Presidente internacional da Foton confirma produção local de vans e SUVs

Presidente internacional da Foton confirma produção local de vans e SUVs

Executivo visita o Brasil para discutir os próximos passos da expansão da empresa

Fonte: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23792/presidente-internacional-da-foton-confirma-producao-local-de-vans-e-suvs

REDAÇÃO AB

Delegação chinesa da Foton confirma produção local de vans e SUVs a José Ivo Sartori, governador do Rio Grande do Sul
A operação brasileira da Foton Caminhões recebe a visita de um time de executivos da companhia na China, incluindo o presidente internacional da companhia, Chang Rui. A visita, que começou em 11 de abril e vai até a sexta-feira, 15, tem como objetivo acompanhar a evolução local dos negócios e definir os próximos passos do plano de expansão da empresa na América Latina. O líder global aproveitou para confirmar o plano de montar localmente as linhas de vans e de SUVs da marca.

O anúncio foi feito em reunião com o governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, no último dia 12, mas sem detalhar os prazos e investimento. A intenção é aproveitar a planta que já está em construção em Guaíba, no mesmo estado, para a montagem de caminhões. O empreendimento deve ser ampliado para receber as novas linhas de montagem, com aporte adicional aos R$ 250 milhões já anunciados.

O plano de fazer localmente vans e utilitários esportivos da Foton já havia sido adiantado por Luiz Carlos Mendonça de Barros, presidente do conselho da companhia no Brasil (leia aqui). “Estimamos que sejam necessários R$ 200 milhões para localizar a produção e adaptar os veículos ao gosto brasileiro”, disse em março deste ano. “Nós já recebemos os primeiros modelos para teste no Brasil. Faremos um trabalho de engenharia para adaptar às necessidades locais e acreditamos que dentro de dois anos eles já poderão ser feitos aqui”, contou na época.

AGENDA CHEIA

Além de confirmar a expansão da operação no Brasil, Chang Rui teria aproveitado a visita para conhecer as obras da fábrica em Guaíba, a planta da Agrale, que montará os caminhões da marca até que a unidade própria fique pronta, ir até a Gabardo, empresa responsável pela logística de distribuição dos veículos da Foton localmente, e ver de perto uma concessionária da marca, a Bormana, em Porto Alegre.

Segundo a empresa, o executivo declarou estar plenamente satisfeito com a evolução da operação nacional, que representa grande passo para a internacionalização da companhia. A delegação chinesa teve ainda na programação visitas aos fornecedores escolhidos para a montagem local de caminhões: Dana, Cummins, Maxion, ZF e Flamma, além dos bancos Itaú e BBM.

É o Fiat Mobi, mas pode chamar de Uninho

É o Fiat Mobi, mas pode chamar de Uninho

Preços do novo carro de entrada da marca vão de R$ 31.900 a R$ 43.800

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23795/e-o-fiat-mobi-mas-pode-chamar-de-uninho

PEDRO KUTNEY, AB

A Fiat preencheu novamente o espaço deixado pelo Mille desde 2014 na parte inferior de seu portfólio, mas de forma inversa. Enquanto o Mille era a geração anterior do novo Uno que chegou em 2010 e continuou a conviver com o irmão mais velho, o agora lançado Mobi é uma espécie de Uninho – se fosse uma edificação, poderia ser chamado também de “puxadinho” –, que deriva de seu irmão maior com grau de atualização muito parecido. Apesar do design diferente e das dimensões levemente menores, o Mobi compartilha quase toda a base mecânica com o Uno, usa a mesma plataforma e o mesmo conjunto de câmbio e motor flex 1.0 8V de 73/75 cv. O painel de instrumentos também é igual.

As semelhanças não são só de projeto, mas também de mercado. O Mobi, com seis versões versões que variam de R$ 31,9 mil a R$ 43,8 mil, trafega nas mesmas faixas de preço das quatro opções de quatro portas do Uno 1.0, de R$ 32,3 mil a R$ 40,1 mil. No topo da tabela, o carrinho chega a ser até pouco mais caro do que a primeira versão do Uno com motor 1.4, que começa em R$ 43,2 mil. Ainda assim, a Fiat aposta que o Mobi torne-se rapidamente o seu campeão de vendas, com expectativa de 7 mil emplacamentos por mês, de 60 mil a 65 mil este ano, superando o ritmo atual de Palio e Uno.

“O Mobi vem se somar aos nossos carros de volume e esperamos que divida o mesmo território do Uno como conceito de carro urbano funcional, mas a expectativa é que traga mais vendas do que canibalizar o mercado dos outros modelos. O Mobi deverá ser o novo líder de vendas da Fiat e ajudará a reconquistar a liderança do mercado brasileiro este ano (no primeiro trimestre perdida para a GM)”, afirma Carlos Eugênio Dutra, diretor de desenvolvimento de produto da FCA, a Fiat Chrysler Automobiles.

