Volkswagen completa 80 anos de história

Registrada em Berlim, começou sua trajetória com produção do Fusca

REDAÇÃO AB

 

Em 28 de maio de 1937, há 80 anos, era registrada em Berlim a “Companhia para preparar o caminho do carro do povo alemão”, um nome bastante incomum e aos moldes do genuíno idioma alemão. Posteriormente, a empresa recebia uma denominação mais simples, cujo significado é carro do povo, ou Volkswagen, que protagonizou o conceito de carro popular.

A trajetória como montadora começa um ano depois, em maio de 1938, com a construção de uma fábrica no canal Mittelland, em Wolfsburg, cidade-sede da companhia até hoje. De lá sairia o Tipo 1, o primeiro projeto de veículo conhecido como KdF-Wagen, mas a produção do primeiro lote com 630 veículos ficou apenas na promessa até 1945, uma vez que o local foi utilizado para fabricar armamentos e veículos utilitários militares, os Kübelwagen, para uso durante a Segunda Guerra Mundial.

Com o fim da guerra e a queda de Berlim, os britânicos assumiram a responsabilidade da fábrica, da cidade e da definição sobre o curso da planta de Wolfsburg, então bastante danificada pelos bombardeios aliados. Eles então se comprometeram com a reconstrução do local e em dezembro de 1945 começaram a produzir o Tipo 1, o primeiro lote com 55 veículos e que logo passou a se chamar Käfer (besouro). Dois anos depois, em 1947, o modelo começou a ser exportado, tendo a Holanda como primeiro destino, com cinco unidades.

A administração britânica efetivamente transformou a Volkswagen em uma empresa civil. Em outubro de 1949 os britânicos entregaram o comando da fábrica ao governo alemão, o Estado de Baixa Saxônia ficou responsável pela administração da empresa – e até hoje é um dos acionistas do grupo. O Volkswagen Fusca e a Kombi decisivamente moldaram a expansão da marca em todo o mundo.

A demanda elevada para ambos os modelos conduziu à construção de mais fábricas: em 1956, a Kombi passou a ser produzida em Hannover, as transmissões em Kassel, os eixos e ferramentais em Braunschweig e a planta em Emden foi construída para sustentar as exportações.

Em 1952, a Volkswagen estabeleceu no Canadá sua primeira filial para vendas fora da Alemanha, seguida pela subsidiária no Brasil, em 1953. Em 1960, a companhia foi privatizada, o governo vendeu sua participação majoritária, tornando a Volkswagen uma sociedade anônima. Naquela época, a empresa já tinha pouco mais de 64 mil funcionários e produzia cerca de 888,5 mil veículos por ano.

Em 1965, a Volkswagen começou a tomar rumo para se consolidar como grupo ao adquirir a Auto Union, que se fundiu com a NSU Motorenwerke em 1969 para formar a Audi de hoje. Outras marcas foram compradas a partir de meados da década de 1980: Seat (1986), Skoda (1991), Bentley (1998), Bugatti (1998), Lamborghini (1998), Porsche (2009), MAN (2011), Ducati (2015). Além disso, o grupo conta com a divisão financeira Volkswagen Financial Services, que reúne operações e todos os serviços financeiros, como Banco Volkswagen. Em dezembro de 2016, o grupo criou a divisão Moia, focado em serviços de mobilidade para o futuro (leia aqui).

Em 1985 a empresa expandiu sua presença global com a entrada no mercado chinês, onde produziu o primeiro modelo ainda no mesmo ano em parceria com uma montadora local. Atualmente, a Volkswagen mantém duas joint ventures na China e com a terceira em fase de negociação.

Após anos de crescimento contínuo, a empresa se viu obrigada a realinhar sua postura e gestão com o desencadeamento do escândalo que ficou conhecido como dieselgate, no qual a Volkswagen admitiu o uso de software que burlava os testes de emissões em cerca de 11 milhões de veículos movidos a diesel vendidos principalmente na Europa e nos Estados Unidos. Tal escândalo custou o cargo de inúmeros envolvidos com a fraude, incluindo o de Martin Winterkorn, CEO e chairman na época. O dieselgate já custou cerca de US$ 25 bilhões aos cofres da montadora só nos Estados Unidos, pelo menos até agora.

Com isso, a Volkswagen nomeou novo corpo diretivo, conduziu Mathias Müller como novo CEO e divulgou o novo plano estratégico Together – Strategy 2025, focado em mobilidade sustentável para o futuro, baseado em soluções de digitalização, mobilidade elétrica, condução autônoma e novos serviços de conexão entre pessoas e veículo

Novo Gol duas portas recebe 1.0 de três cilindros

Novo Gol duas portas recebe 1.0 de três cilindros

Modelo chega em junho às revendas com preço inicial de R$ 33.620

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23913/novo-gol-duas-portas-recebe-10-de-tres-cilindros

REDAÇÃO AB

Motor EA 211 obteve até 11% de melhoria em eficiência energética no novo Gol
A versão de duas portas do novo VW Gol chega em junho às concessionárias na versão Trendline 1.0, agora equipada com motor de três cilindros e preço sugerido a partir de R$ 33.620. O carro tem motor EA 211 flex, que produz até 82 cavalos quando abastecido com etanol.

