Globalização pode tirar setor da crise

Globalização pode tirar setor da crise

Para a consultora Letícia Costa, indústria deve focar mercado mundial

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23687/globalizacao-pode-tirar-setor-da-crise

ALEXANDRE AKASHI, PARA AB

Letícia Costa é sócia-diretora da Prada Assessoria (foto: Ruy Hizatugu)
A recessão não vai durar para sempre, mas ainda é difícil pensar em ações pós-crise no meio do turbilhão. Contudo, muito mais do que imaginar navegar em céu de brigadeiro é preciso enxergar o mercado automotivo como um todo e as oportunidades que ele oferece – agora e no futuro – em um momento de profunda transformação da industria.

Esta foi a principal mensagem da consultora Letícia Costa, sócia-diretora da Prada Assessoria, em sua palestra A Crise, as Oportunidades e a Reinvenção dos Negócios, durante o VII Fórum da Indústria Automobilística, realizado por Automotive Business no WTC, em São Paulo, na segunda-feira, 28.

Na visão de Letícia Costa a crise abre oportunidade para uma mudança de mentalidade dos executivos do setor automotivo brasileiro, que devem pensar globalmente para a indústria nacional, para ganhar escala e buscar competitividade internacional. Segundo a consultora, já faz tempo que as empresas fazem a lição de casa: buscam exportar mais, buscam incrementar volumes no mercado doméstico, trabalham o aftermarket, avaliam a cadeia de suprimentos e os fornecedores, fazem proteção de caixa e ajustes de capacidade. “Mas isso não é o suficiente quando pensamos a longo prazo”, afirmou. “A indústria não tem apresentado ganhos sustentáveis nem mesmo quando não há crise”, completou.

LENTIDÃO

Na avaliação da consultora, a recuperação da crise será lenta. Ela prevê retomada do patamar de produção de 2014 somente depois de 2020. “Neste cenário, haverá muita dificuldade para justificar investimentos”, alerta. Por isso, recomenda buscar investir em setores em que a indústria brasileira demonstra maior competência. “Não precisamos ser bons em tudo, mas ser competitivos para quando a crise passar, em 2021, a indústria esteja inserida no contexto global”, argumentou.

Para Letícia, se a indústria nacional não começar a se mexer agora, corre o risco de ficar parada no tempo, enquanto o mundo desenvolve veículos conectados, autônomos, movidos a eletricidade, sob o conceito de mobilidade compartilhada. “Mesmo que o País não tenha infraestrutura para absorver tudo isso, temos de mirar a exportação, dentro de um contexto globalizado, com produtos de qualidade e competitivos”, afirmou.

Para ela, dessa forma o setor se protege da instabilidade e volatilidade do mercado nacional, uma vez que estará inserido em um universo mais amplo e consistente.

Nissan lança March “vestido” de Rio 2016

Nissan lança March “vestido” de Rio 2016

Edição limitada a mil unidades será vendida por olímpicos R$ 54 mil

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23617/nissan-lanca-march-vestido-de-rio-2016

PEDRO KUTNEY, AB

Com o objetivo de intensificar sua estratégia de ações relacionadas ao patrocínio dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro que se aproximam (começam em agosto próximo), a Nissan lança a partir desta semana em suas 160 concessionárias no País a versão especial March Rio 2016, que já havia sido mostrada ao público brasileiro ainda como carro-conceito no último Salão do Automóvel de São Paulo, em 2014. É uma edição numerada e limitada inicialmente a mil unidades, baseada na versão topo de linha SL 1.6 de 111 cavalos do compacto March produzido no Brasil há cerca de dois anos na fábrica de Resende (RJ).

A estilização olímpica já nasce quebrando um recorde: o de preço. A versão Rio 2016 criou o March mais caro já vendido por aqui, oferecido por R$ 53.990 na cor preta, valor que aumenta R$ 1.150 caso o freguês queira a pintura branca perolizada ou prata metálico. O departamento de marketing da Nissan estima que 50% das vendas serão do carro preto, 30% do branco e 20% do prata. O pacote é bastante completo, incluindo ar-condicionado automático e digital, direção assistida, câmera de ré e o pacote multimídia Multi-App com sistema de navegação, display colorido de 6,2 polegadas sensível ao toque, leitor de CD e DVD, conexão Bluetooth e wi-fi, download de aplicativos e sistema Android (leia aqui). Contudo, a opção é R$ 2,5 mil mais cara do que a topo de linha SL 1.6 que já oferece todos esses equipamentos.

