Toyota prepara mudanças para o Etios 2017

Motores 1.3 e 1.5 deverão ganhar mais potência na nova linha do hatch. Visual também ganhará novidades

ao todo, são oferecidas nove versões

Para ganhar fôlego diante das versões reestilizadas dos concorrentes, o Etios deve estrear mudanças importantes na linha 2017. AToyota vai inaugurar no primeiro semestre de 2016 sua nova fábrica em Porto Feliz (SP), que será responsável pela produção dos motores do hatch e do sedã. Atualmente os propulsores 1.3 e 1.5 são importados do Japão.

De acordo com o responsável da marca para a América Latina e Caribe, Luiz Carlos Andrade, em entrevista ao Automotive Business, “serão novos motores 1.3 e 1.5, diferentes dos atuais”. Ou seja, os novos blocos vão manter o deslocamento das unidades atuais, mas provavelmente deverão ganhar mais potência e torque, além de melhorias para diminuir o consumo de combustível e as emissões de poluentes.

Toyota
Toyota Etios Platinum sedã 2015 vem com novos equipamentos de série
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A nova planta de motores da Toyota já emprega 180 colaboradores, número que deverá subir para 340 funcionários quando a primeira fase das operações ficar ativa. A empresa prevê um investimento para o local de R$ 1 bilhão, sendo que a fabricante de transmissões Aisin está erguendo uma unidade em Itu (SP). A sistemista, que é controlada em parte pela Toyota, fará as caixas manuais para o Etios e a unidade deverá ser inaugurada em conjunto com a fábrica de motores.

O Toyota Etios 2017 deverá chegar às lojas até o fim do primeiro semestre do ano que vem. E o compacto vai estrear mudanças no visual, já que o modelo é vendido há mais de três anos com a mesma “cara” e pede por alterações. Segundo iG apurou, serão modificações leves e que incluirão uma repaginação no interior também. No entanto, não será desta vez que o compacto passará a ser uma referência em design no segmento.

Novos modelos

A Toyota também admitiu que entrará em novos segmentos no Brasil. Durante a apresentação da nova Hilux, executivos da marca citaram novos produtos em breve, mas sem detalhar quais serão eles.

A marca, embora tenha hoje um volume de vendas significativo, ainda não explora segmentos importantes como o de SUVs compactos, por exemplo.

Bosch desenvolve embreagem automática

Sistema e-Clutch de acionamento eletrônico traz economia extra

PEDRO KUTNEY, AB | De Campinas (SP)

O pedal da embreagem eletrônica da Bosch e o atuador eletro-hidráulico que executa as trocas de marchas

“A embreagem ainda é o único dos três pedais do carro sem eletrônica; o acelerador já é eletrônico e os freios têm ABS. Então resolvemos explorar essa possibilidade também para melhorar o conforto, prazer de dirigir e reduzir o consumo de combustível”, resume Martin Leder, chefe de engenharia avançada da divisão Gasoline Systems da Robert Bosch no Brasil. O sistema de embreagem automática, batizado pela empresa Electronic Clutch System, ou e-Clutch, vem sendo desenvolvido no País há pouco mais de um ano, com intenção de oferecer uma opção mais barata do que as transmissões automáticas ou automatizadas, além de incluir a função “coasting”, uma espécie de “banguela” controlada que pode representar economia de gasolina ou etanol de até 5%, segundo cálculos preliminares da fornecedora de sistemas automotivos.

A Bosch já começou a oferecer a alternativa às montadoras, mas precisa de cerca de dois anos para desenvolver a e-Clutch para um veículo específico. “A ideia é de um sistema intermediário entre o câmbio manual e a transmissão automática, o que pode servir bem para carros compactos de menor custo, que representam a maior parte do mercado brasileiro. Por isso trouxemos o sistema da Alemanha para tentar introduzir essa solução aqui”, diz Gerson Fini, vice-presidente da Bosch América Latina responsável pela divisão Gasoline Systems.

