Com C3 1.2, Citroën quer entregar baixo custo

Com C3 1.2, Citroën quer entregar baixo custo

Modelo parte de R$ 46.490 com novo motor supereconômico

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/24132/com-c3-12-citroen-quer-entregar-baixo-custo

GIOVANNA RIATO, AB

A chegada do Citroën C3 equipado com motor 1.2 PureTech flex deve ser responsável por segurar o patamar de vendas do hatchback no Brasil, ainda que 2016 seja um ano de contração do mercado. Esta é a expectativa da marca. São estimados 1,1 mil emplacamentos por mês para o compacto, que passa a ocupar a segunda posição no ranking dos modelos mais econômicos à venda no País, atrás apenas do primo Peugeot 208 com o mesmo motor, mas com diferenças de peso e aerodinâmica que favorecem a redução do consumo (leia aqui).

São três versões do C3 equipadas com motor PureTech: Origine, Attraction e Tendance, todas com transmissão manual. O carro é fabricado em Porto Real (RJ), mas o propulsor é importado da França (leia aqui). Os preços começam em R$ 46.490 para a configuração mais básica – R$ 2 mil a mais do que a versão de entrada 1.5 oferecida até então – e já vem com lista generosa de itens de série, incluindo ar-condicionado, direção elétrica, espelhos e travas elétricas, entre outros. Na prática, as três novas opções substituem as antigas versões 1.5 com a promessa de reduzir em 32% o consumo de combustível. Assim, a gama do C3 continua com cinco configurações: as três PureTech mais as duas opções 1.6 com câmbio manual ou automático de quatro velocidades, que foi reescalonado para garantir melhor performance.

A companhia destaca que o modelo recebeu nota AAA na etiquetagem veicular do Inmetro, com consumo de 16,6 km/l na estrada e de 14,8 km/l em ciclo urbano quando abastecido com etanol. Com isso, o automóvel também está mais preparado para atender as metas de eficiência energética do Inovar-Auto, regime automotivo que tem regras estabelecidas até 2017.

CUSTO BAIXO PARA GANHAR MERCADO

A primeira geração do Citroën C3 chegou ao mercado brasileiro em 2003. Desde então foram vendidas 348 mil unidades, um volume expressivo, mas ainda tímido em relação ao potencial do mercado brasileiro de carros compactos nos últimos anos. Dos clientes que já tiveram o modelo, a companhia aponta que 50% afirmam que comprariam novamente.

Na análise da marca, o hatchback atrai consumidores para uma compra emocional, guiada pelo design e estilo do carro. Com o novo motor, o mantra é atrair novo tipo de cliente. “Queremos estimular a compra racional, guiada pela economia e pelas vantagens do modelo”, determina Paulo Solti, diretor-geral da Citröen no Brasil. O principal argumento para isso será o baixo custo.

Levantamento da Jato Dynamics indica que, em três anos de uso, o carro tem o menor custo por quilômetro rodado da categoria, de apenas R$ 0,56. No total, a Citroën garante que circular com o automóvel por 30 mil quilômetros – a média de distância percorrida em três anos – custaria R$ 8,2 mil. O valor leva em conta aspectos como preço do veículo, consumo, seguro, revisão e pneus e deixa para trás concorrentes como Hyundai HB20, Ford Fiesta, Volkswagen Fox, Peugeot 208 e Chevrolet Onix. Segundo a montadora, o modelo leva vantagem até mesmo quando comparado às versões 1.0 destes automóveis.

O apelo de baixo custo não estaria completo sem a política de revisões a preço fixo da Citroën. A empresa segue com a campanha de cobrar apenas R$ 1 por dia para as três primeiras revisões, R$ 365 em cada uma delas. Toda a gama de veículos está dentro desta estratégia, incluindo, mais recentemente, o C4 Lounge. A empresa investe também na melhoria dos serviços e do atendimento em sua rede, que soma cerca de 120 concessionárias. A ideia é figurar entre as três melhores marcas do País em qualidade de serviço.

Com a investida para reduzir o custo de propriedade do C3, a Citroën espera atrair novos consumidores para o modelo e para a marca. O carro será mais uma ferramenta para a companhia manter o patamar de vendas na casa das 30 mil unidades este ano, com estabilidade na comparação com 2015. Outra arma para concretizar o plano é o novo Aircross. “A procura está grande. Estamos vendendo todos os carros que temos no estoque deste modelo”, diz Solti.

Ele lembra que, ao preservar o volume de vendas, a marca deve ganhar espaço no mercado em contração. O executivo estima que o market share chegue a 1,43%, pouco acima da fatia de 1,3% que a Citroën alcançou em 2015. O plano é dobrar este porcentual no longo prazo, com o lançamento de cinco modelos até 2021. “Serão renovações grandes ou carros completamente novos”, afirma Solti, sem dar qualquer pista de quais produtos pretende vender.