Por isso a missão principal do March Rio 2016 não é ganhar a medalha de ouro em vendas, mas funcionar como reforço de imagem para a marca, que poderá ter o agradável efeito colateral de aumentar a demanda pelo resto da linha de modelos, ajudando assim a aumentar a participação no mercado brasileiro. “Esta é a nossa primeira ação de produto no ano dos jogos olímpicos. Vamos ter outras. Temos de aproveitar a enorme visibilidade do evento, que tem audiência de 5 bilhões de telespectadores em todo o mundo”, afirma Arnaud Charpentier, diretor de marketing da Nissan no Brasil, que terminou 2015 com 2,5% de market share. “Com mais ações e lançamentos esperamos fechar o ano com pelo menos 3%”, acrescenta o executivo. A principal novidade da Nissan esperada para breve é o SUV compacto Kicks (leia aqui). “Nossa intenção é lançar o mais breve possível”, garante.

FOCO NA IMAGEM

“O estilo mais esportivo do March Rio 2016 deve atrair o público jovem, mas a intenção não é só vender mais, o objetivo principal é reforçar a imagem e dar continuidade à estratégia de produto que celebra os jogos olímpicos”, explica Cristiane Sanches, gerente de marketing de produto da Nissan. Ela acrescenta que as circunstâncias específicas do mercado brasileiro, em que os consumidores estão sempre atrás de novidades, acabaram exigindo novas soluções de design que estão servindo de exemplo para o grupo no mundo: “No Brasil estamos nos tornando uma referência em séries especiais” criadas no Nissan Design America Rio (NDA-R), o estúdio-satélite da empresa no Rio de Janeiro, responsável pela estilização da edição limitada do March.


Detalhes exclusivos do Nissan March 2016: faixas laranja nas saias traseira e dianteira, emblema metálico dos jogos olímpicos (no alto, ao centro), numeração da edição limitada na grade (embaixo, à esquerda) e o logotipo das olimpíadas do Rio de Janeiro colado na carroceria e bordado no tapete.

Para “vestir” o March para as olimpíadas, a Nissan aplicou faixas laranjas nos retrovisores externos e nas saias dianteira e traseira, colou adesivos com o logotipo Rio 2016 também em laranja nas quatro faces do carro, além de fixar três emblemas metálicos nas laterais e tampa traseira com o símbolo dos jogos. Na grade dianteira foi inserida uma pequena moldura plástica laranja onde está gravado o número de fabricação da edição limitada, que vai de 0001 a 1000. O teto pintado de preto (no caso do modelo branco perolizado ou prata metálico) e as rodas pretas de liga leve e 16 polegadas completam o visual externo diferenciado da versão especial. No interior, o March olímpico recebeu tapetes exclusivos e costuras com linha laranja nos bancos.

VW investe R$ 200 milhões na nova Saveiro

VW investe R$ 200 milhões na nova Saveiro

Recursos aplicados no produto e na modernização da linha na Anchieta

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23630/vw-investe-r-200-milhoes-na-nova-saveiro

PEDRO KUTNEY, AB

A Volkswagen informa que investiu R$ 200 milhões para desenvolver e fabricar a nova picape Saveiro, que chega às concessionárias este mês pela primeira vez com cara diferente do Gol, com o qual ainda compartilha a já antiga plataforma PQ24 (leia aqui). O montante é parte do programa em curso de R$ 10 bilhões, previstos para o período 2014-2018, e foi aplicado no desenvolvimento do veículo e na modernização de processos produtivos da fábrica da Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP), onde é produzida a Saveiro.

Contando com os R$ 363 milhões aplicados recentemente para reestilizar e produzir os novos Gol e Voyage, também apresentados este mês (leia aqui), a montadora investiu o total de R$ 563 milhões na renovação de meia-vida de sua família brasileira de compactos montados sobre a mesma base construtiva. Os três modelos deverão sobreviver dessa forma até 2018 ou 2019, quando está prevista a conversão deles para a plataforma modular global MQB do Grupo VW, conforme antecipou Automotive Business (leia aqui).

