Audi quer investir pesado em veículos elétricos

Audi quer investir pesado em veículos elétricos

Companhia deseja limpar imagem após dieselgate e acirrar disputa com Tesla

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/24291/audi-quer-investir-pesado-em-veiculos-eletricos

REDAÇÃO AB

Conceito E-tron Quattro pode ganhar versão de produção
A Audi planeja ofensiva no segmento de carros elétricos. A intenção é fazer com que a tecnologia responda por um quarto de suas vendas a partir de 2025. A informação é da agência Automotive News Europe, que consultou pessoas ligadas ao assunto. Calculado sobre o volume de vendas da companhia em 2015, de 1,8 milhão de automóveis, que deve crescer nos próximos anos, seriam 450 mil unidades elétricas.

A investida pretende melhorar a imagem da marca depois do envolvimento no dieselgate, a fraude nas emissões de 11 milhões de veículos do Grupo Volkswagen vendidos globalmente. Um terço do total aplicado pela companhia na área de pesquisa e desenvolvimento deve ser destinado a carros elétricos, serviços digitais e direção autônoma.

Entre as montadoras alemãs, apenas a BMW tem atuação consistente no segmento de veículos zero emissão. A pressão causada pelo dieselgate pode fazer a Audi tirar ao menos parte deste atraso. Atualmente há apenas dois modelos elétricos na gama global da empresa. O movimento deve acirrar a concorrência com a Tesla, que atua com certa tranquilidade no segmento de veículos premium elétricos e tem a meta de vender 500 mil carros por ano.

A empresa alemã teria em seus planos o desenvolvimento de um SUV zero emissão baseado no conceito E-tron Quattro, apresentado no Salão do Automóvel de Frankfurt do ano passado. A novidade rivalizaria com o Modelo X da Tesla. Para sustentar a atuação em elétricos, a Audi pode precisar fazer cortes no programa de desenvolvimento de tecnologias para motores a combustão. Em 2015 a companhia investiu € 4,24 bilhões em pesquisa e desenvolvimento.

Em junho o Grupo Volkswagen anunciou novo plano estratégico que destina bilhões de euros ao desenvolvimento de modelos elétricos, e autônomos. Está previsto o lançamento de 30 carros zero emissão em 10 anos. Com o projeto, a meta da empresa é superar o dieselgate e se tornar líder global em transporte sustentável.

Daimler quer desenvolver carro elétrico com autonomia de 500

Daimler quer desenvolver carro elétrico com autonomia de 500 km

CEO do Grupo aponta que número poderia atrair mais consumidores

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23563/daimler-quer-desenvolver-carro-eletrico-com-autonomia-de-500-km

REDAÇÃO AB

A Daimler quer desenvolver um carro elétrico com autonomia de pelo menos 500 quilômetros. A meta foi anunciada por Dieter Zetsche, CEO do Grupo. Segundo ele, se um modelo com a tecnologia for capaz de rodar esta distância com apenas uma carga na bateria, mais consumidores ficarão interessados em comprar veículos zero emissão.

Ainda assim, o executivo destaca que este não é um número mágico e que são necessários avanços contínuos. Um dos principais é a redução do custo das baterias de íons de lítio. Segundo ele, este seria um incentivo importante. Zetsche estima que o as baterias custem em torno de US$ 170 por Kilowatt/hora atualmente. Na opinião dele, entre US$ 110 e US$ 130 kWh seria o ponto em que o equilíbrio entre performance e custo pode tornar estes carros competitivos.

A marca não está tão distante. A General Motors promete lançar internacionalmente em 2016 o Bolt com o melhor custo de bateria até então, em torno de US$ 145 kWh. Segundo a fabricante, isso fará com que automóvel tenha preço em torno de US$ 37,5 mil.

China cria norma que pode fazer carro elétrico bombar globalmente

China cria norma que pode fazer carro elétrico bombar globalmente

FONTE: http://carros.uol.com.br/noticias/redacao/2016/01/08/china-cria-norma-que-pode-fazer-carro-eletrico-bombar-globalmente.htm

Para as fabricantes de automóveis, a China está se transformando na nova Califórnia. Há alguns anos, esse estado dos Estados Unidos assumiu a vanguarda na definição de normas de uso eficiente de combustíveis para acabar com a poluição urbana. Agora, como a China está enfrentando dificuldades para resolver sua crise de poluição atmosférica, Pequim tem uma influência cada vez maior nos modelos e na tecnologia que Detroit, Europa e Japão vendem em todo o mundo.

