Ford Fiesta turbo é o 1.0 mais potente e caro

Ford Fiesta turbo é o 1.0 mais potente e caro

Por R$ 72 mil, carro com motor EcoBoost custa mais do que o 1.6

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/24181/ford-fiesta-turbo-e-o-10-mais-potente-e-caro

PEDRO KUTNEY, AB | De Campinas/Mogi Guaçu (SP)

Ao lançar o novo Fiesta 1.0 EcoBoost no Brasil, a Ford tem uma difícil equação a explicar ao consumidor, pois inverte completamente a ordem do mercado brasileiro ao transformar um carro equipado com motorização 1-litro em topo de linha, que por quase R$ 72 mil, só disponível em versão única a gasolina e com câmbio automático de dupla embreagem, é o mais caro da família, acima das opções 1.6 do modelo. Com 125 cavalos, o motor EcoBoost que estreia no País é seguramente o mais potente motor 1.0 comercial do mundo, mas aqui também será o mais caro do planeta.

O EcoBoost três-cilindros que passa a equipar o Fiesta tem a mesma base do motor 1.0 fabricado pela Ford em Camaçari (BA) desde 2014 para motorizar o Ka, mas sem turboalimentação ou injeção direta de combustível. Com algumas adaptações, seria possível produzir o propulsor turbinado no Brasil, mas a empresa preferiu não fazer o investimento neste momento e traz o EcoBoost importado de sua fábrica de motores na Romênia. Pela mesma razão, ao menos por enquanto não será oferecida no mercado brasileiro nenhuma versão bicombustível gasolina-etanol. “Seria necessário fazer investimentos para desenvolver o flex. Preferimos ter o produto em tempo mais rápido aqui”, explica Maurício Greco, gerente geral de marketing da Ford Brasil.

Com motor e transmissão importados, o Fiesta ficou mais caro e a solução foi colocar a versão EcoBoost no topo da linha. “O Fiesta sempre foi vendido como um hatch compacto premium, por isso nunca teve motor 1.0 [que normalmente está nos carros mais baratos vendidos no País]. Agora podemos oferecer o 1.0 premium, o mais potente do mercado, com tecnologia avançada”, justifica Greco. Por isso aqui a versão só será vendida com câmbio automatizado de dupla embreagem com seis velocidades. “É que quem compra carros acima de R$ 60 mil no País normalmente busca a opção automática”, diz o gerente.

ESTRATÉGIA ARRISCADA

É difícil entender a estratégia baseada na crença de um consumidor que pode gastar mais para comprar menos – no caso, um carro menor por preço maior. Com o novo Fiesta EcoBoost topo de linha a Ford faz a arriscada aposta de atrair para um modelo compacto clientes que estão migrando dos hatches médios, um segmento em queda, para as crescentes faixas de mercado onde estão os SUVs pequenos ou sedãs médios, com preços parecidos mas mais espaço a oferecer. “Isso agora é possível com o motor mais potente. Queremos vender tecnologia avançada e atingir um cliente que busca itens só presentes em carros superiores, mas que prefere a versatilidade de um hatch compacto”, arrisca Greco.

A Ford não revela quais são as expectativas de vendas da linha Fiesta 2017 nem a estimativa de porcentual que deverá ser representada pela versão EcoBoost. O Fiesta trafega na faixa de cima do segmento de hatches compactos, o maior do mercado brasileiro, com 36% dos emplacamentos este ano. O objetivo é continuar entre os três mais vendidos do País com motorização superior a 1,5 litro – fatia que representa 30% dos emplacamentos da categoria no País e o Fiesta foi o primeiro do segmento em 2014, com participação de 18,2%, e caiu para segundo em 2015, com 13,8%. Cerca de 60% das compras foram das versões equipadas com motor 1.6 e os restantes 40% da 1.5, que agora passa a ser oferecida só para frotistas.

Fabricado em São Bernardo do Campo (SP) desde 2013, o Fiesta vem acumulando desempenhos negativos nos últimos dois anos. De 2014 para 2015 as vendas do hatch caíram 63%, de 108 mil para 40 mil. Este ano, de janeiro a maior, a retração já passa de 66%, com apenas 19,7 mil unidades emplacadas no período. São quedas bastante elevadas e muito acima do recuo médio do mercado, sugerindo que será difícil mudar esse roteiro com preços maiores.

A Ford considera que os principais concorrentes do Fiesta EcoBoost são Hyundai HB20, Peugeot 208, Citroën C3 e Volkswagen Fox. Embora todos tenham acabamento parecido (honesto, mas longe de um carro premium), a Ford aposta que o Fiesta turbinado fará diferença com a potência superior aos dos outros três-cilindros 1.0 turbinados disponíveis no Brasil, o Volkswagen Up! de 101 cv e o Hyundai HB20 de 98 cv.

DESEMPENHO ACIMA DA MÉDIA

Afora as discussões sobre preço e mercado, o fato é que o motor EcoBoost 1.0 se encaixa muito bem no Fiesta. É de fato um propulsor de alta eficiência, apresenta acelerações espertas. Na estrada, as ultrapassagens são fáceis e é fácil fazer o velocímetro passar dos 120 km/h, sem sinais de “esgoelamento” do motor. O torque máximo de 17,3 kgfm já é disponível a partir de apenas 1.400 rpm, coisa que motores 1.6 de potência equivalente só atingem acima dos 4.000 giros, incluindo aí o próprio 1.6 Sigma do mesmo Fiesta, que tem potência igual de 125 cavalos, mas torque inferior, de 15,8 kgfm.

Tudo isso com consumo de 1.0 comum. O Fiesta EcoBoost gasta pouco combustível, é nota A na aferição do Inmetro, com consumo urbano medido de 12,2 km/l e rodoviário de 15,3 km/l, contra 11,2 km/l e 14,9 km/l, respectivamente, do mesmo Fiesta equipado com motor 1.6.

O EcoBoost também é 20% mais rápido que o Sigma 1.6, segundo a Ford, acelerando de 0 a 100 km/h em 9,6 segundos, e de 80 a 100 km/h em seis segundos. O motor tricilíndrico, normalmente mais ruidoso e vibrante, é bastante silencioso no Fiesta – a Ford mediu ruído 5% mais baixo do que o mesmo carro 1.6 de quatro cilindros.

O desenvolvimento do EcoBoost 1.0 foi focado em extrair o máximo de eficiência do motor. Para isso foram agregadas todas as tecnologias disponíveis para reduzir emissões e consumo com ganho de potência. O conjunto da obra envolve turboalimentação de 1,5 bar que viabiliza 50% mais potência e 90% do torque em um a dois segundos de aceleração, injeção direta de combustível, duplo comando variável de válvulas, bokba de óleo variável, coletor de escape integrado, correia banhada em óleo (reduz consumo em 1%, garante menos ruído e não tem manutenção), intercooler e sistema de duplo arrefecimento.

GAMA REVISADA

Para encaixar o novo Fiesta EcoBoost no topo da gama, a Ford revisou toda a linha. As opções com motor 1.5 deixam de ser vendidas no varejo – só frotistas poderão comprar por encomenda. Com isso, a versão de entrada S 1.5 foi extinta. A família Fiesta começa agora no SE 1.6, com o motor Sigma 1,6-litro (que tem os mesmos 125 cavalos do 1.0 turbinado) e câmbio manual de cinco marchas, ao preço sugerido de R$ 51.990. A versão já vem com ar-condicionado, direção hidráulica, alarme, acionamento elétrico dos vidros dianteiros e luz de seta embutida nos retrovisores externos.

