Veja os resultados da indústria até julho

Veja os resultados da indústria até julho

Anfavea divulga dados de mercado doméstico, produção e exportação

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/24389/veja-os-resultados-da-industria-ate-julho

REDAÇÃO AB

Julho enfim trouxe melhora no patamar de vendas de veículos do mercado interno. Segundo a Anfavea, associação dos fabricantes de veículos, o resultado mensal foi o melhor de 2016 até agora. A entidade divulgou na quinta-feira, 4, este e outros dados da indústria automotiva de janeiro a julho, incluindo produção e exportação de veículos.

•VENDAS DOMÉSTICAS
Julho: 181,4 mil (+5,6% sobre junho e -20,3% sobre julho de 2015)
Janeiro a julho: 1,16 milhão (-24,7% sobre jan-jul de 2015)

•PRODUÇÃO
Julho: 189,9 mil (+4,7% sobre junho e -15,3% sobre julho de 2015)
Janeiro a julho: 1,2 milhão (-20,4% sobre jan-jul de 2015)

•EXPORTAÇÕES
Julho: 45,5 mil (+5% sobre junho e +61% sobre julho de 2015)
Janeiro a julho: 272,2 mil (20% sobre jan-jul de 2015)

•MANTIDAS AS PROJEÇÕES PARA 2016

GM produz versão do Onix em São Caetano

GM produz versão do Onix em São Caetano

Hatch novo e Prisma seguirão sendo fabricados só em Gravataí

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/24331/gm-produz-versao-do-onix-em-sao-caetano

PEDRO KUTNEY, AB

Farol do novo Onix: com LED, novo conjunto óptico está entre as principais mudanças estéticas do carro
Texto atualizado e corrigido às 14h00 de 26/07

A General Motors aproveita o lançamento da versão renovada do Onix para terminar recente reorganização da produção de suas fábricas no Mercosul. A versão agora antiga do hatch vira carro de entrada da marca, no lugar que já foi do Celta, e será produzido pela primeira vez em São Caetano do Sul, no ABC paulista, segundo informações obtidas por Automotive Business e não confirmadas pela empresa até a edição desta matéria. Desde a sua primeira geração, em 2012, o Onix foi montado exclusivamente em Gravataí (RS). Serão feitos na planta gaúcha os novos Onix e sua configuração sedã Prisma, que chegam às concessionárias Chevrolet na próxima semana. Também continuará sendo fabricado em Gravataí o Prisma antigo, como opção mais barata para substituir o Classic, que sai de linha este ano.

Manter o Onix e Prisma de primeira geração em produção é um movimento estratégico para a GM sustentar sua liderança no mercado brasileiro. Com 68,5 mil unidades vendidas no primeiro semestre, em alta de 22,8% sobre o mesmo período de 2015, pelo segundo ano o Onix é o carro mais vendido do País e responsável por 43,5% das vendas da GM entre janeiro e junho deste ano. Já o Prisma figura em sétimo no ranking nacional e contribui com 19,8% dos emplacamentos. Ou seja, os dois modelos correspondem a mais da metade, 63,3%, do desempenho da montadora no Brasil. Com a chegada da nova geração e majoração dos preços, a montadora correria o risco de perder participação se não mantivesse a série antiga em produção – mesma estratégia já usada pelas principais fabricantes no País, como Volkswagen, Fiat e a própria GM, que lançam carros novos e mantêm os antigos no portfólio.

A chegada do Onix à planta de São Caetano também deve ajudar a reduzir a ociosidade e aumentar o grau de nacionalização de componentes da mais antiga linha de produção da GM no Brasil. Neste ano, a fabricante transferiu do ABC para a unidade na Argentina a montagem do Cruze – o modelo é feito com grande volume de peças importadas e isso atrapalhava a contabilidade da GM para abater o valor das compras nacionais da sobretaxação de 30 pontos de IPI imposta pelo Inovar-Auto. O Onix de entrada tende assim a ocupar com sobras o espaço deixado pelo Cruze em São Caetano e poderá conservar empregos na fábrica, que tem mais de mil trabalhadores afastados no momento.

