Ford, Nissan e Audi já superaram metas de eficiência energética

Com redução no consumo superior a 15%, empresas já têm desconto no IPI

GIOVANNA RIATO E PEDRO KUTNEY, AB

 

Ka garantiu a média de eficiência para a Ford
Ford, Nissan e Audi foram as primeiras fabricantes de veículos a encarar a medição antecipada de eficiência energética para obter desconto no Imposto sobre Produtos Industrializados, o IPI, conforme prevê o Inovar-Auto, e desde janeiro passado já abatem um ponto porcentual do tributo de todos os modelos que vendem no País. As empresas aferiram consumo de combustível e emissões antes de outubro de 2016, a primeira oportunidade prevista pelo programa para antecipar o benefício – a segunda é até 1º de outubro deste ano, já que o regime automotivo termina no fim de 2017. As montadoras fizeram a medição antes porque tinham bons resultados para mostrar: na média de todos os carros que vendem, as três reduziram o consumo em no mínimo 15% na comparação com os números mensurados em 2012.

O resultado rendeu desconto de um ponto porcentual no IPI para as três companhias até 2020, desde que sejam feitas medições anuais para garantir que elas se mantenham dentro do bom patamar de consumo. A melhoria mínima imposta pelo Inovar-Auto é de 12% (média de 1,82 MJ/km considerando o peso médio da frota brasileiro de veículos leves, de 1,21 tonelada). Este índice não garante qualquer incentivo adicional às empresas, apenas a isenção de multas por carro vendido acima da meta de consumo. Só recebem desconto as montadoras que melhoram o consumo em 15% ou mais, como a Ford, a Nissan e a Audi. A meta mais desafiadora, no entanto, é a redução de 18,8% (média 1,64 MJ/km), que garante desconto de dois pontos no IPI.

O Inovar-Auto foi desenhado para estimular o desenvolvimento da indústria automotiva brasileira além, claro, de restringir o mercado para importadores de veículos, colocando certa pressão para a instalação de fábricas locais. Enquanto é questionável que alguns objetivos do programa tenham sido alcançados – como o adensamento da cadeia produtiva, que inclui a produção de autopeças – a melhoria da eficiência energética dos carros vendidos no Brasil é uma das grandes conquistas. Pela legislação, as montadoras que não cumprirem o acordo de elevar a eficiência pagarão multas pesadas, que podem chegar a R$ 8 mil por veículo emplacado.

CARROS MAIS EFICIENTES COM BOM VOLUME DE VENDAS 

A Ford, a Nissan e a Audi buscaram redução adicional no IPI para melhorar a competitividade de suas operações locais. Ao fazer a medição ainda em 2016, as montadoras começaram a usufruir do benefício já em 2017, antes das empresas que deixaram para passar pela auditoria apenas este ano e, portanto, só receberão o desconto (ou multas) a partir de 2018. A receita das três marcas para conquistar a isenção da alíquota foi a mesma: equipar seus carros de maior volume de vendas com tecnologia para diminuir o consumo de combustível.

Na Audi este esforço começou com a produção nacional do A3 Sedan e do SUV Q3. Em 2013 estes modelos eram responsáveis por 40% das vendas de carros da marca no Brasil, participação que subiu para 70% em 2016, segundo o diretor de relações governamentais Roberto Braun. Os modelos são equipados com motores eficientes 1.4 flex, de 150 cv, e 2.0 a gasolina, que oferece até 220 cv, com turboalimentação e injeção direta de combustível. Além disso, todos vêm de série com recursos como start-stop, que desliga o motor em pequenas paradas no trânsito para reduzir o consumo de combustível, e monitoramento da pressão dos pneus, recurso que tem o mesmo propósito: cortar o gasto energético.

O Inovar-Auto prevê bônus para carros equipados de série com tecnologias como estas, que garantem redução no consumo e nas emissões especialmente no uso urbano do anda-e-para das cidades, o que não pode ser detectado em ciclo normal de testes. Assim, os recursos rendem desconto em megajoules por quilômetros nos números aferidos. O outro pilar em que a Audi se apoiou para superar os 15% de redução no consumo de combustível foi o lançamento do novo A4, em abril de 2016. O modelo, destaca Braun, reduziu em 22% o consumo de combustível na comparação com a geração anterior.

