Montadoras têm o 2º melhor mês em vendas

Setembro foi o segundo melhor mês do ano em vendas de veículos novos no País, com 119,2 mil unidades. O resultado só perde para o de agosto, que teve três dias úteis a mais e vendas de 216,5 mil unidades. O volume é 24,5% maior que o do mesmo mês de 2016. É o quinto crescimento consecutivo no comparativo anual.

No ano, a alta acumulada é de 7,8%, com 1,62 milhão de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus vendidos, confirmando a taxa de crescimento antecipada pelo Estado na edição de sábado. Dados oficiais serão divulgados hoje.

Houve queda de 8% em relação a agosto, que foi mais longo. Porém, a média diária de vendas foi a melhor em 21 meses, com 9,7 mil unidades. Não se registrava número tão alto desde dezembro de 2015, quando mais de 10 mil carros foram emplacados a cada dia útil.

O diretor da consultoria ADK Automotive, Paulo Roberto Garbossa, avalia que, em razão de lançamentos em todos os segmentos – de carros compactos a utilitários esportivos – “não é improvável que o ano feche com crescimento de dois dígitos”. A previsão das montadores é de alta de 7,3% ante 2016, para 2,2 milhões de veículos.

Usados. Com o resultado de setembro, o mercado de carros novos está próximo do crescimento registrado no segmento de usados, que nos últimos anos apresentava desempenho melhor que o de zero quilômetro.

Segundo a Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos (Fenauto), de janeiro até agora foram vendidos 8,22 milhões de veículos usados (sem incluir motos), 8,2% a mais que em 2016.

No período mais crítico da crise, consumidores optaram por trocar o carro usado por outro usado, em razão do preço. “Agora, com a melhora da economia, voltaram a trocar usados por novos, por isso os porcentuais se aproximaram”, diz Garbossa.

As vendas de seminovos, com até três anos de uso, aumentaram 21,8% no ano. As de veículos com quatro a 12 anos ficaram estáveis, e as daqueles com mais de 13 anos caíram 3,2%.

Ranking

A lista de carros novos mais vendidos em setembro teve mudança importante. O recém-lançado compacto Kwid, da Renault, ficou em segundo lugar, com 10,3 mil unidades, desbancando o Hyundai HB20 para a quarta posição (8,5 mil). O Chevrolet Onix continuou na liderança (17,2 mil) e o Ka manteve a terceira posição (8,7 mil).

Com o Kwid, a Renault subiu e ocupou a quarta posição entre as marcas mais vendidas (10,6% das vendas) e a Hyundai caiu para o sexto lugar (8,7%). A GM ficou com 18,2% do mercado, a Fiat com 13%, a Volkswagen com 12% e a Ford com 9,7%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Isto É Dinheiro | 03.10.17 – 09h35

Audi quer investir pesado em veículos elétricos

Audi quer investir pesado em veículos elétricos

Companhia deseja limpar imagem após dieselgate e acirrar disputa com Tesla

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/24291/audi-quer-investir-pesado-em-veiculos-eletricos

REDAÇÃO AB

Conceito E-tron Quattro pode ganhar versão de produção
A Audi planeja ofensiva no segmento de carros elétricos. A intenção é fazer com que a tecnologia responda por um quarto de suas vendas a partir de 2025. A informação é da agência Automotive News Europe, que consultou pessoas ligadas ao assunto. Calculado sobre o volume de vendas da companhia em 2015, de 1,8 milhão de automóveis, que deve crescer nos próximos anos, seriam 450 mil unidades elétricas.

A investida pretende melhorar a imagem da marca depois do envolvimento no dieselgate, a fraude nas emissões de 11 milhões de veículos do Grupo Volkswagen vendidos globalmente. Um terço do total aplicado pela companhia na área de pesquisa e desenvolvimento deve ser destinado a carros elétricos, serviços digitais e direção autônoma.

Entre as montadoras alemãs, apenas a BMW tem atuação consistente no segmento de veículos zero emissão. A pressão causada pelo dieselgate pode fazer a Audi tirar ao menos parte deste atraso. Atualmente há apenas dois modelos elétricos na gama global da empresa. O movimento deve acirrar a concorrência com a Tesla, que atua com certa tranquilidade no segmento de veículos premium elétricos e tem a meta de vender 500 mil carros por ano.