NOVIDADES

Entre as novidades já divulgadas da segunda geração de Onix e Prisma, está uma reestilização do desenho externo com aplicação de novo conjunto óptico, incluindo lanternas e faróis redesenhados com uso de LED. Também foram feitas algumas modificações mecânicas para melhorar a sofrível eficiência dos modelos e assim deixar o fabricante mais próximo de atender as metas de redução de consumo do Inovar-Auto, que serão medidas este ano. Para isso foi adotada a direção elétrica, pneus co menor resistência ao rolamento, câmbio de seis marchas e os motores 1.0 e 1.4 receberam melhorias para ficar mais econômicos. A GM divulgou que com essas alterações o Onix ficou 18% mais econômico e o Prisma teve ganho de 22% sobre a geração anterior. O motor de três cilindros em desenvolvimento na GM ficou para depois.

Segundo já divulgado pela montadora, o novo Onix poderá vir equipado com a mais nova geração do sistema de conectividade MyLink, que espelha aplicações do smartphone na tela tátil, e também com o On Star, que oferece serviços on-line de navegação, segurança, emergência, concierge e um aplicativo que permite comandar funções do veículo pelo smartphone. A família também ganhou a versão aventureira Activ, com apliques plásticos em para-choques e para-lamas.

NOTA DA REDAÇÃO – O novo Onix foi apresentado à imprensa especializada na noite da segunda-feira, 25, mas Automotive Business não teve acesso ao carro e não poderá levar mais informações sobre ele aos seus leitores, porque o departamento de comunicação da GM avalia que este veículo de comunicação não é elegível para apresentar seus lançamentos de produtos. Os comunicados oficiais de imprensa (releases) que recebemos da empresa, entendemos, sozinhos são insuficientes para sustentar as reportagens que usualmente fazemos sobre lançamentos importantes como este. De nossa parte, é fundamental continuar a manter a independência editorial que lastreia a credibilidade das informações que publicamos, por isso não reproduzimos aqui releases de lançamentos de automóveis que já foram demonstrados de maneira presencial a outros meios de comunicação, pois isso seria publicar algo de qualidade inferior e sem senso crítico.

Fiat completa 40 anos de produção no Brasil

Fiat completa 40 anos de produção no Brasil

Fábrica de Betim está em meio ao maior ciclo de investimento de sua história

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/24246/fiat-completa-40-anos-de-producao-no-brasil

REDAÇÃO AB

No último dia 9 a Fiat completou 40 anos de produção no Brasil a partir do início das operações de sua fábrica localizada em Betim (MG), a primeira da indústria nacional a sair do eixo Rio-São Paulo. Com 50 modelos produzidos e lançados nestas quatro décadas, a unidade está em meio ao seu maior ciclo de investimento, recebendo desde 2010 um total de R$ 7 bilhões em aportes, incluindo o desenvolvimento de novos produtos – como a picape Toro e o compacto Mobi – previsto para terminar neste ano.

Inaugurada em 1976 com o lançamento do Fiat 147, as linhas de produção já entregaram até hoje mais de 15 milhões de veículos, dos quais mais de 3 milhões foram destinados às exportações para 30 países. Em quatro décadas, o carro mais produzido foi o Uno, com pouco mais de 3,7 milhões de unidades.


O acordo de interesses foi assinado pelo então presidente da Fiat, Giovanni Agnelli, e o governador de MG, Rondon Pacheco, em 14 de março de 1973. A fábrica foi inaugurada 3 anos depois, em 1976, com o primeiro modelo em linha Fiat 147.

Um dos principais objetivos do Grupo FCA é a completa modernização da fábrica, cuja capacidade aumentou para 800 mil veículos por ano, transformando-se na maior fábrica de veículos da América Latina e a maior do grupo em capacidade instalada em todo o mundo.

Como parte desse processo, a unidade de prensas passou a operar, em 2011, com duas linhas de alta cadência, capazes de dar 16 golpes por minuto, o dobro da velocidade das prensas convencionais. Novos robôs foram inseridos na linha de produção, trazendo mais tecnologia e precisão: somente na funilaria, 195 robôs foram inaugurados a partir do início da produção do Mobi, projeto que recebeu R$ 1,3 bilhão em investimento (leia aqui). A montagem da carroceria do novo modelo é totalmente automática, do pavimento até o teto, passando pelas laterais e partes móveis, como portas, paralamas e capô.

