Modelos fazem sucesso e sobem nas vendas mesmo com crise

Modelos fazem sucesso e sobem nas vendas mesmo com crise

Carros como Renault Sandero, VW Gol e Toyota Etios seguem na contramão da queda geral nas vendas

FONTE: http://www.estadao.com.br/jornal-do-carro/noticias/mercado,modelos-fazem-sucesso-e-sobem-nas-vendas-mesmo-com-crise,29252,0.htm
Thiago Lasco
Renault Sandero registrou maior salto nas vendas em junho
Renault/Divulgação
Renault Sandero registrou maior salto nas vendas em junho

Enquanto o cenário geral das vendas de carros novos registra números negativos – com queda de 18,67% em junho e 25,09% no acumulado do semestre, ante os mesmos períodos de 2015 – alguns modelos destoaram dessa maré baixa. É o caso de Toyota Etios, VW Gol e Renault Sandero.

Os primeiros anos de vida do Etios no Brasil não foram nada fáceis. As linhas externas pouco inspiradas e a cabine, mais espartana do que se esperava de um Toyota, não agradaram.

Aos poucos, porém, o hatch vem reagindo e galgando posições no ranking de vendas: da 20ª colocação em abril, passou para a 16ª em maio e fechou junho em 14° lugar, com 3.291 unidades vendidas.

Esse resultado é fruto das mudanças que a Toyota fez no modelo. O visual não teve alterações, mas os instrumentos digitais deixaram o painel com aspecto menos simples. Além disso, a linha 2017 ganhou a opção de câmbio automático, disponível para todas as versões e com preços a partir de R$ 47.770.

“O Etios começa a cair no gosto do consumidor. Se não pelo estilo, ao menos pelas suas funcionalidades”, diz o consultor de mercado Paulo Roberto Garbossa, da ADK Automotive. “É o começo de uma virada.”

Receita parecida também surtiu efeito positivo nas vendas do veterano Gol. Outrora queridinho do Brasil, ele perdeu espaço para rivais mais atualizados, como Chevrolet Onix e Hyundai HB20, e correu o risco de sair da lista dos dez mais vendidos.

Para reverter o quadro, a Volkswagen reforçou o conteúdo do hatch, que finalmente ganhou uma central multimídia digna, além de melhorias em painel, acabamento e visual. Com isso, ele voltou à terceira posição em abril e maio – e só fechou junho em quarto lugar, com 5.943 unidades, porque foi desbancado pelo Sandero.

Disparada. Foi do hatch da Renault, aliás, o maior salto registrado em junho. Foi a primeira vez que o modelo figurou no ranking geral em terceiro lugar.

Com 6.013 unidades vendidas, ele ficou atrás apenas do líder Onix (11.566 exemplares) e do HB20 (9.533 carros).

Ao contrário de Gol e Etios, porém, o Sandero não recebeu nenhuma mudança significativa no visual (que foi atualizado no final de 2014) ou no conteúdo. Mas uma olhada mais atenta nos números pode explicar o sucesso inesperado.

Das unidades de Sandero comercializadas em junho, mais da metade foi para pessoas jurídicas: 3.530 exemplares, o que inclusive lhe assegurou a segunda colocação no ranking de emplacamentos por venda direta, atrás apenas do Onix.

Já no ranking de vendas a varejo, em que constam as aquisições feitas por pessoas físicas, o modelo aparece bem mais atrás, em 13° lugar, com 2.483 exemplares.

Isso pode sinalizar que o Sandero, apreciado por frotistas pela combinação de espaço interno e custo-benefício, pode ter sido negociado em contratos de grande número de unidades – com locadoras, por exemplo –, que produziram impacto significativo na conta final.

Confira os resultados da indústria automotiva no 1º semestre

Confira os resultados da indústria automotiva no 1º semestre

Anfavea divulga dados de mercado doméstico, produção e exportação de janeiro a junho

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/24218/confira-os-resultados-da-industria-automotiva-no-1o-semestre

REDAÇÃO AB

A Anfavea, associação dos fabricantes de veículos, divulgou na quarta-feira, 6, os dados da indústria automotiva no primeiro semestre de 2016. Os números seguem contraídos, com baixa no mercado doméstico e na produção e aumento nas exportações entre janeiro e junho de 2016.