Na sequência foram criadas duas versões SEL 1.6, uma com câmbio manual por R$ 58.790 e a automática Powershift por R$ 64.990. Além do pacote da SE, ambas as versões SEL vêm com farol de neblina, rodas de liga leve de 15 polegadas, controle eletrônico de estabilidade e tração (ESC e TCS), assistência de partida em rampa, sensor traseiro de estacionamento, um ultrapassado sistema multimídia Sync (não tem tela tátil nem navegação), ar-condicionado digital e acionamento elétrico de todos os vidros.

Para acomodar os preços nas alturas, as versões Titanium passam a ser chamadas de Titanium Plus, ambas com transmissão automática de dupla embreagem, mas uma com motor 1.6 por R$ 70.690 e a mais cara com o EcoBoost 1.0 por R$ 71.990. Para tentar justificar os valores, a Ford agregou o pacote máximo de acabamento, que além de todos os equipamentos das outras versões acrescenta sete airbags, abertura e fechamento de portas por aproximação da chave-sensor, partida sem chave, bancos revestidos em couro (sintético), faróis cromados, rodas de 16 polegadas, piloto automático de aceleração (cruise control), acendimento automático de faróis e lanternas, sensor de chuva e retrovisor eletrocrômico.

As vendas da linha Fiesta 2017 nas concessionárias começam na segunda quinzena de julho, mas a campanha publicitária na TV começa no início do mês e os interessados já podem configurar o modelo no site da Ford. Serão oferecidos dois planos de financiamento promocionais de lançamento: o EcoBoost poderá ser comprado com taxa zero e parcelamento de 18 meses, as demais versões também serão oferecidas sem juro e prazo maior, de 24 parcelas.

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Nissan libera novo lote de pré-venda do Kicks

Nissan libera novo lote de pré-venda do Kicks

Site do modelo passa a oferecer reserva da versão SL

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/24140/nissan-libera-novo-lote-de-pre-venda-do-kicks

REDAÇÃO AB

A Nissan segue com o esforço de tirar proveito máximo do patrocínio aos Jogos Olímpicos para expor o Kicks, utilitário esportivo que chega ao mercado brasileiro em agosto, acompanhando o início do evento. A empresa anunciou na terça-feira, 21, a liberação de um novo lote para a pré-venda do carro, que já está aberta pelo site do modelo aqui. Agora, além da edição limitada Rio, os clientes poderão reservar a configuração SL, também topo de linha.

Com a novidade, chegam também cinco novas cores, como o Preto Premium da foto. Para efetuar a encomenda, é preciso pagar um sinal de R$ 5 mil. Os preços divulgados para o modelo até agora variam entre R$ 89 mil e R$ 93,5 mil, com adicional de R$ 2,5 mil para os carros com teto na cor Sunset Orange. São aguardadas versões mais básicas e, portanto, mais baratas.

A comunicação intensa para anunciar a chegada do modelo ao mercado inclui filme publicitário com o apresentador Luciano Huck. A Nissan avalia que o esforço já traz resultados. Segundo a fabricante, a procura pelo Kicks é grande, o que motivou a liberação do novo lote para pré-venda. O Brasil será o primeiro mercado global a receber o SUV, ainda que as primeiras unidades sejam feitas no México. Em seguida, ainda em 2016, o modelo começará a ser fabricado na planta de Resende (RJ).

Toyota Prius faz nova tentativa no País

Toyota Prius faz nova tentativa no País

Fabricante segura preço e pede mais incentivos aos híbridos no Brasil

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/24074/toyota-prius-faz-nova-tentativa-no-pais

PEDRO KUTNEY, AB | De Brasília (DF)

A Toyota lança este mês no Brasil a quarta geração do híbrido Prius, desta vez com esperança de tornar a tecnologia melhor compreendida e mais desejada pelos consumidores brasileiros, que até agora compraram pouco menos de 800 unidades da versão anterior, lançada aqui em 2012. Misturando propulsão elétrica com um motor a gasolina, o carro tem como principal atrativo a economia de combustível e redução de emissões. Pode rodar na cidade 18,9 km com apenas um litro de gasolina, segundo medições do Inmetro. O novo Prius será vendido por R$ 119.950, quase R$ 3 mil acima dos R$ 117 mil que eram pedidos pelo modelo anterior, assim continuará sendo o modelo híbrido mais barato do mercado nacional. Ainda assim, segue sendo caro para se popularizar como opção tecnológica ambientalmente amigável. Por isso a fabricante japonesa insiste que os benefícios oferecidos pelo Prius merecem mais incentivos para avançar no País, como acontece em outros lugares do mundo.

A Toyota garante que a nova geração do modelo deveria custar bem mais aqui, devido aos avanços tecnológicos que traz. “Começamos a discutir no início deste ano o preço do novo Prius e esse foi o maior desafio que enfrentei desde que cheguei aqui há 10 meses”, conta o português Miguel Fonseca, vice-presidente executivo da Toyota do Brasil. “Chegamos inicialmente ao valor de R$ 172 mil, que estava longe do que queríamos para propagar a tecnologia. Com muito esforço, baixamos para R$ 135 mil, que consideramos ser um preço justo”, revela.

Foi quando Steve St. Angelo, CEO da empresa para América Latina e Caribe, disse que interferiu para reduzir mais e chegar aos quase R$ 120 mil. “Sou um homem de engenharia e manufatura. Nossa intenção com o Prius não é só vender o carro, mas popularizar a tecnologia híbrida para torná-la viável no País. Por isso fizemos esforços para cortar esse valor ao mínimo possível”, conta. Com o novo Prius mais refinado, melhor desenhado e avançado tecnologicamente, a ideia desta vez é ampliar a gama de clientes para além de frotistas e taxistas, conquistar clientes individuais que compram outros modelos nessa mesma faixa de mercado, mesmo aqueles que não precisam se preocupar em economizar combustível. “Queremos mostrar que o carro não é só uma opção mais ecológica, mas também muito agradável e divertido de dirigir”, destaca o executivo.

Em 2015 o imposto de importação dos híbridos foi reduzido de 35% para 4%, mas a desvalorização do real encobriu o benefício e os preços não baixaram. Adicionalmente, as prefeituras de São Paulo e do Rio de Janeiro isentaram sua parte no IPVA dos híbridos e, na cidade de São Paulo, eles ficaram livres do rodízio municipal. Contudo, as vendas dos quatro modelos disponíveis – além do Prius, o Lexus CT200h (marca de luxo da Toyota), o Mitsubishi ASX e o Ford Fusion Hybrid – não passam de 800 unidades por ano. Enquanto isso, os híbridos já representam 20% das vendas nos 48 países da Europa e no Japão. Este ano os japoneses devem comprar 5 milhões de unidades híbridas.

“Quando lançamos o primeiro Prius, em 1997, perdíamos US$ 10 mil por carro vendido. Nem sei como ficamos no negócio. Mas o governo japonês compreendeu a importância de incentivar a tecnologia que protege o meio ambiente com redução significativa de emissões. Por isso hoje cada Prius vendido no Japão carrega cerca de US$ 1,3 mil em isenções tributárias”, compara Koji Kondo, presidente da Toyota do Brasil. “Agradeço os incentivos já concedidos pelo governo brasileiro, mas ainda não são suficientes. É necessário um desconto maior no IPI para tornar o carro mais acessível aqui”, pede o executivo.