O Ka praticamente garantiu sozinho a superação da meta para a Ford. O modelo lançado em 2014 é equipado com o eficiente motor 1.0 de três cilindros bicombustível de até 85 cv e conta com direção elétrica de série, que puxa o resultado ainda mais para baixo. As medições do programa de etiquetagem veicular do Inmetro feitas em 2016 indicam que o Ka SE tem consumo de apenas 1,49 MJ/km, resultado bem inferior ao mínimo necessário (em torno de 1,60 MJ/km considerando o peso de 1.020 kg do Ka) para a empresa convergir para a meta de eficiência energética do Inovar-Auto. O número bastaria, inclusive, para a companhia alcançar o desconto de dois pontos porcentuais no IPI. Isso, claro, se este fosse o único modelo da marca à venda no Brasil. Outros carros puxaram a medida para cima.

De qualquer forma, a eficiência do Ka combinada ao seu bom volume de vendas garantiu a boa média de consumo de combustível da frota da Ford emplacada no País. O modelo foi o terceiro carro mais vendido do Brasil em 2016, com 76,6 mil unidades, volume que equivale a 42% do total emplacado no ano pela fabricante.

Mesmo com números de vendas mais tímidos, a Nissan conquistou o desconto adicional de um ponto no IPI com o March e o Versa, que chegam ao mercado com opções 1.0 de três cilindros e 1.6 de quatro cilindros. Juntos, os dois carros somaram 40,1 mil emplacamentos em 2016, volume que equivale a mais de 60% do total vendido pela Nissan no Brasil.

Ford Fiesta turbo é o 1.0 mais potente e caro

Ford Fiesta turbo é o 1.0 mais potente e caro

Por R$ 72 mil, carro com motor EcoBoost custa mais do que o 1.6

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/24181/ford-fiesta-turbo-e-o-10-mais-potente-e-caro

PEDRO KUTNEY, AB | De Campinas/Mogi Guaçu (SP)

Ao lançar o novo Fiesta 1.0 EcoBoost no Brasil, a Ford tem uma difícil equação a explicar ao consumidor, pois inverte completamente a ordem do mercado brasileiro ao transformar um carro equipado com motorização 1-litro em topo de linha, que por quase R$ 72 mil, só disponível em versão única a gasolina e com câmbio automático de dupla embreagem, é o mais caro da família, acima das opções 1.6 do modelo. Com 125 cavalos, o motor EcoBoost que estreia no País é seguramente o mais potente motor 1.0 comercial do mundo, mas aqui também será o mais caro do planeta.

O EcoBoost três-cilindros que passa a equipar o Fiesta tem a mesma base do motor 1.0 fabricado pela Ford em Camaçari (BA) desde 2014 para motorizar o Ka, mas sem turboalimentação ou injeção direta de combustível. Com algumas adaptações, seria possível produzir o propulsor turbinado no Brasil, mas a empresa preferiu não fazer o investimento neste momento e traz o EcoBoost importado de sua fábrica de motores na Romênia. Pela mesma razão, ao menos por enquanto não será oferecida no mercado brasileiro nenhuma versão bicombustível gasolina-etanol. “Seria necessário fazer investimentos para desenvolver o flex. Preferimos ter o produto em tempo mais rápido aqui”, explica Maurício Greco, gerente geral de marketing da Ford Brasil.

Com motor e transmissão importados, o Fiesta ficou mais caro e a solução foi colocar a versão EcoBoost no topo da linha. “O Fiesta sempre foi vendido como um hatch compacto premium, por isso nunca teve motor 1.0 [que normalmente está nos carros mais baratos vendidos no País]. Agora podemos oferecer o 1.0 premium, o mais potente do mercado, com tecnologia avançada”, justifica Greco. Por isso aqui a versão só será vendida com câmbio automatizado de dupla embreagem com seis velocidades. “É que quem compra carros acima de R$ 60 mil no País normalmente busca a opção automática”, diz o gerente.