Clique nos links abaixo e confira a análise completa dos dados:

•VENDAS DOMÉSTICAS
Junho: 171,8 mil (+2,6% sobre maio e -19,2% sobre junho de 2015)
Janeiro a junho: 983,5 mil (-25,4% sobre jan-jun de 2015)

•PRODUÇÃO
Junho: 182,6 mil (+4,2% sobre maio e -3% sobre junho de 2015)
Janeiro a junho: 1,016 milhão (-21,2% sobre jan-jun de 2015)

•EXPORTAÇÕES
Junho: 43,3 mil (-7,5% sobre maio e -9,6% sobre junho de 2015)
Janeiro a junho: 226,6 mil (+14,2% sobre jan-jun de 2015)

•MANTIDAS AS PROJEÇÕES PARA 2016

Vendas devem ficar em 2 milhões de veículos em 2016

Vendas devem ficar em 2 milhões de veículos em 2016

Com resultados fracos até maio, Anfavea revisa as projeções para a indústria

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/24061/vendas-devem-ficar-em-2-milhoes-de-veiculos-em-2016

GIOVANNA RIATO, AB

Antonio Megale, presidente da Anfavea (foto: Mário Curcio)
Demorou, mas a Anfavea, associação dos fabricantes de veículos, não escapou de revisar as projeções para 2016. A entidade reduziu a expectativa de vendas para 2,08 milhões de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. O palpite anterior era de que o mercado interno alcançaria 2,44 milhões de unidades. “Aguardamos o cenário ficar mais estável para rever as expectativas, com mais previsibilidade política e econômica”, destaca Antonio Megale, presidente da Anfavea desde abril.

-Veja aqui os dados da Anfavea

O executivo acredita que a mudança de governo por si só já deve trazer melhora na confiança do consumidor. “Precisamos agora buscar estabilidade, com regras claras que garantam visão de pelo menos um ano. Assim as empresas podem programar seus investimentos”, diz, destacando a necessidade de detalhar mudanças nas condições de crédito e na legislação para a indústria.

A Anfavea se prepara para apresentar os números e a situação do setor automotivo para o governo interino. “Teremos reuniões nas próximas semanas para mostrar o cenário de forma aprofundada”, conta. Entrará na pauta da conversa a continuidade do Inovar-Auto, que termina em 2017. O presidente da Anfavea diz que a entidade prioriza três pilares no programa: incentivo à pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias, metas de eficiência energética e reforço à cadeia produtiva. “Com a crise, os fornecedores ficaram ainda mais fragilizados”, avalia.

JANEIRO A MAIO TEM PIOR RESULTADO EM 10 ANOS

O patamar de vendas precisará melhorar nos próximos meses para que a expectativa da associação se cumpra. Nos primeiros cinco meses de 2016 a entidade aponta que a média diária de vendas variou entre 7 e 8 mil emplacamentos/dia. A previsão é de que este número suba para 8,5 mil veículos/dia até o fim do ano.

De janeiro a maio foram vendidos no Brasil 811,7 mil veículos, com retração de 26,6% na comparação com o mesmo intervalo de 2015. O volume é o pior para o período desde 2006. O mercado de leves caiu 26,4%. Já a demanda por veículos comerciais encolheu mais, com baixa de 31,2% nas vendas de caminhões e de 42,8% nos negócios de ônibus, para 21,3 mil e 4,7 mil unidades, respectivamente.

Apesar da redução, a queda vem diminuindo, com sutil melhora no patamar do mercado na comparação com os meses anteriores. Os dados isolados de maio mostram que foram negociados 167,4 mil veículos no mês, resultado 2,8% melhor do que o de abril, mas 21,3% abaixo do registrado há um ano.

NOVAS PROJEÇÕES PARA PRODUÇÃO E EXPORTAÇÕES

As perspectivas para produção e exportação de veículos também foram revistas pela Anfavea. No início do ano a entidade anunciou que esperava crescimento de 0,5% na fabricação de leves e pesados, para 2,44 milhões de unidades. A projeção agora é de que a produção chegue a apenas 2,29 milhões de unidades, com queda de 5,5% sobre 2015.

A redução só não é maior porque a associação acredita que as exportações puxarão as vendas. Os negócios internacionais devem chegar a 507 mil veículos, com aumento de 21,5% sobre o resultado de 2015.

Lucratividade das montadoras pode crescer com novos serviços

Lucratividade das montadoras pode crescer com novos serviços

MacKinsey mede o impacto da chegada de carros autônomos e compartilhados

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/24003/lucratividade-das-montadoras-pode-crescer-com-novos-servicos

REDAÇÃO AB

Os carros autônomos, elétricos e o compartilhamento de veículos vão gerar bons negócios para a cadeia automotiva nos próximos anos. A conclusão é do estudo Revolução Automotiva, da McKinsey & Company, que verifica como as tecnologias disruptivas poderão transformar o setor nos próximos 15 anos. O levantamento indica que, apesar da perspectiva de redução das vendas de veículos, novas oportunidades de negócio impulsionarão expansão da ordem de 2% até 2030.