A lista de itens de série inclui direção hidráulica, vidros elétricos, travamento central, limpador, lavador e desembaçador do vidro traseiro com temporizador, mais alerta de não utilização do cinto de segurança pelo motorista.

O modelo também traz novos faróis com máscara negra, rodas de 14 polegadas com pneus 175/70 R14 “verdes”, de baixa resistência ao rolamento, e banco do motorista com ajuste de altura. Segundo a VW, com o motor de três cilindros o modelo obteve melhoria de eficiência energética de até 11% em relação ao modelo anterior.

Como opcional, a versão Trendline pode receber ar-condicionado e pacote “Interatividade”, com sistema de som “Media” e suporte para celular capaz de posicionar e carregar smartphones de até seis polegadas. O “Media” possibilita as funções mais utilizadas em sons automotivos: Bluetooth com função streaming de áudio, entradas USB/ AUX-IN e para cartões de memória do tipo SD-card.

Há também o pacote “Interatividade Composition Touch”, uma central multimídia que permite reprodução e operação de smartphones direto em sua tela colorida de cinco polegadas.

Volkswagen cria seu modelo de revolução industrial no Brasil

Volkswagen cria seu modelo de revolução industrial no Brasil

Novos projetos para as quatro fábricas no País nascem antes no mundo digital

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23874/volkswagen-cria-seu-modelo-de-revolucao-industrial-no-brasil

SUELI REIS, AB

Celso Placeres, diretor de manufatura da Volkswagen, apresenta adoção de novos processos em fábricas no Brasil (Foto: Luis Prado)
Apesar de o Brasil ainda estar engatinhando no que se refere à quarta revolução industrial, denominada Indústria 4.0 (leia aqui), o País já conta com exemplos do que pode vir a ser parte das adaptações do conceito de manufatura avançada, que consiste em fábricas inteligentes com flexibilidade, gerenciamento eficiente, ergonomia e integração digital com fornecedores. Durante o Workshop A Indústria 4.0 e a Revolução Automotiva realizado por Automotive Business na segunda-feira, 2, em São Paulo, o diretor de manufatura da Volkswagen do Brasil, Celso Placeres, apresentou as ações que a empresa adota e que foram transformadas em inovações e tendências em busca desta nova era da industrialização.

“O conceito [de Indústria 4.0] busca não só a produtividade com redução de custo, mas trazer benefícios também para o cliente, que já é um consumidor com perfil conectado e que graças a isso quer um produto cada vez mais personalizado, diferenciado e que atenda seus requisitos”, ressalta.

Para isso, a empresa vem se adequando a uma nova maneira de produzir no Brasil com base em uma manufatura que converse o tempo todo com as carteiras de alimentação. “Para se ter uma ideia, colocar em linha um veículo de cor amarela requer planejamento, uma vez que trocar a tinta, lavar os bicos, usar solvente para limpar tem seu custo. Fazer isso agora, com apenas um carro, ou fazer na próxima semana quando terei um pedido com cinco modelos nesta mesma cor? A ideia é que a fábrica inteligente tenha autonomia para decidir e que no futuro a demanda do cliente se comunique diretamente com o processo de produção”, conta.

Desde 2008 todos os novos projetos para as quatro fábricas da empresa no Brasil – Anchieta, São Carlos, Taubaté (SP) e São José dos Pinhais (PR) – já nascem de um modelo digital. Isso significa que antes de entrar em produção, tanto a linha de montagem, seus processos e sequências, quanto o novo produto foram concebidos no mundo virtual, por meio de softwares de simulação em ambiente 3D. “Isso é fundamental para elevar a produtividade e a qualidade, além de garantir nossa participação em projetos globais, manter nosso conhecimento técnico e aumentar nossa competitividade”, ressalta Placeres.

A Volkswagen investiu R$ 31 milhões entre 2006 e 2015 com a aquisição de softwares, hardwares e também em treinamento para profissionais começarem a lidar aqui com a nova realidade da Indústria 4.0. Segundo Placeres, os investimentos deram novo ar de modernização e flexibilidade às unidades, em especial a de São Carlos, que se preparou já sob os conceitos da revolução industrial para a introdução dos novos motores EA 211. Nesse sentido, a empresa contou com parceria da Universidade Metodista de Piracicaba, cujos alunos de engenharia realizaram todo o processo de simulação das novas linhas de montagem dos motores.