ESTRATÉGIA ARRISCADA

É difícil entender a estratégia baseada na crença de um consumidor que pode gastar mais para comprar menos – no caso, um carro menor por preço maior. Com o novo Fiesta EcoBoost topo de linha a Ford faz a arriscada aposta de atrair para um modelo compacto clientes que estão migrando dos hatches médios, um segmento em queda, para as crescentes faixas de mercado onde estão os SUVs pequenos ou sedãs médios, com preços parecidos mas mais espaço a oferecer. “Isso agora é possível com o motor mais potente. Queremos vender tecnologia avançada e atingir um cliente que busca itens só presentes em carros superiores, mas que prefere a versatilidade de um hatch compacto”, arrisca Greco.

A Ford não revela quais são as expectativas de vendas da linha Fiesta 2017 nem a estimativa de porcentual que deverá ser representada pela versão EcoBoost. O Fiesta trafega na faixa de cima do segmento de hatches compactos, o maior do mercado brasileiro, com 36% dos emplacamentos este ano. O objetivo é continuar entre os três mais vendidos do País com motorização superior a 1,5 litro – fatia que representa 30% dos emplacamentos da categoria no País e o Fiesta foi o primeiro do segmento em 2014, com participação de 18,2%, e caiu para segundo em 2015, com 13,8%. Cerca de 60% das compras foram das versões equipadas com motor 1.6 e os restantes 40% da 1.5, que agora passa a ser oferecida só para frotistas.

Fabricado em São Bernardo do Campo (SP) desde 2013, o Fiesta vem acumulando desempenhos negativos nos últimos dois anos. De 2014 para 2015 as vendas do hatch caíram 63%, de 108 mil para 40 mil. Este ano, de janeiro a maior, a retração já passa de 66%, com apenas 19,7 mil unidades emplacadas no período. São quedas bastante elevadas e muito acima do recuo médio do mercado, sugerindo que será difícil mudar esse roteiro com preços maiores.

A Ford considera que os principais concorrentes do Fiesta EcoBoost são Hyundai HB20, Peugeot 208, Citroën C3 e Volkswagen Fox. Embora todos tenham acabamento parecido (honesto, mas longe de um carro premium), a Ford aposta que o Fiesta turbinado fará diferença com a potência superior aos dos outros três-cilindros 1.0 turbinados disponíveis no Brasil, o Volkswagen Up! de 101 cv e o Hyundai HB20 de 98 cv.

DESEMPENHO ACIMA DA MÉDIA

Afora as discussões sobre preço e mercado, o fato é que o motor EcoBoost 1.0 se encaixa muito bem no Fiesta. É de fato um propulsor de alta eficiência, apresenta acelerações espertas. Na estrada, as ultrapassagens são fáceis e é fácil fazer o velocímetro passar dos 120 km/h, sem sinais de “esgoelamento” do motor. O torque máximo de 17,3 kgfm já é disponível a partir de apenas 1.400 rpm, coisa que motores 1.6 de potência equivalente só atingem acima dos 4.000 giros, incluindo aí o próprio 1.6 Sigma do mesmo Fiesta, que tem potência igual de 125 cavalos, mas torque inferior, de 15,8 kgfm.

Tudo isso com consumo de 1.0 comum. O Fiesta EcoBoost gasta pouco combustível, é nota A na aferição do Inmetro, com consumo urbano medido de 12,2 km/l e rodoviário de 15,3 km/l, contra 11,2 km/l e 14,9 km/l, respectivamente, do mesmo Fiesta equipado com motor 1.6.

O EcoBoost também é 20% mais rápido que o Sigma 1.6, segundo a Ford, acelerando de 0 a 100 km/h em 9,6 segundos, e de 80 a 100 km/h em seis segundos. O motor tricilíndrico, normalmente mais ruidoso e vibrante, é bastante silencioso no Fiesta – a Ford mediu ruído 5% mais baixo do que o mesmo carro 1.6 de quatro cilindros.

O desenvolvimento do EcoBoost 1.0 foi focado em extrair o máximo de eficiência do motor. Para isso foram agregadas todas as tecnologias disponíveis para reduzir emissões e consumo com ganho de potência. O conjunto da obra envolve turboalimentação de 1,5 bar que viabiliza 50% mais potência e 90% do torque em um a dois segundos de aceleração, injeção direta de combustível, duplo comando variável de válvulas, bokba de óleo variável, coletor de escape integrado, correia banhada em óleo (reduz consumo em 1%, garante menos ruído e não tem manutenção), intercooler e sistema de duplo arrefecimento.