Se não tem grandes avanços a mostrar na concepção do carro, a Fiat já mostrou que investe pesado no marketing para construir “o valor da simplicidade” em torno do carro, a começar pela assinatura da publicidade oficial: “O novo jeito de se mover pela cidade”, que na sequência do texto admite que “não é um carro novo, é um novo conceito de se movimentar” – como se houvesse de fato alguma novidade em ligar um carro e sair dirigindo pelas ruas. Para construir uma imagem “descolada”, além das inserções publicitárias tradicionais, a Fiat também já canalizou fartos recursos para comprar a opinião à venda de blogueiros, pagar a presença de famosos em eventos de lançamento e vai promover festas, chamadas de Mobi Party, em diversas cidades brasileiras.

INVESTIMENTO PARA AGREGAR VALOR


No interior do Mobi, acabamento é simples, mas de boa qualidade. O quadro de instrumentos com computador de bordo é igual ao do Uno. A Fiat vai oferecer como opcional nas versões Like e Way o Fiat Live On, conjunto de aplicativo e doca para o smartphone no centro do painel (embaixo à esquerda na foto acima), que transforma o aparelho em uma central multimídia conectada ao carro.

Impulso adicional ao aumento da produção do Mobi em Betim (MG) deverá vir das exportações para toda a América Latina, incluindo o México, que devem começar em escala crescente nos próximos meses e a Fiat estima que poderão representar até 30% das vendas do modelos. “Muito além de ser mais um hatch em nossa linha, o Mobi traz valor ao portfólio e aumenta nossas possibilidades de exportação. O carro é mais um fruto da engenharia nacional da FCA, uma das poucas fabricantes no Brasil com tamanha capacidade de localização, com design e desenvolvimento próprios, independente da matriz no exterior”, afirma Stefan Ketter, presidente da FCA América Latina. Segundo ele, o investimento total feito no projeto do Mobi foi de R$ 1,3 bilhão ao longo dos dois últimos anos.

Ketter nega enfaticamente que o lançamento do carro tenha sido adiantado com o objetivo de estancar a perda de participação de mercado que a Fiat vem enfrentando. Era esperado que o Mobi fosse lançado com um novo motor três-cilindros, que só deve ficar pronto no segundo semestre deste ano. “Muito pelo contrário, nós atrasamos o lançamento contra as expectativas da companhia, porque queríamos fazer mais ajustes no projeto. Desde o início o modelo foi projetado para usar o motor 1.0 de quatro cilindros atual”, assegura o executivo.

Apesar do envelhecimento do motor 1.0 da Fiat, Dutra destaca que ele segue sendo uma solução econômica para o Mobi, que dependendo da versão é em torno de 60 a 70 quilos mais leve do que o Uno. “Muitas vezes o motor corresponde só à metade do consumo energético do carro, é preciso levar em consideração outros fatores como peso, pneus e aerodinâmica”, explica. O Mobi ganhou selo A no Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular do Inmetro, com consumo urbano medido de 8,4 km/l (etanol) e 11,9 km/l (gasolina), e na estrada de 9,2 e 13,3 km/l, respectivamente. Os números são melhores do que os já obtidos pelo Uno com a mesma motorização.

Comparado com a concorrência, o acabamento do Mobi, embora simples, é bastante aceitável, não chega a ser indigente como em algumas outras marcas. Para uso urbano o carrinho é ágil e oferece condução confortável e suave, com embreagem leve e trocas macias de marcha. É um modelo ideal para um casal. Com entre-eixos de 2,3 metros, 7 centímetros mais curto do que o Uno, o espaço para pernas no banco traseiro é exíguo. O porta-malas de 215 litros (ou 235 se o banco traseiro for colocado mais adiante) é bastante apertado, ainda menor do que os 280/290 litros oferecidos no Uno, mas uma divisória no fundo ajuda a dividir melhor as compras. Para quem não levar passageiros atrás, é possível rebater total ou parcialmente o banco bipartido em um terço e dois terços, e assim dá para acomodar mais bagagens.

Por fora, os designers da Fiat trataram de conferir traços robustos e marcantes ao Mobi, com faróis e lanternas grandes, além de uma grade dianteira sisuda, tudo com o objetivo de fazer o carro maior do que ele realmente é – e assim talvez desviar da aversão do consumidor brasileiro aos modelos subcompactos. Na traseira, a tampa do porta-malas de vidro temperado preto é uma novidade no Brasil – o Volkswagen Up! usa solução parecida na Europa mas para o mercado brasileiro foi adotada a tampa de aço.

PREÇOS


A versão aventureira Way e Way On do Mobi tem suspensão elevada e itens exclusivos, como rodas e a inscrição na tampa do porta-malas.

Para Dutra, a expectativa criada pela imprensa de que o novo carro teria preço de entrada abaixo de R$ 30 mil não deverá frustrar o consumidor. “Esse valor mais baixo poderia fazer algum sentido um ano atrás, não agora com a elvação dos custos”, diz. “Mesmo no caso do nosso carro mais barato, o Palio Fire (que representa 50% das vendas da linha Palio e vai continuar em inha), a versão mais barata não é a mais vendida. O consumidor entende que é mais vantajoso agregar valor e conforto ao produto que está comprando. A estratégia de focar esforços no que é mais barato está ultrapassada. Não queremos mais ser conhecidos como a marca mais barata, mas a que agrega mais valor”, completa.