“Com isso garantimos um índice de 99% de acerto nos projetos”, afirma. Ele acrescenta que outro exemplo é o investimento de R$ 427 milhões que a Volkswagen aplicou na unidade de Taubaté para a modernização da área de pintura entre 2012 e 2013. Na ocasião, a empresa contou com 52 fornecedores para os quais pediu que entregassem antes seus projetos em formato totalmente digital.

“Identificamos 296 interferências na realidade virtual e as evitamos quando executamos o projeto no mundo real. Se não tivéssemos simulado antes e eliminado as interferências, gastaríamos R$ 19 milhões adicionais para corrigi-las, 5% a 6% do investimento inicial”, revela.

A a adoção de uma estrutura conectada também deu às linhas de montagem maior precisão e redução dramática de estoques, graças à parceria de fornecedores que se esforçam para atender aos novos requisitos da montadora quanto à conectividade da cadeia. “Estamos produzindo cada vez menos os lotes dos veículos mais vendidos para acrescentar cada vez mais os pedidos de clientes que têm origem até na internet”, afirma. Placeres destaca que o planejamento junto aos fornecedores tem sido cada vez mais acertado: “Antes trabalhávamos com estoque de peças para até nove dias, hoje este índice caiu para três dias.”

Apesar de contar com bons exemplos de manufatura inteligente, Placeres concorda que ainda há alguma dificuldade na cadeia de fornecedores em adotar novos processos, embora defende as parcerias para dar continuidade à revolução que a VW já vive em suas fábricas. “Nem todos têm recursos para investir em novos processos, isso é fato quando olhamos para tiers 2, tiers 3 (fornecedores de segundo e terceiro níveis na cadeia). Mas é possível fazer e avaliar onde é mais necessário, fazer células, ilhas de automação. Muito se fala em crise, mas é lição de casa buscar as oportunidades. Em tempos de crise, crie”, defende.

Grupo VW investe na autonomia de pesados

Grupo VW investe na autonomia de pesados

MAN e Scania receberão total de € 500 milhões até o fim da década

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23727/grupo-vw-investe-na-autonomia-de-pesados

REDAÇÃO AB

No comboio, 2º e 3º caminhões são semiautônomos e repetem ações do 1º
O Grupo VW vai investir cerca de € 500 milhões até o fim da década em tecnologia autônoma para os veículos pesados das marcas MAN e Scania. O anúncio foi feito na segunda-feira, 4. A MAN está mostrando em Munique, na Alemanha, a viabilidade de um sistema em que um veículo pesado dirigido por uma pessoa é seguido em comboio por outros caminhões semiautônomos.

Os “brutos” se conectam pela transferência digital de dados. Dois ou mais veículos seguem um atrás do outro a uma distância de como dez metros ou o equivalente a meio segundo. O motorista do primeiro veículo define trajeto e velocidade. Os de trás repetem as ações. De acordo com a VW, essa interação permite redução de consumo e emissões em até 10%.

Chamado de “Desafio Europeu do Comboio de Caminhões”, a iniciativa foi proposta pelo governo holandês, que quer favorecer a condução autônoma. A Scania também entrou no programa, inicialmente com três veículos partindo da Suécia no fim de março. Os caminhões seguiram para a Dinamarca, depois Alemanha, Bélgica e Países Baixos.

No dia 4, a MAN iniciou seu comboio partindo de Munique com destino a Rotterdam. Ao lado de veículos de outros fabricantes europeus, eles chegarão em 6 de abril. “O desafio demonstra claramente o quanto o setor de transportes irá mudar. Os caminhões estarão totalmente conectados e isso vai aumentar a segurança e eficiência”, afirma o ministro alemão dos Transportes, Alexander Dobrindt.

No sistema adotado, os veículos do comboio estão conectados por uma “barra de tração eletrônica”. Os comandos de manobra são transmitidos diretamente de um caminhão para o outro. O de trás também pode enviar dados de volta ao da frente. A comunicação entre eles ocorre por uma conexão WLAN com frequência de 5,9 gigahertz.

VW investe R$ 200 milhões na nova Saveiro

VW investe R$ 200 milhões na nova Saveiro

Recursos aplicados no produto e na modernização da linha na Anchieta

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23630/vw-investe-r-200-milhoes-na-nova-saveiro

PEDRO KUTNEY, AB

A Volkswagen informa que investiu R$ 200 milhões para desenvolver e fabricar a nova picape Saveiro, que chega às concessionárias este mês pela primeira vez com cara diferente do Gol, com o qual ainda compartilha a já antiga plataforma PQ24 (leia aqui). O montante é parte do programa em curso de R$ 10 bilhões, previstos para o período 2014-2018, e foi aplicado no desenvolvimento do veículo e na modernização de processos produtivos da fábrica da Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP), onde é produzida a Saveiro.