Embora tenha descolado o design da picape dos demais modelos familiares da plataforma-tronco PQ24, a Volkswagen adotou na Saveiro exatamente a mesma estratégia de renovação aplicada nos novos Gol e Voyage: atualizou o painel e introduziu no veículo a arquitetura eletroeletrônica global do grupo, para dessa forma poder oferecer mais recursos de infoentretenimento e conectividade. O objetivo é tentar estancar a queda na participação de mercado da marca no Brasil enquanto não é possível renovar integralmente a plataforma de seus campeões de vendas.

Lançada em julho de 1982, a Saveiro já acumula mais de 1,1 milhão de unidades produzidas em São Bernardo do Campo, sendo que desse total mais de 200 mil unidades foram exportadas para mais de 60 países, principalmente da América do Sul. “As qualidades da Nova Saveiro certamente ajudarão a marca a conquistar novos clientes no Brasil e também novos mercados para exportação”, destaca o presidente e CEO da Volkswagen do Brasil, David Powels, em comunicado distribuído à imprensa na quinta-feira, 17, um dia após a apresentação da picape reestilizada que chega às concessionárias em abril próximo.

Além de usar a mesma plataforma reprojetada, a motorização segue sendo a mesma: o velho EA111 1.6 de 104 cavalos para a maioria das versões e o novo e mais eficiente EA211 1.6 de 120 cv, com bloco e cabeçote de alumínio, aplicado somente na Saveiro Cross.

MODERNIZAÇÕES NA FÁBRICA

Segundo a Volkswagen, as mudanças tecnológicas aplicadas à nova Saveiro exigiram alterações no processo produtivo das áreas de estamparia, armação (soldagem de carroceria), pintura e montagem final na planta Anchieta. Na estamparia, onde são prensadas as chapas dos carros, foram adquiridos equipamentos de medição de última geração e uma nova esteira para a inspeção das peças da superfície.

Já na armação da Nova Saveiro, um novo equipamento é responsável pela junção (grafagem) das peças da tampa dianteira do veículo. A pintura recebeu dispositivos específicos para a colocação de apliques como o friso para a lateral externa e para as soleiras da Saveiro Cross.

A exemplo do que aconteceu nas linhas de montagem dos novos Gol e Voyage, para a Saveiro também foram instalados dispositivos para o encaixe do novo painel (cockpit). Outra nova ferramenta é o manipulador para facilitar a montagem do conjunto frontal do veículo. O equipamento transporta, centraliza e encaixa o conjunto na carroceria. A Saveiro nas Versões Robust, Trendline e Highline são equipadas com o consagrado motor 1.6l Total Flex, de até 104 cv (etanol). Já a versão Cross está equipada com o novo motor 1.6l MSI, da família EA211, de até 120 cv.

Venda parcelada de novos cai 33,6% no bimestre

Venda parcelada de novos cai 33,6% no bimestre

CDC, consórcio e leasing somaram 173,5 mil veículos entregues no período

FONTE:http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23621/venda-parcelada-de-novos-cai-336-no-bimestre

REDAÇÃO AB

A venda parcelada de veículos novos no primeiro bimestre de 2016 somou 173,5 mil unidades, resultando em queda de 33,6%. O número considera veículos leves, caminhões e ônibus vendidos por Crédito Direto ao Consumidor (CDC), consórcio e leasing. Os dados foram divulgados pela Cetip, empresa que opera o Sistema Nacional de Gravames (SNG), que reúne o cadastro das restrições financeiras de veículos dados como garantia em operações de crédito no País.

Olhando isoladamente os veículos leves, a queda bimestral vai a 34,7%. Para os pesados essa retração é de 5,3%. A redução de negócios neste ano já não poupa mais os veículos usados, que tiveram desempenho positivo no ano passado. Neste primeiro bimestre foram parcelados 423,6 mil veículos leves e pesados de segunda mão, registrando queda de 12% ante igual período do ano passado.

RUIM TAMBÉM PARA DUAS RODAS

Nestes dois primeiros meses foram parceladas 103,4 mil motos novas, volume 23% menor que o anotado em igual período de 2015. A retração é menos acentuada que a de veículos leves e pesados, mas bastante severa quando se leva em conta que o setor entra no quinto ano consecutivo de baixa nas vendas e já recuou cerca de dez anos em produção e emplacamentos. No mercado de motocicletas usadas foram vendidas a prazo 15,3 mil unidades, 11,7% a menos que no mesmo período de 2015.

QUEDA MENOR EM CONSÓRCIOS

Na soma de negócios realizados com todos os tipos de veículo (leves, pesados e motos), o consórcio foi o que apresentou a menor queda no primeiro bimestre, 7,9%. Os financiamentos por CDC recuaram 21,9% e o leasing caiu outros 18,9%.