Nesse sentido, a expectativa é que menos de 10% das vendas do Mobi sejam da espartana versão mais barata, a Easy. Logo acima, a Easy On deve obter de 10% a 15% da demanda. O grosso dos emplacamentos, 55%, deverá se concentrar nas versões intermediárias Like e Like On. A roupagem aventureira Way e Way On ficam com os 20% a 25% restantes.

Colocado à venda em seis versões a partir do próximo sábado, 16, o Mobi mais barato segue o antigo nível de baixo conteúdo praticado em carros de entrada no mercado brasileiro. O Easy (R$ 31,9 mil) vem pelado, com direção mecânica e sequer tem conta-giros no painel de instrumentos. Na sequência, o Easy On (R$ 35,8 mil) tem ar-condicionado, direção hidráulica, regulagem de altura do volante e rodas aro 14. Não há opcionais.

O Mobi Like (R$ 37,9 mil) tem o mesmo conteúdo do Easy On mais vidros e travas com acionamento elétrico, preparação para instalação de som, computador de bordo, chave telecomando, limpador e desembaçador traseiro, maçanetas e retrovisores na cor da carroceria, abertura interna para tampa de e do porta-malas. O Like On (R$ 42,3 mil), sem opcionais, acrescenta rodas de liga leve de 14 polegadas, faróis de neblina, regulagem de altura do banco do motorista, retrovisores elétricos que abaixam sozinhos ao engatar a ré, sensor de estacionamento, tecidos diferenciados nos bancos, alarme e rádio com comandos no volante.

A versão com visual “aventureiro” Way (R$ 39,3 mil) traz todos os itens da Like e acrescenta barras longitudinais de teto, para-choques exclusivos e molduras nas caixas das rodas, além de suspensões mais elevadas. Assim como na versão Like, também é opcional o sistema de som. O topo de linha é o Mobi Way On (R$ 43,8 mil), com o mesmo conteúdo do Like On e o visual do Way, mas com rodas de liga leve 14” diferenciadas e o console de teto com porta-objetos e espelho adicional.

A partir de junho, ainda sem preço definido, a Fiat vai oferecer como opcional nas versões Like e Way o Fiat Live On, conjunto de aplicativo e doca para o smartphone no centro do painel, que transforma o aparelho em uma central multimídia conectada ao carro, com controles no próprio celular e no volante multifuncional. A funcionalidade permite atender e fazer chamadas telefônicas, tocar músicas gravadas ou por streaming, rádio FM, informações sobre calendário, horário e clima, além de rodar qualquer programa de navegação como Waze ou Google Maps.


As versões Like e Like On do Mobi deverão ser as mais vendidas, com participação de 55% do mix, segundo estima a Fiat.

O proprietário de um Mobi também poderá equipar o carro com os acessórios Mopar na rede de concessionárias Fiat. São mais de 40 itens, como retrovisor com câmera de ré, alarme, central multimídia, protetor solar de para-brisa, porta-óculos, pedaleira esportiva, bagageiro de teto tubular, rede elástica para porta-malas, par de bolsas expansíveis, kit malas, capa de tecido toalha para bancos, capa para transporte de animais e cinta para prancha de surf, entre outros.

O Mobi tem garantia total de fábrica de três anos e o comprador poderá optar por pacotes de revisões programadas no momento da aquisição, podendo diluir os valores, se desejar, nas parcelas do financiamento. Também será oferecida garantia estendida de 12 ou 24 meses.

Nissan Versa com câmbio automático chega em junho

Nissan Versa com câmbio automático chega em junho

March será o próximo com a opção de transmissão CVT

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23773/nissan-versa-com-cambio-automatico-chega-em-junho

REDAÇÃO AB

Nissan adianta detalhe do câmbio automático do Versa que será lançado em junho
Com algum atraso, a Nissan finalmente anuncia o Versa com opção de câmbio automático CVT, cujo lançamento no mercado brasileiro está marcado para junho. A confirmação foi anunciada pela montadora de forma bastante sutil, em comunicado divulgado na terça-feira, 12, mas desta vez, a informação estava na foto: uma manopla de câmbio automático cujo arquivo denominado Nissan Versa CVT adianta a novidade. A imagem acompanha a nota de apenas uma linha com os dizeres: “A Nissan trará inovação ao segmento de compactos com o lançamento de uma nova opção de transmissão. Em junho.”

A novidade era esperada desde o ano passado: em meados de agosto de 2015, o vice-presidente de vendas e marketing da Nissan do Brasil, Ronaldo Znidarsis, previu a chegada do CVT tanto no Versa quanto no March no fim daquele ano (leia aqui).

Embora não haja qualquer outra informação do CVT para o March, a opção automática do compacto também deve chegar em breve, embora o sedã tenha maior apelo para este tipo de transmissão. A última versão renovada do Sentra lançada em junho do ano passado já possui a opção de câmbio CVT de série a partir da versão intermediária (leia aqui).

O CVT (Continuously Variable Transmission) oferece relações de marcha continuamente variáveis, o que é possível porque esta tecnologia não possui engrenagens, característica que a difere de uma transmissão automática tradicional. Apesar disso, o CVT responde mais lentamente quando comparado a um câmbio tradicional de dupla embreagem e é mais barato.