A consultoria aponta que demandas por produtos e serviços hoje praticamente inexistentes – como o compartilhamento de automóveis, que tende a ser aprimorado com a chegada de modelos autônomos nos próximos anos – devem gerar um grande mercado. Estas demandas movimentarão US$ 1,5 trilhão até 2030, segundo o estudo. O montante traria crescimento de 30% nos ganhos da cadeia automotiva. Em 15 anos, um em cada 10 carros vendidos será destinado ao uso compartilhado. Deste total, 15% terão sistema autônomo de condução.

O caminho mais promissor para acompanhar o cenário de transformação, conforme aponta a consultoria, é que as montadoras encarem a mobilidade como um serviço e se reposicionem no mercado. Além da mudança da noção de posse do veículo, a conectividade e a oferta de soluções via aplicativos devem se tornar fontes de receitas, indica o levantamento.

A chegada de novos players ao setor automotivo, como as empresas da área de tecnologia, tendem a gerar uma série de novas parcerias com a possibilidade de oferecer produtos inovadores aos consumidores. O estudo prevê que, a partir de 2030, as receitas com novos serviços oferecidos pelas montadoras devem seguir em expansão. O desafio, neste caso, será competir em um mercado mais pulverizado.

Fiat é a que mais perde participação em 2016

Fiat é a que mais perde participação em 2016

Marca entregou quase quatro pontos porcentuais no início do ano

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23907/fiat-e-a-que-mais-perde-participacao-em-2016

PEDRO KUTNEY, AB

Passado o primeiro terço de 2016 com profunda recessão no Brasil, quando apenas uma fabricante de veículos (a General Motors) conseguiu ultrapassar a barreira de 100 mil unidades vendidas, a Fiat foi a marca que mais perdeu participação de mercado no período. Foram perdidos quase quatro pontos porcentuais (3,87), descendo seu domínio para 15,2%, o que fez a marca cair para o segundo lugar no ranking entre as mais vendidas no País. Apesar das boas vendas das picapes Strada e da recém-lançada Toro, com o restante do portfólio desatualizado e centrado em produtos de baixo valor, justamente o segmento mais afetado pela crise, a Fiat apurou queda nas vendas de 42,3% na comparação com janeiro a abril de 2015, um tombo muito maior do que a retração média de 27,6% observada no primeiro quadrimestre do ano.

O buraco de mercado deixado pela Fiat abriu espaço para a GM assumir o primeiro posto do mercado nacional de veículos leves. Apesar do recuo expressivo em suas vendas também acima da média geral, de 30,4% entre janeiro e abril na comparação com mesmo período do ano passado, a fabricante continua embalada pelo bom desempenho do Chevrolet Onix, que representou quase metade dos emplacamentos da marca e foi o carro mais vendido do País no período. Com isso, a GM perdeu bem menos participação, 0,65 ponto, ficando com 16,3%. Essa performance mostra que não foi a GM que ganhou o topo do ranking de veículos leves, mas a Fiat que perdeu – e espera recuperar com a crescente procura pela Toro e após o lançamento de seu novo subcompacto, o Mobi, que começou a ser vendido no fim de abril.

A Volkswagen também continua perdendo participação de mercado de maneira galopante: cedeu 2,3 pontos e desceu a 13,6%, o menor nível em mais de cinco décadas, após registrar retração nas vendas de 38% no primeiro quadrimestre. Foi o terceiro pior desempenho porcentual do período entre as 10 marcas mais vendidas do País, só perdendo para Fiat e Ford (nesta ordem). A renovação de portfólio promovida até agora não sensibilizou os consumidores, mas ao menos foi suficiente para evitar perdas maiores, mantendo inalterada a terceira posição da marca no ranking.

Do quarto posto para baixo aconteceu uma pequena revolução de posições. No primeiro quadrimestre a Hyundai saltou para a quarta colocação do ranking, com ganho de 2,4 pontos porcentuais de market share, que subiu a inimagináveis 10%. O recuo nas vendas de 4,6%, bastante inferior à média de mercado de janeiro a abril, mostra que continua alto o interesse do consumidor pela linha HB20, produzida em Piracicaba desde 2012 sempre com alto índice de demanda. Os HB20 hatch foi o segundo carro mais vendido do País nos primeiros quatro meses do ano.

Logo abaixo vem a Toyota, que com a boa procura por todos os carros que faz no País (Corolla e Etios hatch e sedã) subiu ao quinto posto do ranking nacional, com ganho de 2,3 pontos porcentuais de market share, que subiu para 8,9%. A marca também registrou queda nas vendas no quadrimestre, mas de apenas 2,4%, bastante abaixo da grande depressão do mercado no período.