Veja o desempenho de cada forma de venda:

Schiemer prevê ano ‘péssimo’ para pesados

Schiemer prevê ano ‘péssimo’ para pesados

Presidente da Mercedes culpa governo por ‘criar situação insustentável’

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23595/schiemer-preve-ano-pessimo-para-pesados

MÁRIO CURCIO, AB | De Campinas (SP)

Schiemer recebeu imprensa na concessionária Araguaia
Durante visita a um concessionário de caminhões e vans em Campinas (SP, veja aqui), o presidente da Mercedes-Benz Brasil, Phillipp Schiemer, admitiu a possibilidade de um desempenho ainda mais fraco para o segmento de caminhões em 2016: “Vai ser um ano péssimo”, disse o executivo, preocupado com a retração de 36,8% nas vendas de caminhões neste primeiro bimestre ante os mesmos dois meses do ano passado, uma base já ruim.

Schiemer culpa o governo por ter “criado uma situação insustentável para a indústria”. Ao comentar uma possível retomada na venda de caminhões pesados, segmento que menos caiu no primeiro bimestre, o executivo recorda: “O agronegócio está indo bem e o País continua tendo um potencial muito grande. Poderia voltar a ter um ambiente político estável, mas infelizmente isso não deve ocorrer este ano”, diz Schiemer.

Ele preferiu não cravar um número para 2016 como 55 mil ou 60 mil unidades emplacadas: “É cedo para isso. A situação é muito dinâmica. É só lembrar que em poucos dias a cotação do dólar teve uma grande variação (baixando da casa dos R$ 4,40 para R$ 3,60).” Schiemer recorda que tudo isso tem feito a matriz acompanhar com apreensão a situação do Brasil. “Fizemos grandes investimentos aqui recentemente, é natural que isso ocorra.”

Foton Caminhões detalha parceria com Agrale

Foton Caminhões detalha parceria com Agrale

Empresa aponta que veículos feitos pela Agrale já terão 65% de conteúdo nacional

Fonte: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23599/foton-caminhoes-detalha-parceria-com-agrale

REDAÇÃO AB

Em comunicado divulgado na segunda-feira, 14, a Foton Caminhões detalhou como vai funcionar a parceria para montagem de seus caminhões provisoriamente na fábrica da Agrale (leia aqui). Segundo informou o representante da marca chinesa no Brasil, os veículos a serem montados na Serra Gaúcha a partir deste ano já terão 65% de conteúdo nacional. A meta é elevar o porcentual para 70% quando a planta própria da empresa entrar em atividade na cidade de Guaíba (RS), que tem inauguração prevista para o primeiro semestre de 2017.

No último dia 10, a Foton assinou acordo com a Agrale para a montagem de caminhões por 12 meses na unidade 2 da fabricante em Caxias do Sul, na Serra Gaúcha . Com a parceria, a Foton pretende evitar um novo atraso na nacionalização de seus produtos, que estava prevista inicialmente para começar em 2014.

A empresa levará cerca de quatro meses para fazer os ajustes técnicos necessários na linha de montagem da Agrale. Apenas a partir de agosto serão montados ali três modelos de caminhões, de 3,5, 10 e 13 toneladas de Peso Bruto Total (PBT). Segundo a Foton, os protótipos já completaram todas as fases de testes com bons resultados.

A parceria entre as duas empresas prevê que a Foton fique responsável pelas compras de componentes com os fornecedores, além de toda a logística e inspeção final da qualidade dos produtos. Por outro lado, a Agrale cuidará da montagem dos caminhões.

A marca chinesa tem programa de investimento de R$ 250 milhões para o Brasil. Do total, R$ 160 milhões serão aplicados na construção da fábrica em Guaíba, que terá capacidade para fazer 20 mil caminhões por ano. O restante irá para uma nova área de desenvolvimento de produtos.

Autopeças faturam 14,5% a menos em janeiro

Autopeças faturam 14,5% a menos em janeiro

Vendas a montadoras caíram 27,2% e ano começou mal até no mercado de reposição

Fonte: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23600/autopecas-faturam-145-a-menos-em-janeiro

MÁRIO CURCIO, AB

O faturamento do setor de autopeças em janeiro foi 14,5% menor que o registrado no mesmo mês de 2015. As vendas para as montadoras recuaram 27,2%. As intrassetoriais foram 25,9% menores. Até mesmo o mercado de reposição recuou no primeiro mês de 2016. Neste caso a queda foi de 3,6%. Destas três divisões de negócios, a reposição foi a única a crescer no consolidado de 2015 (em 6,8%).