A empresa alemã teria em seus planos o desenvolvimento de um SUV zero emissão baseado no conceito E-tron Quattro, apresentado no Salão do Automóvel de Frankfurt do ano passado. A novidade rivalizaria com o Modelo X da Tesla. Para sustentar a atuação em elétricos, a Audi pode precisar fazer cortes no programa de desenvolvimento de tecnologias para motores a combustão. Em 2015 a companhia investiu € 4,24 bilhões em pesquisa e desenvolvimento.

Em junho o Grupo Volkswagen anunciou novo plano estratégico que destina bilhões de euros ao desenvolvimento de modelos elétricos, e autônomos. Está previsto o lançamento de 30 carros zero emissão em 10 anos. Com o projeto, a meta da empresa é superar o dieselgate e se tornar líder global em transporte sustentável.

Autopeças faturam 14,5% a menos em janeiro

Autopeças faturam 14,5% a menos em janeiro

Vendas a montadoras caíram 27,2% e ano começou mal até no mercado de reposição

Fonte: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23600/autopecas-faturam-145-a-menos-em-janeiro

MÁRIO CURCIO, AB

O faturamento do setor de autopeças em janeiro foi 14,5% menor que o registrado no mesmo mês de 2015. As vendas para as montadoras recuaram 27,2%. As intrassetoriais foram 25,9% menores. Até mesmo o mercado de reposição recuou no primeiro mês de 2016. Neste caso a queda foi de 3,6%. Destas três divisões de negócios, a reposição foi a única a crescer no consolidado de 2015 (em 6,8%).

As exportações aumentaram 26% em reais. Com o valor convertido em dólares, porém, o resultado é uma queda de 18,1%. Os números foram elaborados pelo Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) a partir de pesquisa mensal feita com 64 empresas que representam 32,2% do faturamento do setor no Brasil.

- Veja aqui o estudo do Sindipeças

A participação das vendas externas no faturamento das fabricantes de autopeças instaladas no Brasil continua subindo e em janeiro atingiu 24,2%. O emprego nacional registra queda de 16,9% em janeiro ante o mesmo mês de 2015 e de 2,27% no confronto com dezembro.

A capacidade ociosa no primeiro mês do ano alcançou 44,7% em janeiro, o segundo pior resultado desde que a metodologia atual foi adotada, em 2012. Só ficou abaixo de dezembro de 2015, quando superou os 45% em razão de férias coletivas.

Montadoras esperam por grande ruptura no modelo de negócios em 5 anos

Montadoras esperam por grande ruptura no modelo de negócios em 5 anos

Pesquisa da KPMG aponta conectividade e digitalização como tendências prioritárias

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23480/montadoras-esperam-por-grande-ruptura-no-modelo-de-negocios-em-5-anos

REDAÇÃO AB

Uma grande ruptura no modelo de negócio das montadoras globais é extremamente provável para acontecer nos próximos cinco anos, revela a 17ªedição da pesquisa global com os executivos do setor automotivo realizada pela KPMG, a KPMG International Global Automotive Executive Survey – GAES 2016. Neste ano, com 800 entrevistados de 38 países, dos quais 60 no Brasil, 82% apostam nesta mudança.

“Os modelos de negócio devem estar focados para atender às necessidades atuais dos clientes. Os players do segmento devem notar que tornar-se um prestador de serviço direcionado ao consumidor é de extrema importância”, afirma o diretor de relacionamento da KPMG no Brasil para a indústria automotiva, Ricardo Bacellar.

Para os executivos do setor, a conectividade e a digitalização são a tendência número um a ser seguida até 2025. De acordo com o levantamento, tais itens subiram da 10ª posição no ano passado para a 1ª neste ano.

“Uma forma pela qual as montadoras podem agregar valor e oferecer experiências customizadas aos clientes é utilizar ao máximo a grande quantidade de dados que tanto o carro como o cliente produzem”, destaca Bacellar. No entanto, de acordo com o relatório, cerca de 70% dos entrevistados alegam que o uso dessas informações está em um estágio inicial e alguns até alegam que não fazem uso delas.

Enquanto isso, os clientes já estão cientes do valor de dados e querem receber por isso. Ao terem a opção de dar a ordem de classificação para as diversas alternativas de respostas, 82% dos clientes que responderam à pesquisa dizem que os benefícios monetários para os seus dados são a vantagem número um, seguidos pelos esquemas de incentivos ao cliente (75%) e serviço e experiência individualizados durante todo o ciclo de vida do consumidor (71%). Por outro lado, os executivos acreditam que o serviço e a experiência individualizados durante todo o ciclo de vida do cliente e os esquemas de incentivos (ambos com 88%) são mais importantes que os benefícios monetários (82%).

