional com motor de 4 válvulas por cilindro; primeiro veículo tetrafuel; a picape Toro que inaugurou o conceito de tampa traseira bipartida e o Mobi, primeiro modelo nacional com tampa de porta-mala totalmente em vidro.

Atualmente, um projeto nos moldes de startup funciona na planta de Betim a fim de gerar novas ideias a serem implementadas na operação. O núcleo é formado por especialistas de diversas áreas, de engenheiros a economistas, passando por químicos e designers. “Promovemos a construção de tecnologia nacional, de forma viável, prática, acelerada e sempre com foco no cliente”, afirma Toshizaemom Noce, supervisor de inovação da FCA.

Entre as pesquisas realizadas pelo grupo está o Projeto Girassol, um sistema fotovoltaico gera energia elétrica adicional para a bateria, resultando em economia de combustível e redução de emissões. Outras pesquisas em andamento avançam sobre os novos conceitos da conectividade. “A experiência de uso será o fator determinante para os automóveis daqui para frente e é nisso que estamos trabalhando hoje”, explica o executivo.

Entre as realizações da marca sob o leque da conectividade estão o Fiat Live On, utilizado no Mobi, que ao integrar o smartphone ao veículo transforma o celular na central multimídia do carro, por meio de um aplicativo, possibilitando acesso a comandos pelo volante multifuncional. O sistema traz ainda o EcoDrive, que fornece informações sobre a condução, em especial quanto à economia de combustível, e o Car Parking, que mostra o último local em que o carro foi estacionado.

“Nossa missão é continuar a desenvolver produtos e serviços que estejam, cada vez mais, conectados às necessidades dos clientes, encontrando formas de conjugar meio ambiente, mobilidade, prazer e comodidade”, enfatiza Eugênio Dutra.

Com o projeto Futuro das Cidades, a marca já se movimenta para, de maneira colaborativa, conhecer o ecossistema onde estão inseridos seus produtos, mapear problemas potenciais e contribuir para o desenvolvimento de soluções de mobilidade para as cidades brasileiras. Em breve, lançará uma plataforma aberta e colaborativa, que servirá como um espaço de conhecimento sobre a mobilidade.

“A boa mobilidade não é necessariamente a que tenha mais carros, metrôs, corredores de ônibus, avenidas, ciclovias ou calçadas de qualidade, mas a que faça uma combinação justa, inteligente e eficiente de todos os modos de transporte possíveis”, explica Mateus Silveira, especialista em future insights da FCA e líder do projeto. A iniciativa já agrega empresas, especialistas, universidades e entidades da sociedade civil e do terceiro setor. “Queremos entender o modelo de cidades que estamos construindo e debater projetos que possam contribuir para o bem-estar urbano”, conclui Silveira.

Fiat é a que mais perde participação em 2016

Fiat é a que mais perde participação em 2016

Marca entregou quase quatro pontos porcentuais no início do ano

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23907/fiat-e-a-que-mais-perde-participacao-em-2016

PEDRO KUTNEY, AB

Passado o primeiro terço de 2016 com profunda recessão no Brasil, quando apenas uma fabricante de veículos (a General Motors) conseguiu ultrapassar a barreira de 100 mil unidades vendidas, a Fiat foi a marca que mais perdeu participação de mercado no período. Foram perdidos quase quatro pontos porcentuais (3,87), descendo seu domínio para 15,2%, o que fez a marca cair para o segundo lugar no ranking entre as mais vendidas no País. Apesar das boas vendas das picapes Strada e da recém-lançada Toro, com o restante do portfólio desatualizado e centrado em produtos de baixo valor, justamente o segmento mais afetado pela crise, a Fiat apurou queda nas vendas de 42,3% na comparação com janeiro a abril de 2015, um tombo muito maior do que a retração média de 27,6% observada no primeiro quadrimestre do ano.