As exportações aumentaram 26% em reais. Com o valor convertido em dólares, porém, o resultado é uma queda de 18,1%. Os números foram elaborados pelo Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) a partir de pesquisa mensal feita com 64 empresas que representam 32,2% do faturamento do setor no Brasil.

- Veja aqui o estudo do Sindipeças

A participação das vendas externas no faturamento das fabricantes de autopeças instaladas no Brasil continua subindo e em janeiro atingiu 24,2%. O emprego nacional registra queda de 16,9% em janeiro ante o mesmo mês de 2015 e de 2,27% no confronto com dezembro.

A capacidade ociosa no primeiro mês do ano alcançou 44,7% em janeiro, o segundo pior resultado desde que a metodologia atual foi adotada, em 2012. Só ficou abaixo de dezembro de 2015, quando superou os 45% em razão de férias coletivas.

Daimler quer desenvolver carro elétrico com autonomia de 500

Daimler quer desenvolver carro elétrico com autonomia de 500 km

CEO do Grupo aponta que número poderia atrair mais consumidores

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23563/daimler-quer-desenvolver-carro-eletrico-com-autonomia-de-500-km

REDAÇÃO AB

A Daimler quer desenvolver um carro elétrico com autonomia de pelo menos 500 quilômetros. A meta foi anunciada por Dieter Zetsche, CEO do Grupo. Segundo ele, se um modelo com a tecnologia for capaz de rodar esta distância com apenas uma carga na bateria, mais consumidores ficarão interessados em comprar veículos zero emissão.

Ainda assim, o executivo destaca que este não é um número mágico e que são necessários avanços contínuos. Um dos principais é a redução do custo das baterias de íons de lítio. Segundo ele, este seria um incentivo importante. Zetsche estima que o as baterias custem em torno de US$ 170 por Kilowatt/hora atualmente. Na opinião dele, entre US$ 110 e US$ 130 kWh seria o ponto em que o equilíbrio entre performance e custo pode tornar estes carros competitivos.

A marca não está tão distante. A General Motors promete lançar internacionalmente em 2016 o Bolt com o melhor custo de bateria até então, em torno de US$ 145 kWh. Segundo a fabricante, isso fará com que automóvel tenha preço em torno de US$ 37,5 mil.

Exportações devem superar as expectativas

Exportações devem superar as expectativas

Anfavea considera que previsão de alta de 8% para o ano é conservadora

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23553/exportacoes-devem-superar-as-expectativas

SUELI REIS, AB

Com o crescimento de 26,8% das exportações de veículos no primeiro bimestre na comparação com mesmo período do ano passado, para 60,3 mil unidades, a Anfavea acredita que a atividade deve superar as expectativas para o ano: “Nossa previsão de aumento de 8% das exportações em 2016 é extremamente conservadora. Esperamos um crescimento maior que o projetado no início deste ano”, afirma Luiz Moan, presidente da entidade que reúne as montadoras, durante a apresentação dos dados de desempenho do setor à imprensa na sexta-feira, 4, em São Paulo.

- Veja aqui os dados da Anfavea

A maior contribuição para o resultado foi do segmento de leves, cujas vendas ao exterior aumentaram 28,7% no período, para pouco mais de 56,9 mil unidades, entre automóveis e comerciais leves. Os embarques de chassis de ônibus também subiram 15,7% nos dois primeiros meses do ano, passando de 733 para 848 unidades. O resultado geral das exportações só não foi melhor porque o volume de caminhões destinados a outros mercados caiu 3,1% neste começo de ano, para pouco mais de 2,5 mil unidades.

Segundo Moan, os embarques de veículos leves subiram 30% para a Argentina no primeiro bimestre, 142% para o México e 145% para a Colômbia e embora tenha registrado volume menor neste ano, as exportações de caminhões subiram 30% para o México e 40% para o Chile.

