Fenabrave revisa projeções e prevê quedas mais profundas no ano

Fenabrave revisa projeções e prevê quedas mais profundas no ano

Vendas de leves e pesados diminuem 20% e 22%, respectivamente

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23879/fenabrave-revisa-projecoes-e-preve-quedas-mais-profundas-no-ano

SUELI REIS, AB

Alarico Assumpção Jr., presidente da Fenabrave, divulga novas projeções para o mercado
Após registrar nova queda nas vendas de veículos de 29% no acumulado entre janeiro de abril deste ano na comparação com iguais meses do ano passado, considerando leves e pesados, a Fenabrave revisa as projeções para o ano e apresenta índices de retração maiores do que os anteriores, divulgados no início do ano (leia aqui).

“O agravamento da crise que impacta diretamente o setor resultou em um desempenho muito pior do que havíamos previsto no início deste ano”, argumenta o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Jr. “Se não fosse a questão política, a econômica, que já estava deteriorada, não estaria tão gravemente afetada”, acrescenta.

- Veja aqui os dados da Fenabrave.

Na nova previsão sobre o desempenho do setor para o ano, todos os índices de queda aumentaram entre 14 pontos porcentuais e 20,3 p.p.

No segmento leve, a entidade aponta que os emplacamentos serão 20% menores do que 2015 ao encerrar este ano com volume de 2,23 milhões de unidades, entre automóveis e comercias leves. Na projeção divulgada em janeiro, a Fenabrave previa queda de 5,9%, para 2,33 milhões de veículos leves.

Comerciais leves têm o pior índice entre todos os segmentos, com retração de 27,8% no comparativo anual, para 292,2 mil unidades. Antes era previsto um volume 13,8% menor se as vendas chegassem a 305 mil unidades.

Já para automóveis a Fenabrave projeta licenciamentos 18,6% abaixo do ano passado, para volume de 1,94 milhão de unidades. Os dados anteriores apontavam emplacamentos de 2,02 milhões, o que representaria recuo de 4,5% sobre 2015.

Em pesados, a nova projeção assinala vendas 22,5% menores neste ano, com a soma de caminhões e chassis de ônibus resultando em 83,7 mil unidades, sendo 65,6 mil caminhões e 18 mil ônibus. Segundo a entidade, estes volumes representarão queda de 23% e 21%, respectivamente.

“Historicamente, quando tínhamos uma crise, o segmento de caminhões era o ‘para-choque’ da recessão: no primeiro sinal de retomada, era o primeiro a voltar ao ritmo de vendas. Hoje não tem carga, não tem o que transportar porque a economia estagnou. A dificuldade extra por causa da política vem afetando a já combalida economia. Quando tem PIB, tem carga; tendo carga, tem compra de caminhão”, explica Assumpção.

EXPECTATIVAS PARA UMA CRISE CONTIDA

Para Tereza Maria Dias, da Mendonça de Barros Associados, que faz a consultoria econômica da Fenabrave, mudanças políticas ocorrendo já nos próximos dias com a expectativa de votação no Senado podem mudar o rumo do humor da economia. “Com alguma previsibilidade de governo, este ano deve parar de cair e há chance de voltar a crescer em 2017, considerando o novo governo”, afirma.

Ela calcula que embora mudanças no cenário político devam causar um estado inicial de melhora, haverá ainda resquícios da crise neste ano. A consultora prevê taxa de desemprego em 12,8% para o exercício atual, um pouco acima da estimativa média de 11%, acompanhada da queda da massa salarial. Do lado do empregador, haverá no início do próximo semestre uma aceleração de empresas que vão solicitar recuperação judicial.

Por outro lado, Tereza aponta que a produção industrial, mesmo com todos os segmentos no negativo (exceto fumo e celulose) deve começar a mostrar algum sinal de recuperação especialmente no segundo semestre. No ano passado, a atividade recuou 8,4%, enquanto que até março deste ano o índice aponta queda de 10,5%.

Sobre a inflação, a MB Associados trabalha com índice de 7% para o fim do ano e aponta uma projeção de PIB com queda de 3,8% caso ocorra uma mudança de governo. No caso de permanência da presidente Dilma Rousseff, a consultoria calcula um PIB negativo de 5% para este ano.

“Para 2017, trabalhamos com a expectativa de crescimento de 0,6% do PIB, com um câmbio a R$ 3,60, ainda favorável. O mesmo não ocorre se não houver troca de governo”, conclui Tereza.

Jaguar Land Rover amplia vendas globais em janeiro

Jaguar Land Rover amplia vendas globais em janeiro

Companhia começou o ano com aumento de 24% nas entregas

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23440/jaguar-land-rover-amplia-vendas-globais-em-janeiro

REDAÇÃO AB

A Jaguar Land Rover começou 2016 com bons resultados. A empresa ampliou em 24% as suas vendas globais em janeiro na comparação com o mesmo mês do ano passado com a entrega de 46 mil veículos globalmente. A evolução foi de 65% na Europa, de 36% no Reino Unido, de 9% na América do Norte e de 5% na China. No mercado que a companhia chama de internacional, que inclui a América Latina, a alta chegou a 15%.

Entre as marcas, a Land Rover alcançou recorde para o mês, com 38 mil veículos vendidos, volume 20% superior ao registrado há um ano. O Brasil contribuiu com o resultado com a boa demanda pelo Discovery Sport. As vendas da marca no País cresceram 14,7%, para 735 unidades. Já a Jaguar teve o melhor resultado desde 2005, com 7,9 mil carros negociados em todo o mundo. No Brasil foram emplacadas 51 unidades em janeiro, com expansão de 112%.