“Acreditamos que a tecnologia híbrida representa o futuro da indústria automotiva, já existem cerca de 9 milhões de carros híbridos circulando no mundo todo, que evitaram emissões de 67 milhões de toneladas de CO2 e economizaram 25 bilhões de litros de gasolina. O Prius foi o primeiro híbrido produzido em massa e começou a mudar o jogo no setor, hoje é o mais vendido do segmento (5,7 milhões já comercializados)”, recorda St. Angelo. “A Toyota tem plano de até 2050 ter 100% de toda sua linha formada por híbridos ou elétricos a célula de hidrogênio. Na nossa visão não há mais espaço para veículos que só queimam um combustível. Estamos vivendo uma revolução, mas estou preocupado que essa evolução está demorando a chegar na América Latina”, destaca o executivo.

FUTURO NA AMÉRICA LATINA

St. Angelo avalia que o novo Prius terá a missão de divulgar mais a tecnologia híbrida aos brasileiros. Enquanto ainda espera receber mais incentivos fiscais, a Toyota tentará fazer mais barulho com a nova geração, cedendo em comodato o carro para frotas e promovendo eventos em universidades, por exemplo.

“É preciso mostrar que dirigir um híbrido é divertido, o carro tem bom desempenho, é econômico e silencioso, reduz sensivelmente o estresse ao dirigir”, ressalta. “Especialmente em cidades como São Paulo o híbrido é perfeito no anda-e-para do trânsito, movendo-se silenciosamente só com o motor elétrico, com grande economia de combustível e redução da poluição. Por isso estou confiante que a tecnologia híbrida tem grande futuro na América Latina”, aposta.

Miguel Fonseca diz ser um “fanático” pela tecnologia e vem dirigindo híbridos nos últimos 15 anos em que trabalhou na Toyota Europa, onde um quarto das vendas da marca são de híbridos. “É atualmente o coração de todas as tecnologias energéticas e tem grande potencial no Brasil, pois é um veículo rápido para abastecer, muito econômico e maleável, inclusive com a possibilidade de se combinar a motorização híbrida com o etanol. O Prius pode pavimentar o caminho para os híbridos no País e tornar possível a fabricação local no futuro”, diz.

EVOLUÇÃO REFINADA

A quarta geração do Prius melhorou sensivelmente em relação a seu antecessor, entregando mais conforto, desempenho, segurança e ainda mais economia. É o primeiro modelo da marca a ser montado sobre a plataforma TNGA (Toyota New Global Architecture, ou Nova Arquitetura Global da Toyota). A quantidade de chapas de aço de alta resistência utilizadas na construção da carroceria aumentou de 3% para 19%, elevando em 60% a rigidez estrutural do veículo para assegurar maior estabilidade e proteção aos ocupantes em caso de colisão.

O Prius ganhou desenho com traços triangulares que deram ao carro uma nova identidade, mais marcante e esportiva. Seu centro de gravidade está mais baixo e o coeficiente aerodinâmico (Cx) foi reduzido de 0.25 para 0.24, o menor do mundo em um carro desta categoria, resultando em melhor desempenho. A distância entre-eixos de 2,7 metros foi mantida, mas todas as outras dimensões cresceram um pouco. Mais longo, mais largo e com a dianteira rebaixada em 70 mm, o novo Prius ficou muito estável e agradável de guiar.

O modelo continua a ser uma referência mundial em baixa emissão de poluentes, ejetando no meio ambiente cerca de 40% menos CO2 na comparação com um veículo convencional. Pelas medições do Inmetro, o novo Prius é considerado hoje o carro mais eficiente do País, registrando consumo de 18,9 km/l em ciclo urbano e de 17 km/l em rodovias, índices que melhoraram expressivos 24% e 19%, respectivamente, em relação à geração anterior. Quando confrontado com um modelo de mesmo porte a gasolina, é até 52% mais econômico na cidade e 42% na estrada.

Com quase 20 anos de experiência, a Toyota refinou bastante a tecnologia híbrida do Prius. O powertrain combina transmissão automática CVT com dois motores que trabalham combinados: um a gasolina 1.8 VVT-i de 98 cavalos ciclo Atkinson, que privilegia a economia, e outro elétrico de 72 cavalos, que pode trabalhar sozinho em baixas velocidades e ajuda o outro propulsor a combustão quando se requer mais potência, chegando ao total de 123 cv disponíveis. Esse arranjo ficou 11% mais leve e reduziu em 33% o espaço ocupado no novo Prius. Na prática, o propulsor elétrico conduz o carro no anda-e-para do trânsito sem gastar gasolina, mas funciona como um impulsor que oferece torque pleno imediato e tira o carro da imobilidade de forma muito ágil, ajudando o motor a combustão e garantindo prazer de dirigir.

A Toyota também fez bom trabalho no motor a combustão, que aumentou para 40% sua eficiência energética (contra média histórica de 30% da maior parte dos motores), graças a melhorias no sistema de combustão e uso de alto volume de gases no sistema de recirculação de exaustão (EGR). Adicionalmente, a entrada de ar da admissão foi redesenhada para melhorar o fluxo de ar dentro da câmara de combustão, e o sistema de refrigeração foi aprimorado, otimizando a temperatura interna do motor. O atrito dos componentes deslizantes foi reduzido com uso de óleo de baixa viscosidade. O propulsor elétrico está mais compacto e teve sua relação peso/potência melhorada. Em comparação à geração passada, houve redução de 20% nas perdas mecânicas por fricção.

A bateria de níquel, responsável por alimentar o motor elétrico do Prius, antes localizada no porta-malas, foi transferida para a parte inferior direita do banco traseiro, contribuindo para a redução do centro de gravidade e aprimorando a estabilidade na condução do veículo, sem comprometer o espaço interno. Para ajudar na recarga da bateria e garantir maior autonomia elétrica, o Prius tem sistema de frenagem regenerativa, que acumula a energia cinética transformando o motor em gerador elétrico.

Por dentro, o novo Prius subiu de nível, ganhou acabamento de primeira, com bancos, volante e laterais revestidos com couro, painel emborrachado e detalhes em plástico black piano.

O painel de instrumentos 100% digital fica centralizado e engloba duas telas que somam sete abas diferentes com informações de velocímetro, odômetro, funcionamento do sistema híbrido e computador de bordo, que entre outras funções calcula o desempenho de consumo do carro e também o gasto em dinheiro com combustível em diversos períodos de uso. Todas as funções podem ser controladas por meio dos botões no volante multifuncional. O carro também vem de série com headup display, que projeta o velocímetro, informações do sistema híbrido e do navegador virtualmente à frente do motorista.

No centro do painel uma outra e grande tela sensível ao toque mostra o mapa de navegação por GPS e informações do sistema multimídia. No console central o Prius tem sistema de recarga do smartphone por indução – basta deixar o aparelho repousar sobre a “almofada” de recarga (para os celulares que têm essa funcionalidade).

No Prius tudo foi pensado para elevar a eficiência ao máximo. O ar-condicionado elétrico S-Flow não para quando o motor a combustão desliga e reconhece quando os bancos estão desocupados, fechando o fluxo naquela área para aumentar a economia. Faróis e lanternas são 100% em LED, o que garante mais eficiência luminosa e redução do gasto energético.

A Toyota garante que o gasto com manutenção também é reduzido. O motor elétrico substitui as correias e o motor de arranque, além de atuar também na frenagem regenerativa, diminuindo o esforço do sistema de freios.