Enquanto mercado encolheu, vendas da Toyota cresceram 1%

Enquanto mercado encolheu, vendas da Toyota cresceram 1%

Com 41,4 mil carros vendidos, marca alcançou 8,6% de participação

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23769/enquanto-mercado-encolheu-vendas-da-toyota-cresceram-1

REDAÇÃO AB

A Toyota seguiu na direção oposta do total do mercado e conseguiu ampliar em 1% suas vendas no Brasil no primeiro trimestre do ano, para 41,4 mil unidades. O aumento porcentual é pequeno, mas expressivo se considerada a queda de 28,6% do mercado de forma geral, para 481,3 mil emplacamentos. Com o resultado, a montadora alcançou 8,6% de participação nas vendas.

O volume também garantiu à Toyota a quinta posição no ranking das maiores fabricantes de veículos do Brasil, atrás da General Motors, Fiat, Volkswagen, Hyundai e na frente da Ford, que ocupou a sexta colocação no primeiro trimestre do ano. O modelo da marca japonesa mais negociado foi o Etios, com 14,9 mil unidades entre as versões hatchback e sedã, com crescimento de 12% na comparação com o resultado de igual intervalo de 2015.

A demanda pelo Corolla também cresceu. Houve expansão de 4% para 15,2 mil unidades, o que garantiu ao automóvel a liderança do segmento de sedãs médios. Os negócios da empresa foram complementados pelos emplacamentos da Hilux, que somou 8,5 mil, e pela SW4, que teve nova geração lançada recentemente. Foram vendidas 2 mil unidades do modelo.

Mercosul e UE se encontrarão em maio para negociar livre comércio

Mercosul e UE se encontrarão em maio para negociar livre comércio

Representantes farão propostas e especificações visando abertura comercial

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23767/mercosul-e-ue-se-encontrarao-em-maio-para-negociar-livre-comercio

REDAÇÃO AB

Está marcada para a segunda semana de maio em data ainda a ser definida o encontro entre os representantes do Mercosul e da União Europeia (UE)para as negociações de acesso ao mercado com vistas ao acordo de livre comércio entre os blocos. A previsão foi anunciada na última sexta-feira, 8, pela comissária de comércio da UE, Cecilia Malmström, e o ministro das relações exteriores do Uruguai, Rodolfo Nin Novoa, cujo país exerce a presidência na representação do Mercosul. Eles acertaram também um calendário de reuniões ao longo do ano.

Em comunicado divulgado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), as equipes farão suas propostas de ofertas de acesso a mercado, especificando as formas de aumentar a abertura comercial mútua de bens e serviços, incluindo compras governamentais. O objetivo é negociar um acordo de comércio global, reduzindo impostos alfandegários, removendo barreiras ao comércio de serviços e aprimorar as regras relacionadas a compras governamentais, procedimentos alfandegários, barreiras técnicas ao comércio e proteção à propriedade intelectual.

“Esta é uma agenda prioritária para o Brasil. Estamos reposicionando nossa política comercial, e a principal iniciativa reside na conclusão do acordo Mercosul e a União Europeia. A perspectiva do acordo preferencial de comércio entre os dois blocos oferece excelentes oportunidades. Temos a compreensão que esse passo será essencial para o nosso processo de inserção mais qualificada nas cadeias globais de valor e para uma integração mais efetiva às correntes de comércio internacionais”, afirmou em nota o ministro do MDIC, Armando Monteiro.

“A Europa tem forte laços econômicos e políticos com a América Latina. A melhora das condições de comércio entre a UE e os países do Mercosul trará importantes ganhos econômicos para todos os países. Os dois lados estão comprometidos, então eu acredito que a troca de ofertas permitirá que encerremos com sucesso essa longa negociação”, declarou Cecilia em nota.

HISTÓRICO

As negociações entre a UE e o Mercosul se iniciaram em 1999. Após uma troca de ofertas malsucedida em 2004, elas foram interrompidas por seis anos. Desde a retomada das conversas, em 2010, nove rodadas de negociação foram realizadas prevendo uma nova troca de ofertas, o que ainda não aconteceu.

Em janeiro de 2015, em reunião com o com o embaixador da Bélgica no Brasil, Josef Smets, o ministro do MDIC reafirmou que a posição do governo brasileiro era a de avançar nas negociações do acordo comercial entre os dois blocos. “Conseguimos evoluir no Mercosul, com convergência entre os países-membros, e estamos prontos para avançar com a apresentação de uma oferta para concluir as negociações. Hoje, esta é uma posição de governo no Brasil. Aguardamos também uma oferta da União Europeia para prosseguir. Fechar este acordo irá fortalecer o Mercosul”, disse na ocasião.

Em junho do ano passado, Monteiro foi a Bruxelas onde se reuniu com a comissária europeia Cecilia e com demais representantes do Mercosul. Em comunicado conjunto divulgado à época, Mercosul e UE reafirmaram a “importância de aprofundar e ampliar a relação entre os dois blocos e, para esse fim, realizaram uma troca franca e aberta de pontos de vista sobre o estado das negociações para um acordo de associação ambicioso, abrangente e equilibrado”.