Hyundai e Toyota atropelaram a Ford, que perdeu para as duas seu tradicional posto de quarta fabricante que mais vende do País, após queda de 41,7% nos emplacamentos de seus modelos no primeiro terço de 2016. Com isso, a Ford cedeu dois pontos porcentuais de participação de mercado e fechou o quadrimestre com 8,5%. Apesar de o Ka hatch ter sido o terceiro carro mais vendido entre janeiro e abril, a marca carece de outros best sellers – o mais bem colocado após o Ka é o EcoSport em 19º lugar.

A Renault, que até 2014 ocupava a quinta posição entre as marcas mais vendidas do mercado brasileiro, foi sendo ultrapassada nos últimos tempos, terminou 2015 em quinto lugar e desceu para o sétimo no primeiro quadrimestre de 2016, mesmo posto de um ano atrás, ainda que com ligeira recuperação de participação, 0,17 ponto, fechando o período com 7,1%. Sem renovações importantes, as vendas da marca caíram 25,9%, praticamente em linha com o padrão geral observado de janeiro a abril.

Graças ao estouro de demanda pelo HR-V, um SUV com preços acima de R$ 70 mil que foi o sexto carro mais vendido do País entre janeiro e abril, a Honda conseguiu manter seu oitavo lugar no ranking, com ganho de 1,32 ponto porcentual de participação, agora em 6,7%. Ainda assim, as vendas da marca caíram quase 10% no quadrimestre.

Depois do lançamento em 2015 do Renegade fabricado em Pernambuco, a Jeep ganhou volumes nunca antes atingidos no Brasil, fazendo a marca de um ano para outro saltar da 21ª para a nona posição do ranking nacional. Foi a única que registrou crescimento, de 879% no primeiro quadrimestre, isso porque as vendas do Renegade só começaram em maio do ano passado e deixam a base de comparação distorcida. Nos primeiros quatro meses de 2016 a Jeep conquistou 2,64 pontos porcentuais de participação, o maior avanço entre todas as marcas, subindo para 2,85%.

Sem conseguir elevar a demanda pelos March e Versa produzidos em Resende (RJ), a Nissan perdeu uma posição no ranking brasileiro, descendo da nona para a décima colocação, mesmo com pequeno ganho de 0,39 ponto em sua participação de mercado no primeiro quadrimestre, que chegou a 2,7%. As vendas no período se contraíram 15,3%, abaixo do recuo médio.

Abaixo da décima posição do ranking, após profunda reestruturação em sua rede de concessionários a Peugeot parece estar conseguindo ao menos estancar as perdas dos últimos anos. A marca francesa conseguiu avançar 0,34 ponto, elevando levemente sua participação para 1,34%, porque registrou queda nos emplacamentos de 2,46% de janeiro a abril, muito menor do que a média de mercado. Teve assim desempenho bem melhor do que a marca associada do mesmo Grupo PSA, a Citroën, que teve recuo de 24,1% nos emplacamentos e manteve o market share estável em 1,32%, como 12ª mais vendida no País.

Retração maior teve a Mitsubishi que após muitos anos ocupando a décima posição do ranking nacional de vendas de veículos leves, no primeiro quadrimestre desceu para a 13ª colocação, com perda de 0,5 ponto de participação, para 1,26%, e contração nos emplacamentos de expressivos 47,6%.

É o Fiat Mobi, mas pode chamar de Uninho

É o Fiat Mobi, mas pode chamar de Uninho

Preços do novo carro de entrada da marca vão de R$ 31.900 a R$ 43.800

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23795/e-o-fiat-mobi-mas-pode-chamar-de-uninho

PEDRO KUTNEY, AB

A Fiat preencheu novamente o espaço deixado pelo Mille desde 2014 na parte inferior de seu portfólio, mas de forma inversa. Enquanto o Mille era a geração anterior do novo Uno que chegou em 2010 e continuou a conviver com o irmão mais velho, o agora lançado Mobi é uma espécie de Uninho – se fosse uma edificação, poderia ser chamado também de “puxadinho” –, que deriva de seu irmão maior com grau de atualização muito parecido. Apesar do design diferente e das dimensões levemente menores, o Mobi compartilha quase toda a base mecânica com o Uno, usa a mesma plataforma e o mesmo conjunto de câmbio e motor flex 1.0 8V de 73/75 cv. O painel de instrumentos também é igual.

As semelhanças não são só de projeto, mas também de mercado. O Mobi, com seis versões versões que variam de R$ 31,9 mil a R$ 43,8 mil, trafega nas mesmas faixas de preço das quatro opções de quatro portas do Uno 1.0, de R$ 32,3 mil a R$ 40,1 mil. No topo da tabela, o carrinho chega a ser até pouco mais caro do que a primeira versão do Uno com motor 1.4, que começa em R$ 43,2 mil. Ainda assim, a Fiat aposta que o Mobi torne-se rapidamente o seu campeão de vendas, com expectativa de 7 mil emplacamentos por mês, de 60 mil a 65 mil este ano, superando o ritmo atual de Palio e Uno.