Contando com os R$ 363 milhões aplicados recentemente para reestilizar e produzir os novos Gol e Voyage, também apresentados este mês (leia aqui), a montadora investiu o total de R$ 563 milhões na renovação de meia-vida de sua família brasileira de compactos montados sobre a mesma base construtiva. Os três modelos deverão sobreviver dessa forma até 2018 ou 2019, quando está prevista a conversão deles para a plataforma modular global MQB do Grupo VW, conforme antecipou Automotive Business (leia aqui).

Embora tenha descolado o design da picape dos demais modelos familiares da plataforma-tronco PQ24, a Volkswagen adotou na Saveiro exatamente a mesma estratégia de renovação aplicada nos novos Gol e Voyage: atualizou o painel e introduziu no veículo a arquitetura eletroeletrônica global do grupo, para dessa forma poder oferecer mais recursos de infoentretenimento e conectividade. O objetivo é tentar estancar a queda na participação de mercado da marca no Brasil enquanto não é possível renovar integralmente a plataforma de seus campeões de vendas.

Lançada em julho de 1982, a Saveiro já acumula mais de 1,1 milhão de unidades produzidas em São Bernardo do Campo, sendo que desse total mais de 200 mil unidades foram exportadas para mais de 60 países, principalmente da América do Sul. “As qualidades da Nova Saveiro certamente ajudarão a marca a conquistar novos clientes no Brasil e também novos mercados para exportação”, destaca o presidente e CEO da Volkswagen do Brasil, David Powels, em comunicado distribuído à imprensa na quinta-feira, 17, um dia após a apresentação da picape reestilizada que chega às concessionárias em abril próximo.

Além de usar a mesma plataforma reprojetada, a motorização segue sendo a mesma: o velho EA111 1.6 de 104 cavalos para a maioria das versões e o novo e mais eficiente EA211 1.6 de 120 cv, com bloco e cabeçote de alumínio, aplicado somente na Saveiro Cross.

MODERNIZAÇÕES NA FÁBRICA

Segundo a Volkswagen, as mudanças tecnológicas aplicadas à nova Saveiro exigiram alterações no processo produtivo das áreas de estamparia, armação (soldagem de carroceria), pintura e montagem final na planta Anchieta. Na estamparia, onde são prensadas as chapas dos carros, foram adquiridos equipamentos de medição de última geração e uma nova esteira para a inspeção das peças da superfície.

Já na armação da Nova Saveiro, um novo equipamento é responsável pela junção (grafagem) das peças da tampa dianteira do veículo. A pintura recebeu dispositivos específicos para a colocação de apliques como o friso para a lateral externa e para as soleiras da Saveiro Cross.

A exemplo do que aconteceu nas linhas de montagem dos novos Gol e Voyage, para a Saveiro também foram instalados dispositivos para o encaixe do novo painel (cockpit). Outra nova ferramenta é o manipulador para facilitar a montagem do conjunto frontal do veículo. O equipamento transporta, centraliza e encaixa o conjunto na carroceria. A Saveiro nas Versões Robust, Trendline e Highline são equipadas com o consagrado motor 1.6l Total Flex, de até 104 cv (etanol). Já a versão Cross está equipada com o novo motor 1.6l MSI, da família EA211, de até 120 cv.

VW atualiza Gol e Voyage e baixa preços

VW atualiza Gol e Voyage e baixa preços

Com mais conectividade, marca tenta recuperar terreno perdido

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23485/vw-atualiza-gol-e-voyage-e-baixa-precos

PEDRO KUTNEY, AB

Gol e Voyage: reestilização leve por fora e mais conteúdo por dentro
Para tentar recuperar terreno perdido, aVolkswagen investiu R$ 363 milhões na atualização de dois de seus modelos mais vendidos no Brasil, Gol e Voyage, que após anos de liderança em seus segmentos cederam espaço para concorrentes mais modernos. Depois de 27 anos na posição número um do mercado brasileiro, o Gol perdeu o posto há dois anos e hoje é apenas o quinto hatch compacto mais vendido do País. O Voyage também ocupou as primeiras posições mas fechou 2015 na quarta colocação entre os sedãs pequenos. Para mudar esse cenário, a VW aposta na maior oferta de equipamentos e conectividade para ambos os carros, com preços mais baixos do que a concorrência pratica para veículos com o mesmo nível de equipamentos.

Jorge Portugal, vice-presidente de vendas de marketing da Volkswagen do Brasil, afirma que Gol e Voyage são os primeiros de uma nova safra de produtos que buscam atender com melhor custo-benefício as necessidades dos clientes, para tornar a marca novamente uma referência do mercado. O executivo diz que, para atingir esse objetivo, as margens foram sacrificadas. Com isso, os preços da nova versão do Gol estão, em média, 2,5% mais baratos, enquanto a tabela do Voyage baixou 5,7%.