O buraco de mercado deixado pela Fiat abriu espaço para a GM assumir o primeiro posto do mercado nacional de veículos leves. Apesar do recuo expressivo em suas vendas também acima da média geral, de 30,4% entre janeiro e abril na comparação com mesmo período do ano passado, a fabricante continua embalada pelo bom desempenho do Chevrolet Onix, que representou quase metade dos emplacamentos da marca e foi o carro mais vendido do País no período. Com isso, a GM perdeu bem menos participação, 0,65 ponto, ficando com 16,3%. Essa performance mostra que não foi a GM que ganhou o topo do ranking de veículos leves, mas a Fiat que perdeu – e espera recuperar com a crescente procura pela Toro e após o lançamento de seu novo subcompacto, o Mobi, que começou a ser vendido no fim de abril.

A Volkswagen também continua perdendo participação de mercado de maneira galopante: cedeu 2,3 pontos e desceu a 13,6%, o menor nível em mais de cinco décadas, após registrar retração nas vendas de 38% no primeiro quadrimestre. Foi o terceiro pior desempenho porcentual do período entre as 10 marcas mais vendidas do País, só perdendo para Fiat e Ford (nesta ordem). A renovação de portfólio promovida até agora não sensibilizou os consumidores, mas ao menos foi suficiente para evitar perdas maiores, mantendo inalterada a terceira posição da marca no ranking.

Do quarto posto para baixo aconteceu uma pequena revolução de posições. No primeiro quadrimestre a Hyundai saltou para a quarta colocação do ranking, com ganho de 2,4 pontos porcentuais de market share, que subiu a inimagináveis 10%. O recuo nas vendas de 4,6%, bastante inferior à média de mercado de janeiro a abril, mostra que continua alto o interesse do consumidor pela linha HB20, produzida em Piracicaba desde 2012 sempre com alto índice de demanda. Os HB20 hatch foi o segundo carro mais vendido do País nos primeiros quatro meses do ano.

Logo abaixo vem a Toyota, que com a boa procura por todos os carros que faz no País (Corolla e Etios hatch e sedã) subiu ao quinto posto do ranking nacional, com ganho de 2,3 pontos porcentuais de market share, que subiu para 8,9%. A marca também registrou queda nas vendas no quadrimestre, mas de apenas 2,4%, bastante abaixo da grande depressão do mercado no período.

Hyundai e Toyota atropelaram a Ford, que perdeu para as duas seu tradicional posto de quarta fabricante que mais vende do País, após queda de 41,7% nos emplacamentos de seus modelos no primeiro terço de 2016. Com isso, a Ford cedeu dois pontos porcentuais de participação de mercado e fechou o quadrimestre com 8,5%. Apesar de o Ka hatch ter sido o terceiro carro mais vendido entre janeiro e abril, a marca carece de outros best sellers – o mais bem colocado após o Ka é o EcoSport em 19º lugar.

A Renault, que até 2014 ocupava a quinta posição entre as marcas mais vendidas do mercado brasileiro, foi sendo ultrapassada nos últimos tempos, terminou 2015 em quinto lugar e desceu para o sétimo no primeiro quadrimestre de 2016, mesmo posto de um ano atrás, ainda que com ligeira recuperação de participação, 0,17 ponto, fechando o período com 7,1%. Sem renovações importantes, as vendas da marca caíram 25,9%, praticamente em linha com o padrão geral observado de janeiro a abril.

Graças ao estouro de demanda pelo HR-V, um SUV com preços acima de R$ 70 mil que foi o sexto carro mais vendido do País entre janeiro e abril, a Honda conseguiu manter seu oitavo lugar no ranking, com ganho de 1,32 ponto porcentual de participação, agora em 6,7%. Ainda assim, as vendas da marca caíram quase 10% no quadrimestre.

Depois do lançamento em 2015 do Renegade fabricado em Pernambuco, a Jeep ganhou volumes nunca antes atingidos no Brasil, fazendo a marca de um ano para outro saltar da 21ª para a nona posição do ranking nacional. Foi a única que registrou crescimento, de 879% no primeiro quadrimestre, isso porque as vendas do Renegade só começaram em maio do ano passado e deixam a base de comparação distorcida. Nos primeiros quatro meses de 2016 a Jeep conquistou 2,64 pontos porcentuais de participação, o maior avanço entre todas as marcas, subindo para 2,85%.