“O Mobi vem se somar aos nossos carros de volume e esperamos que divida o mesmo território do Uno como conceito de carro urbano funcional, mas a expectativa é que traga mais vendas do que canibalizar o mercado dos outros modelos. O Mobi deverá ser o novo líder de vendas da Fiat e ajudará a reconquistar a liderança do mercado brasileiro este ano (no primeiro trimestre perdida para a GM)”, afirma Carlos Eugênio Dutra, diretor de desenvolvimento de produto da FCA, a Fiat Chrysler Automobiles.

Se não tem grandes avanços a mostrar na concepção do carro, a Fiat já mostrou que investe pesado no marketing para construir “o valor da simplicidade” em torno do carro, a começar pela assinatura da publicidade oficial: “O novo jeito de se mover pela cidade”, que na sequência do texto admite que “não é um carro novo, é um novo conceito de se movimentar” – como se houvesse de fato alguma novidade em ligar um carro e sair dirigindo pelas ruas. Para construir uma imagem “descolada”, além das inserções publicitárias tradicionais, a Fiat também já canalizou fartos recursos para comprar a opinião à venda de blogueiros, pagar a presença de famosos em eventos de lançamento e vai promover festas, chamadas de Mobi Party, em diversas cidades brasileiras.

INVESTIMENTO PARA AGREGAR VALOR


No interior do Mobi, acabamento é simples, mas de boa qualidade. O quadro de instrumentos com computador de bordo é igual ao do Uno. A Fiat vai oferecer como opcional nas versões Like e Way o Fiat Live On, conjunto de aplicativo e doca para o smartphone no centro do painel (embaixo à esquerda na foto acima), que transforma o aparelho em uma central multimídia conectada ao carro.

Impulso adicional ao aumento da produção do Mobi em Betim (MG) deverá vir das exportações para toda a América Latina, incluindo o México, que devem começar em escala crescente nos próximos meses e a Fiat estima que poderão representar até 30% das vendas do modelos. “Muito além de ser mais um hatch em nossa linha, o Mobi traz valor ao portfólio e aumenta nossas possibilidades de exportação. O carro é mais um fruto da engenharia nacional da FCA, uma das poucas fabricantes no Brasil com tamanha capacidade de localização, com design e desenvolvimento próprios, independente da matriz no exterior”, afirma Stefan Ketter, presidente da FCA América Latina. Segundo ele, o investimento total feito no projeto do Mobi foi de R$ 1,3 bilhão ao longo dos dois últimos anos.

Ketter nega enfaticamente que o lançamento do carro tenha sido adiantado com o objetivo de estancar a perda de participação de mercado que a Fiat vem enfrentando. Era esperado que o Mobi fosse lançado com um novo motor três-cilindros, que só deve ficar pronto no segundo semestre deste ano. “Muito pelo contrário, nós atrasamos o lançamento contra as expectativas da companhia, porque queríamos fazer mais ajustes no projeto. Desde o início o modelo foi projetado para usar o motor 1.0 de quatro cilindros atual”, assegura o executivo.

Apesar do envelhecimento do motor 1.0 da Fiat, Dutra destaca que ele segue sendo uma solução econômica para o Mobi, que dependendo da versão é em torno de 60 a 70 quilos mais leve do que o Uno. “Muitas vezes o motor corresponde só à metade do consumo energético do carro, é preciso levar em consideração outros fatores como peso, pneus e aerodinâmica”, explica. O Mobi ganhou selo A no Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular do Inmetro, com consumo urbano medido de 8,4 km/l (etanol) e 11,9 km/l (gasolina), e na estrada de 9,2 e 13,3 km/l, respectivamente. Os números são melhores do que os já obtidos pelo Uno com a mesma motorização.

Comparado com a concorrência, o acabamento do Mobi, embora simples, é bastante aceitável, não chega a ser indigente como em algumas outras marcas. Para uso urbano o carrinho é ágil e oferece condução confortável e suave, com embreagem leve e trocas macias de marcha. É um modelo ideal para um casal. Com entre-eixos de 2,3 metros, 7 centímetros mais curto do que o Uno, o espaço para pernas no banco traseiro é exíguo. O porta-malas de 215 litros (ou 235 se o banco traseiro for colocado mais adiante) é bastante apertado, ainda menor do que os 280/290 litros oferecidos no Uno, mas uma divisória no fundo ajuda a dividir melhor as compras. Para quem não levar passageiros atrás, é possível rebater total ou parcialmente o banco bipartido em um terço e dois terços, e assim dá para acomodar mais bagagens.