Já em agosto do mesmo ano, o ministro participou da reunião da presidente Dilma Rousseff com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, no Palácio do Planalto, em Brasília. Na ocasião, Monteiro avaliou que a conclusão do acordo Mercosul-União Europeia dependia, fundamentalmente, do Brasil e da Alemanha. “Pela importância da Alemanha e, sobretudo, pelo iminente acordo, ou pelo menos o início da troca de ofertas com a União Europeia, eu diria que esse acordo Mercosul-União Europeia depende fundamentalmente de dois parceiros, o Brasil, pelo protagonismo no Mercosul, e a Alemanha, pelo extraordinário peso que a economia alemã tem na União Europeia”, disse.

Em outubro, o tema foi tratado pelo ministro na reunião do Comitê Econômico e Comércio Conjunto entre Reino Unido e Brasil (Jetco) realizada em Londres. Os países trocaram impressões sobre as negociações comerciais e sobre as estratégias de exportação, além da pauta sobre a troca de ofertas entre Mercosul e União Europeia.

INTERCÂMBIO COMERCIAL

Em 2015, as exportações brasileiras para a União Europeia alcançaram a cifra de US$ 33,9 bilhões, 19,3% a menos que no ano anterior, quando esse valor foi de US$ 42 bilhões. Com isso a participação da UE nas exportações brasileiras caiu de 18,7% em 2014 para 17,8% em 2015. A pauta das exportações brasileiras para a UE é composta, principalmente por produtos básicos (48,3%). Os semimanufaturados representam 16,1% e os semimanufaturados, 35,1%.

Os principais produtos exportados para a EU em 2015 foram farelo de soja, com participação de 9,8% do total das exportações para o bloco; café em grãos (8,5%), minério de ferro (6,6%), soja em grãos (6,4%) e celulose (6,3%).

Na via contrária, as importações brasileiras da UE foram de US$ 36,6 bilhões em 2015, com queda de 21,6% sobre o valor importado em 2014, de US$46,7 bilhões. A participação da UE nas importações brasileiras elevou-se de 20,4% para 21,4%. No ano passado, o Brasil importou da UE principalmente manufaturados (95,2%), enquanto os semimanufaturados representaram 3,1% e os básicos 1,7%.

Os principais produtos importados da UE foram medicamentos p/ medicina humana e veterinária, com participação de 8,5% do total das compras brasileiras do bloco; autopeças (4,6%), compostos heterocíclicos (3,3%); inseticidas, formicidas e herbicidas (3%) e automóveis (2,8%).

Garantia da Ranger passa de 3 para 5 anos

Garantia da Ranger passa de 3 para 5 anos

Linha 2017 da picape Ford será a primeira do gênero com o benefício

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23730/garantia-da-ranger-passa-de-3-para-5-anos

REDAÇÃO AB

A Ford passou de três para cinco anos a garantia da Ranger na linha 2017, que será apresentada entre os dias 7 e 9 deste mês. Essa é a primeira picape a ter cinco anos de garantia no Brasil. Além do benefício extra, a caminhonete traz um novo plano de revisões com preço fixo. Como há apenas uma revisão a cada 12 meses ou 10 mil quilômetros durante os três primeiros anos, isso resulta em economia na comparação com o modelo anterior.

Segundo a Ford, na versão topo de linha 3.2 Diesel Limited a redução de custos de manutenção é de 34%. O plano com três revisões tem um custo total de R$ 2.464, assim dividido: aos 12 meses ou 10 mil km são R$ 648; aos 24 meses ou 20 mil km, R$ 808,00; e aos 36 meses ou 30 mil km, R$ 1.008.

Na opção 2.2 Diesel XLS a redução é ainda maior: 39%. Ainda de acordo com a montadora, a cesta básica de peças da Ranger 2017 chega a ser até 80% mais barata que a da concorrência, de acordo com levantamentos usados como referência no mercado.

Grupo VW investe na autonomia de pesados

Grupo VW investe na autonomia de pesados

MAN e Scania receberão total de € 500 milhões até o fim da década

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23727/grupo-vw-investe-na-autonomia-de-pesados

REDAÇÃO AB

No comboio, 2º e 3º caminhões são semiautônomos e repetem ações do 1º
O Grupo VW vai investir cerca de € 500 milhões até o fim da década em tecnologia autônoma para os veículos pesados das marcas MAN e Scania. O anúncio foi feito na segunda-feira, 4. A MAN está mostrando em Munique, na Alemanha, a viabilidade de um sistema em que um veículo pesado dirigido por uma pessoa é seguido em comboio por outros caminhões semiautônomos.

Os “brutos” se conectam pela transferência digital de dados. Dois ou mais veículos seguem um atrás do outro a uma distância de como dez metros ou o equivalente a meio segundo. O motorista do primeiro veículo define trajeto e velocidade. Os de trás repetem as ações. De acordo com a VW, essa interação permite redução de consumo e emissões em até 10%.

Chamado de “Desafio Europeu do Comboio de Caminhões”, a iniciativa foi proposta pelo governo holandês, que quer favorecer a condução autônoma. A Scania também entrou no programa, inicialmente com três veículos partindo da Suécia no fim de março. Os caminhões seguiram para a Dinamarca, depois Alemanha, Bélgica e Países Baixos.