Como exemplo, Portugal citou o preço da versão mais vendida hoje do Gol, a Trendline 1.0 equipada com os opcionais ar-condicionado e sistema elétrico de vidros, travas e retrovisores, que tinha preço sugerido de R$ 38.790 e, nos cálculos da montadora, deveria passar a R$ 39.600 com o novo motor 1.0 seis cavalos mais potente e outras atualizações. “Mas para o carro nesta configuração vamos cobrar R$ 37.690, ou R$ 1.910 a menos do que deveríamos estar cobrando”, destacou o executivo. O “desconto” projetado para o Voyage Trendine 1.0 é ainda maior, de R$ 3.520, considerando que o sedã custava R$ 46.090, deveria custar R$ 47.310 e será vendido a R$ 43.790.

Em uma comparação com os quatro concorrentes que hoje vendem mais do que o Gol (pela ordem, Chevrolet Onix, Fiat Palio, Hyundai HB20 e Ford Ka), todos na configuração mais demandada atualmente pelos clientes, incluindo ar-condicionado, direção assistida, trio elétrico e sistema de som, a Volkswagen afirma que seu hatch é de R$ 2 mil a R$ 5 mil mais barato. “Reposicionamos o carro, o custo-benefício é diferente”, afirma Henrique Sampaio, gerente de marketing de produto.

Os pacotes de opcionais estão mais concisos e menos confusos. A versão de entrada Trendline é bastante espartana, mas já vem de série com direção hidráulica, ajuste de altura do banco do motorista e acionamento elétrico de vidros dianteiros e travas. Os únicos opcionais são ar-condicionado e sistema de som. A opção intermediária Confortline já vem com tudo isso incluído e pode receber o pacote opcional de conectividade mais completo. “Estamos reduzindo os opcionais, é algo que o cliente não quer mais, porque não entra na valorização do carro”, explica Sampaio.

MENOS POR FORA E MAIS POR DENTRO

Os novos Gol e Voyage que chegam às concessionárias este mês passaram por uma leve reestilização externa e ganharam mais conteúdo interno. Por fora, as linhas foram quase que imperceptivelmente retocadas, com vincos reforçados para “alargar” o visual e mudanças maiores nos faróis e lanternas, que deixaram os modelos mais alinhados com o design global da Volkswagen.

Por dentro estão as grandes diferenças em relação à geração anterior (de 2012), com painel completamente novo, incluindo o quadro de instrumentos (cluster) com computador de bordo central multiconfigurável, além de sistema de infoentretenimento opcional que pode espelhar as funções do smartphone na tela central, por meio das interfaces Mirror Link, Apple Carplay e Android Auto. Na configuração mais completa, Gol e Voyage agora estão mais parecidos com os carros globais da VW.

Ambos agora têm a arquitetura eletroeletrônica global da VW, assim como já aconteceu com o Fox em 2015. Os carros podem receber sistema completo de conectividade e navegação GPS, com a instalação de dois tipos de tela sensível ao toque no centro do painel, que podem ser de série ou compradas como opcional, a depender da versão do modelo. Sinal dos tempos em que o celular virou parte do corpo humano, todas as versões de Gol e Voyage podem ter opcionalmente um suporte original de fábrica para fixar o smartphone em um pequeno pedestal no centro do painel.


Os quatro tipos de sistema de infoentretenimento oferecidos nos novos Gol e Voyage: da esquerda para a direita, Media, Media Plus, Composition Toch e Discover Nav

São quatro opções de sistema de infoentretenimento para os dois modelos. O mais básico é o Media, disponível apenas como opcional na versão de entrada Trendline. Sem tela, conjuga rádio AM/FM com entradas para reprodução de arquivos de som por SD Card, USB e auxiliar, além de conexão via Bluetooth e microfone para falar ao telefone celular. A versão intermediária Confortline já vem de série com o Media Plus, que acrescenta CD player, reprodução de iPod/iPhone via USB e o Parking System, com alarmes sonoros que ajudam a estacionar. Esta opção já vem preparada para receber comandos dos botões do volante multifuncional – opcional para a versão Confortline e de série na Highline.

Já o topo de linha Highline vem equipado com o sistema Composition Touch – que pode ser instalado opcionalmente nas versões Confortline. Tem todas as funções já citadas e tela sensível ao toque de cinco polegadas, que espelha funções do smartphone.

O sistema mais completo Discover Media tem navegador GPS e só pode ser agregado como opcional nos Gol e Voyage Confotline ou Highline. A tela tátil é maior, de 6,33 polegadas, e mostra o monitoramento do sensor de estacionamento, ajuste gráfico do som, interatividade por comandos de voz e pareamento de até dois celulares por Bluetooth, incluindo a leitura de mensagens SMS nos alto-falantes.