A fábrica também contará com um novo prédio dedicado à pintura dos veículos, cujas obras estão na fase final com equipamentos mais modernos e eficientes, elevando o patamar de qualidade do processo. As obras estão em fase final.


Primeiras prensas da fábrica da Fiat em Betim instaladas em 1976 e as novas prensas instaladas em 2011 capazes de dar 16 golpes por minuto

UMA FÁBRICA QUE NÃO PARA

Segundo a Fiat, o processo de modernização ocorre sem a interrupção dos trabalhos das linhas de montagem, permitindo à empresa realizar simultaneamente grandes mudanças de processos, incorporação de novas tecnologias, além de um programa para o treinamento e desenvolvimento de pessoas.

“A ênfase está em combinar qualidade e eficiência, através de processos produtivos cada vez mais precisos e compartilhados por toda a cadeia produtiva”, afirma o presidente da FCA para a América Latina, Stefan Ketter.

Desde 2007, a fábrica adota o sistema de produção WCM – World Class Manufacturing, desenvolvido pela própria Fiat e baseado no Lean Manufacturing, sistema de produção enxuta criado pela Toyota. Por meio dele, a empresa abrange todos os aspectos da manufatura, desde postos de trabalho, passando por qualidade, manutenção até logística. É aplicado em todas as fábricas da FCA no mundo e que compartilham entre si as melhores práticas, a maior parte vinda de sugestões dos próprios funcionários.

Com este novo processo, a fábrica ganhou mais flexibilidade, capaz de se adequar rapidamente às variações e oscilações de demanda, com a possibilidade de montar diferentes modelos em uma única linha de produção. O inverso também é possível, com um modelo sendo montado em diferentes linhas, simultaneamente. Atualmente, o número de peças manuseadas diariamente ultrapassa 3,5 milhões, abastecidas por cerca de 300 fornecedores.


A 147 pick-up, a primeira picape leve derivada de um automóvel no Brasil, de 1978, o Fiorino Furgão, apresentado como menor caminhão do mundo e o Uno Mile, o modelo mais produzido por Betim.

Aliada à produtividade, a sustentabilidade do complexo está presente em todos os setores, sendo a primeira fábrica de veículos leves a obter o certificado ISO 14001, de gestão ambiental, e também o ISO 50001, de gestão de energia. Atualmente, 99,4% da água utilizada para produzir carros é de reúso, graças a um dos mais modernos sistemas de tratamento e recírculo de água do Brasil, utilizada pela unidade como parte do investimento em novas tecnologias a partir de 2010.

A fábrica de Betim foi também a primeira no país a obter a marca de aterro zero: nenhum resíduo é enviado para aterros – 97% são reciclados e os 3% restantes reaproveitados. Até mesmo sobras de tecido automotivo e de cintos de segurança têm uso: elas viram acessórios, como bolsas e mochilas, por meio do Cooperárvore, cooperativa do programa social Árvore da Vida, gerando renda e integração para as regiões vizinhas à fábrica. Mais de 25 toneladas de materiais já foram reaproveitadas, em 10 anos, dentro do escopo do programa, desenvolvido pela FCA.

PROMOVENDO A INOVAÇÃO

Para a Fiat, a palavra de ordem ao longo dos anos foi a inovação. As novidades passam pelo crivo do centro de pesquisa e desenvolvimento Giovanni Agnelli, instalado no complexo industrial de Betim, cujos trabalhos são realizados em sinergia com demais centros de P&D do grupo FCA, em Turim (Itália), Aurburn Hills (EUA) e o mais recente aberto no complexo industrial de Goiana (Pernambuco).

“Projetamos modelos que atendem às expectativas do consumidor brasileiro. É a nossa visão sobre os nossos carros, com inspiração na excelência do design italiano”, afirma o diretor do FCA Design Center Latam, Peter Fassbender.

“O que as pessoas esperam de um carro muda com o tempo e estamos acompanhando essas transformações”, explica o diretor de estratégia de produto da FCA, Carlos Eugênio Dutra.