Com a oferta de grande pacote tecnológico e design mais atraente do que o antigo Prius, a Toyota tentará emplacar mais híbridos no Brasil. Para isso também baixou para R$ 142 mil e R$ 149 mil os preços das duas versões híbridas do Lexus CT200h vendidas aqui. Ainda é uma incógnita se conseguirá sensibilizar os clientes brasileiros, que usualmente, nessas faixas de preços, não dão a mínima para economia de combustível. Mas poderão, eventualmente, posar de ambientalmente corretos com carros que são realmente muito agradáveis de dirigir.

É o Fiat Mobi, mas pode chamar de Uninho

É o Fiat Mobi, mas pode chamar de Uninho

Preços do novo carro de entrada da marca vão de R$ 31.900 a R$ 43.800

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23795/e-o-fiat-mobi-mas-pode-chamar-de-uninho

PEDRO KUTNEY, AB

A Fiat preencheu novamente o espaço deixado pelo Mille desde 2014 na parte inferior de seu portfólio, mas de forma inversa. Enquanto o Mille era a geração anterior do novo Uno que chegou em 2010 e continuou a conviver com o irmão mais velho, o agora lançado Mobi é uma espécie de Uninho – se fosse uma edificação, poderia ser chamado também de “puxadinho” –, que deriva de seu irmão maior com grau de atualização muito parecido. Apesar do design diferente e das dimensões levemente menores, o Mobi compartilha quase toda a base mecânica com o Uno, usa a mesma plataforma e o mesmo conjunto de câmbio e motor flex 1.0 8V de 73/75 cv. O painel de instrumentos também é igual.

As semelhanças não são só de projeto, mas também de mercado. O Mobi, com seis versões versões que variam de R$ 31,9 mil a R$ 43,8 mil, trafega nas mesmas faixas de preço das quatro opções de quatro portas do Uno 1.0, de R$ 32,3 mil a R$ 40,1 mil. No topo da tabela, o carrinho chega a ser até pouco mais caro do que a primeira versão do Uno com motor 1.4, que começa em R$ 43,2 mil. Ainda assim, a Fiat aposta que o Mobi torne-se rapidamente o seu campeão de vendas, com expectativa de 7 mil emplacamentos por mês, de 60 mil a 65 mil este ano, superando o ritmo atual de Palio e Uno.

“O Mobi vem se somar aos nossos carros de volume e esperamos que divida o mesmo território do Uno como conceito de carro urbano funcional, mas a expectativa é que traga mais vendas do que canibalizar o mercado dos outros modelos. O Mobi deverá ser o novo líder de vendas da Fiat e ajudará a reconquistar a liderança do mercado brasileiro este ano (no primeiro trimestre perdida para a GM)”, afirma Carlos Eugênio Dutra, diretor de desenvolvimento de produto da FCA, a Fiat Chrysler Automobiles.

Se não tem grandes avanços a mostrar na concepção do carro, a Fiat já mostrou que investe pesado no marketing para construir “o valor da simplicidade” em torno do carro, a começar pela assinatura da publicidade oficial: “O novo jeito de se mover pela cidade”, que na sequência do texto admite que “não é um carro novo, é um novo conceito de se movimentar” – como se houvesse de fato alguma novidade em ligar um carro e sair dirigindo pelas ruas. Para construir uma imagem “descolada”, além das inserções publicitárias tradicionais, a Fiat também já canalizou fartos recursos para comprar a opinião à venda de blogueiros, pagar a presença de famosos em eventos de lançamento e vai promover festas, chamadas de Mobi Party, em diversas cidades brasileiras.

INVESTIMENTO PARA AGREGAR VALOR


No interior do Mobi, acabamento é simples, mas de boa qualidade. O quadro de instrumentos com computador de bordo é igual ao do Uno. A Fiat vai oferecer como opcional nas versões Like e Way o Fiat Live On, conjunto de aplicativo e doca para o smartphone no centro do painel (embaixo à esquerda na foto acima), que transforma o aparelho em uma central multimídia conectada ao carro.

Impulso adicional ao aumento da produção do Mobi em Betim (MG) deverá vir das exportações para toda a América Latina, incluindo o México, que devem começar em escala crescente nos próximos meses e a Fiat estima que poderão representar até 30% das vendas do modelos. “Muito além de ser mais um hatch em nossa linha, o Mobi traz valor ao portfólio e aumenta nossas possibilidades de exportação. O carro é mais um fruto da engenharia nacional da FCA, uma das poucas fabricantes no Brasil com tamanha capacidade de localização, com design e desenvolvimento próprios, independente da matriz no exterior”, afirma Stefan Ketter, presidente da FCA América Latina. Segundo ele, o investimento total feito no projeto do Mobi foi de R$ 1,3 bilhão ao longo dos dois últimos anos.

Ketter nega enfaticamente que o lançamento do carro tenha sido adiantado com o objetivo de estancar a perda de participação de mercado que a Fiat vem enfrentando. Era esperado que o Mobi fosse lançado com um novo motor três-cilindros, que só deve ficar pronto no segundo semestre deste ano. “Muito pelo contrário, nós atrasamos o lançamento contra as expectativas da companhia, porque queríamos fazer mais ajustes no projeto. Desde o início o modelo foi projetado para usar o motor 1.0 de quatro cilindros atual”, assegura o executivo.

Apesar do envelhecimento do motor 1.0 da Fiat, Dutra destaca que ele segue sendo uma solução econômica para o Mobi, que dependendo da versão é em torno de 60 a 70 quilos mais leve do que o Uno. “Muitas vezes o motor corresponde só à metade do consumo energético do carro, é preciso levar em consideração outros fatores como peso, pneus e aerodinâmica”, explica. O Mobi ganhou selo A no Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular do Inmetro, com consumo urbano medido de 8,4 km/l (etanol) e 11,9 km/l (gasolina), e na estrada de 9,2 e 13,3 km/l, respectivamente. Os números são melhores do que os já obtidos pelo Uno com a mesma motorização.

Comparado com a concorrência, o acabamento do Mobi, embora simples, é bastante aceitável, não chega a ser indigente como em algumas outras marcas. Para uso urbano o carrinho é ágil e oferece condução confortável e suave, com embreagem leve e trocas macias de marcha. É um modelo ideal para um casal. Com entre-eixos de 2,3 metros, 7 centímetros mais curto do que o Uno, o espaço para pernas no banco traseiro é exíguo. O porta-malas de 215 litros (ou 235 se o banco traseiro for colocado mais adiante) é bastante apertado, ainda menor do que os 280/290 litros oferecidos no Uno, mas uma divisória no fundo ajuda a dividir melhor as compras. Para quem não levar passageiros atrás, é possível rebater total ou parcialmente o banco bipartido em um terço e dois terços, e assim dá para acomodar mais bagagens.

Por fora, os designers da Fiat trataram de conferir traços robustos e marcantes ao Mobi, com faróis e lanternas grandes, além de uma grade dianteira sisuda, tudo com o objetivo de fazer o carro maior do que ele realmente é – e assim talvez desviar da aversão do consumidor brasileiro aos modelos subcompactos. Na traseira, a tampa do porta-malas de vidro temperado preto é uma novidade no Brasil – o Volkswagen Up! usa solução parecida na Europa mas para o mercado brasileiro foi adotada a tampa de aço.

PREÇOS


A versão aventureira Way e Way On do Mobi tem suspensão elevada e itens exclusivos, como rodas e a inscrição na tampa do porta-malas.