Para o lançamento, nos três próximos meses a Volkswagen vai vender com preços mais baixos a versão especial Gol Connect, que tem todos os equipamentos da opção Confortline mais o pacote completo de conectividade Discover Media. Esta versão também tem acabamento interno exclusivo, com apliques azulados, e uma cor externa única, Azul Lagoon. “Vamos fazer cerca de 700 unidades só para o lançamento”, promete Sampaio.

NOVO E VELHO MOTORES

As versões 1.0 dos novos Gol e Voyage agora usam só o novo e eficiente motor MSI, da família EA211, de três cilindros e 82 cavalos abastecido com etanol (ou 75 cv com gasolina), o mesmo que estreou em 2013 no Fox e em 2014 no Up!, com bloco e cabeçote de alumínio. Ele é 10% mais potente e 8% mais econômico do que o antigo motor 1.0 EA111 de quatro cilindros, que agora foi definitivamente aposentado pela Volkswagen no Brasil.

Já as versões 1.6 vão continuar a usar o velho powertrain quatro-cilindros EA111 de 104/101 cv, com bloco de ferro. Existe a opção de câmbio manual ou automatizado I-Motion. O novo 1.6 MSI quatro-cilindros EA211 de 120 cv, que já equipou o Gol Rally e é usado em algumas versões do Fox e Golf, não será mais oferecido na linha Gol e Voyage.

Também não está nos planos a oferta no Gol e Voyage do motor 1.0 turbinado que equipa o Up! TSI. “Avaliamos que o motor 1.6 EA111 atende 100% o que o mercado demanda para esse produto”, diz Sampaio.

APRENDIZADO

Desenvolvido no Brasil e lançado pela primeira vez em 1980, em seus 36 anos de mercado com 6,7 milhões de unidade vendidas no Brasil e 1 milhão exportadas para 60 países, o Gol é o carro mais produzido, vendido e exportado da história da indústria automobilística brasileira. Por isso o modelo serviu de plataforma de aprendizado para a engenharia brasileira da Volkswagen. “Nós aprendemos até hoje com o Gol e sua evolução. Sua robustez é usada como base de todo desenvolvimento no País”, afirma José Loureiro, gerente de desenvolvimento de produto.

Segundo Loureiro, não foi diferente desta vez. Foram 1,2 milhão de quilômetros rodados e milhares de horas de testes de laboratório feitos antes de lançar os novos Gol e Voyage, que se não demonstram grandes renovações ao olhar externo, passaram pelo pente-fino da engenharia. “O carro inteiro foi totalmente recertificado, refizemos todos os testes”, explica Loureiro.

A Volkswagen informa que o investimento de R$ 363 milhões para atualizar os dois modelos envolveu o desenvolvimento de engenharia veicular e de motor, aquisição de bens de capital para modernização do processo produtivo e treinamento dos trabalhadores. A área de montagem final das fábricas de Taubaté e Anchieta (São Bernardo do Campo) precisou de novos dispositivos para o encaixe da estrutura do novo painel que agrega as principais inovações tecnológicas.

Embora renovados e atualizados, os novos Gol e Voyage ainda são montados sobre a plataforma regional PQ24. Eles deverão cumprir uma espécie de mandato tampão pelos próximos dois anos, até que possam ser montados sobre a plataforma modular global MQB, sobre a qual podem ser feitos 43 modelos das marcas do Grupo Volkswagen, como Golf e Audi A3 que já são montados na fábrica de São José dos Pinhais (PR).

Veja abaixo todos os preços dos novos Gol e Voyage:

GOL
• Trendline 1.0: R$ 34.890
• Trendline 1.6: R$ 40.190
• Confortline 1.0: R$ 42.690
• Confortline 1.6: R$ 47.490
• Confortline 1.6 I-Motion: R$ 50.790
• Highline 1.6: R$ 51.990
• Highline 1.6 I-Motion: R$ 55.290
• Connect 1.0: R$ 45.190
• Connect 1.6: R$ 49.990
• Connect 1.6 I-Motion: R$ 53.290

VOYAGE
• Trendline 1.0: R$ 40.990
• Trendline 1.6: R$ 44.590
• Confortline 1.0: R$ 46.490
• Confortline 1.6: R$ 49.790
• Confortline 1.6 I-Motion: R$ 53.090
• Highline 1.6: R$ 55.290
• Highline 1.6 I-Motion: R$ 58.590

VW moderniza Pinhais para montar novo Golf

VW moderniza Pinhais para montar novo Golf

Mudanças permitem produção do hatch na mesma linha da família Fox

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23328/vw-moderniza-pinhais-para-montar-novo-golf

REDAÇÃO AB

A Volkswagen investiu na modernização da fábrica de São José dos Pinhais (PR) com a ampliação de áreas produtivas e a instalação de novos equipamentos para a fabricação da versão brasileira da sétima geração do Golf, que começou a ser produzido no fim de 2015 na unidade paranaense. A planta tem agora um novo setor de armação de carrocerias (solda) que proporciona economia de até 30% no consumo de energia em comparação com processos anteriores.