Entre seus feitos, a empresa guarda no currículo a criação da primeira picape derivada de um automóvel de passeio em 1978, foi a primeira a produzir carros populares no País em 1990, com o Uno Mile, ofereceu em primeira mão conteúdos de segurança em carros nacionais, como airbag, inaugurou a era da conectividade nos veículos do Brasil ao lançar o primeiro carro com conexão bluetooth, inaugurou a tecnologia start&stop no novo Uno, entre outras.

Das áreas de engenharia e design, estão na lista inovações como o Fiat 147 sendo o primeiro carro a etanol fabricado em série no mundo, em 1979. Em 2006, nasceu o Siena tetrafuel, primeiro e único veículo do mundo movido a quatro combustíveis. Em 2009, a Fiat convidou clientes de todo o mundo a criarem o carro do futuro: o Fiat Mio, o primeiro carro conceito desenvolvido na plataforma creative commons, do qual participaram consumidores de cerca de 160 países enviando mais de 17 mil ideias e sugestões.


Primeiro carro nacional com motor de 4 válvulas por cilindro; primeiro veículo tetrafuel; a picape Toro que inaugurou o conceito de tampa traseira bipartida e o Mobi, primeiro modelo nacional com tampa de porta-mala totalmente em vidro.

Atualmente, um projeto nos moldes de startup funciona na planta de Betim a fim de gerar novas ideias a serem implementadas na operação. O núcleo é formado por especialistas de diversas áreas, de engenheiros a economistas, passando por químicos e designers. “Promovemos a construção de tecnologia nacional, de forma viável, prática, acelerada e sempre com foco no cliente”, afirma Toshizaemom Noce, supervisor de inovação da FCA.

Entre as pesquisas realizadas pelo grupo está o Projeto Girassol, um sistema fotovoltaico gera energia elétrica adicional para a bateria, resultando em economia de combustível e redução de emissões. Outras pesquisas em andamento avançam sobre os novos conceitos da conectividade. “A experiência de uso será o fator determinante para os automóveis daqui para frente e é nisso que estamos trabalhando hoje”, explica o executivo.

Entre as realizações da marca sob o leque da conectividade estão o Fiat Live On, utilizado no Mobi, que ao integrar o smartphone ao veículo transforma o celular na central multimídia do carro, por meio de um aplicativo, possibilitando acesso a comandos pelo volante multifuncional. O sistema traz ainda o EcoDrive, que fornece informações sobre a condução, em especial quanto à economia de combustível, e o Car Parking, que mostra o último local em que o carro foi estacionado.

“Nossa missão é continuar a desenvolver produtos e serviços que estejam, cada vez mais, conectados às necessidades dos clientes, encontrando formas de conjugar meio ambiente, mobilidade, prazer e comodidade”, enfatiza Eugênio Dutra.

Com o projeto Futuro das Cidades, a marca já se movimenta para, de maneira colaborativa, conhecer o ecossistema onde estão inseridos seus produtos, mapear problemas potenciais e contribuir para o desenvolvimento de soluções de mobilidade para as cidades brasileiras. Em breve, lançará uma plataforma aberta e colaborativa, que servirá como um espaço de conhecimento sobre a mobilidade.

“A boa mobilidade não é necessariamente a que tenha mais carros, metrôs, corredores de ônibus, avenidas, ciclovias ou calçadas de qualidade, mas a que faça uma combinação justa, inteligente e eficiente de todos os modos de transporte possíveis”, explica Mateus Silveira, especialista em future insights da FCA e líder do projeto. A iniciativa já agrega empresas, especialistas, universidades e entidades da sociedade civil e do terceiro setor. “Queremos entender o modelo de cidades que estamos construindo e debater projetos que possam contribuir para o bem-estar urbano”, conclui Silveira.

Confira os resultados da indústria automotiva no 1º semestre

Confira os resultados da indústria automotiva no 1º semestre

Anfavea divulga dados de mercado doméstico, produção e exportação de janeiro a junho

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/24218/confira-os-resultados-da-industria-automotiva-no-1o-semestre

REDAÇÃO AB

A Anfavea, associação dos fabricantes de veículos, divulgou na quarta-feira, 6, os dados da indústria automotiva no primeiro semestre de 2016. Os números seguem contraídos, com baixa no mercado doméstico e na produção e aumento nas exportações entre janeiro e junho de 2016.