Para Dutra, a expectativa criada pela imprensa de que o novo carro teria preço de entrada abaixo de R$ 30 mil não deverá frustrar o consumidor. “Esse valor mais baixo poderia fazer algum sentido um ano atrás, não agora com a elvação dos custos”, diz. “Mesmo no caso do nosso carro mais barato, o Palio Fire (que representa 50% das vendas da linha Palio e vai continuar em inha), a versão mais barata não é a mais vendida. O consumidor entende que é mais vantajoso agregar valor e conforto ao produto que está comprando. A estratégia de focar esforços no que é mais barato está ultrapassada. Não queremos mais ser conhecidos como a marca mais barata, mas a que agrega mais valor”, completa.

Nesse sentido, a expectativa é que menos de 10% das vendas do Mobi sejam da espartana versão mais barata, a Easy. Logo acima, a Easy On deve obter de 10% a 15% da demanda. O grosso dos emplacamentos, 55%, deverá se concentrar nas versões intermediárias Like e Like On. A roupagem aventureira Way e Way On ficam com os 20% a 25% restantes.

Colocado à venda em seis versões a partir do próximo sábado, 16, o Mobi mais barato segue o antigo nível de baixo conteúdo praticado em carros de entrada no mercado brasileiro. O Easy (R$ 31,9 mil) vem pelado, com direção mecânica e sequer tem conta-giros no painel de instrumentos. Na sequência, o Easy On (R$ 35,8 mil) tem ar-condicionado, direção hidráulica, regulagem de altura do volante e rodas aro 14. Não há opcionais.

O Mobi Like (R$ 37,9 mil) tem o mesmo conteúdo do Easy On mais vidros e travas com acionamento elétrico, preparação para instalação de som, computador de bordo, chave telecomando, limpador e desembaçador traseiro, maçanetas e retrovisores na cor da carroceria, abertura interna para tampa de e do porta-malas. O Like On (R$ 42,3 mil), sem opcionais, acrescenta rodas de liga leve de 14 polegadas, faróis de neblina, regulagem de altura do banco do motorista, retrovisores elétricos que abaixam sozinhos ao engatar a ré, sensor de estacionamento, tecidos diferenciados nos bancos, alarme e rádio com comandos no volante.

A versão com visual “aventureiro” Way (R$ 39,3 mil) traz todos os itens da Like e acrescenta barras longitudinais de teto, para-choques exclusivos e molduras nas caixas das rodas, além de suspensões mais elevadas. Assim como na versão Like, também é opcional o sistema de som. O topo de linha é o Mobi Way On (R$ 43,8 mil), com o mesmo conteúdo do Like On e o visual do Way, mas com rodas de liga leve 14” diferenciadas e o console de teto com porta-objetos e espelho adicional.

A partir de junho, ainda sem preço definido, a Fiat vai oferecer como opcional nas versões Like e Way o Fiat Live On, conjunto de aplicativo e doca para o smartphone no centro do painel, que transforma o aparelho em uma central multimídia conectada ao carro, com controles no próprio celular e no volante multifuncional. A funcionalidade permite atender e fazer chamadas telefônicas, tocar músicas gravadas ou por streaming, rádio FM, informações sobre calendário, horário e clima, além de rodar qualquer programa de navegação como Waze ou Google Maps.


As versões Like e Like On do Mobi deverão ser as mais vendidas, com participação de 55% do mix, segundo estima a Fiat.

O proprietário de um Mobi também poderá equipar o carro com os acessórios Mopar na rede de concessionárias Fiat. São mais de 40 itens, como retrovisor com câmera de ré, alarme, central multimídia, protetor solar de para-brisa, porta-óculos, pedaleira esportiva, bagageiro de teto tubular, rede elástica para porta-malas, par de bolsas expansíveis, kit malas, capa de tecido toalha para bancos, capa para transporte de animais e cinta para prancha de surf, entre outros.

O Mobi tem garantia total de fábrica de três anos e o comprador poderá optar por pacotes de revisões programadas no momento da aquisição, podendo diluir os valores, se desejar, nas parcelas do financiamento. Também será oferecida garantia estendida de 12 ou 24 meses.

Peugeot renova 208, mas mantém patamar de preços

Peugeot renova 208, mas mantém patamar de preços

Com motor 1.2, carro parte de R$ 48.190 e recebe título de mais econômico do Brasil

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23736/peugeot-renova-208-mas-mantem-patamar-de-precos

GIOVANNA RIATO, AB | De Fortaleza (CE)

Como parte do esforço para dar a volta por cima no mercado brasileiro, a Peugeot atualiza o 208. Apresentado pela montadora como hot hatch, o carro teve mudanças estéticas, ganhou novos equipamentos, mas a principal novidade é mesmo o motor PureTech 1.2 flex de três cilindros, que equipa algumas versões e leva a sério a tendência de downsizing, que prioriza potência e baixo consumo de combustível. Neste quesito o carro passa com louvor: a configuração garantiu ao modelo o título de automóvel mais econômico do Brasil na etiquetagem veicular do Inmetro (leia aqui).

A atualização foi apenas do veículo. Os preços começam exatamente no mesmo patamar, de R$ 48.190 na versão mais simples, a Active com câmbio manual e o novo motor 1.2 em substituição ao 1.5, que deixa de equipar a família 208 e, até que seja completamente substituído, permanece em outros carros da gama da PSA Peugeot Citroën. Serão oferecidas sete configurações do carro, com preços que chegam a R$ 78.990 na GT com motor 1.6 THP de 173 cv, que promete aceleração de zero a 100 km/h em 7,6 segundos. As versões intermediárias Active Pack, Allure com câmbio manual e Griffe, com transmissão automática, também permanecem com preços inalterados.

Desde a configuração mais simples, o 208 segue a estratégia da empresa de oferecer sempre bom nível de equipamentos. No caso, o modelo já vem de fábrica com itens como ar-condicionado, lanternas de LED, direção elétrica, volante com regulagem de altura e profundidade, além de vidros, travas e retrovisores elétricos. “Temos coerência no nosso posicionamento de marca. Nossos clientes esperam design e conforto”, destaca Ana Theresa Borsari, diretora geral da Peugeot no Brasil.

O visual do modelo está alinhado com o do vendido na Europa, com algumas adaptações para o mercado local. Internamente o carro recebeu o i-Cockpit, que traz o painel de instrumentos em posição elevada para que o condutor não desvie o olhar da pista, além de nova central multimídia. Os materiais de acabamento e tecidos dos bancos também foram renovados.

Segundo a Peugeot, o 208 é a opção mais em conta se for considerado o mesmo nível de equipamentos em concorrentes como o Ford New Fiesta, Hyundai HB20, Fiat Punto e Chevrolet Onix. O motor 1.2 que equipa o carro agora tem 90 cv de potência, três a menos do que o propulsor 1.5 oferecido na geração anterior. “Esta diferença é amplamente compensada pela economia de combustível que o cliente vai ter”, assegura Sergio Davico, gerente de produto da companhia. Nos testes do Inmetro, quando abastecido com gasolina, o modelo fez 15,1 quilômetros por litro em ciclo urbano e 16,9 km/l em estradas.

O motor 1.6 é oferecido a partir da versão Allure com câmbio automático de quatro marchas e preço sugerido de R$ 59.090. A opção mais completa, 208 GT, não existe na Europa e foi desenvolvida para o mercado brasileiro. Além da esportividade do motor, o carro traz itens como rodas de liga leve de 17 polegadas, aerofólio e controle de estabilidade.