Ford lança Fiesta EcoBoost 1.0 em julho

Ford lança Fiesta EcoBoost 1.0 em julho

Motor turbo a gasolina será o mais potente 1.0 do País, com 125 cv

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/24018/ford-lanca-fiesta-ecoboost-10-em-julho

PEDRO KUTNEY, AB

O motor EcoBoost 1.0: no Fiesta brasileiro a partir de julho
A Ford vai começar a turbinar sua linha de veículos produzida no Brasil a partir de julho, quando devem ser iniciadas as vendas do Fiesta EcoBoost 1.0, que com seus 125 cavalos será o mais potente carro com motor de 1 litro disponível no País. A opção será oferecida só em versão a gasolina com câmbio automático de dupla embreagem e seis velocidades. Com a expectativa de demanda inicial baixa, provavelmente por causa do preço que deverá facilmente superar os R$ 65 mil (hoje o Fiesta 1.5 mais barato custa R$ 50 mil), ao menos por enquanto o propulsor será importado da fábrica da Ford na Romênia, para ser montado no Fiesta feito em São Bernardo do Campo (SP).

A fabricante tem condições de fazer o EcoBoost na planta de motores Camaçari (BA), inaugurada há cerca de dois anos, pois já produz lá, para equipar o Ka, o mesmo três-cilindros 1.0 com bloco de ferro-grafite (CGI, fornecido pela brasileira Tupy), mas sem turboalimentação nem injeção direta de combustível.

Nesse aspecto, a Ford leva certa vantagem sobre a Volkswagen, que no ano passado lançou o Up! TSI com o motor EA 211 tricilíndrico turbinado e precisou fazer mais de duas centenas de modificações para adaptar o turbocompressor e a injeção direta ao propulsor. “No nosso caso fizemos o caminho contrário: adaptamos o nosso EcoBoost 1.0 para funcionar sem turbo nem injeção direta. Portanto, não são necessárias grandes adaptações nem reforços estruturais para fazer a versão turbinada”, explica Volker Heumann, engenheiro-chefe de powertrain da Ford América do Sul. Ele garante, no entanto, que a fabricação do EcoBoost no Brasil, embora possível, não está colocada no horizonte próximo. Uma desvantagem para a nacionalização do EcoBoost é que a turbina é fornecida pela Continental, que não fabrica turbos no País. Por enquanto, só a BorgWarner faz aqui turbocompressores para motores otto, usados pela VW.

Ainda sem revelar detalhes de como será a nova configuração da família Fiesta com a inclusão da opção 1.0 turbo, a Ford apenas adianta que o modelo continuará a ser vendido com as outras duas motorizações flex disponíveis hoje, 1.5 de 112 cv e 1.6 de 128 cv. Com a chegada do 1.0 turbinado, a expectativa da Ford é que a partir deste ano 30% de sua linha de veículos no mercado brasileiro seja oferecida com a linha de motores EcoBoost – antes do Fiesta, uma das versões do Fusion já é vendida com o EcoBoost 2.0 de 234 cavalos.

GRANDE FAMÍLIA TURBINADA

A família EcoBoost é bastante ampla, hoje tem sete opções: três cilindros 1.0, quatro cilindros 1.5, 1.6, 2.0 e 2.3, e os V6 2.7 e 3.5, que vão dos 125 a 350 cavalos. “Turboalimentação, injeção direta de combustível e duplo comando variável de válvulas (presentes em todos os EcoBoost) são tecnologias já dominadas e conhecidas. O difícil é tirar a máxima eficiência dessas soluções. O desenvolvimento da linha gerou 275 patentes e construiu um padrão global de sucesso”, avalia Rogelio Golfarb, vice-presidente de estratégia, comunicação e relações governamentais da Ford América do Sul. Ele destaca o crescimento da produção dos carros com motorizações EcoBoost, que atingiou 2 milhões de unidades em 2013 e chegou a 6 milhões em 2015, com expectativa de chegar a 20 milhões em 2020. Hoje a família de propulsores equipa 100% dos veículos vendidos pela Ford na América do Norte e 80% na Europa. “É uma rota tecnológica que nos deu vantagens competitivas globais”, afirma o executivo.

A Ford está entre as primeiras fabricantes globais de veículos que, a partir do início desta década, aderiram à tendência mundial de redução do tamanho de motores ciclo otto com a utilização de turboalimentação e injeção direta de combustível para aumentar a eficiência sem perda de desempenho. “Enquanto a legislação de diversos países limita cada vez mais para baixo as emissões, o consumidor não quer perder performance. Até agora o downsizing com a turboalimentação foi a solução com o custo mais competitivo para comtemplar as duas coisas”, afirma Golfarb.

O EcoBoost 1.0, por exemplo, tem quase a mesma potência do motor 1.6 Sigma TiVCT da Ford, mas é cerca de 20% mais econômico e 20% mais rápido, porque o turbo “enche” em apenas 1,5 segundo ao pisar do acelerador e faz o propulsor atingir seu torque máximo de 170 Nm a apenas 1.400 rpm, mantendo-se no topo até 5.000 rpm, enquanto o 1.6 faz o mesmo só acima das 4.000 rpm. Com isso, segundo medições da Ford, o novo Fiesta EcoBoost 1.0 faz de 0 a 100 km/h em 9,6 segundos, enquanto a versão 1.6 faz o mesmo em 12,1 segundos.