Em vez de acionar a embreagem por cabo ou pressão hidráulica, o pedal ou a própria movimentação da alavanca de câmbio envia sinais a uma central de gerenciamento eletrônico, que por sua vez aciona um atuador (robô) eletro-hidráulico que abre ou fecha a embreagem. “A primeira vantagem é que evita-se qualquer imperícia, o sistema atenua automaticamente qualquer movimento brusco do pedal e atua para acoplar e desacoplar com precisão”, explica Leder. Aliás, a e-Clutch nem precisa da atuação do pedal da embreagem, pois o sistema “entende” as movimentações da alavanca e abre e fecha automaticamente a embreagem. “Pode ter ou não o pedal, essa será uma decisão do fabricante do carro”, diz o engenheiro.

Ele destaca ainda que a solução oferece conforto similar ao de um câmbio automático no anda-e-para do trânsito das cidades ou mesmo nas manobras para estacionar, pois o motorista não precisa pisar no pedal da embreagem para fazer as trocas de marchas. O mesmo acontece em ladeiras: basta colocar a marcha e o carro não volta, começa a se movimentar lentamente, como se tivesse a transmissão automática.

VANTAGEM DA ECONOMIA

Outros carros já usaram sistema parecido de embreagem eletrônica/automática no Brasil no fim dos anos 1990, como o Mercedes-Benz Classe A AKS e o Fiat Palio Citymatic, nos quais o motorista também trocava as marchas sem precisar pisar no pedal de embreagem. Os clientes brasileiros não viram muita vantagem e esses modelos tiveram vida curta no mercado. A e-Clutch oferece uma vantagem em relação a esses antepassados: a economia de combustível.

Quando o carro está rodando entre 20 km/h e 120 km/h em terceira, quarta ou quinta marchas e o motorista tira o pé do acelerador e do freio, o sistema está preparado para “entender” que pode desacoplar a embreagem e deixar as rodas livres, assim o motor continua trabalhando em marcha lenta enquanto o carro segue em movimento inercial – uma espécie de “banguela” tecnológica que os engenheiros da Bosch preferem chamar de “idle coasting” ou “roda-livre”, porque o câmbio continua engatado e sob o comando do motorista, só a embreagem fica aberta, e torna a fechar com qualquer toque no acelerador ou freios. A e-Clutch não faz trocas automáticas de marcha, essa decisão continua sendo de quem está guiando – algo que agrada os puristas defensores do câmbio manual.

O resultado prático do coasting, segundo a Bosch, é uma economia de 5% em uso real misto cidade/estrada. “Confesso que no início estava um pouco cético, não esperava que esse abre e fecha da embreagem pudesse trazer vantagem significativa para o consumo. Mas fizemos um teste de laboratório simulando manualmente essas banguelas e chegamos à redução de 4%. Então avaliamos que valia a pena trazer o sistema para adaptar aqui, pensando no objetivo diminuição de emissões e consumo que começa a ser perseguido pelas fabricantes aqui”, conta Martin Leder.

Ele lembra que a economia trazida pela e-Clutch ainda não pode ser usada para atingir metas de emissões de poluentes da legislação do Proconve ou o objetivo de redução de consumo previsto pelo Inovar-Auto até 2017. “Isso porque as medições oficiais de laboratório não consideram a interrupção do ciclo de funcionamento do motor”, explica. “Porém na vida real conseguimos reduzir o gasto de combustível em até 5%”, acrescenta.

Contudo, em recente adição de regras, o Inovar-Auto passou a contemplar as reduções extras de consumo trazidas por soluções complementares que não fazem efeito em testes de laboratório. Uma dessas alternativas é o Start-Stop, que desliga o motor quando o carro está parado e religa assim que o motorista recoloca o pé no acelerador. Leder diz que “é perfeitamente possível combinar a e-Clutch em com o Start-Stop”, que passaria a desligar o motor também com o carro em movimento inercial, quando a embreagem eletrônica desacopla automaticamente o câmbio. “Os dois sistemas trabalhando em conjunto podem aumentar a economia para 10%”, diz o engenheiro.