Sobre inovação, mais de um terço de todos os entrevistados (35%) prevê que as empresas automotivas tradicionais estarão à frente das inovações, seguidas pelas empresas de tecnologia de informação e comunicação (30%). Entretanto, ao analisar apenas as respostas das montadoras, 35% acreditam que as empresas de TI e comunicação deverão liderar as inovações.

“À medida que o mercado automotivo enfrenta uma nova era altamente conectada e digitalizada com vários novos players, as montadoras parecem estar cientes de que esses progressos ainda não são refletidos em modelos de negócio. Acreditamos que essas mudanças ajudarão a converter o setor para o próximo ciclo de desenvolvimento e os executivos do setor devem enxergar esse novo momento como uma grande oportunidade e não como um risco.”

Todos os dados da pesquisa e o estudo completo (em inglês) estão disponíveis emwww.kpmg.com/GAES2016.

Três líderes perdem mais participação

Fiat, GM e VW cedem quase 8 pontos de market share em 2015

PEDRO KUTNEY, AB

O mercado de veículos leves vem sendo marcado este ano por perda de participação sem precedentes nas vendas das três fabricantes líderes. Somados os emplacamentos de automóveis e comerciais leves entre janeiro e setembro, Fiat, General Motors e Volkswagen perderam juntas 7,82 pontos porcentuais de market share em comparação com o mesmo período de 2014, fazendo seu domínio baixar de 56,6% para 48,6% de um ano para outro. As três também foram as que registraram as maiores quedas nos negócios, bastante superiores ao recuo médio das vendas nos três trimestres de 2015.

Das dez marcas mais vendidas no País de janeiro a setembro, apenas uma, a Honda, registrou crescimento, as outras nove apresentaram variação negativa nas vendas e quatro delas registraram retração acima da média do mercado, de 21,7% na comparação com os mesmos nove meses do ano passado. Na briga pelo market share, dentro da lista dos dez primeiros do ranking só as três grandes perderam pontos porcentuais, que foram captados pelas seis marcas imediatamente abaixo, sendo que a décima, a Mitsubishi, praticamente não saiu do lugar.

A Fiat continua a liderar o mercado brasileiro de veículos leves, mas sem renovações de produtos foi também a que mais perdeu terreno. Suas vendas em nove meses recuaram 33,6% na comparação com o mesmo período de 2014 e no mesmo período a marca italiana perdeu 3,26 pontos porcentuais de mercado, descendo a 18,2% – pela primeira vez abaixo dos 20%.

Também sem grandes renovações de produtos, a GM ainda consegue se manter na segunda posição do ranking, foi a que menos perdeu das três grandes, mas mesmo assim o tombo foi grande, acima da média do mercado. As vendas de janeiro a setembro caíram 30,8% e a marca Chevrolet perdeu dois pontos de participação no período, para 15,3%.

Com 15% de market share, a Volkswagen vem logo atrás, mas perdeu mais este ano, entregando 2,5 pontos porcentuais de participação. A queda nas vendas em nove meses, de quase 33%, foi a segunda maior entre as dez marcas mais procuradas. A perda da liderança de mais de duas décadas do Gol, que não conseguiu ser compensada pelo Fox nem pelo Up!, tem custado caro à VW este ano.

MELHOR NO ANDAR DE BAIXO

Com oferta de produtos mais modernos e melhor equipados, as marcas que se encontram do quarto ao nono lugares no ranking da 10 mais procuradas conseguiram ganhar terreno, apresentando desempenho bem melhor do que a média do mercado. É o caso da Ford, na quarta colocação, que com a boa aceitação do Ka (quarto carro mais vendido do País entre janeiro e setembro), conquistou 1,7 ponto porcentual de market share, para 10,7% – a segunda melhor performance nesses nove meses. As vendas da Ford caíram 7% no período, bem menos que o mercado total.

Apesar do recuo nos emplacamentos de janeiro a setembro de 10,3% na comparação com o mesmo intervalo de 2014, a Hyundai conseguiu este ano consolidar-se na quinta posição do ranking, tirando o lugar que há anos era da Renault. Graças ao sucesso continuado do compacto HB20 durante três anos desde a sua introdução no Brasil, marca coreana conseguiu mais 1 ponto porcentual de market share este ano, que subiu para respeitáveis 8%. Com o lançamento, em outubro, da versão renovada do HB20, espera-se que a Hyundai fortaleça ainda mais sua posição nos próximos meses.