Peugeot 208 versões Griffe (branco) e GT (vermelho)

MOTOR É PEÇA-CHAVE PARA O INOVAR-AUTO

Ana Theresa enfatiza que o objetivo da marca é ficar distante da imagem de carro popular. Para ela, o motor com menor cilindrada não afeta este plano. “A Peugeot deixou de oferecer motor 1.0 há mais de 15 anos, mas faz tempo que este tipo de propulsor não é mais sinônimo de carro popular. Conseguimos ótima performance com o propulsor 1.2 no 208”, garante.

O motor é uma aposta alta da empresa. Totalmente importado da França no atual patamar elevado do dólar, o propulsor pode tornar mais difícil para a marca manter a margem das vendas do 208. A decisão de trazer a novidade mesmo assim pode ter foco em melhorar a rentabilidade no futuro, garantindo boa performance de eficiência energética no Inovar-Auto. “O novo motor é peça-chave para que a gente alcance as metas do Inovar-Auto”, diz Carlos Gomes, o presidente do grupo na América Latina. A conferência dos resultados do programa acontece ainda neste ano e importar o propulsor pode ser a oportunidade que a PSA Peugeot Citroën encontrou para garantir performance melhor e, eventualmente, conquistar desconto adicional no IPI.

“Temos a produção local nos planos, mas só se o volume chegar perto de 100 mil unidades por ano e quando tivermos previsibilidade melhor do mercado brasileiro”, aponta Gomes. Ele admite que o propulsor será usado em outros modelos, o principal candidato a receber a motorização é o Citroën C3, mas por enquanto só no Brasil. “Na Argentina não tem Inovar-Auto, então não vamos levar o motor para lá.”


Peugeot 208: novo motor 1.2 flex de 3 cilindros e detalhe dos novos bancos e painel

PRODUTO ADEQUADO E ESTRUTURA PRONTA

Com as novidades, a Peugeot espera significativo aumento das vendas do 208. A previsão é de que o patamar atual de 750 a 800 unidades por mês suba para mil carros/mês. “Já temos bom resultado com o novo 2008, que supera a nossa previsão com nível de mil emplacamentos mensais”, compara Ana Theresa. Do volume esperado, 60% a 65% deve ser das versões equipadas com motor 1.2, 25% da configuração Griffe com motor 1.6 e 20% das outras opções com câmbio automático e da topo de linha GT.

A Peugeot não aposta apenas na oferta do novo produto para concretizar estes resultados. O lançamento do 208 é apoiado em ofensiva no pós-venda. O carro tem garantia de três anos e revisões a preço fixo. A empresa oferece ainda plano de fidelização dos clientes que já estão na marca. Eles terão acesso a condições especiais de financiamento, com juros subsidiados pela empresa, além de um bônus de R$ 3 mil, que pode ser usado como o cliente preferir, em desconto no valor do carro, serviços ou acessórios na concessionária. “Com isso, uma pessoa pode trocar seu 208 e sair de carro novo pagando a mesma parcela que pagava no modelo antigo”, diz Davico.

A reestruturação da rede de concessionárias, que acontece desde 2014, também deve impulsionar os negócios. A Peugeot inaugurou mais de 20 lojas nos últimos quatro meses e encerrou março com 103 revendas no Brasil, número que saltará para 126 casas até o fim do ano. “Não é só crescer em número, mas melhorar a oferta para o cliente, estar em regiões importantes. Começamos a nos readequar antes mesmo da crise e hoje estamos do tamanho exato para o mercado, com um modelo de negócio rentável para o nosso concessionário”, garante Ana Theresa.

Segundo ela, a linha de veículos oferecida pela marca no Brasil nunca foi tão atual quanto agora, o que soma mais um ponto a favor. Nas casas da marca a meta é conquistar o cliente ao volante, oferecendo test-drive para que ele sinta os atributos dos carros. “Aumentamos em quatro vezes a nossa frota para testes na rede”, conta a executiva.

A ofensiva na área comercial compõe o plano Acelera Peugeot, que envolve toda a rede de distribuição para melhorar a performance da marca. O esforço já rende resultados. Ana Theresa destaca que a empresa encerrou 2015 com 1,10% de participação no mercado brasileiro. O porcentual cresce gradativamente e alcançou 1,44% em março, segundo a executiva.

Ao enfatizar esta evolução, a marca deixa para trás o discurso de que estava em busca de lucratividade e não de market share e mostra disposição em recuperar ao menos parte da representatividade perdida no Brasil. Com isso, a nova estratégia da empresa indica que as duas coisas caminham juntas e que a Peugeot não está disposta a abrir mão de nenhuma delas.

Nissan lança March “vestido” de Rio 2016

Nissan lança March “vestido” de Rio 2016

Edição limitada a mil unidades será vendida por olímpicos R$ 54 mil

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23617/nissan-lanca-march-vestido-de-rio-2016

PEDRO KUTNEY, AB

Com o objetivo de intensificar sua estratégia de ações relacionadas ao patrocínio dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro que se aproximam (começam em agosto próximo), a Nissan lança a partir desta semana em suas 160 concessionárias no País a versão especial March Rio 2016, que já havia sido mostrada ao público brasileiro ainda como carro-conceito no último Salão do Automóvel de São Paulo, em 2014. É uma edição numerada e limitada inicialmente a mil unidades, baseada na versão topo de linha SL 1.6 de 111 cavalos do compacto March produzido no Brasil há cerca de dois anos na fábrica de Resende (RJ).

A estilização olímpica já nasce quebrando um recorde: o de preço. A versão Rio 2016 criou o March mais caro já vendido por aqui, oferecido por R$ 53.990 na cor preta, valor que aumenta R$ 1.150 caso o freguês queira a pintura branca perolizada ou prata metálico. O departamento de marketing da Nissan estima que 50% das vendas serão do carro preto, 30% do branco e 20% do prata. O pacote é bastante completo, incluindo ar-condicionado automático e digital, direção assistida, câmera de ré e o pacote multimídia Multi-App com sistema de navegação, display colorido de 6,2 polegadas sensível ao toque, leitor de CD e DVD, conexão Bluetooth e wi-fi, download de aplicativos e sistema Android (leia aqui). Contudo, a opção é R$ 2,5 mil mais cara do que a topo de linha SL 1.6 que já oferece todos esses equipamentos.

Por isso a missão principal do March Rio 2016 não é ganhar a medalha de ouro em vendas, mas funcionar como reforço de imagem para a marca, que poderá ter o agradável efeito colateral de aumentar a demanda pelo resto da linha de modelos, ajudando assim a aumentar a participação no mercado brasileiro. “Esta é a nossa primeira ação de produto no ano dos jogos olímpicos. Vamos ter outras. Temos de aproveitar a enorme visibilidade do evento, que tem audiência de 5 bilhões de telespectadores em todo o mundo”, afirma Arnaud Charpentier, diretor de marketing da Nissan no Brasil, que terminou 2015 com 2,5% de market share. “Com mais ações e lançamentos esperamos fechar o ano com pelo menos 3%”, acrescenta o executivo. A principal novidade da Nissan esperada para breve é o SUV compacto Kicks (leia aqui). “Nossa intenção é lançar o mais breve possível”, garante.