GAMA REVISADA

Para encaixar o novo Fiesta EcoBoost no topo da gama, a Ford revisou toda a linha. As opções com motor 1.5 deixam de ser vendidas no varejo – só frotistas poderão comprar por encomenda. Com isso, a versão de entrada S 1.5 foi extinta. A família Fiesta começa agora no SE 1.6, com o motor Sigma 1,6-litro (que tem os mesmos 125 cavalos do 1.0 turbinado) e câmbio manual de cinco marchas, ao preço sugerido de R$ 51.990. A versão já vem com ar-condicionado, direção hidráulica, alarme, acionamento elétrico dos vidros dianteiros e luz de seta embutida nos retrovisores externos.

Na sequência foram criadas duas versões SEL 1.6, uma com câmbio manual por R$ 58.790 e a automática Powershift por R$ 64.990. Além do pacote da SE, ambas as versões SEL vêm com farol de neblina, rodas de liga leve de 15 polegadas, controle eletrônico de estabilidade e tração (ESC e TCS), assistência de partida em rampa, sensor traseiro de estacionamento, um ultrapassado sistema multimídia Sync (não tem tela tátil nem navegação), ar-condicionado digital e acionamento elétrico de todos os vidros.

Para acomodar os preços nas alturas, as versões Titanium passam a ser chamadas de Titanium Plus, ambas com transmissão automática de dupla embreagem, mas uma com motor 1.6 por R$ 70.690 e a mais cara com o EcoBoost 1.0 por R$ 71.990. Para tentar justificar os valores, a Ford agregou o pacote máximo de acabamento, que além de todos os equipamentos das outras versões acrescenta sete airbags, abertura e fechamento de portas por aproximação da chave-sensor, partida sem chave, bancos revestidos em couro (sintético), faróis cromados, rodas de 16 polegadas, piloto automático de aceleração (cruise control), acendimento automático de faróis e lanternas, sensor de chuva e retrovisor eletrocrômico.

As vendas da linha Fiesta 2017 nas concessionárias começam na segunda quinzena de julho, mas a campanha publicitária na TV começa no início do mês e os interessados já podem configurar o modelo no site da Ford. Serão oferecidos dois planos de financiamento promocionais de lançamento: o EcoBoost poderá ser comprado com taxa zero e parcelamento de 18 meses, as demais versões também serão oferecidas sem juro e prazo maior, de 24 parcelas.

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Ford lança Fiesta EcoBoost 1.0 em julho

Ford lança Fiesta EcoBoost 1.0 em julho

Motor turbo a gasolina será o mais potente 1.0 do País, com 125 cv

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/24018/ford-lanca-fiesta-ecoboost-10-em-julho

PEDRO KUTNEY, AB

O motor EcoBoost 1.0: no Fiesta brasileiro a partir de julho
A Ford vai começar a turbinar sua linha de veículos produzida no Brasil a partir de julho, quando devem ser iniciadas as vendas do Fiesta EcoBoost 1.0, que com seus 125 cavalos será o mais potente carro com motor de 1 litro disponível no País. A opção será oferecida só em versão a gasolina com câmbio automático de dupla embreagem e seis velocidades. Com a expectativa de demanda inicial baixa, provavelmente por causa do preço que deverá facilmente superar os R$ 65 mil (hoje o Fiesta 1.5 mais barato custa R$ 50 mil), ao menos por enquanto o propulsor será importado da fábrica da Ford na Romênia, para ser montado no Fiesta feito em São Bernardo do Campo (SP).

A fabricante tem condições de fazer o EcoBoost na planta de motores Camaçari (BA), inaugurada há cerca de dois anos, pois já produz lá, para equipar o Ka, o mesmo três-cilindros 1.0 com bloco de ferro-grafite (CGI, fornecido pela brasileira Tupy), mas sem turboalimentação nem injeção direta de combustível.