Por fora, os designers da Fiat trataram de conferir traços robustos e marcantes ao Mobi, com faróis e lanternas grandes, além de uma grade dianteira sisuda, tudo com o objetivo de fazer o carro maior do que ele realmente é – e assim talvez desviar da aversão do consumidor brasileiro aos modelos subcompactos. Na traseira, a tampa do porta-malas de vidro temperado preto é uma novidade no Brasil – o Volkswagen Up! usa solução parecida na Europa mas para o mercado brasileiro foi adotada a tampa de aço.

PREÇOS


A versão aventureira Way e Way On do Mobi tem suspensão elevada e itens exclusivos, como rodas e a inscrição na tampa do porta-malas.

Para Dutra, a expectativa criada pela imprensa de que o novo carro teria preço de entrada abaixo de R$ 30 mil não deverá frustrar o consumidor. “Esse valor mais baixo poderia fazer algum sentido um ano atrás, não agora com a elvação dos custos”, diz. “Mesmo no caso do nosso carro mais barato, o Palio Fire (que representa 50% das vendas da linha Palio e vai continuar em inha), a versão mais barata não é a mais vendida. O consumidor entende que é mais vantajoso agregar valor e conforto ao produto que está comprando. A estratégia de focar esforços no que é mais barato está ultrapassada. Não queremos mais ser conhecidos como a marca mais barata, mas a que agrega mais valor”, completa.

Nesse sentido, a expectativa é que menos de 10% das vendas do Mobi sejam da espartana versão mais barata, a Easy. Logo acima, a Easy On deve obter de 10% a 15% da demanda. O grosso dos emplacamentos, 55%, deverá se concentrar nas versões intermediárias Like e Like On. A roupagem aventureira Way e Way On ficam com os 20% a 25% restantes.

Colocado à venda em seis versões a partir do próximo sábado, 16, o Mobi mais barato segue o antigo nível de baixo conteúdo praticado em carros de entrada no mercado brasileiro. O Easy (R$ 31,9 mil) vem pelado, com direção mecânica e sequer tem conta-giros no painel de instrumentos. Na sequência, o Easy On (R$ 35,8 mil) tem ar-condicionado, direção hidráulica, regulagem de altura do volante e rodas aro 14. Não há opcionais.

O Mobi Like (R$ 37,9 mil) tem o mesmo conteúdo do Easy On mais vidros e travas com acionamento elétrico, preparação para instalação de som, computador de bordo, chave telecomando, limpador e desembaçador traseiro, maçanetas e retrovisores na cor da carroceria, abertura interna para tampa de e do porta-malas. O Like On (R$ 42,3 mil), sem opcionais, acrescenta rodas de liga leve de 14 polegadas, faróis de neblina, regulagem de altura do banco do motorista, retrovisores elétricos que abaixam sozinhos ao engatar a ré, sensor de estacionamento, tecidos diferenciados nos bancos, alarme e rádio com comandos no volante.

A versão com visual “aventureiro” Way (R$ 39,3 mil) traz todos os itens da Like e acrescenta barras longitudinais de teto, para-choques exclusivos e molduras nas caixas das rodas, além de suspensões mais elevadas. Assim como na versão Like, também é opcional o sistema de som. O topo de linha é o Mobi Way On (R$ 43,8 mil), com o mesmo conteúdo do Like On e o visual do Way, mas com rodas de liga leve 14” diferenciadas e o console de teto com porta-objetos e espelho adicional.

A partir de junho, ainda sem preço definido, a Fiat vai oferecer como opcional nas versões Like e Way o Fiat Live On, conjunto de aplicativo e doca para o smartphone no centro do painel, que transforma o aparelho em uma central multimídia conectada ao carro, com controles no próprio celular e no volante multifuncional. A funcionalidade permite atender e fazer chamadas telefônicas, tocar músicas gravadas ou por streaming, rádio FM, informações sobre calendário, horário e clima, além de rodar qualquer programa de navegação como Waze ou Google Maps.


As versões Like e Like On do Mobi deverão ser as mais vendidas, com participação de 55% do mix, segundo estima a Fiat.

O proprietário de um Mobi também poderá equipar o carro com os acessórios Mopar na rede de concessionárias Fiat. São mais de 40 itens, como retrovisor com câmera de ré, alarme, central multimídia, protetor solar de para-brisa, porta-óculos, pedaleira esportiva, bagageiro de teto tubular, rede elástica para porta-malas, par de bolsas expansíveis, kit malas, capa de tecido toalha para bancos, capa para transporte de animais e cinta para prancha de surf, entre outros.

O Mobi tem garantia total de fábrica de três anos e o comprador poderá optar por pacotes de revisões programadas no momento da aquisição, podendo diluir os valores, se desejar, nas parcelas do financiamento. Também será oferecida garantia estendida de 12 ou 24 meses.