Sem conseguir elevar a demanda pelos March e Versa produzidos em Resende (RJ), a Nissan perdeu uma posição no ranking brasileiro, descendo da nona para a décima colocação, mesmo com pequeno ganho de 0,39 ponto em sua participação de mercado no primeiro quadrimestre, que chegou a 2,7%. As vendas no período se contraíram 15,3%, abaixo do recuo médio.

Abaixo da décima posição do ranking, após profunda reestruturação em sua rede de concessionários a Peugeot parece estar conseguindo ao menos estancar as perdas dos últimos anos. A marca francesa conseguiu avançar 0,34 ponto, elevando levemente sua participação para 1,34%, porque registrou queda nos emplacamentos de 2,46% de janeiro a abril, muito menor do que a média de mercado. Teve assim desempenho bem melhor do que a marca associada do mesmo Grupo PSA, a Citroën, que teve recuo de 24,1% nos emplacamentos e manteve o market share estável em 1,32%, como 12ª mais vendida no País.

Retração maior teve a Mitsubishi que após muitos anos ocupando a décima posição do ranking nacional de vendas de veículos leves, no primeiro quadrimestre desceu para a 13ª colocação, com perda de 0,5 ponto de participação, para 1,26%, e contração nos emplacamentos de expressivos 47,6%.

É o Fiat Mobi, mas pode chamar de Uninho

É o Fiat Mobi, mas pode chamar de Uninho

Preços do novo carro de entrada da marca vão de R$ 31.900 a R$ 43.800

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23795/e-o-fiat-mobi-mas-pode-chamar-de-uninho

PEDRO KUTNEY, AB

A Fiat preencheu novamente o espaço deixado pelo Mille desde 2014 na parte inferior de seu portfólio, mas de forma inversa. Enquanto o Mille era a geração anterior do novo Uno que chegou em 2010 e continuou a conviver com o irmão mais velho, o agora lançado Mobi é uma espécie de Uninho – se fosse uma edificação, poderia ser chamado também de “puxadinho” –, que deriva de seu irmão maior com grau de atualização muito parecido. Apesar do design diferente e das dimensões levemente menores, o Mobi compartilha quase toda a base mecânica com o Uno, usa a mesma plataforma e o mesmo conjunto de câmbio e motor flex 1.0 8V de 73/75 cv. O painel de instrumentos também é igual.

As semelhanças não são só de projeto, mas também de mercado. O Mobi, com seis versões versões que variam de R$ 31,9 mil a R$ 43,8 mil, trafega nas mesmas faixas de preço das quatro opções de quatro portas do Uno 1.0, de R$ 32,3 mil a R$ 40,1 mil. No topo da tabela, o carrinho chega a ser até pouco mais caro do que a primeira versão do Uno com motor 1.4, que começa em R$ 43,2 mil. Ainda assim, a Fiat aposta que o Mobi torne-se rapidamente o seu campeão de vendas, com expectativa de 7 mil emplacamentos por mês, de 60 mil a 65 mil este ano, superando o ritmo atual de Palio e Uno.

“O Mobi vem se somar aos nossos carros de volume e esperamos que divida o mesmo território do Uno como conceito de carro urbano funcional, mas a expectativa é que traga mais vendas do que canibalizar o mercado dos outros modelos. O Mobi deverá ser o novo líder de vendas da Fiat e ajudará a reconquistar a liderança do mercado brasileiro este ano (no primeiro trimestre perdida para a GM)”, afirma Carlos Eugênio Dutra, diretor de desenvolvimento de produto da FCA, a Fiat Chrysler Automobiles.