A Renault renovou toda a sua linha brasileira de produtos nos últimos dois anos, mas ao que parece a oferta de modelos espartanos não encontra mais tantos clientes em época de mercado retraído. A marca francesa teve importante retração de quase 20% em suas vendas de janeiro a setembro em relação aos mesmos meses de 2014, desceu do quinto para o sexto lugar do ranking e com isso sua participação de mercado ficou praticamente estacionada, com leve ganho de 0,17 ponto, para 7,2%.

A Toyota segue ancorada na sétima colocação com descoberta da boa qualidade do Etios por parte do consumidor brasileiro de menor renda, algo que o comprador mais abonado do Corolla já sabia. Com as duas linhas de produtos bem vendidas, a marca japonesa vem conseguindo passar pela crise de forma bem mais suave. As vendas de nove meses caíram 2,5% – o que no cenário de quedas acima de 20% pode ser considerado uma vitória. A Toyota conquistou este ano mais 1,4 ponto porcentual de market share, agora de 7%.

A também japonesa Honda vem logo abaixo, em oitavo lugar no ranking, mas seu desempenho relativo é o melhor de todos. Foi a única marca entre as 10 mais vendidas a apresentar crescimento dos emplacamentos, e bastante vistoso, de 17,4% em relação aos mesmos nove meses do ano passado. Graças às vendas meteóricas do HR-V lançado este ano e já o 14º mais vendido do País, a Honda foi a que mais ganhou participação de mercado, somando quase 2 pontos para si e fechando os três primeiros trimestres do ano com domínio de quase 6%.

Iniciando a lista dos que vendem menos de 100 mil veículos por ano, a Nissan segue na nona posição do ranking. Os 46,4 mil emplacamentos da marca de janeiro a setembro significaram queda de 6,2% diante do mesmo período de 2014. O carro de maior volume da marca, o compacto March fabricado no Brasil desde o ano passado, ainda não conseguiu atrair a atenção dos clientes brasileiros e este ano figura apenas como 29º carro mais vendido do País. Ainda assim, a Nissan conseguiu ganhar 0,41 ponto porcentual de share e ao fim de nove meses de 2015 tem quase 2,5% de participação nas vendas nacionais.

Sem novidades, a Mitsubishi fecha o ranking das 10 marcas mais vendidas com participação de 1,7% no mercado nacional, levemente abaixo do 1,8% registrado há um ano. A marca também teve retração das vendas acima da média de mercado, com queda de 25,2%.

Chama a atenção também a movimentação que ocorre logo abaixo do ranking das 10 mais vendidas. Com a decolagem das vendas do Renegade, lançado há poucos meses e já o décimo carro mais vendido do País em setembro, a Jeep também decolou com crescimento de 1.163% nas vendas somadas em nove meses deste ano contra os mesmos de 2014. A marca ganhou pouco mais de 1 ponto porcentual de market share de um ano para outro e agora tem 1,21% e figura como 12ª mais vendida. O Renegade sozinho representa 90% das 22,7 mil unidades emplacadas em três trimestres.

Com isso, a Jeep passou até a Peugeot, com fabricação nacional há mais de uma década, que desceu outro degrau no ranking, agora na 13ª posição, com perda adicional de 0,25 ponto de participação, para apenas 1%, e queda nas vendas de 36,4% entre janeiro e setembro. No mesmo período, a Citroën, sócia no Grupo PSA, teve retração ainda maior de emplacamentos, de 43,4%, e perdeu quase meio ponto de market share, para 1,26%, mas ainda conseguiu se segurar como 11ª mais emplacada.

Destaca-se também a ascensão da Mercedes-Benz da 15ª para a 14ª posição do ranking de emplacamentos de veículos leves, com crescimento este ano de 44,4% nas vendas comparativamente a janeiro-setembro de 2014. A marca quase dobrou sua participação de mercado, de 0,42% há um ano para 0,78% agora. O resultado é devido principalmente à linha de automóveis, responsáveis por 86% dos negócios no segmento (o resto são as vans Sprinter), liderados pelo Classe C, que sozinho respondeu no período por 35% dos licenciamentos.

Prejudicada pela falta de projeto de fabricação nacional e duramente atingida pela sobretaxação aos veículos importados em conjunto com a alta do dólar, a Kia continua perdendo terreno e no período janeiro-setembro desceu para a 15ª colocação entre as marcas mais vendidas no País – há um ano figurava na 13ª posição e em 2012 chegou a ficar em 11º lugar. Nos nove meses de 2015 as vendas da Kia retroagiram 28,7%, mas a participação de mercado praticamente não saiu do lugar, em torno de 0,7%.