Enquanto mercado encolheu, vendas da Toyota cresceram 1%

Enquanto mercado encolheu, vendas da Toyota cresceram 1%

Com 41,4 mil carros vendidos, marca alcançou 8,6% de participação

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23769/enquanto-mercado-encolheu-vendas-da-toyota-cresceram-1

REDAÇÃO AB

A Toyota seguiu na direção oposta do total do mercado e conseguiu ampliar em 1% suas vendas no Brasil no primeiro trimestre do ano, para 41,4 mil unidades. O aumento porcentual é pequeno, mas expressivo se considerada a queda de 28,6% do mercado de forma geral, para 481,3 mil emplacamentos. Com o resultado, a montadora alcançou 8,6% de participação nas vendas.

O volume também garantiu à Toyota a quinta posição no ranking das maiores fabricantes de veículos do Brasil, atrás da General Motors, Fiat, Volkswagen, Hyundai e na frente da Ford, que ocupou a sexta colocação no primeiro trimestre do ano. O modelo da marca japonesa mais negociado foi o Etios, com 14,9 mil unidades entre as versões hatchback e sedã, com crescimento de 12% na comparação com o resultado de igual intervalo de 2015.

A demanda pelo Corolla também cresceu. Houve expansão de 4% para 15,2 mil unidades, o que garantiu ao automóvel a liderança do segmento de sedãs médios. Os negócios da empresa foram complementados pelos emplacamentos da Hilux, que somou 8,5 mil, e pela SW4, que teve nova geração lançada recentemente. Foram vendidas 2 mil unidades do modelo.

Brasil pode voltar ao jogo em quatro anos

Brasil pode voltar ao jogo em quatro anos

Definição política tende a calibrar o mercado e trazer previsibilidade

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23686/brasil-pode-voltar-ao-jogo-em-quatro-anos

ANA PAULA MACHADO, PARA AB

Octávio de Barros, economista-chefe e diretor do departamento de pesquisas e estudos econômicos do Brasdeco (Foto: Ruy Hizatugu)
O economista-chefe do Bradesco, Octávio de Barros, fez previsões bem realistas da economia brasileira durante o VII Fórum da Indústria Automobilística, realizado por Automotive Business no Golden Hall do WTC na segunda-feira, 28. Segundo ele, diante de uma definição política, com a saída ou não da presidente Dilma Housseff, o País poderá apresentar um nível de produtividade equivalente ao de março de 2014 – considerado o pico do mercado dos últimos anos – em até quatro anos.

“Uma eventual mudança política deve calibrar o mercado. A volta da previsibilidade é fundamental para a melhora do cenário econômico”, diz Barros.

Com a volta da previsibilidade, conforme o economista, haverá mais disposição para aprovar as reformas necessárias à retomada do crescimento. Uma delas, a da previdência, poderá aliviar o rombo nas contas do governo nos próximos anos.

“Nunca estivemos tão próximos das reformas como agora. Sem crise não se avança. A população ativa no Brasil cresce 0,5% ao ano e a inativa, mais de 4%. Isso precisa ser revisto”, ressalta.

Com as condições de temperatura e pressão resolvidas para este ano, o economista prevê desaceleração do PIB de 2,5%, com câmbio fechando em R$ 3,65, além da inflação um pouco acima da meta, com 6,5%. A taxa básica de juros (Selic) deverá cair quatro vezes ao longo deste ano e em 2017 terá mais duas quedas, resultando em nível abaixo de 10% ao ano.

“Poderemos entrar num curso de recuperação moderada e normal. Tudo depende da resolução da crise política”, conclui Barros.

Globalização pode tirar setor da crise

Globalização pode tirar setor da crise

Para a consultora Letícia Costa, indústria deve focar mercado mundial

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23687/globalizacao-pode-tirar-setor-da-crise

ALEXANDRE AKASHI, PARA AB

Letícia Costa é sócia-diretora da Prada Assessoria (foto: Ruy Hizatugu)
A recessão não vai durar para sempre, mas ainda é difícil pensar em ações pós-crise no meio do turbilhão. Contudo, muito mais do que imaginar navegar em céu de brigadeiro é preciso enxergar o mercado automotivo como um todo e as oportunidades que ele oferece – agora e no futuro – em um momento de profunda transformação da industria.

Esta foi a principal mensagem da consultora Letícia Costa, sócia-diretora da Prada Assessoria, em sua palestra A Crise, as Oportunidades e a Reinvenção dos Negócios, durante o VII Fórum da Indústria Automobilística, realizado por Automotive Business no WTC, em São Paulo, na segunda-feira, 28.