Se não tem grandes avanços a mostrar na concepção do carro, a Fiat já mostrou que investe pesado no marketing para construir “o valor da simplicidade” em torno do carro, a começar pela assinatura da publicidade oficial: “O novo jeito de se mover pela cidade”, que na sequência do texto admite que “não é um carro novo, é um novo conceito de se movimentar” – como se houvesse de fato alguma novidade em ligar um carro e sair dirigindo pelas ruas. Para construir uma imagem “descolada”, além das inserções publicitárias tradicionais, a Fiat também já canalizou fartos recursos para comprar a opinião à venda de blogueiros, pagar a presença de famosos em eventos de lançamento e vai promover festas, chamadas de Mobi Party, em diversas cidades brasileiras.

INVESTIMENTO PARA AGREGAR VALOR


No interior do Mobi, acabamento é simples, mas de boa qualidade. O quadro de instrumentos com computador de bordo é igual ao do Uno. A Fiat vai oferecer como opcional nas versões Like e Way o Fiat Live On, conjunto de aplicativo e doca para o smartphone no centro do painel (embaixo à esquerda na foto acima), que transforma o aparelho em uma central multimídia conectada ao carro.

Impulso adicional ao aumento da produção do Mobi em Betim (MG) deverá vir das exportações para toda a América Latina, incluindo o México, que devem começar em escala crescente nos próximos meses e a Fiat estima que poderão representar até 30% das vendas do modelos. “Muito além de ser mais um hatch em nossa linha, o Mobi traz valor ao portfólio e aumenta nossas possibilidades de exportação. O carro é mais um fruto da engenharia nacional da FCA, uma das poucas fabricantes no Brasil com tamanha capacidade de localização, com design e desenvolvimento próprios, independente da matriz no exterior”, afirma Stefan Ketter, presidente da FCA América Latina. Segundo ele, o investimento total feito no projeto do Mobi foi de R$ 1,3 bilhão ao longo dos dois últimos anos.

Ketter nega enfaticamente que o lançamento do carro tenha sido adiantado com o objetivo de estancar a perda de participação de mercado que a Fiat vem enfrentando. Era esperado que o Mobi fosse lançado com um novo motor três-cilindros, que só deve ficar pronto no segundo semestre deste ano. “Muito pelo contrário, nós atrasamos o lançamento contra as expectativas da companhia, porque queríamos fazer mais ajustes no projeto. Desde o início o modelo foi projetado para usar o motor 1.0 de quatro cilindros atual”, assegura o executivo.

Apesar do envelhecimento do motor 1.0 da Fiat, Dutra destaca que ele segue sendo uma solução econômica para o Mobi, que dependendo da versão é em torno de 60 a 70 quilos mais leve do que o Uno. “Muitas vezes o motor corresponde só à metade do consumo energético do carro, é preciso levar em consideração outros fatores como peso, pneus e aerodinâmica”, explica. O Mobi ganhou selo A no Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular do Inmetro, com consumo urbano medido de 8,4 km/l (etanol) e 11,9 km/l (gasolina), e na estrada de 9,2 e 13,3 km/l, respectivamente. Os números são melhores do que os já obtidos pelo Uno com a mesma motorização.

Comparado com a concorrência, o acabamento do Mobi, embora simples, é bastante aceitável, não chega a ser indigente como em algumas outras marcas. Para uso urbano o carrinho é ágil e oferece condução confortável e suave, com embreagem leve e trocas macias de marcha. É um modelo ideal para um casal. Com entre-eixos de 2,3 metros, 7 centímetros mais curto do que o Uno, o espaço para pernas no banco traseiro é exíguo. O porta-malas de 215 litros (ou 235 se o banco traseiro for colocado mais adiante) é bastante apertado, ainda menor do que os 280/290 litros oferecidos no Uno, mas uma divisória no fundo ajuda a dividir melhor as compras. Para quem não levar passageiros atrás, é possível rebater total ou parcialmente o banco bipartido em um terço e dois terços, e assim dá para acomodar mais bagagens.