As mudanças permitem que os modelos da família Fox e o novo Golf sejam montados na mesma linha. Mais de 2 mil empregados participaram de programas de qualificação para todos os postos de trabalho envolvidos na fabricação do Golf 7.

“Mesmo nesse cenário econômico desafiador, estamos mantendo nossos investimentos no desenvolvimento de novos produtos”, afirmou o CEO e presidente da Volkswagen do Brasil, David Powels. O novo Golf é fabricado sobre a plataforma modular MQB (Matriz Modular Transversal), nova arquitetura para a produção de veículos já aplicada em modelos globais como o Passat e o Golf Variant. O conceito consiste na padronização do processo de manufatura de diversos carros nas fábricas do Grupo VW, estabelecendo, por exemplo, a mesma sequência de montagem e proporcionando como grande vantagem a redução do tempo de produção dos veículos.

A MQB também permite compartilhar a base estrutural para o desenvolvimento de veículos de diferentes segmentos, como hatches e sedãs de tamanhos distintos. Essa base foi desenvolvida seguindo preceitos de baixo peso, utilizando aços de alta resistência que permitem aumentar a segurança e reduzir o peso total do carro. A combinação de dimensões padronizadas e variáveis, outro benefício da MQB, também reduz a complexidade da produção, gerando melhora substancial no processo produtivo e economia de escala.

MODERNIZAÇÃO PARA A PRODUÇÃO DO GOLF

Segundo a VW, todas as áreas produtivas receberam investimentos para voltar a montar o Golf em São José dos Pinhais, agora na sétima geração (a unidade paranaense foi inaugurada em 1999 justamente com a produção do Golf de terceira gerão deixou de fabricar o modelo na quarta, em 2013, quando na Europa já se fazia a sexta).

No setor de armação foi instalada uma linha com 168 robôs de última geração. Entre os novos equipamentos estão soldas a laser, que unem as peças por um feixe de luz, e um novo Eco Framer, equipamento que assegura a geometria correta da carroceria, com precisão de décimos de milímetro, o que traz vantagens qualitativas.

Os robôs são mais rápidos, menores, mais precisos e têm controles digitais de alta eficiência, o que resulta em economia de energia. Por conta disso, são 25% mais eficientes energeticamente se comparados à geração anterior. Ainda na armação, foram instaladas 145 pinças servopneumáticas utilizadas no processo de solda da carroceria, que são mais rápidas e 30% mais eficientes energeticamente. Elas também garantem 99% da eficiência do processo de união das peças, por meio de sistemas que já fazem a avaliação dos pontos trabalhados, no momento da solda.

Os geradores da nova cabine de solda a laser, onde é realizada a união do teto e das laterais do veículo, consomem 15% da energia gasta pela tecnologia anterior.

A seção de pintura também ganhou uma nova linha com robôs mais modernos para aplicação de selante PVC, primer e verniz. São itens que resultam em maior qualidade no processo produtivo.

Na área de montagem final dos veículos, a principal mudança ocorreu no trecho em que a carroceria recebe o conjunto motriz (motor, transmissão e suspensão). Foi adotado um novo procedimento para que os modelos da família Fox e o novo Golf sejam montados na mesma linha. O sistema confere mais precisão ao processo e a rastreabilidade dos apertos de todos os parafusos utilizados nessa etapa. Para a instalação da nova linha rodante (Fahrwerk, em alemão) foram trazidos mais de 60 contêineres com equipamentos da Alemanha, entre eles robôs de parafusamento, parafusadeiras, placas de montagem do conjunto motriz, elevadores de placas, mesas de transferência, manipuladores e sistemas de controle eletrônico.

A área do Fahrwerk é subdividida em três principais processos: primeiro ocorre a montagem do motor com câmbio e todos os periféricos do conjunto motriz. Em seguida é feita a pré-montagem do chassi (eixos, tanque de combustível, suspensão, escapamento) e depois a união da parte motriz (motor, transmissão e suspensão). Com o novo Fahrwerk, a unidade paranaense está alinhada à nova estratégia global da marca (MQB) e a linha de montagem, preparada para fabricar novos produtos dentro deste conceito.