“Estamos trabalhando junto ao governo no esforço para alavancar as exportações ao máximo”, declara o executivo. Ele informa que com o fim das sanções internacionais impostas ao Irã, o Brasil estreitará acordos com aquele mercado: “As tratativas do ministro do MDIC com o Irã podem gerar novos negócios”, disse. Ele cita que o ministro Armando Monteiro anunciou ao setor que o Brasil poderá participar de uma concorrência para fornecer até 140 mil automóveis, 65 mil caminhões e 17 mil ônibus a longo prazo. Ele disse ainda que 10 empresas associadas à Anfavea já sinalizaram o interesse em fornecer seus produtos ao Irã.

Sobre a Argentina, Moan se diz “tão otimista quanto o ministro [do MDIC]”, uma vez que a Anfavea vai perseguir um acordo a longo prazo com o país vizinho com o objetivo de alcançar o livre comércio para o setor.

“Se for necessário um período de transição, nós o faremos. O importante é que ao final tenhamos atingido o livre mercado”, enfatiza.

Por outro lado, as exportações em valores continuam em declínio, mas com índice menor de queda: no primeiro bimestre os embarques renderam US$ 1,39 bilhão às montadoras, resultado 7,5% abaixo do verificado há um ano. “Há um mês, essa queda foi de 18%. A tendência é que durante o decorrer do ano vamos zerar essa queda e quem sabe buscar uma variação positiva”, disse Moan. Ele explica que este resultado se deve ao mix – menos embarques de produtos com maior valor agregado.

Após forte queda, Anfavea sustenta projeção para 2016

Após forte queda, Anfavea sustenta projeção para 2016

Entidade já previa contração nas vendas de veículos no início do ano

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23551/apos-forte-queda-anfavea-sustenta-projecao-para-2016

GIOVANNA RIATO, AB

O baque nas vendas de veículos no primeiro bimestre de 2016 fez o mercado brasileiro encolher para 302 mil unidades, com redução de 31,3% na comparação com o resultado de janeiro e fevereiro de 2015. Apesar da baixa, a Anfavea, associação que representa as montadoras, sustenta a sua projeção para 2016. “Sabíamos que a queda relativa dos primeiros meses do ano seria grande. Traçamos nossa expectativa com base na perspectiva de queda do PIB”, aponta Luiz Moan, presidente da entidade.

-Veja aqui os dados da Anfavea

A perspectiva da entidade é de que as vendas encolham 7,5% este ano na comparação com 2015, para 2,37 milhões de unidades entre automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. Apesar do número negativo, o panorama parece otimista se considerados os resultados do início do ano. Alguns executivos de marcas que atuam no Brasil já apontaram que o total de emplacamentos no mercado interno pode cair para menos de 2 milhões de unidades em 2016.

A projeção da Anfavea foi traçada com base na média diária do terceiro trimestre do ano passado, descontada a expectativa de redução do PIB para 2016 da ordem de 3%. “Erramos o resultado de fevereiro por 2 mil unidades”, diz, na tentativa de provar que a bola de cristal da entidade não está descalibrada. Segundo ele, nas expectativas da Anfavea o mercado interno teria chegado a 148 mil unidades no mês passado. O resultado real foi 148,8 mil emplacamentos, com redução de 5,5% na comparação com janeiro e de 21% sobre fevereiro de 2015.

Moan reconhece, no entanto, que existe um fator capaz de deteriorar ainda mais o ambiente de negócios. “Só temos a perder com a contaminação da política na economia. Isso traz um pessimismo e é um indutor da depressão econômica”, aponta. Segundo ele, caso a crise no governo e as ideologias políticas continuem a gerar conflito no País, a economia e os negócios tendem a piorar.

PIOR 1º BIMESTRE DESDE 2007

O resultado registrado faz de janeiro a fevereiro o pior primeiro bimestre desde 2007, quando foram emplacados 299,7 mil veículos no Brasil. Ainda assim, Moan destaca que houve melhora da média diária de vendas da ordem de 5% em fevereiro na comparação com o mês anterior, o que indicaria tendência de melhora.

O segmento que mais contribuiu para a forte contração das vendas nos primeiros dois meses do ano foi o de pesados. O emplacamento de caminhões encolheu 35,5% sobre o já fraco patamar do início do ano passado, para apenas 4,4 mil unidades entre janeiro e fevereiro. Já a venda de ônibus somou 1,7 mil chassis, com queda de 49,1%.

A demanda por veículos leves teve retração um pouco menor, de 31%, para 292 mil unidades, com queda de 28,9% na demanda por automóveis e de 42,5% na de comerciais leves.

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