Nesse aspecto, a Ford leva certa vantagem sobre a Volkswagen, que no ano passado lançou o Up! TSI com o motor EA 211 tricilíndrico turbinado e precisou fazer mais de duas centenas de modificações para adaptar o turbocompressor e a injeção direta ao propulsor. “No nosso caso fizemos o caminho contrário: adaptamos o nosso EcoBoost 1.0 para funcionar sem turbo nem injeção direta. Portanto, não são necessárias grandes adaptações nem reforços estruturais para fazer a versão turbinada”, explica Volker Heumann, engenheiro-chefe de powertrain da Ford América do Sul. Ele garante, no entanto, que a fabricação do EcoBoost no Brasil, embora possível, não está colocada no horizonte próximo. Uma desvantagem para a nacionalização do EcoBoost é que a turbina é fornecida pela Continental, que não fabrica turbos no País. Por enquanto, só a BorgWarner faz aqui turbocompressores para motores otto, usados pela VW.

Ainda sem revelar detalhes de como será a nova configuração da família Fiesta com a inclusão da opção 1.0 turbo, a Ford apenas adianta que o modelo continuará a ser vendido com as outras duas motorizações flex disponíveis hoje, 1.5 de 112 cv e 1.6 de 128 cv. Com a chegada do 1.0 turbinado, a expectativa da Ford é que a partir deste ano 30% de sua linha de veículos no mercado brasileiro seja oferecida com a linha de motores EcoBoost – antes do Fiesta, uma das versões do Fusion já é vendida com o EcoBoost 2.0 de 234 cavalos.

GRANDE FAMÍLIA TURBINADA

A família EcoBoost é bastante ampla, hoje tem sete opções: três cilindros 1.0, quatro cilindros 1.5, 1.6, 2.0 e 2.3, e os V6 2.7 e 3.5, que vão dos 125 a 350 cavalos. “Turboalimentação, injeção direta de combustível e duplo comando variável de válvulas (presentes em todos os EcoBoost) são tecnologias já dominadas e conhecidas. O difícil é tirar a máxima eficiência dessas soluções. O desenvolvimento da linha gerou 275 patentes e construiu um padrão global de sucesso”, avalia Rogelio Golfarb, vice-presidente de estratégia, comunicação e relações governamentais da Ford América do Sul. Ele destaca o crescimento da produção dos carros com motorizações EcoBoost, que atingiou 2 milhões de unidades em 2013 e chegou a 6 milhões em 2015, com expectativa de chegar a 20 milhões em 2020. Hoje a família de propulsores equipa 100% dos veículos vendidos pela Ford na América do Norte e 80% na Europa. “É uma rota tecnológica que nos deu vantagens competitivas globais”, afirma o executivo.

A Ford está entre as primeiras fabricantes globais de veículos que, a partir do início desta década, aderiram à tendência mundial de redução do tamanho de motores ciclo otto com a utilização de turboalimentação e injeção direta de combustível para aumentar a eficiência sem perda de desempenho. “Enquanto a legislação de diversos países limita cada vez mais para baixo as emissões, o consumidor não quer perder performance. Até agora o downsizing com a turboalimentação foi a solução com o custo mais competitivo para comtemplar as duas coisas”, afirma Golfarb.

O EcoBoost 1.0, por exemplo, tem quase a mesma potência do motor 1.6 Sigma TiVCT da Ford, mas é cerca de 20% mais econômico e 20% mais rápido, porque o turbo “enche” em apenas 1,5 segundo ao pisar do acelerador e faz o propulsor atingir seu torque máximo de 170 Nm a apenas 1.400 rpm, mantendo-se no topo até 5.000 rpm, enquanto o 1.6 faz o mesmo só acima das 4.000 rpm. Com isso, segundo medições da Ford, o novo Fiesta EcoBoost 1.0 faz de 0 a 100 km/h em 9,6 segundos, enquanto a versão 1.6 faz o mesmo em 12,1 segundos.

Devido à sua eficiência, o EcoBoost 1.0 já equipa nada menos que 10 modelos da Ford na Europa, incluindo Fiesta, EcoSport, Focus, Mondeo e até algumas versões da van Transit Courier. “É um motor pequeno com coração forte. Tamanha diversidade de aplicações comprova isso”, ressalta Heumann.

Garantia da Ranger passa de 3 para 5 anos

Garantia da Ranger passa de 3 para 5 anos

Linha 2017 da picape Ford será a primeira do gênero com o benefício

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23730/garantia-da-ranger-passa-de-3-para-5-anos

REDAÇÃO AB

A Ford passou de três para cinco anos a garantia da Ranger na linha 2017, que será apresentada entre os dias 7 e 9 deste mês. Essa é a primeira picape a ter cinco anos de garantia no Brasil. Além do benefício extra, a caminhonete traz um novo plano de revisões com preço fixo. Como há apenas uma revisão a cada 12 meses ou 10 mil quilômetros durante os três primeiros anos, isso resulta em economia na comparação com o modelo anterior.