Para desenvolver a e-Clutch para o mercado brasleiro, a Bosch instalou todos os equipamentos em um carro interno de testes, um Peugeot 307 Sedan ano 2007 já fora de linha, que fica rodando na unidade da empresa em Campinas (SP). O sistema pode ser adaptado em qualquer carro em produção atualmente, mas será vendido somente como sistema original de fábrica, pois necessita de calibragem específica para cada modelo. Além do Brasil, a embreagem eletrônica está sendo desenvolvida e testada na Europa e Índia.

A Bosch centra o foco em três vantagens para tentar emplacar a e-Clutch no Brasil: redução de consumo, eletrônica anti-imperícia que impede o uso incorreto da embreagem (reduzindo custos de manutenção) e um conjunto de funções antiestresse, incluindo a condução sem necessidade de pisar no pedal em qualquer situação, mas especialmente no anda-e-para do trânsito ou nas manobras de estacionamento, além do auxílio eletrônico nas partidas em ladeiras e trocas de marchas de acordo com a vontade do motorista.

PSA inicia produção do novo Citroën Aircross

Fábrica investe R$ 150 milhões para fazer o modelo em Porto Real

PEDRO KUTNEY, AB | De Porto Real (RJ)

O novo Aircross no fim da linha de montagem de Porto Real
O novo Citroën Aircross, que chega às concessionárias da marca francesa em dezembro, começou a ser produzido comercialmente na quarta-feira, 11, na fábrica brasileira do grupo PSA Peugeot Citroën em Porto Real (RJ). Segundo o fabricante, foram investidos R$ 150 milhões na renovação do carro, que é o último dos produtos incluídos no atual ciclo de investimentos anunciado pela empresa para o período 2012-2015 na ampliação e modernização da unidade industrial, além do desenvolvimento de novos modelos.

Fabricado desde 2010 na planta do sul-fluminense, onde já foram feitas mais de 50 mil unidades, o Aircross foi desenvolvido pela engenharia da PSA especificamente para os mercados latino-americanos. E segue sendo um produto regional, exportado em maior número só para a Argentina. Ele é uma derivação da minivan C3 Picasso, mas com pegada de SUV compacto. Com a chega do novo Aircross, o C3 Picasso sai de linha, pois será substituído por versões sem o estepe fixado na tampa traseira.

O Aircross 2016 recebeu importantes modificações de design, principalmente no painel interno, materiais da cabine e na dianteira, agora mais conectada com o estilo global de outros carros da marca, mas não teve alteração da plataforma mecânica – que segue sendo a mesma sobre a qual são montados todos os carros produzidos em Porto Real (os Peugeot e 208 e 2008 e os Citroën C3 e o próprio Aircross). Opções de motorização e câmbio não mudam. O carro ganhou melhorias em uma renovação de meia-vida, para aguentar mais algum tempo enquanto não chegam ao Mercosul as novas plataformas desenvolvidas pela PSA, previstas para desembarcar nas fábricas do grupo no Mercosul só a partir de 2017.

Todo o trabalho de renovação do Aircross foi feito no Brasil por uma equipe multinacional de brasileiros, argentinos e franceses instalados no Latin America Tech Center, o centro de pesquisa, desenvolvimento e design da PSA Peugeot Citroën na região. Segundo a empresa, as cerca de 200 pessoas envolvidas dedicaram 16 mil horas ao projeto. Foram desenvolvidas mais de 190 novas peças em conjunto com 42 fornecedores. O carro tem índice de reciclabilidade de aproximadamente 95% e agrega 27 kg de materiais verdes, como carpetes feitos de PET reciclado e revestimentos feitos com fibras naturais.