No dia 4, a MAN iniciou seu comboio partindo de Munique com destino a Rotterdam. Ao lado de veículos de outros fabricantes europeus, eles chegarão em 6 de abril. “O desafio demonstra claramente o quanto o setor de transportes irá mudar. Os caminhões estarão totalmente conectados e isso vai aumentar a segurança e eficiência”, afirma o ministro alemão dos Transportes, Alexander Dobrindt.

No sistema adotado, os veículos do comboio estão conectados por uma “barra de tração eletrônica”. Os comandos de manobra são transmitidos diretamente de um caminhão para o outro. O de trás também pode enviar dados de volta ao da frente. A comunicação entre eles ocorre por uma conexão WLAN com frequência de 5,9 gigahertz.

Peugeot renova 208, mas mantém patamar de preços

Peugeot renova 208, mas mantém patamar de preços

Com motor 1.2, carro parte de R$ 48.190 e recebe título de mais econômico do Brasil

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23736/peugeot-renova-208-mas-mantem-patamar-de-precos

GIOVANNA RIATO, AB | De Fortaleza (CE)

Como parte do esforço para dar a volta por cima no mercado brasileiro, a Peugeot atualiza o 208. Apresentado pela montadora como hot hatch, o carro teve mudanças estéticas, ganhou novos equipamentos, mas a principal novidade é mesmo o motor PureTech 1.2 flex de três cilindros, que equipa algumas versões e leva a sério a tendência de downsizing, que prioriza potência e baixo consumo de combustível. Neste quesito o carro passa com louvor: a configuração garantiu ao modelo o título de automóvel mais econômico do Brasil na etiquetagem veicular do Inmetro (leia aqui).

A atualização foi apenas do veículo. Os preços começam exatamente no mesmo patamar, de R$ 48.190 na versão mais simples, a Active com câmbio manual e o novo motor 1.2 em substituição ao 1.5, que deixa de equipar a família 208 e, até que seja completamente substituído, permanece em outros carros da gama da PSA Peugeot Citroën. Serão oferecidas sete configurações do carro, com preços que chegam a R$ 78.990 na GT com motor 1.6 THP de 173 cv, que promete aceleração de zero a 100 km/h em 7,6 segundos. As versões intermediárias Active Pack, Allure com câmbio manual e Griffe, com transmissão automática, também permanecem com preços inalterados.

Desde a configuração mais simples, o 208 segue a estratégia da empresa de oferecer sempre bom nível de equipamentos. No caso, o modelo já vem de fábrica com itens como ar-condicionado, lanternas de LED, direção elétrica, volante com regulagem de altura e profundidade, além de vidros, travas e retrovisores elétricos. “Temos coerência no nosso posicionamento de marca. Nossos clientes esperam design e conforto”, destaca Ana Theresa Borsari, diretora geral da Peugeot no Brasil.

O visual do modelo está alinhado com o do vendido na Europa, com algumas adaptações para o mercado local. Internamente o carro recebeu o i-Cockpit, que traz o painel de instrumentos em posição elevada para que o condutor não desvie o olhar da pista, além de nova central multimídia. Os materiais de acabamento e tecidos dos bancos também foram renovados.

Segundo a Peugeot, o 208 é a opção mais em conta se for considerado o mesmo nível de equipamentos em concorrentes como o Ford New Fiesta, Hyundai HB20, Fiat Punto e Chevrolet Onix. O motor 1.2 que equipa o carro agora tem 90 cv de potência, três a menos do que o propulsor 1.5 oferecido na geração anterior. “Esta diferença é amplamente compensada pela economia de combustível que o cliente vai ter”, assegura Sergio Davico, gerente de produto da companhia. Nos testes do Inmetro, quando abastecido com gasolina, o modelo fez 15,1 quilômetros por litro em ciclo urbano e 16,9 km/l em estradas.

O motor 1.6 é oferecido a partir da versão Allure com câmbio automático de quatro marchas e preço sugerido de R$ 59.090. A opção mais completa, 208 GT, não existe na Europa e foi desenvolvida para o mercado brasileiro. Além da esportividade do motor, o carro traz itens como rodas de liga leve de 17 polegadas, aerofólio e controle de estabilidade.


Peugeot 208 versões Griffe (branco) e GT (vermelho)

MOTOR É PEÇA-CHAVE PARA O INOVAR-AUTO

Ana Theresa enfatiza que o objetivo da marca é ficar distante da imagem de carro popular. Para ela, o motor com menor cilindrada não afeta este plano. “A Peugeot deixou de oferecer motor 1.0 há mais de 15 anos, mas faz tempo que este tipo de propulsor não é mais sinônimo de carro popular. Conseguimos ótima performance com o propulsor 1.2 no 208”, garante.

O motor é uma aposta alta da empresa. Totalmente importado da França no atual patamar elevado do dólar, o propulsor pode tornar mais difícil para a marca manter a margem das vendas do 208. A decisão de trazer a novidade mesmo assim pode ter foco em melhorar a rentabilidade no futuro, garantindo boa performance de eficiência energética no Inovar-Auto. “O novo motor é peça-chave para que a gente alcance as metas do Inovar-Auto”, diz Carlos Gomes, o presidente do grupo na América Latina. A conferência dos resultados do programa acontece ainda neste ano e importar o propulsor pode ser a oportunidade que a PSA Peugeot Citroën encontrou para garantir performance melhor e, eventualmente, conquistar desconto adicional no IPI.