Na visão de Letícia Costa a crise abre oportunidade para uma mudança de mentalidade dos executivos do setor automotivo brasileiro, que devem pensar globalmente para a indústria nacional, para ganhar escala e buscar competitividade internacional. Segundo a consultora, já faz tempo que as empresas fazem a lição de casa: buscam exportar mais, buscam incrementar volumes no mercado doméstico, trabalham o aftermarket, avaliam a cadeia de suprimentos e os fornecedores, fazem proteção de caixa e ajustes de capacidade. “Mas isso não é o suficiente quando pensamos a longo prazo”, afirmou. “A indústria não tem apresentado ganhos sustentáveis nem mesmo quando não há crise”, completou.

LENTIDÃO

Na avaliação da consultora, a recuperação da crise será lenta. Ela prevê retomada do patamar de produção de 2014 somente depois de 2020. “Neste cenário, haverá muita dificuldade para justificar investimentos”, alerta. Por isso, recomenda buscar investir em setores em que a indústria brasileira demonstra maior competência. “Não precisamos ser bons em tudo, mas ser competitivos para quando a crise passar, em 2021, a indústria esteja inserida no contexto global”, argumentou.

Para Letícia, se a indústria nacional não começar a se mexer agora, corre o risco de ficar parada no tempo, enquanto o mundo desenvolve veículos conectados, autônomos, movidos a eletricidade, sob o conceito de mobilidade compartilhada. “Mesmo que o País não tenha infraestrutura para absorver tudo isso, temos de mirar a exportação, dentro de um contexto globalizado, com produtos de qualidade e competitivos”, afirmou.

Para ela, dessa forma o setor se protege da instabilidade e volatilidade do mercado nacional, uma vez que estará inserido em um universo mais amplo e consistente.

Após forte queda, Anfavea sustenta projeção para 2016

Após forte queda, Anfavea sustenta projeção para 2016

Entidade já previa contração nas vendas de veículos no início do ano

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23551/apos-forte-queda-anfavea-sustenta-projecao-para-2016

GIOVANNA RIATO, AB

O baque nas vendas de veículos no primeiro bimestre de 2016 fez o mercado brasileiro encolher para 302 mil unidades, com redução de 31,3% na comparação com o resultado de janeiro e fevereiro de 2015. Apesar da baixa, a Anfavea, associação que representa as montadoras, sustenta a sua projeção para 2016. “Sabíamos que a queda relativa dos primeiros meses do ano seria grande. Traçamos nossa expectativa com base na perspectiva de queda do PIB”, aponta Luiz Moan, presidente da entidade.

-Veja aqui os dados da Anfavea

A perspectiva da entidade é de que as vendas encolham 7,5% este ano na comparação com 2015, para 2,37 milhões de unidades entre automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. Apesar do número negativo, o panorama parece otimista se considerados os resultados do início do ano. Alguns executivos de marcas que atuam no Brasil já apontaram que o total de emplacamentos no mercado interno pode cair para menos de 2 milhões de unidades em 2016.

A projeção da Anfavea foi traçada com base na média diária do terceiro trimestre do ano passado, descontada a expectativa de redução do PIB para 2016 da ordem de 3%. “Erramos o resultado de fevereiro por 2 mil unidades”, diz, na tentativa de provar que a bola de cristal da entidade não está descalibrada. Segundo ele, nas expectativas da Anfavea o mercado interno teria chegado a 148 mil unidades no mês passado. O resultado real foi 148,8 mil emplacamentos, com redução de 5,5% na comparação com janeiro e de 21% sobre fevereiro de 2015.

Moan reconhece, no entanto, que existe um fator capaz de deteriorar ainda mais o ambiente de negócios. “Só temos a perder com a contaminação da política na economia. Isso traz um pessimismo e é um indutor da depressão econômica”, aponta. Segundo ele, caso a crise no governo e as ideologias políticas continuem a gerar conflito no País, a economia e os negócios tendem a piorar.

PIOR 1º BIMESTRE DESDE 2007

O resultado registrado faz de janeiro a fevereiro o pior primeiro bimestre desde 2007, quando foram emplacados 299,7 mil veículos no Brasil. Ainda assim, Moan destaca que houve melhora da média diária de vendas da ordem de 5% em fevereiro na comparação com o mês anterior, o que indicaria tendência de melhora.

O segmento que mais contribuiu para a forte contração das vendas nos primeiros dois meses do ano foi o de pesados. O emplacamento de caminhões encolheu 35,5% sobre o já fraco patamar do início do ano passado, para apenas 4,4 mil unidades entre janeiro e fevereiro. Já a venda de ônibus somou 1,7 mil chassis, com queda de 49,1%.

A demanda por veículos leves teve retração um pouco menor, de 31%, para 292 mil unidades, com queda de 28,9% na demanda por automóveis e de 42,5% na de comerciais leves.

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