FOCO NA IMAGEM

“O estilo mais esportivo do March Rio 2016 deve atrair o público jovem, mas a intenção não é só vender mais, o objetivo principal é reforçar a imagem e dar continuidade à estratégia de produto que celebra os jogos olímpicos”, explica Cristiane Sanches, gerente de marketing de produto da Nissan. Ela acrescenta que as circunstâncias específicas do mercado brasileiro, em que os consumidores estão sempre atrás de novidades, acabaram exigindo novas soluções de design que estão servindo de exemplo para o grupo no mundo: “No Brasil estamos nos tornando uma referência em séries especiais” criadas no Nissan Design America Rio (NDA-R), o estúdio-satélite da empresa no Rio de Janeiro, responsável pela estilização da edição limitada do March.


Detalhes exclusivos do Nissan March 2016: faixas laranja nas saias traseira e dianteira, emblema metálico dos jogos olímpicos (no alto, ao centro), numeração da edição limitada na grade (embaixo, à esquerda) e o logotipo das olimpíadas do Rio de Janeiro colado na carroceria e bordado no tapete.

Para “vestir” o March para as olimpíadas, a Nissan aplicou faixas laranjas nos retrovisores externos e nas saias dianteira e traseira, colou adesivos com o logotipo Rio 2016 também em laranja nas quatro faces do carro, além de fixar três emblemas metálicos nas laterais e tampa traseira com o símbolo dos jogos. Na grade dianteira foi inserida uma pequena moldura plástica laranja onde está gravado o número de fabricação da edição limitada, que vai de 0001 a 1000. O teto pintado de preto (no caso do modelo branco perolizado ou prata metálico) e as rodas pretas de liga leve e 16 polegadas completam o visual externo diferenciado da versão especial. No interior, o March olímpico recebeu tapetes exclusivos e costuras com linha laranja nos bancos.

VW atualiza Gol e Voyage e baixa preços

VW atualiza Gol e Voyage e baixa preços

Com mais conectividade, marca tenta recuperar terreno perdido

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23485/vw-atualiza-gol-e-voyage-e-baixa-precos

PEDRO KUTNEY, AB

Gol e Voyage: reestilização leve por fora e mais conteúdo por dentro
Para tentar recuperar terreno perdido, aVolkswagen investiu R$ 363 milhões na atualização de dois de seus modelos mais vendidos no Brasil, Gol e Voyage, que após anos de liderança em seus segmentos cederam espaço para concorrentes mais modernos. Depois de 27 anos na posição número um do mercado brasileiro, o Gol perdeu o posto há dois anos e hoje é apenas o quinto hatch compacto mais vendido do País. O Voyage também ocupou as primeiras posições mas fechou 2015 na quarta colocação entre os sedãs pequenos. Para mudar esse cenário, a VW aposta na maior oferta de equipamentos e conectividade para ambos os carros, com preços mais baixos do que a concorrência pratica para veículos com o mesmo nível de equipamentos.

Jorge Portugal, vice-presidente de vendas de marketing da Volkswagen do Brasil, afirma que Gol e Voyage são os primeiros de uma nova safra de produtos que buscam atender com melhor custo-benefício as necessidades dos clientes, para tornar a marca novamente uma referência do mercado. O executivo diz que, para atingir esse objetivo, as margens foram sacrificadas. Com isso, os preços da nova versão do Gol estão, em média, 2,5% mais baratos, enquanto a tabela do Voyage baixou 5,7%.

Como exemplo, Portugal citou o preço da versão mais vendida hoje do Gol, a Trendline 1.0 equipada com os opcionais ar-condicionado e sistema elétrico de vidros, travas e retrovisores, que tinha preço sugerido de R$ 38.790 e, nos cálculos da montadora, deveria passar a R$ 39.600 com o novo motor 1.0 seis cavalos mais potente e outras atualizações. “Mas para o carro nesta configuração vamos cobrar R$ 37.690, ou R$ 1.910 a menos do que deveríamos estar cobrando”, destacou o executivo. O “desconto” projetado para o Voyage Trendine 1.0 é ainda maior, de R$ 3.520, considerando que o sedã custava R$ 46.090, deveria custar R$ 47.310 e será vendido a R$ 43.790.

Em uma comparação com os quatro concorrentes que hoje vendem mais do que o Gol (pela ordem, Chevrolet Onix, Fiat Palio, Hyundai HB20 e Ford Ka), todos na configuração mais demandada atualmente pelos clientes, incluindo ar-condicionado, direção assistida, trio elétrico e sistema de som, a Volkswagen afirma que seu hatch é de R$ 2 mil a R$ 5 mil mais barato. “Reposicionamos o carro, o custo-benefício é diferente”, afirma Henrique Sampaio, gerente de marketing de produto.

Os pacotes de opcionais estão mais concisos e menos confusos. A versão de entrada Trendline é bastante espartana, mas já vem de série com direção hidráulica, ajuste de altura do banco do motorista e acionamento elétrico de vidros dianteiros e travas. Os únicos opcionais são ar-condicionado e sistema de som. A opção intermediária Confortline já vem com tudo isso incluído e pode receber o pacote opcional de conectividade mais completo. “Estamos reduzindo os opcionais, é algo que o cliente não quer mais, porque não entra na valorização do carro”, explica Sampaio.

MENOS POR FORA E MAIS POR DENTRO

Os novos Gol e Voyage que chegam às concessionárias este mês passaram por uma leve reestilização externa e ganharam mais conteúdo interno. Por fora, as linhas foram quase que imperceptivelmente retocadas, com vincos reforçados para “alargar” o visual e mudanças maiores nos faróis e lanternas, que deixaram os modelos mais alinhados com o design global da Volkswagen.

Por dentro estão as grandes diferenças em relação à geração anterior (de 2012), com painel completamente novo, incluindo o quadro de instrumentos (cluster) com computador de bordo central multiconfigurável, além de sistema de infoentretenimento opcional que pode espelhar as funções do smartphone na tela central, por meio das interfaces Mirror Link, Apple Carplay e Android Auto. Na configuração mais completa, Gol e Voyage agora estão mais parecidos com os carros globais da VW.

Ambos agora têm a arquitetura eletroeletrônica global da VW, assim como já aconteceu com o Fox em 2015. Os carros podem receber sistema completo de conectividade e navegação GPS, com a instalação de dois tipos de tela sensível ao toque no centro do painel, que podem ser de série ou compradas como opcional, a depender da versão do modelo. Sinal dos tempos em que o celular virou parte do corpo humano, todas as versões de Gol e Voyage podem ter opcionalmente um suporte original de fábrica para fixar o smartphone em um pequeno pedestal no centro do painel.


Os quatro tipos de sistema de infoentretenimento oferecidos nos novos Gol e Voyage: da esquerda para a direita, Media, Media Plus, Composition Toch e Discover Nav

São quatro opções de sistema de infoentretenimento para os dois modelos. O mais básico é o Media, disponível apenas como opcional na versão de entrada Trendline. Sem tela, conjuga rádio AM/FM com entradas para reprodução de arquivos de som por SD Card, USB e auxiliar, além de conexão via Bluetooth e microfone para falar ao telefone celular. A versão intermediária Confortline já vem de série com o Media Plus, que acrescenta CD player, reprodução de iPod/iPhone via USB e o Parking System, com alarmes sonoros que ajudam a estacionar. Esta opção já vem preparada para receber comandos dos botões do volante multifuncional – opcional para a versão Confortline e de série na Highline.

Já o topo de linha Highline vem equipado com o sistema Composition Touch – que pode ser instalado opcionalmente nas versões Confortline. Tem todas as funções já citadas e tela sensível ao toque de cinco polegadas, que espelha funções do smartphone.