“Temos a produção local nos planos, mas só se o volume chegar perto de 100 mil unidades por ano e quando tivermos previsibilidade melhor do mercado brasileiro”, aponta Gomes. Ele admite que o propulsor será usado em outros modelos, o principal candidato a receber a motorização é o Citroën C3, mas por enquanto só no Brasil. “Na Argentina não tem Inovar-Auto, então não vamos levar o motor para lá.”


Peugeot 208: novo motor 1.2 flex de 3 cilindros e detalhe dos novos bancos e painel

PRODUTO ADEQUADO E ESTRUTURA PRONTA

Com as novidades, a Peugeot espera significativo aumento das vendas do 208. A previsão é de que o patamar atual de 750 a 800 unidades por mês suba para mil carros/mês. “Já temos bom resultado com o novo 2008, que supera a nossa previsão com nível de mil emplacamentos mensais”, compara Ana Theresa. Do volume esperado, 60% a 65% deve ser das versões equipadas com motor 1.2, 25% da configuração Griffe com motor 1.6 e 20% das outras opções com câmbio automático e da topo de linha GT.

A Peugeot não aposta apenas na oferta do novo produto para concretizar estes resultados. O lançamento do 208 é apoiado em ofensiva no pós-venda. O carro tem garantia de três anos e revisões a preço fixo. A empresa oferece ainda plano de fidelização dos clientes que já estão na marca. Eles terão acesso a condições especiais de financiamento, com juros subsidiados pela empresa, além de um bônus de R$ 3 mil, que pode ser usado como o cliente preferir, em desconto no valor do carro, serviços ou acessórios na concessionária. “Com isso, uma pessoa pode trocar seu 208 e sair de carro novo pagando a mesma parcela que pagava no modelo antigo”, diz Davico.

A reestruturação da rede de concessionárias, que acontece desde 2014, também deve impulsionar os negócios. A Peugeot inaugurou mais de 20 lojas nos últimos quatro meses e encerrou março com 103 revendas no Brasil, número que saltará para 126 casas até o fim do ano. “Não é só crescer em número, mas melhorar a oferta para o cliente, estar em regiões importantes. Começamos a nos readequar antes mesmo da crise e hoje estamos do tamanho exato para o mercado, com um modelo de negócio rentável para o nosso concessionário”, garante Ana Theresa.

Segundo ela, a linha de veículos oferecida pela marca no Brasil nunca foi tão atual quanto agora, o que soma mais um ponto a favor. Nas casas da marca a meta é conquistar o cliente ao volante, oferecendo test-drive para que ele sinta os atributos dos carros. “Aumentamos em quatro vezes a nossa frota para testes na rede”, conta a executiva.

A ofensiva na área comercial compõe o plano Acelera Peugeot, que envolve toda a rede de distribuição para melhorar a performance da marca. O esforço já rende resultados. Ana Theresa destaca que a empresa encerrou 2015 com 1,10% de participação no mercado brasileiro. O porcentual cresce gradativamente e alcançou 1,44% em março, segundo a executiva.

Ao enfatizar esta evolução, a marca deixa para trás o discurso de que estava em busca de lucratividade e não de market share e mostra disposição em recuperar ao menos parte da representatividade perdida no Brasil. Com isso, a nova estratégia da empresa indica que as duas coisas caminham juntas e que a Peugeot não está disposta a abrir mão de nenhuma delas.

Brasil pode voltar ao jogo em quatro anos

Brasil pode voltar ao jogo em quatro anos

Definição política tende a calibrar o mercado e trazer previsibilidade

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23686/brasil-pode-voltar-ao-jogo-em-quatro-anos

ANA PAULA MACHADO, PARA AB

Octávio de Barros, economista-chefe e diretor do departamento de pesquisas e estudos econômicos do Brasdeco (Foto: Ruy Hizatugu)
O economista-chefe do Bradesco, Octávio de Barros, fez previsões bem realistas da economia brasileira durante o VII Fórum da Indústria Automobilística, realizado por Automotive Business no Golden Hall do WTC na segunda-feira, 28. Segundo ele, diante de uma definição política, com a saída ou não da presidente Dilma Housseff, o País poderá apresentar um nível de produtividade equivalente ao de março de 2014 – considerado o pico do mercado dos últimos anos – em até quatro anos.

“Uma eventual mudança política deve calibrar o mercado. A volta da previsibilidade é fundamental para a melhora do cenário econômico”, diz Barros.

Com a volta da previsibilidade, conforme o economista, haverá mais disposição para aprovar as reformas necessárias à retomada do crescimento. Uma delas, a da previdência, poderá aliviar o rombo nas contas do governo nos próximos anos.

“Nunca estivemos tão próximos das reformas como agora. Sem crise não se avança. A população ativa no Brasil cresce 0,5% ao ano e a inativa, mais de 4%. Isso precisa ser revisto”, ressalta.

Com as condições de temperatura e pressão resolvidas para este ano, o economista prevê desaceleração do PIB de 2,5%, com câmbio fechando em R$ 3,65, além da inflação um pouco acima da meta, com 6,5%. A taxa básica de juros (Selic) deverá cair quatro vezes ao longo deste ano e em 2017 terá mais duas quedas, resultando em nível abaixo de 10% ao ano.