Clique nos links abaixo e confira a análise completa dos dados:

•VENDAS DOMÉSTICAS
Junho: 171,8 mil (+2,6% sobre maio e -19,2% sobre junho de 2015)
Janeiro a junho: 983,5 mil (-25,4% sobre jan-jun de 2015)

•PRODUÇÃO
Junho: 182,6 mil (+4,2% sobre maio e -3% sobre junho de 2015)
Janeiro a junho: 1,016 milhão (-21,2% sobre jan-jun de 2015)

•EXPORTAÇÕES
Junho: 43,3 mil (-7,5% sobre maio e -9,6% sobre junho de 2015)
Janeiro a junho: 226,6 mil (+14,2% sobre jan-jun de 2015)

•MANTIDAS AS PROJEÇÕES PARA 2016

Produção de veículos cai ao nível de 2004 até maio

Produção de veículos cai ao nível de 2004 até maio

Com resultado, Anfavea reverte previsão e agora espera queda de 5,5% este ano

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/24065/producao-de-veiculos-cai-ao-nivel-de-2004-ate-maio

SUELI REIS, AB

A produção de veículos segue em níveis alarmantes: de janeiro a maio, a indústria brasileira entregou pouco mais de 834 mil unidades, entre leves e pesados, volume que fez com que o setor registrasse o pior nível desde 2004, de acordo com balanço da Anfavea divulgado na segunda-feira, 6. O resultado, segundo a entidade das montadoras, também representa queda de 24,3% sobre o apurado em igual acumulado de 2015, quando as linhas montaram um total de 1,10 milhão de unidades.

-Veja aqui os dados da Anfavea

“Embora a produção tenha crescido 3,2% na passagem de abril para maio [213,8 mil unidades], temos algumas preocupações: além da queda no acumulado, também houve retração de 18% na comparação com maio do ano passado. Caminhões e ônibus estão com níveis da década de 1990 e este é um fator de preocupação”, afirma Antonio Megale, presidente da Anfavea durante coletiva de apresentação dos resultados do setor realizada em São Paulo.

“A produção não está sendo compensada pelas exportações”, acrescenta Luiz Carlos Gomes de Moraes, vice-presidente da Anfavea que responde pelo segmento de veículos comerciais pesados: “Caminhão depende de PIB e não vemos agora nenhum fator que estimule uma retomada”, completou.

Com este resultado, a Anfavea revisou as projeções para 2016 revertendo a previsão positiva para negativa. Agora a entidade espera que a produção nacional de veículos chegue a 2,29 milhões de unidades, incluindo automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus: se for confirmado, o volume será 5,5% menor que o total de 2015, quando a indústria produziu 2,42 milhões de unidades. Na primeira previsão para o ano apresentada ainda em janeiro, as montadoras previam um leve aumento de 0,5% na produção, para 2,44 milhões de unidades.

“Esta será a consequência dos movimentos de exportação e vendas ao mercado interno. Ainda há espaço nas exportações, como mostram as projeções [estimativa de crescimento] e com uma possível retomada do mercado interno mais para o fim do ano”, estima Megale.

Do total previsto para ser produzido este ano, a Anfavea afirma que o segmento leve terá queda de 5,7%, para 2,2 milhões de unidades, enquanto pesados terá leve retração de 1%, para 94,6 mil, entre caminhões e ônibus.

DESEMPENHO POR SEGMENTO

Os veículos leves registraram produção 24% menor no acumulado de cinco meses contra igual período do ano passado, para 800,9 mil unidades. Comerciais leves tiveram o pior resultado, com queda de 30,4% com 110,8 mil, enquanto automóveis, com 690 mil unidades, apresentaram retração de 22,8%. Segundo a Anfavea, a capacidade ociosa no segmento está acima de 50%.

Apesar disso, o segmento de pesados continua a exercer a maior influência negativa no setor automotivo: as montadoras reduziram a produção de caminhão e ônibus em 31,5% no acumulado entre janeiro e maio contra mesmo período de 2015 ao entregarem 33,1 mil unidades contra as 48,4 mil de um ano antes. Com 25,7 mil caminhões, houve retração de 29,2%, enquanto os ônibus, com 7,4 mil unidades, registraram queda de 38,5%. A ociosidade do segmento continua acima de 70%.