O Aircross chega à linha de produção que vem passando por uma série de modernizações, mais fortemente no último ano, com enxugamento de estoques e revisão de processos para aumentar produtividade e qualidade. Entre as melhorias foram adotadas barreiras de qualidade em alguns pontos-chave da linha, com o objetivo de não deixar passar adiante nenhum problema de fabricação. Com o aperfeiçoamento, a planta de Porto Real subiu da oitava para a quinta posição no ranking de qualidade das 18 fábricas de veículos do grupo PSA no mundo.

Os 10 carros mais vendidos de outubro de 2015

11.131 unidades

1º Chevrolet Onix

11.131 unidades

 

9.748 unidades

2º Hyundai HB20

9.748 unidades

 

8.128 unidades

3º Fiat Palio

8.128 unidades

 

6.581 unidades

4º Volkswagen Gol

6.581 unidades

 

6.279 unidades

5º Chevrolet Prisma

6.279 unidades

 

6.052 unidades

6º Fiat Strada

6.052 unidades

 

5.580 unidades

7º Ford Ka

5.580 unidades

 

5.676 unidades

8º Volkswagen Fox

5.676 unidades

 

5.632 unidades

9º Toyota Corolla

5.632 unidades

 

5.623 unidades

10º Jeep Renegade

5.623 unidades

Três líderes perdem mais participação

Fiat, GM e VW cedem quase 8 pontos de market share em 2015

PEDRO KUTNEY, AB

O mercado de veículos leves vem sendo marcado este ano por perda de participação sem precedentes nas vendas das três fabricantes líderes. Somados os emplacamentos de automóveis e comerciais leves entre janeiro e setembro, Fiat, General Motors e Volkswagen perderam juntas 7,82 pontos porcentuais de market share em comparação com o mesmo período de 2014, fazendo seu domínio baixar de 56,6% para 48,6% de um ano para outro. As três também foram as que registraram as maiores quedas nos negócios, bastante superiores ao recuo médio das vendas nos três trimestres de 2015.

Das dez marcas mais vendidas no País de janeiro a setembro, apenas uma, a Honda, registrou crescimento, as outras nove apresentaram variação negativa nas vendas e quatro delas registraram retração acima da média do mercado, de 21,7% na comparação com os mesmos nove meses do ano passado. Na briga pelo market share, dentro da lista dos dez primeiros do ranking só as três grandes perderam pontos porcentuais, que foram captados pelas seis marcas imediatamente abaixo, sendo que a décima, a Mitsubishi, praticamente não saiu do lugar.

A Fiat continua a liderar o mercado brasileiro de veículos leves, mas sem renovações de produtos foi também a que mais perdeu terreno. Suas vendas em nove meses recuaram 33,6% na comparação com o mesmo período de 2014 e no mesmo período a marca italiana perdeu 3,26 pontos porcentuais de mercado, descendo a 18,2% – pela primeira vez abaixo dos 20%.

Também sem grandes renovações de produtos, a GM ainda consegue se manter na segunda posição do ranking, foi a que menos perdeu das três grandes, mas mesmo assim o tombo foi grande, acima da média do mercado. As vendas de janeiro a setembro caíram 30,8% e a marca Chevrolet perdeu dois pontos de participação no período, para 15,3%.

Com 15% de market share, a Volkswagen vem logo atrás, mas perdeu mais este ano, entregando 2,5 pontos porcentuais de participação. A queda nas vendas em nove meses, de quase 33%, foi a segunda maior entre as dez marcas mais procuradas. A perda da liderança de mais de duas décadas do Gol, que não conseguiu ser compensada pelo Fox nem pelo Up!, tem custado caro à VW este ano.

MELHOR NO ANDAR DE BAIXO

Com oferta de produtos mais modernos e melhor equipados, as marcas que se encontram do quarto ao nono lugares no ranking da 10 mais procuradas conseguiram ganhar terreno, apresentando desempenho bem melhor do que a média do mercado. É o caso da Ford, na quarta colocação, que com a boa aceitação do Ka (quarto carro mais vendido do País entre janeiro e setembro), conquistou 1,7 ponto porcentual de market share, para 10,7% – a segunda melhor performance nesses nove meses. As vendas da Ford caíram 7% no período, bem menos que o mercado total.