Como resposta às normas e aos incentivos governamentais que estimular as vendas de carros elétricos na China, as fabricantes de automóveis estão reforçando as ofertas internacionais de veículos elétricos e híbridos plug-in (cujas baterias podem ser recarregadas na tomada). A General Motors pretende fabricar uma versão híbrida plug-in de todos os modelos da marca Cadillac. A Ford orçou US$ 4,5 bilhões para desenvolver 13 novos carros elétricos e híbridos plug-in até 2020, e a China é a principal razão em ambos os casos.

Entre as alemãs, a Mercedes-Benz está vendendo cinco modelos plug-ins na China, dois deles também vendidos nos EUA. Do mesmo modo, a BMW está modificando os híbridos plug-in que vende em todo o mundo para adaptá-los às normas chinesas referentes a veículos elétricos.

“Originalmente, começamos com as normas da Califórnia, então nosso ponto de partida foram os EUA”, disse Klaus Fröhlich, diretor mundial de desenvolvimento de produto da BMW. “Agora, a China é um mercado fundamental. É muito importante, e as normas são bastante difíceis”.

Murilo Góes/UOL

Brasil começou a estimular vendas e uso de elétricos em 2015. Em outubro, isentou elétricos e carro movidos a hidrogênio do Imposto de Importação; ao mesmo tempo, reduziu a cobrança para modelos híbridos. Em dezembro, fez portaria que isenta também quadriciclos urbanos elétricos dos 35% de alíquota, norma que beneficia o Renault Twizy (da Redação de UOL Carros)

Normas chinesas

Embora a China queira incrementar as vendas e se tornar destino-chave para as vendas de novos modelos das fabricantes internacionais de automóveis, o país também quer ter um ar mais limpo. Por isso, agora exige que as frotas de órgãos e companhias estatais sejam compostas por pelo menos 30% de carros elétricos ou híbridos plug-in. Se não cumprirem essa norma, correm o risco de perder importantes subsídios de serviços púbicos, como eletricidade e água. Os subsídios podem fazer a diferença entre o lucro e o prejuízo, disse Michael Dunne, presidente da empresa de consultoria Dunne Automotive, com sede em Hong Kong.

“Os políticos chineses estão muito preocupados com as críticas públicas à qualidade do ar”, disse Dunne. “Eles estão atacando esse problema de todos os ângulos e só estão começando”.

Com isso, a China já vende muito mais modelos de carros elétricos do que os EUA; atualmente, há 30 disponíveis. Esse total aumentará para 80 por volta de 2020, mas muitos deles serão fabricados por pequenos produtores chineses, de acordo com a IHS Automotive. Os EUA têm apenas um punhado de modelos agora, e 44 estarão disponíveis em 2020.

Mesmo assim, tem sido difícil vender os carros elétricos na China por causa da falta de estações de carregamento. Isso poderá mudar em breve: o governo está considerando um programa para investir US$ 16 bilhões em estações com capacidade para atender a 5 milhões de carros elétricos até 2020, informou a Bloomberg.

Um investimento desse tipo poderia ajudar a estimular as vendas de carros elétricos do mesmo modo que as vendas de híbridos plug-in foram fomentadas, disse Dunne. “O governo chinês fará todo o possível para fazer com que as pessoas se sintam confortáveis com os carros elétricos”, afirmou.

Retoque mundial

As decisões tomadas em Pequim já estão afetando os carros dirigidos em Dallas e em Los Angeles. As fabricantes de automóveis tendem a criar novos modelos para vendê-los em diversas regiões — e a China é o maior mercado automotivo do mundo. A GM modificou seu novo elétrico Chevrolet Bolt para vendê-lo no mundo inteiro, inclusive na China.

Embora até o momento só os planos para os EUA tenham sido anunciados, “nós não planejamos só para os EUA”, disse Pam Fletcher, engenheira-chefe de veículos elétricos da GM, em uma entrevista na feira de tecnologia CES, onde a GM apresentou o Bolt. “O governo chinês está muito interessado nos veículos elétricos”.

Os motores a gasolina também estão sendo modificados para cumprir as normas chinesas de uso eficiente de combustível: a Cadillac criou o motor mais potente de seu sedã CT6, um twin-turbo de 3 litros, especificamente para evitar os altos impostos chineses sobre qualquer motor de mais de 3 litros.

“A China realmente influencia o modo em que colocamos nossa estratégia em prática”, disse Johan de Nysschen, presidente da Cadillac. “E vai continuar tendo um papel cada vez mais proeminente”.