Segundo a Ford, na versão topo de linha 3.2 Diesel Limited a redução de custos de manutenção é de 34%. O plano com três revisões tem um custo total de R$ 2.464, assim dividido: aos 12 meses ou 10 mil km são R$ 648; aos 24 meses ou 20 mil km, R$ 808,00; e aos 36 meses ou 30 mil km, R$ 1.008.

Na opção 2.2 Diesel XLS a redução é ainda maior: 39%. Ainda de acordo com a montadora, a cesta básica de peças da Ranger 2017 chega a ser até 80% mais barata que a da concorrência, de acordo com levantamentos usados como referência no mercado.

Ford de Camaçari terá 2 mil em layoff em março

Ford de Camaçari terá 2 mil em layoff em março

Trabalhadores fazem parte do terceiro turno, que será encerrado

http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23427/ford-de-camacari-tera-2-mil-em-layoff-em-marco

REDAÇÃO AB

Cerca de 2 mil trabalhadores da Ford de Camaçari (BA) entrarão em layoff no dia 14 de março. A suspensão temporária dos contratos de trabalho foi aprovada em assembleia dos metalúrgicos no início do mês como forma de impedir a demissão em massa dos funcionários do terceiro turno da unidade baiana.

Como ocorre em regra num layoff, os metalúrgicos ficarão afastados por cinco meses, período em que vão receber cursos de atualização profissional. O complexo Ford tem cerca de 9 mil colaboradores e a retração nas vendas também obrigou a companhia a dar férias coletivas para toda a unidade durante o mês de fevereiro.

A fábrica baiana produz a linha Ka, motores 1.0 de três cilindros e também o EcoSport, cujas vendas em 2015 recuaram 37,6% em relação ao ano anterior por causa do recuo do mercado e também pelo aumento da concorrência, que tirou dele a liderança entre os utilitários esportivos. O Ford terminou o ano passado na quarta posição, atrás de Honda HR-V, Jeep Renegade e Renault Duster.

Ford Ka lidera lista dos 1.0 mais vendidos

Modelo vem seguido do Hyundai HB20; ambos utilizam motores de 3 cilindros

http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23198/ford-ka-lidera-lista-dos-10-mais-vendidos

MÁRIO CURCIO, AB

Motor 1.0 responde por 80,9% dos Ford Ka vendidos na versão hatch
O Ford Ka em sua versão hatch foi o carro mais vendido até novembro entre todos os modelos equipados com motor 1.0. Foram 67,4 mil unidades licenciadas nos 11 meses, o equivalente a 80,9% dos Ka hatches emplacados no período. O segundo 1.0 zero-quilômetro mais licenciado no período foi o Hyundai HB20. Foram 57,2 mil unidades, ou 57,7% dos HB20 lacrados. Os números foram fornecidos pela Fenabrave, federação que reúne as associações de concessionários.

Os dados mostram também que os dois 1.0 mais vendidos no País utilizam motores de três cilindros. O terceiro 1.0 mais emplacado até novembro foi o Fiat Palio Fire, com 39,2 mil unidades no período. Vale dizer que a versão Fire refere-se à carroceria antiga do hatch Fiat, que só é disponível com motor 1.0. No universo total do Palio, que inclui também a carroceria atual com motorizações 1.0, 1.4 e 1.6, o veterano Fire representa mais de 35% dos emplacamentos do Fiat.

No acumulado do ano, os modelos 1.0 à venda no Brasil tiveram 652,5 mil unidades emplacadas. O volume é 26,9% menor que o do mesmo período de 2014, mostrando que eles encolheram mais que a média do mercado, cujo recuo foi de 25,2%.

De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), os 1.0 representaram 33,8% dos emplacamentos entre janeiro e novembro. Em todo o ano de 2014 a participação dos 1.0 foi de 36,1%. A retração demonstra que o segmento de entrada é o mais afetado pela restrição de crédito, combinada com a queda da renda e da confiança do consumidor.