Apesar do recuo nos emplacamentos de janeiro a setembro de 10,3% na comparação com o mesmo intervalo de 2014, a Hyundai conseguiu este ano consolidar-se na quinta posição do ranking, tirando o lugar que há anos era da Renault. Graças ao sucesso continuado do compacto HB20 durante três anos desde a sua introdução no Brasil, marca coreana conseguiu mais 1 ponto porcentual de market share este ano, que subiu para respeitáveis 8%. Com o lançamento, em outubro, da versão renovada do HB20, espera-se que a Hyundai fortaleça ainda mais sua posição nos próximos meses.

A Renault renovou toda a sua linha brasileira de produtos nos últimos dois anos, mas ao que parece a oferta de modelos espartanos não encontra mais tantos clientes em época de mercado retraído. A marca francesa teve importante retração de quase 20% em suas vendas de janeiro a setembro em relação aos mesmos meses de 2014, desceu do quinto para o sexto lugar do ranking e com isso sua participação de mercado ficou praticamente estacionada, com leve ganho de 0,17 ponto, para 7,2%.

A Toyota segue ancorada na sétima colocação com descoberta da boa qualidade do Etios por parte do consumidor brasileiro de menor renda, algo que o comprador mais abonado do Corolla já sabia. Com as duas linhas de produtos bem vendidas, a marca japonesa vem conseguindo passar pela crise de forma bem mais suave. As vendas de nove meses caíram 2,5% – o que no cenário de quedas acima de 20% pode ser considerado uma vitória. A Toyota conquistou este ano mais 1,4 ponto porcentual de market share, agora de 7%.

A também japonesa Honda vem logo abaixo, em oitavo lugar no ranking, mas seu desempenho relativo é o melhor de todos. Foi a única marca entre as 10 mais vendidas a apresentar crescimento dos emplacamentos, e bastante vistoso, de 17,4% em relação aos mesmos nove meses do ano passado. Graças às vendas meteóricas do HR-V lançado este ano e já o 14º mais vendido do País, a Honda foi a que mais ganhou participação de mercado, somando quase 2 pontos para si e fechando os três primeiros trimestres do ano com domínio de quase 6%.

Iniciando a lista dos que vendem menos de 100 mil veículos por ano, a Nissan segue na nona posição do ranking. Os 46,4 mil emplacamentos da marca de janeiro a setembro significaram queda de 6,2% diante do mesmo período de 2014. O carro de maior volume da marca, o compacto March fabricado no Brasil desde o ano passado, ainda não conseguiu atrair a atenção dos clientes brasileiros e este ano figura apenas como 29º carro mais vendido do País. Ainda assim, a Nissan conseguiu ganhar 0,41 ponto porcentual de share e ao fim de nove meses de 2015 tem quase 2,5% de participação nas vendas nacionais.

Sem novidades, a Mitsubishi fecha o ranking das 10 marcas mais vendidas com participação de 1,7% no mercado nacional, levemente abaixo do 1,8% registrado há um ano. A marca também teve retração das vendas acima da média de mercado, com queda de 25,2%.

Chama a atenção também a movimentação que ocorre logo abaixo do ranking das 10 mais vendidas. Com a decolagem das vendas do Renegade, lançado há poucos meses e já o décimo carro mais vendido do País em setembro, a Jeep também decolou com crescimento de 1.163% nas vendas somadas em nove meses deste ano contra os mesmos de 2014. A marca ganhou pouco mais de 1 ponto porcentual de market share de um ano para outro e agora tem 1,21% e figura como 12ª mais vendida. O Renegade sozinho representa 90% das 22,7 mil unidades emplacadas em três trimestres.