ESTOQUES E EMPREGOS

Em maio, a indústria registrou 236,4 mil veículos em estoque, dos quais 162,4 mil nos concessionários e 74 mil nos pátios das fabricantes. Segundo a Anfavea, considerando o ritmo de vendas do mês passado, o estoque é equivalente a 42 dias. “Apesar da redução sobre abril [250 mil veículos] ainda é um estoque elevado. Deve haver ainda algum esforço das empresas para a redução deste estoque”, disse Megale.

O executivo se refere às medidas que as montadoras estão adotando desde o ano passado para conter a produção e manter o nível de empregos, como o PPE (Programa de Proteção ao Emprego), layoff, férias coletivas e licenças remuneradas. Apesar disso, a indústria automotiva fechou 1,3 mil vagas em maio, reduzindo o total de empregados em 1,1% contra abril, para 128 mil. Com relação ao ano passado, houve queda de 7,4%.

Segundo a entidade, atualmente 27 mil pessoas estão afastadas de seus empregos, sendo 21 mil pelo PPE e 6 mil em layoff.

“O nível de produção é de 2004, mas o de emprego é de 2010, então há uma defasagem. Há um claro esforço por parte das empresas pela manutenção dos postos de trabalho a fim de ter mão de obra qualificada quando tivermos a retomada do mercado”, declarou Megale. “De forma pontual, três associadas anunciaram que vão contratar para atender contratos de exportação”, lembrou.

Megale declarou ainda que a Anfavea está iniciando conversas com o governo no sentido de tornar o PPE um programa perene. De acordo com a Lei nº 13.189, de novembro de 2015, o PPE se extingue em 31 de dezembro de 2017.

NOVAS PROJEÇÕES PARA PRODUÇÃO E EXPORTAÇÕES

Presidente internacional da Foton confirma produção local de vans e SUVs

Presidente internacional da Foton confirma produção local de vans e SUVs

Executivo visita o Brasil para discutir os próximos passos da expansão da empresa

Fonte: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23792/presidente-internacional-da-foton-confirma-producao-local-de-vans-e-suvs

REDAÇÃO AB

Delegação chinesa da Foton confirma produção local de vans e SUVs a José Ivo Sartori, governador do Rio Grande do Sul
A operação brasileira da Foton Caminhões recebe a visita de um time de executivos da companhia na China, incluindo o presidente internacional da companhia, Chang Rui. A visita, que começou em 11 de abril e vai até a sexta-feira, 15, tem como objetivo acompanhar a evolução local dos negócios e definir os próximos passos do plano de expansão da empresa na América Latina. O líder global aproveitou para confirmar o plano de montar localmente as linhas de vans e de SUVs da marca.

O anúncio foi feito em reunião com o governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, no último dia 12, mas sem detalhar os prazos e investimento. A intenção é aproveitar a planta que já está em construção em Guaíba, no mesmo estado, para a montagem de caminhões. O empreendimento deve ser ampliado para receber as novas linhas de montagem, com aporte adicional aos R$ 250 milhões já anunciados.

O plano de fazer localmente vans e utilitários esportivos da Foton já havia sido adiantado por Luiz Carlos Mendonça de Barros, presidente do conselho da companhia no Brasil (leia aqui). “Estimamos que sejam necessários R$ 200 milhões para localizar a produção e adaptar os veículos ao gosto brasileiro”, disse em março deste ano. “Nós já recebemos os primeiros modelos para teste no Brasil. Faremos um trabalho de engenharia para adaptar às necessidades locais e acreditamos que dentro de dois anos eles já poderão ser feitos aqui”, contou na época.

AGENDA CHEIA

Além de confirmar a expansão da operação no Brasil, Chang Rui teria aproveitado a visita para conhecer as obras da fábrica em Guaíba, a planta da Agrale, que montará os caminhões da marca até que a unidade própria fique pronta, ir até a Gabardo, empresa responsável pela logística de distribuição dos veículos da Foton localmente, e ver de perto uma concessionária da marca, a Bormana, em Porto Alegre.