“Poderemos entrar num curso de recuperação moderada e normal. Tudo depende da resolução da crise política”, conclui Barros.

Montadoras reduzem volume de compras

Montadoras reduzem volume de compras

Total deve cair 4,4% neste ano; dólar alto deve impulsionar nacionalização

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23685/montadoras-reduzem-volume-de-compras

ALEXANDRE AKASHI, PARA AB

A partir da esq.: Custódio (Roland Berger), Berbetz (Mercedes-Benz), Roxana (Ford), Picolo (VW) e Vischi (PSA). Foto: Ruy Hizatugu

Pelo segundo ano consecutivo, as montadoras comprarão menos. Segundo levantamento feito por Automotive Business, a estimativa de compras produtivas em 2016 é de R$ 76 bilhões, ante os R$ 79,5 bilhões computados em 2015, que por sua vez foi 16,3% menor do que o ano anterior, quando o volume somou R$ 90 bilhões. Os números foram apresentados durante o VII Fórum da Indústria Automobilística realizado na segunda-feira, 28, no Golden Hall do WTC, no painel que debateu a Evolução nas Compras das Montadoras.

Participaram os executivos Antonio Carlos Vischi, diretor de compras América Latina da PSA Peugeot Citroën, Edvaldo Picolo, gerente executivo de compras da Volkswagen do Brasil, Erodes Berbetz, diretor de compras da Mercedes-Benz do Brasil, Roxana Molina, diretora de compras da Ford América do Sul, e Rodrigo Custódio, diretor da consultoria Roland Berger.

A redução no volume financeiro nas compras das montadoras é uma certeza, uma vez que o mercado opera em recessão e constantes quedas nas vendas de veículos zero-quilômetro e o índice de 4,4% levantado por Automotive Business está coerente, de acordo com informações dos executivos de compras participantes do painel de debate. Vischi, da PSA, informou que deve gastar € 700 milhões este ano. Porém, mais importante do que isso, a montadora mira aumento na localização de componentes. “Hoje temos 65% de conteúdo local, mas para 2018 queremos 85%”, afirmou. Já Picolo, da Volkswagen, informou que o volume de compras deste ano deve ser entre R$ 9,5 bilhões a R$ 10 bilhões.

AJUDA

Menor volume de compras significa redução de atividade nos fornecedores. Pesquisa interativa realizada durante o painel de debate revelou que a maioria dos fornecedores da cadeia de suprimentos passa por dificuldades (40,7% em situação crítica e 52,7% em dificuldades, mas administrável). Assim, é fundamental oferecer suporte.

Por conta disso, já é comum entre as montadoras oferecer programas de capacitação aos fornecedores tiers 2 e 3. Na PSA, Vischi explica que há possibilidade de antecipações de pagamentos, “sobretudo na forma de experiência para ajudar a conseguir trabalhar melhor as questões financeira, produtiva e logística”, comenta.

Na Ford, Roxana informa que também são desenvolvidos programas com os fornecedores: “Buscamos com eles formas de aumentar a produtividade e trabalhamos também com instituições financeiras para ajudar em questões de crédito”, diz.

Apesar de todas as montadoras representadas no painel contarem com programas similares de ajuda aos fornecedores, quase 70% do público responderam em pesquisa interativa durante o debate que desconhece qualquer tipo de ação. “Programas existem, mas os problemas vão muito além de melhorias que as montadoras podem oferecer”, afirmou Custódio, da Roland Berger, ao comentar que os fornecedores precisam de volume e reajuste. “A cadeia não está competitiva nem flexível porque ninguém imaginou queda deste tamanho”, disse.

LOCALIZAÇÃO

O desenvolvimento de fornecedores locais também é um desafio para os compradores das montadoras, que são categóricos em afirmar que o câmbio é mandatório na decisão entre importar ou buscar localmente. E nem mesmo o programa Inovar-Auto foi muito útil nessa tomada de decisão, com exceção da Mercedes-Benz Caminhões. “O Inovar-Auto auxiliou a trazer tecnologias que estavam difíceis de incorporar aqui, mas hoje quem manda é o câmbio”, afirma Berbetz.

O público também opinou sobre a importância do Inovar-Auto na decisão de compra de componentes nacionais. Para 45,2%, o programa não fez aumentar o volume de compras; já para 35,7%, reduziu, enquanto apenas 20,1% acreditam que o volume aumentou. No ano passado, o resultado negativo (redução de volume de compras) para a mesma pergunta foi de apenas 19%. Naquela época, o dólar ainda não havia disparado.

“A estratégia de aumento do volume local fazia sentido quando a expectativa era de 5 milhões veículos produzidos, com 2 milhões, não”, comentou Custódio, da Roland Berger. Para ele, isso reduziu a capacidade de o fornecedor ser competitivo e uma das saídas é a exportação.

DECISÃO DE COMPRA

Fornecer para montadoras é tarefa árdua, assim como decidir de quem comprar. Questionados sobre quais fatores são decisivos na determinação da escolha do fornecedor, os executivos foram unânimes na questão da qualidade, saúde financeira, preço e capacidade de inovação.

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