Com isso, a Jeep passou até a Peugeot, com fabricação nacional há mais de uma década, que desceu outro degrau no ranking, agora na 13ª posição, com perda adicional de 0,25 ponto de participação, para apenas 1%, e queda nas vendas de 36,4% entre janeiro e setembro. No mesmo período, a Citroën, sócia no Grupo PSA, teve retração ainda maior de emplacamentos, de 43,4%, e perdeu quase meio ponto de market share, para 1,26%, mas ainda conseguiu se segurar como 11ª mais emplacada.

Destaca-se também a ascensão da Mercedes-Benz da 15ª para a 14ª posição do ranking de emplacamentos de veículos leves, com crescimento este ano de 44,4% nas vendas comparativamente a janeiro-setembro de 2014. A marca quase dobrou sua participação de mercado, de 0,42% há um ano para 0,78% agora. O resultado é devido principalmente à linha de automóveis, responsáveis por 86% dos negócios no segmento (o resto são as vans Sprinter), liderados pelo Classe C, que sozinho respondeu no período por 35% dos licenciamentos.

Prejudicada pela falta de projeto de fabricação nacional e duramente atingida pela sobretaxação aos veículos importados em conjunto com a alta do dólar, a Kia continua perdendo terreno e no período janeiro-setembro desceu para a 15ª colocação entre as marcas mais vendidas no País – há um ano figurava na 13ª posição e em 2012 chegou a ficar em 11º lugar. Nos nove meses de 2015 as vendas da Kia retroagiram 28,7%, mas a participação de mercado praticamente não saiu do lugar, em torno de 0,7%.

BMW é premiada na Alemanha por fábrica no Brasil

Associação alemã DPEA premiou projeto de construção da planta de Araquari

REDAÇÃO AB

A Associação Alemã de Gestão de Projetos (DPEA, na sigla em alemão) premiou a BMW por sua fábrica no Brasil, inaugurada há pouco mais de um ano em Araquari (SC). A fabricante recebeu esta semana em Nuremberg, Alemanha, o German Project Excellence Award pelo gerenciamento do projeto de construção da planta, realizado em apenas 10 meses, tempo recorde dentro do BMW Group.

Com área total de 1,5 milhão de metros quadrados e 500 mil metros quadrados pavimentados, a fábrica da BMW no Brasil é a trigésima do grupo no mundo. Com investimento de mais de R$ 800 milhões, a unidade em Araquari tem capacidade para produzir até 32 mil carros por ano, com áreas de soldagem de carrocerias, pintura e montagem final (as partes estampadas vêm da Alemanha). Já estão sendo montados os cinco modelos prometidos pela fabricante quando anunciou a construção da planta: BMW Série 1, Série 3, X1, X3 e o Mini Countryman, que entrou em linha há menos de um mês (leia aqui).

O DPEA premia a excelência no gerenciamento de projetos de diferentes partes do mundo. Este ano foram avaliadas 120 iniciativas, com base em nove critérios, entre os quais estão Objetivos e Estratégia, Parcerias e Recursos, Métodos e Processos e Resultados Alcançados. O Prêmio da BMW foi recebido por Georg Zeller, gerente sênior responsável pelo projeto de construção e instalação da fábrica em Araquari, juntamente com os parceiros da empreitada, Emerson Edel, diretor de operações da Perville, Marcelo Hack, presidente da Perville, Jonas Tilp, diretor comercial da Perville, e Maurício Camargo, diretor da Concremat.

Mercedes-Benz B200, um automóvel familiar com receita clássica

A linha 2015 do Mercedes-Benz B 200 ganhou uma atualização visual e continua sendo a melhor opção da marca para transportar sua família

 

O fato de o Classe B ser um dos raros Mercedes sem versão esportiva AMG já diz muito sobre ele. Afinal, com a mutação do Classe A de minivan para hatch, restou a ele o papel de “familiar” da marca. Claro que ML e outros também servem à família, mas o B 200 é o mais focado nisso – e também o mais acessível, vendido por R$ 128.900.