FÁBRICA DIGITAL

O projeto para a fabricação do Golf em São José dos Pinhais foi desenvolvido com auxílio da Fábrica Digital, tecnologia do grupo que consiste em um conjunto de softwares adaptados para simular virtualmente em computadores todos os processos produtivos antes da implementação física das máquinas. Essa solução foi utilizada na maior parte dos processos de adaptação da fábrica do Paraná, evitando um total de gastos de cerca de R$ 4 milhões.

Segundo a VW, a unidade de São José dos Pinhais emprega mais de 3 mil pessoas. Além do Golf e da linha Fox, começou a produzir lá o Audi A3 Sedan e fará também o Audi Q3 ainda este ano.

LINHA DO TEMPO EM SÃO JOSÉ DOS PINHAIS

1999 – Inauguração da fábrica, com a produção do Golf e do Audi A3;
2003 – Lançamento do Fox;
2005 – Lançamento do CrossFox;
2010 – 1 milhão de Fox produzidos;
2011 – 500 mil Golf produzidos e início da montagem da SpaceFox;
2012 – 2 milhões de veículos produzidos;
2015 – Início da fabricação do Audi A3 Sedan;
2016 – Volta da produção do Golf

VW exibe o novo Passat no Brasil

Rival do Ford Fusion, sedã médio-grande chegará ao país em duas versões

Fonte: http://carros.ig.com.br/noticias/vw+exibe+o+novo+passat+no+brasil/9179.html

Volkswagen Passat 2016

A Volkswagen apresentou na noite desta terça-feira (24) um gostinho da oitava geração do Passat, que está com o início das vendas confirmado para os primeiros meses de 2016.

Importado da Alemanhã, o novo Passat vai disputar mercado com o bem-sucedido Ford Fusion e terá condições para fazer bonito por aqui.

O grande salto do sedã está no uso da nova plataforma modular MQB, que ajuda até na otimização do espaço interno. O Passat ficou 2 mm mais curto (totalizando 4.767 mm), porém o entre-eixos cresceu 79 mm, passando para 2.791 mm. Com o balanço dianteiro (a distância do dentro da roda até a ponta do para-choque) 29 mm menor e o traseiro reduzido em 17 mm, a cabine ganhou 33 mm. Bem mais equipado, o novo Passat vai desembarcar por aqui em duas versões, a Comfortline (R$ 144.500) e a Highline (R$ 151.300).

A primeira, de entrada, conta com start-stop, bancos dianteiros com aquecimento e regulagem elétrica do encosto do motorista, seis airbags (dianteiros, laterais e tipo cortina), ar-condicionado Climatronic com três zonas de resfriamento – motorista, passageiro e ocupantes do banco de trás –, iluminação em LED na região dos pés, relógio analógico no painel, sistema Kessy (acesso ao veículo sem uso de chave e partida por botão no console) e sistema de infotainment Discover Media, com tela sensível ao toque (touchscreen) de 6,5”, colorida, de alta resolução e conectividade avançada com os smartphones por meio da tecnologia Volkswagen App-Connect.

O Passat Comfortline também conta com porta-luvas refrigerado, volante multifuncional, rodas de liga leve aro 18”, computador de bordo, controlador de velocidade de cruzeiro e o prático recurso Easy Open, que permite abrir a tampa do porta-malas apenas passando os pés abaixo do para-choque traseiro. O sistema ajuda muito quando você está com as mãos ocupadas, por exemplo. O único opcional do Passat Comfortline, adianta a Volkswagen, será o teto solar panorâmico com acionamento elétrico.

Já o Passat topo de linha, na configuração Highline, acrescenta bancos dianteiros com ajuste elétrico, aquecedor e apoio lombar com massageador para o motorista; memória para o banco do motorista e função “easy entry” – que recua automaticamente o banco para ampliar a área de acesso ao veículo e o retorna à posição original; câmera traseira de auxílio ao estacionamento e retrovisores externos elétricos com memória do lado do motorista.

Na opção Highline, o Passat também traz de série os modernos faróis com iluminação por leds e o sistema DLA (Assistente de Luz Dinâmica), que regula automaticamente o facho alto.

Além do teto solar panorâmico, o Passat Highline terá como opcional o pacote Premium, que contempla a central multimídia com tela de 8”, sistema de som Dynaudio Confidence com 700W de potência distribuídos em 11 alto-falantes, assistente de estacionamento (Park Assist 3.0), controle de velocidade de cruzeiro adaptativo (ACC), painel digital programável e o aviso de mudança de faixa (side assist).

O motor, por sua vez, segue um 2.0 TSI, mas equipado com as soluções de economia de combustível BlueMotion Technology e 220 cv de potência. O torque agora é de 35,7 kgfm, ou 7 kgfm a mais em relação ao Passat da geração anterior. Segundo a VW, o sedã é capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em bons 6,7 segundos e atingir 246 km/h de velocidade máxima.