Por fora, os designers da Fiat trataram de conferir traços robustos e marcantes ao Mobi, com faróis e lanternas grandes, além de uma grade dianteira sisuda, tudo com o objetivo de fazer o carro maior do que ele realmente é – e assim talvez desviar da aversão do consumidor brasileiro aos modelos subcompactos. Na traseira, a tampa do porta-malas de vidro temperado preto é uma novidade no Brasil – o Volkswagen Up! usa solução parecida na Europa mas para o mercado brasileiro foi adotada a tampa de aço.

PREÇOS


A versão aventureira Way e Way On do Mobi tem suspensão elevada e itens exclusivos, como rodas e a inscrição na tampa do porta-malas.

Para Dutra, a expectativa criada pela imprensa de que o novo carro teria preço de entrada abaixo de R$ 30 mil não deverá frustrar o consumidor. “Esse valor mais baixo poderia fazer algum sentido um ano atrás, não agora com a elvação dos custos”, diz. “Mesmo no caso do nosso carro mais barato, o Palio Fire (que representa 50% das vendas da linha Palio e vai continuar em inha), a versão mais barata não é a mais vendida. O consumidor entende que é mais vantajoso agregar valor e conforto ao produto que está comprando. A estratégia de focar esforços no que é mais barato está ultrapassada. Não queremos mais ser conhecidos como a marca mais barata, mas a que agrega mais valor”, completa.

Nesse sentido, a expectativa é que menos de 10% das vendas do Mobi sejam da espartana versão mais barata, a Easy. Logo acima, a Easy On deve obter de 10% a 15% da demanda. O grosso dos emplacamentos, 55%, deverá se concentrar nas versões intermediárias Like e Like On. A roupagem aventureira Way e Way On ficam com os 20% a 25% restantes.

Colocado à venda em seis versões a partir do próximo sábado, 16, o Mobi mais barato segue o antigo nível de baixo conteúdo praticado em carros de entrada no mercado brasileiro. O Easy (R$ 31,9 mil) vem pelado, com direção mecânica e sequer tem conta-giros no painel de instrumentos. Na sequência, o Easy On (R$ 35,8 mil) tem ar-condicionado, direção hidráulica, regulagem de altura do volante e rodas aro 14. Não há opcionais.

O Mobi Like (R$ 37,9 mil) tem o mesmo conteúdo do Easy On mais vidros e travas com acionamento elétrico, preparação para instalação de som, computador de bordo, chave telecomando, limpador e desembaçador traseiro, maçanetas e retrovisores na cor da carroceria, abertura interna para tampa de e do porta-malas. O Like On (R$ 42,3 mil), sem opcionais, acrescenta rodas de liga leve de 14 polegadas, faróis de neblina, regulagem de altura do banco do motorista, retrovisores elétricos que abaixam sozinhos ao engatar a ré, sensor de estacionamento, tecidos diferenciados nos bancos, alarme e rádio com comandos no volante.

A versão com visual “aventureiro” Way (R$ 39,3 mil) traz todos os itens da Like e acrescenta barras longitudinais de teto, para-choques exclusivos e molduras nas caixas das rodas, além de suspensões mais elevadas. Assim como na versão Like, também é opcional o sistema de som. O topo de linha é o Mobi Way On (R$ 43,8 mil), com o mesmo conteúdo do Like On e o visual do Way, mas com rodas de liga leve 14” diferenciadas e o console de teto com porta-objetos e espelho adicional.

A partir de junho, ainda sem preço definido, a Fiat vai oferecer como opcional nas versões Like e Way o Fiat Live On, conjunto de aplicativo e doca para o smartphone no centro do painel, que transforma o aparelho em uma central multimídia conectada ao carro, com controles no próprio celular e no volante multifuncional. A funcionalidade permite atender e fazer chamadas telefônicas, tocar músicas gravadas ou por streaming, rádio FM, informações sobre calendário, horário e clima, além de rodar qualquer programa de navegação como Waze ou Google Maps.