Na linha 2015, o Classe B ganhou leves alterações externas – grade maior com dois filetes, novos para-choques e luzes diurnas – e novidades internas como a central multimídia com tela maior (7”), os instrumentos redesenhados e a iluminação ambiente laranja. Já na lista de série, além do básico, há airbags extras, faróis automáticos, bancos de couro e, ainda, itens sofisticados como banco do motorista com ajuste elétrico e estacionamento automático. Faltam, porém, ar-condicionado automático, retrovisor eletrocrômico e faróis de xenônio.

Se o design não emociona e a posição de dirigir é de minivan, sentada como numa cadeira, é no cotidiano que o B 200 conquista. O porta-malas é generoso, o freio de estacionamento é automático, há start-stop e sistema auto-hold para rampas (para acionar, basta apertar forte o pedal do freio). Além disso, o espaço traseiro é amplo e, além do isofix, há booster embutido e um dispositivo que evita que o cinto passe no pescoço da criança.

Ao volante, o câmbio automatizado é suave e rápido e o motor 1.6 turbinado, agora flex, está sempre disposto, parecendo até maior – não falta força em ultrapassagens e retomadas. A 120 km/h, o conta-giros marca 2.400 rpm, o silêncio na cabine é absoluto e o consumo fica na faixa de 14 km/l. Além disso, a direção elétrica tem ótima calibração e retorno exemplar, as suspensões são muito eficientes e os freios, bastante progressivos.

Seu maior rival no Brasil hoje é o BMW Série 2 Active Tourer, mas ele está sendo vendido só em versão 2.0 turbo de 234 cv e com acerto esportivo demais, que não combina com a proposta. Você também pode, pelo mesmo valor, levar um crossover “da moda”. Mas nenhum deles vai tratar tão bem sua família. Porque as melhores receitas para um carro familiar ainda são as mais clássicas: perua ou minivan.

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Ficha técnica:

Mercedes-Benz B 200

Preço oficial: R$ 128.900
Motor: 4 cilindros em linha, 16V, duplo comando variável, turbo, injeção direta
Cilindrada: 1595 cm3
Combustível: flex
Potência: 156 cv a 5.300 rpm (g/e)
Torque: 25,5 kgfm de 1.250 a 4.000 rpm (g/e)
Câmbio: automatizado, sete marchas, dupla embreagem
Tração: dianteira
Direção: elétrica
Dimensões: 4,393 m (c), 1,786 m (l), 1,558 m (a)
Entre-eixos: 2,699 m
Pneus: 225/40 R18
Porta-malas: 488 a 1.547 litros
Tanque: 56 litros
Peso: 1.425 kg
0-100 km/h: 8s4
Vel. máxima: 200 km/h
Consumo cidade: 9,2 km/l (g) – n/d (e)
Consumo estrada: 13 km/l (g) – n/d (e)
Emissão de CO2: 129 g/km
Nota do Inmetro: C
Classificação na categoria: E (Médio)

AVALIAÇÃO
Motor
Câmbio
Desempenho
Consumo
Segurança
Equipamentos
Multimídia
Conforto
Porta-malas
Prazer ao dirigir

Honda adia produção da nova fábrica

Planta da marca em Itirapina (SP), que deveria operar a partir de 2016, segue “congelada” por tempo indeterminado

03/11/2015 – Redação / Foto: iCarros / Fonte: iCarros

Na última semana, a Honda anunciou que o início das operações da fábrica da marca em Itirapina (SP) foi suspenso por tempo indeterminado – previsão original indicava que a nova planta ficasse pronta ainda neste ano, com início da produção do Fitagendada para 2016.Segundo o novo cronograma, as operações em Itirapina só terão início quando “houver melhor previsibilidade do mercado” e que a nova data para o início das produções será definida de acordo com a evolução do mercado.

A Honda afirma que, apesar do “congelamento” nos planos de produção em massa, os investimentos previstos para o projeto da segunda fábrica da marca no País estão mantidos. Vale lembrar que a fábrica de Sumaré (SP) completou 18 anos em outubro e em mais deste ano trabalhava com hora-extra de 1h40 para atender a demanda do mercado.

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