O sistema mais completo Discover Media tem navegador GPS e só pode ser agregado como opcional nos Gol e Voyage Confotline ou Highline. A tela tátil é maior, de 6,33 polegadas, e mostra o monitoramento do sensor de estacionamento, ajuste gráfico do som, interatividade por comandos de voz e pareamento de até dois celulares por Bluetooth, incluindo a leitura de mensagens SMS nos alto-falantes.

Para o lançamento, nos três próximos meses a Volkswagen vai vender com preços mais baixos a versão especial Gol Connect, que tem todos os equipamentos da opção Confortline mais o pacote completo de conectividade Discover Media. Esta versão também tem acabamento interno exclusivo, com apliques azulados, e uma cor externa única, Azul Lagoon. “Vamos fazer cerca de 700 unidades só para o lançamento”, promete Sampaio.

NOVO E VELHO MOTORES

As versões 1.0 dos novos Gol e Voyage agora usam só o novo e eficiente motor MSI, da família EA211, de três cilindros e 82 cavalos abastecido com etanol (ou 75 cv com gasolina), o mesmo que estreou em 2013 no Fox e em 2014 no Up!, com bloco e cabeçote de alumínio. Ele é 10% mais potente e 8% mais econômico do que o antigo motor 1.0 EA111 de quatro cilindros, que agora foi definitivamente aposentado pela Volkswagen no Brasil.

Já as versões 1.6 vão continuar a usar o velho powertrain quatro-cilindros EA111 de 104/101 cv, com bloco de ferro. Existe a opção de câmbio manual ou automatizado I-Motion. O novo 1.6 MSI quatro-cilindros EA211 de 120 cv, que já equipou o Gol Rally e é usado em algumas versões do Fox e Golf, não será mais oferecido na linha Gol e Voyage.

Também não está nos planos a oferta no Gol e Voyage do motor 1.0 turbinado que equipa o Up! TSI. “Avaliamos que o motor 1.6 EA111 atende 100% o que o mercado demanda para esse produto”, diz Sampaio.

APRENDIZADO

Desenvolvido no Brasil e lançado pela primeira vez em 1980, em seus 36 anos de mercado com 6,7 milhões de unidade vendidas no Brasil e 1 milhão exportadas para 60 países, o Gol é o carro mais produzido, vendido e exportado da história da indústria automobilística brasileira. Por isso o modelo serviu de plataforma de aprendizado para a engenharia brasileira da Volkswagen. “Nós aprendemos até hoje com o Gol e sua evolução. Sua robustez é usada como base de todo desenvolvimento no País”, afirma José Loureiro, gerente de desenvolvimento de produto.

Segundo Loureiro, não foi diferente desta vez. Foram 1,2 milhão de quilômetros rodados e milhares de horas de testes de laboratório feitos antes de lançar os novos Gol e Voyage, que se não demonstram grandes renovações ao olhar externo, passaram pelo pente-fino da engenharia. “O carro inteiro foi totalmente recertificado, refizemos todos os testes”, explica Loureiro.

A Volkswagen informa que o investimento de R$ 363 milhões para atualizar os dois modelos envolveu o desenvolvimento de engenharia veicular e de motor, aquisição de bens de capital para modernização do processo produtivo e treinamento dos trabalhadores. A área de montagem final das fábricas de Taubaté e Anchieta (São Bernardo do Campo) precisou de novos dispositivos para o encaixe da estrutura do novo painel que agrega as principais inovações tecnológicas.

Embora renovados e atualizados, os novos Gol e Voyage ainda são montados sobre a plataforma regional PQ24. Eles deverão cumprir uma espécie de mandato tampão pelos próximos dois anos, até que possam ser montados sobre a plataforma modular global MQB, sobre a qual podem ser feitos 43 modelos das marcas do Grupo Volkswagen, como Golf e Audi A3 que já são montados na fábrica de São José dos Pinhais (PR).

Veja abaixo todos os preços dos novos Gol e Voyage:

GOL
• Trendline 1.0: R$ 34.890
• Trendline 1.6: R$ 40.190
• Confortline 1.0: R$ 42.690
• Confortline 1.6: R$ 47.490
• Confortline 1.6 I-Motion: R$ 50.790
• Highline 1.6: R$ 51.990
• Highline 1.6 I-Motion: R$ 55.290
• Connect 1.0: R$ 45.190
• Connect 1.6: R$ 49.990
• Connect 1.6 I-Motion: R$ 53.290

VOYAGE
• Trendline 1.0: R$ 40.990
• Trendline 1.6: R$ 44.590
• Confortline 1.0: R$ 46.490
• Confortline 1.6: R$ 49.790
• Confortline 1.6 I-Motion: R$ 53.090
• Highline 1.6: R$ 55.290
• Highline 1.6 I-Motion: R$ 58.590

Novo popular da Fiat terá motor velho

Projeto X1H de carro compacto usará o antigo propulsor Fire 1.0

Fonte: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23072/novo-popular-da-fiat-tera-motor-velho

PEDRO KUTNEY, AB

Começou esta semana a ser montado em pré-série de testes na fábrica da Fiat em Betim (MG)Projeto X1H, como é conhecido o novo modelo compacto de entrada da marca, que deve ser lançado até abril de 2016 no mercado brasileiro. Será mais um carro novo com motor velho. Segundo fontes relataram a Automotive Business, o veículo será equipado com o propulsor Fire 1.0, já usado em versões do Uno e Palio. Embora tenha recebido melhorias ao longo do tempo, o motor Fire foi desenvolvido há mais de 20 anos.

De acordo com essas fontes, o projeto inicial da FCA (Fiat Chrysler Automobiles) era lançar o citycar com o novo motor GSE (Global Small Engine) de três cilindros, com bloco e cabeçote de alumínio fornecidos pela Teksid, a fundição do grupo (leia aqui). Contudo, a produção do GSE foi reprogramada, agora para agosto de 2016. Como a versão final do compacto entra na linha de montagem em fevereiro, para chegar às concessionárias até o início de abril, a Fiat decidiu usar o velho Fire 1.0 em seu novo carro.

Com essa mudança de planos, é provável que o motor GSE seja oferecido primeiro em outros modelos da marca, especialmente no Uno e Palio. O novo compacto popular só adotaria o GSE mais adiante.

Segundo informações de mercado, o três-cilindros da Fiat terá 80 cavalos, cinco a mais que os 75 cv do Fire 1.0, ficando assim na mesma faixa de potência dos mais recentes motores aspirados tricilíndricos já apresentados no Brasil pela Volkswagen, Hyundai, Ford e Nissan. Espera-se que Renault também lance o seu até o fim de 2016 no compacto Kwid.

O Projeto X1H chega com o objetivo de modernizar a entrada do portfólio da Fiat no Brasil e Mercosul, lugar hoje preenchido pelo Palio Fire, versão da terceira geração do modelo lançada no início dos anos 2000, um dos raros carros que restaram no mercado brasileiro abaixo dos R$ 30 mil. Com tamanho parecido ao do Uno e pouco menor que o Palio – com os quais vai compartilhar diversos componentes, incluindo motores e câmbio –, o novo compacto popular deve justamente ocupar o espaço do Palio Fire, hoje vendido por R$ 28 mil com duas portas e R$ 31,4 mil com quatro, e da versão mais barata do Uno, a Vivace (R$ 29 mil com duas portas e R$ 31,5 mil com quatro).