As versões Like e Like On do Mobi deverão ser as mais vendidas, com participação de 55% do mix, segundo estima a Fiat.

O proprietário de um Mobi também poderá equipar o carro com os acessórios Mopar na rede de concessionárias Fiat. São mais de 40 itens, como retrovisor com câmera de ré, alarme, central multimídia, protetor solar de para-brisa, porta-óculos, pedaleira esportiva, bagageiro de teto tubular, rede elástica para porta-malas, par de bolsas expansíveis, kit malas, capa de tecido toalha para bancos, capa para transporte de animais e cinta para prancha de surf, entre outros.

O Mobi tem garantia total de fábrica de três anos e o comprador poderá optar por pacotes de revisões programadas no momento da aquisição, podendo diluir os valores, se desejar, nas parcelas do financiamento. Também será oferecida garantia estendida de 12 ou 24 meses.

Fiat vai parar produção em Betim por 20 dias

Fiat vai parar produção em Betim por 20 dias

Montadora concederá férias coletivas a partir do dia 27 para ajustar estoque

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23321/fiat-vai-parar-producao-em-betim-por-20-dias

A fábrica da Fiat em Betim (MG) vai parar por mais 20 dias a partir da próxima quarta-feira, 27, informa em comunicado divulgado na sexta-feira, 22. Segundo a montadora, durante este período de férias coletivas apenas uma linha deprodução manterá suas atividades e que a medida tem por objetivo o de “ajustar a produção à demanda de mercado”.

De acordo com o sindicato dos metalúrgicos de Betim e região, o complexo industrial vai paralisar as áreas de pintura, funilaria e de motores durante este período.

A Fiat não informa o número de funcionários que entrarão em férias, mas o sindicato calcula que com essa nova parada, 75% dos empregados ficarão em casa, representando cerca de 13,5 mil dos quase 19 mil funcionários que trabalham na unidade.

Apesar de encerrar 2015 mantendo a liderança de mercado pelo 14º ano consecutivo, a Fiat foi a marca que mais perdeu participação nas vendas do ano, caindo para 17,7%, fatia 3,24 pontos porcentuais menor que a verificada no ano anterior. Na comparação anual, a marca que não teve nenhum lançamento importante em 2015 viu suas vendas recuarem 37,1%, índice bem acima da média do mercado, que caiu 25,6% (leia aqui).

 

Fiat Mobi este é o nome do novo pequeno da marca

O projeto X1H começou a ser figurinha fácil nas fotos de segredo, mas agora o BlogAuto apurou o nome que o modelo adotará será Fiat Mobi

FONTE: http://www.blogauto.com.br/fiat-mobi-este-e-o-nome-do-novo-pequeno-da-marca/

O projeto X1H começou a ser figurinha fácil nas fotos de segredo, mas agora o BlogAuto apurou que o nome que o modelo adotará será Fiat Mobi, um nome curto que fará frente a nova geração de modelos compactos que começou com o Volkswagen up!. Espécie de ‘new Mille’, a versão popular do Uno que fez sucesso na década de 90, ele será a resposta da italiana para a invasão de novos compactos, um segmento onde a Fiat sempre teve boa presença.

Assista o vídeo: Papo de piloto como Chico Serra

O Fiat Mobi deverá substituir o Palio Fire, mas em um segundo momento – inicialmente os dois conviverão algum tempo juntos.

Seu visual deverá remeter a um mini Fiat Uno. O Mobi, para cortar custos, terá alguns elementos emprestados do irmão mais velho, inclusive o estilo quadrado da carroceria. Pelo menos até as portas dianteiras, grande parte da arquitetura é a mesma do Uno, com as principais novidades surgindo do meio para trás do carro.

O Fiat Mobi não deverá estrear com o novo motor 1.0 tricilíndrico da Fiat, algo que deverá ficar para 2017. Pelo menos na época do lançamento, o Mobi ainda será equipado com o mesmo 1.0 Fire da gama atual da marca.