“Sabemos que o mercado está sensível e, sem dúvida, estamos atentos aos movimentos do setor. Por isso, contar com resultados tão expressivos como os obtidos em janeiro nos faz acreditar ainda mais na recuperação da economia e no aquecimento gradual do mercado”, aponta em comunicado Ruben Barbosa, diretor de vendas da Jaguar Land Rover para América Latina e Caribe.

Vendas de importados caem 45,3% em janeiro

Vendas de importados caem 45,3% em janeiro

Foram emplacados pouco mais de 3,6 mil veículos no mês, aponta Abeifa

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23407/vendas-de-importados-caem-453-em-janeiro

REDAÇÃO AB

BMW Série 3 foi o modelo mais fabricado por uma associada da Abeifa em janeiro, com 247 unidades
As vendas de veículos importados pela Abeifa – Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores – recuaram 45,3% em janeiro na comparação com idêntico mês do ano passado ao atingir volume de pouco maior que 3,6 mil unidades, de acordo com dados divulgados pela entidade.

Sobre dezembro de 2015, quando as associadas licenciaram 4,9 mil unidades, a queda foi um pouco menor, de 25,3%.

Segundo a entidade, o resultado do primeiro mês do ano reflete a mesma situação conjuntural que afetou o desempenho do mercado ao longo de 2015. Diante da incerteza dos cenários político e econômico, os consumidores continuam postergando suas compras e ponderando investimentos. Sobre os importados interferem de forma mais contundente a taxa de câmbio nos níveis atuais que continua impactando fortemente todas as atividades de importação.

“O ano começa no mesmo ritmo de 2015, com queda nas vendas, sinalizando que o consumidor ainda permanece refratário a investir e aguardando sinais nítidos de que haverá melhora da economia”, declara presidente da Abeifa, Marcel Visconde.

O desempenho da produção nacional de veículos das marcas associadas à Abeifa em janeiro também apresentou queda em relação ao mês de dezembro de 2015. As 634 unidades montadas por BMW, Chery e Suzuky produzidas no primeiro mês do ano representaram redução de 56,9 % sobre igual mês do ano passado. Deste total, 390 unidades são dos modelos BMW Série 1, Série 3, X1 e X3. Os Chery Celer hatch e sedã somaram 89 unidades fabricadas em janeiro, enquanto o jipinho Suzuki Jimny teve 155 unidades produzidas.

Vendas de veículos têm queda de 39% em janeiro, aponta Fenabrave

Vendas de veículos têm queda de 39% em janeiro, aponta Fenabrave

Licenciamentos somaram 155,3 mil unidades, entre leves e pesados

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23370/vendas-de-veiculos-tem-queda-de-39-em-janeiro-aponta-fenabrave

REDAÇÃO AB

O ano já começou fora da curva para o mercado automotivo: as vendas de veículos tiveram queda de 39% no primeiro mês de 2016 ao somarem 155,3 mil unidades, entre leves e pesados, contra os 253,7 mil veículos registrados em igual período de 2015, segundo dados do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam) e divulgados na segunda-feira, 1º, pela Fenabrave, a associação dos concessionários. Sobre dezembro de 2015, os licenciamentos de janeiro foram 21,5% menores.

- Veja aqui os dados da Fenabrave.

A maior retração foi registrada pelo segmento de veículos pesados que engloba caminhões e ônibus. Com 5,6 mil unidades, sendo 4,3 mil caminhões, os licenciamentos ficaram 43,5% abaixo do verificado há um ano, quando o mercado absorveu 9,9 mil veículos. O índice de queda de 43% é o mesmo tanto para caminhões quanto para ônibus.

Já o emplacamento de leves que inclui automóveis e comerciais leves caiu em proporção um pouco menor menor, de 38,6%, para um total de 149,7 mil unidades, puxado pela queda de 51% dos comerciais leves, com 18,4 mil unidades sobre volume de 37,7 mil do ano anterior. Automóveis somaram 131,2 mil unidades, recuo de 36,3% no comparativo anual.

Em comunicado, o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção, aponta fatores que influenciaram o desempenho neste início de ano:

“Começamos 2016 sem expectativa de crescimento, porém, os resultados de janeiro não devem ser balizadores para as projeções para o ano, pois este mês é atípico historicamente, e carrega aspectos negativos por algumas razões que não se repetem ao longo do ano. Como ocorre tradicionalmente no mês de dezembro, as promoções atrativas de final de ano se destacaram e os consumidores estavam com mais disponibilidade de recursos, em função do 13º salário, provocando alguma antecipação de compra. Esse aumento de demanda no fim do ano passado refletiu, diretamente, no baixo desempenho das vendas em janeiro deste ano, que já é um mês mais fraco em função das despesas extras das famílias, com matrículas e materiais escolares, impostos como IPVA, entre outros que inibem investimentos. Esse ano a retração de janeiro se mostrou ainda mais acentuada na comparação com o mesmo mês de 2015 porque, naquela época, ainda havia veículos disponíveis com redução do IPI, favorecendo o mercado.”

A Fenabrave estima mais uma queda anual após o tombo registrado em 2015 (leia aqui), embora espere certa acomodação do mercado.

“Faremos as revisões [das projeções] a cada três meses para que possamos avaliar melhor o comportamento do mercado e o viés da economia, mas acreditamos que o pior resultado ocorreu em 2015 e que este ano não deve trazer os mesmos níveis de queda”, argumenta Assumpção.