Devido à sua eficiência, o EcoBoost 1.0 já equipa nada menos que 10 modelos da Ford na Europa, incluindo Fiesta, EcoSport, Focus, Mondeo e até algumas versões da van Transit Courier. “É um motor pequeno com coração forte. Tamanha diversidade de aplicações comprova isso”, ressalta Heumann.

Citroën C3 vira supereconômico com motor 1.2

Citroën C3 vira supereconômico com motor 1.2

Modelo recebe propulsor PureTech e tem preços a partir de R$ 46.490

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23999/citroen-c3-vira-supereconomico-com-motor-12

REDAÇÃO AB

A Citroën prepara a chegada do C3 equipado com motor 1.2 PureTech de três ciclindros para junho com preços a partir de R$ 46.490. O modelo será o segundo da gama do Grupo PSA a receber o propulsor, que chegou primeiro na nova geração do Peugeot 208 (leia aqui) e tornou o modelo o mais econômico do Brasil na classificação do Inmetro. Com a novidade, o C3 também deve alcançar o patamar de supereconômico assim como o modelo da marca-irmã.

O motor 1.2 substituirá o 1.5 usado em três versões do carro até então. Dados da Citroën indicam que o novo propulsor garante economia de 32% no consumo e permite desempenho de até 16,6 quilômetros por litro na estrada. O propulsor conta com sistema de partida a frio que dispensa o tanquinho de combustível. A fabricante assegura que, com a atualização, melhora também a performance do C3, que passa a ter 90 cv de potência.

A Citroën já vendeu globalmente 327 mil unidades do C3 PureTech. A companhia aponta que o modelo mantém a tradição de chegar ao mercado bem equipado, com itens como central multimídia com tela sensível ao toque de 7 polegadas, para-brisa Zenith, luzes diurnas de LED e direção elétrica. O modelo tem três anos de garantia e plano pós-venda com valores fixos em R$ 365 para as revisões de 10.000, 20.000 e 30.000 quilômetros.

Enquanto o C3 é fabricado em Porto Real (RJ), o motor PureTech 1.2 chega totalmente importado da França mesmo no atual patamar elevado do dólar. Carlos Gomes, presidente do Grupo PSA para a América Latina, já declarou que há planos para fabricar o propulsor localmente, mas apenas se os volumes chegarem perto de 100 mil unidades anuais e com previsibilidade melhor das condições do mercado local.

Novo popular da Fiat terá motor velho

Projeto X1H de carro compacto usará o antigo propulsor Fire 1.0

Fonte: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23072/novo-popular-da-fiat-tera-motor-velho

PEDRO KUTNEY, AB

Começou esta semana a ser montado em pré-série de testes na fábrica da Fiat em Betim (MG)Projeto X1H, como é conhecido o novo modelo compacto de entrada da marca, que deve ser lançado até abril de 2016 no mercado brasileiro. Será mais um carro novo com motor velho. Segundo fontes relataram a Automotive Business, o veículo será equipado com o propulsor Fire 1.0, já usado em versões do Uno e Palio. Embora tenha recebido melhorias ao longo do tempo, o motor Fire foi desenvolvido há mais de 20 anos.

De acordo com essas fontes, o projeto inicial da FCA (Fiat Chrysler Automobiles) era lançar o citycar com o novo motor GSE (Global Small Engine) de três cilindros, com bloco e cabeçote de alumínio fornecidos pela Teksid, a fundição do grupo (leia aqui). Contudo, a produção do GSE foi reprogramada, agora para agosto de 2016. Como a versão final do compacto entra na linha de montagem em fevereiro, para chegar às concessionárias até o início de abril, a Fiat decidiu usar o velho Fire 1.0 em seu novo carro.

Com essa mudança de planos, é provável que o motor GSE seja oferecido primeiro em outros modelos da marca, especialmente no Uno e Palio. O novo compacto popular só adotaria o GSE mais adiante.

Segundo informações de mercado, o três-cilindros da Fiat terá 80 cavalos, cinco a mais que os 75 cv do Fire 1.0, ficando assim na mesma faixa de potência dos mais recentes motores aspirados tricilíndricos já apresentados no Brasil pela Volkswagen, Hyundai, Ford e Nissan. Espera-se que Renault também lance o seu até o fim de 2016 no compacto Kwid.

O Projeto X1H chega com o objetivo de modernizar a entrada do portfólio da Fiat no Brasil e Mercosul, lugar hoje preenchido pelo Palio Fire, versão da terceira geração do modelo lançada no início dos anos 2000, um dos raros carros que restaram no mercado brasileiro abaixo dos R$ 30 mil. Com tamanho parecido ao do Uno e pouco menor que o Palio – com os quais vai compartilhar diversos componentes, incluindo motores e câmbio –, o novo compacto popular deve justamente ocupar o espaço do Palio Fire, hoje vendido por R$ 28 mil com duas portas e R$ 31,4 mil com quatro, e da versão mais barata do Uno, a Vivace (R$ 29 mil com duas portas e R$ 31,5 mil com quatro).