Segundo o Automotive Business, o novo Fiat Mobi trará sob o capô o velho motor 1.0 litro Fire, que já equipa o Palio e também o Uno. Este bloco já soma mais 20 anos de projeto, apesar de ter recebido melhorias ao longo do tempo, e é capaz de desenvolver 75 cavalos de potência máxima a 6.250 rpm e 9,9 kgfm de torque a 3.850 rpm. O destaque, contudo, seria o câmbio manual de 6 marchas.

Vídeo: ex-piloto de Fórmula 1, Luiz Razia ensina com melhorar sua performance nas pistas

A expectativa da Fiat era anunciar a chegada do Mobi com um novo motor de três cilindros, tratado como GSE (Global Small Engine), que deverá ter cerca de 80 cavalos. Este bloco foi desenvolvido para contar com estrutura toda de alumínio. No entanto, a marca vai começar a produzir a unidade somente em agosto de 2016. Com isso, o motor poderá ser oferecido primeiro em outros carros da empresa, como o Uno e o Palio atual.

Veja mais imagens do flagra do Fiat Mobi

Quanto ao preço básico do Fiat Mobi devemos esperar que não ultrapasse a faixa dos R$ 30.000, assim como seu porte será o menor de toda a gama, portanto inferior aos 3,81 m do Uno e 3,82 m do Palio Fire.

Novo popular da Fiat terá motor velho

Projeto X1H de carro compacto usará o antigo propulsor Fire 1.0

Fonte: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23072/novo-popular-da-fiat-tera-motor-velho

PEDRO KUTNEY, AB

Começou esta semana a ser montado em pré-série de testes na fábrica da Fiat em Betim (MG)Projeto X1H, como é conhecido o novo modelo compacto de entrada da marca, que deve ser lançado até abril de 2016 no mercado brasileiro. Será mais um carro novo com motor velho. Segundo fontes relataram a Automotive Business, o veículo será equipado com o propulsor Fire 1.0, já usado em versões do Uno e Palio. Embora tenha recebido melhorias ao longo do tempo, o motor Fire foi desenvolvido há mais de 20 anos.

De acordo com essas fontes, o projeto inicial da FCA (Fiat Chrysler Automobiles) era lançar o citycar com o novo motor GSE (Global Small Engine) de três cilindros, com bloco e cabeçote de alumínio fornecidos pela Teksid, a fundição do grupo (leia aqui). Contudo, a produção do GSE foi reprogramada, agora para agosto de 2016. Como a versão final do compacto entra na linha de montagem em fevereiro, para chegar às concessionárias até o início de abril, a Fiat decidiu usar o velho Fire 1.0 em seu novo carro.

Com essa mudança de planos, é provável que o motor GSE seja oferecido primeiro em outros modelos da marca, especialmente no Uno e Palio. O novo compacto popular só adotaria o GSE mais adiante.

Segundo informações de mercado, o três-cilindros da Fiat terá 80 cavalos, cinco a mais que os 75 cv do Fire 1.0, ficando assim na mesma faixa de potência dos mais recentes motores aspirados tricilíndricos já apresentados no Brasil pela Volkswagen, Hyundai, Ford e Nissan. Espera-se que Renault também lance o seu até o fim de 2016 no compacto Kwid.

O Projeto X1H chega com o objetivo de modernizar a entrada do portfólio da Fiat no Brasil e Mercosul, lugar hoje preenchido pelo Palio Fire, versão da terceira geração do modelo lançada no início dos anos 2000, um dos raros carros que restaram no mercado brasileiro abaixo dos R$ 30 mil. Com tamanho parecido ao do Uno e pouco menor que o Palio – com os quais vai compartilhar diversos componentes, incluindo motores e câmbio –, o novo compacto popular deve justamente ocupar o espaço do Palio Fire, hoje vendido por R$ 28 mil com duas portas e R$ 31,4 mil com quatro, e da versão mais barata do Uno, a Vivace (R$ 29 mil com duas portas e R$ 31,5 mil com quatro).