Segundo a empresa, o executivo declarou estar plenamente satisfeito com a evolução da operação nacional, que representa grande passo para a internacionalização da companhia. A delegação chinesa teve ainda na programação visitas aos fornecedores escolhidos para a montagem local de caminhões: Dana, Cummins, Maxion, ZF e Flamma, além dos bancos Itaú e BBM.

Produção de caminhões cai 50,5% em janeiro

Produção de caminhões cai 50,5% em janeiro

Setor montou apenas 4,1 mil unidades por causa da baixa demanda

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23393/producao-de-caminhoes-cai-505-em-janeiro

MÁRIO CURCIO, AB

Como reflexo de estoques elevados e fraca demanda, a produção de caminhões em janeiro foi de apenas 4,1 mil unidades, resultando em queda de 50,5% em relação ao mesmo mês do ano passado. Os modelos com maior retração, de 59,7%, foram os semipesados.

Em unidades chama a atenção o baixo volume de semileves fabricado no mês, 90 unidades, com queda de 33,8%. Os números foram divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

- Veja aqui os números da Anfavea

O recuo nos emplacamentos foi menor, 42,4%, decorrente de 4,4 mil unidades. “Como ocorre demora no emplacamento dos caminhões que precisam receber implemento, os resultados fracos de janeiro refletem o que ocorreu em outubro, quando houve a interrupção do Finame PSI”, afirma o vice-presidente da Anfavea, Marco Saltini.

A menor queda em emplacamentos (-26,3) foi para os pesados. Segundo Saltini, isso ocorreu provavelmente porque o segmento (formado pelos cavalos mecânicos) não depende do implemento para ser emplacado.

Diante da dificuldade de elaborar um retrato preciso dos caminhões com os números de um único mês, Saltini diz: “Teremos uma visão mais clara em março, já que fevereiro tem menos dias úteis.”

EXPORTAÇÕES

Neste primeiro mês de 2016 o Brasil enviou 842 caminhões ao mercado externo. Apesar do esforço do País para exportar, o volume foi 28% menor que o anotado em janeiro do ano passado. Os maiores volumes foram de semipesados e pesados, com 254 e 290 unidades, respectivamente.

ÔNIBUS ACOMPANHAM RETRAÇÃO

A produção de ônibus em fevereiro somou pouco menos de 1,2 mil unidades, resultando em queda de 48,9% ante o mesmo mês de 2015. Em licenciamentos, as 1.033 levaram a recuo de 44,9%: “Teoricamente, teríamos para os ônibus um primeiro semestre com crescimento por causa das eleições. A queda indica que o poder público está ‘meio quebrado’, muitas licitações não ocorreram. E o setor privado estaria investindo menos, até pela insegurança por possíveis depredações decorrentes de reajustes de tarifa”, diz Saltini.

As exportações de ônibus em janeiro totalizaram 322 unidades, com alta de 13% sobre o mesmo mês do ano passado. O maior volume enviado foi de modelos urbanos, com 202 unidades e acréscimo de 32,9%.

JAC Motors revê projeto de fábrica brasileira

JAC Motors revê projeto de fábrica brasileira

Companhia anuncia montagem do T5 e busca se adequar ao Inovar-Auto

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23367/jac-motors-reve-projeto-de-fabrica-brasileira

GIOVANNA RIATO, AB

Companhia pretende montar SUV no Brasil a partir de 2017
A JAC Motors enfim jogou a toalha do plano de construir fábrica para 100 mil carros por ano no Brasil. O projeto anunciado em 2011, que se arrasta desde então sem qualquer evolução, foi readequado. Agora a companhia confirma que pretende apenas montar veículos no Brasil a partir de kits importados da matriz chinesa, sem a pretensão de instalar linha de produção completa.

A planta terá capacidade para 20 mil unidades anuais, com início da operação previsto para o primeiro trimestre de 2017 com o utilitário esportivo T5. “Com volume menor, tivemos de abandonar a ideia de produzir carro barato e buscar melhor economia de escala com um SUV”, esclarece Eduardo Pincigher, diretor de assuntos corporativos da empresa no Brasil. Assim como o plano anterior, a unidade será instalada na Bahia. A empresa ainda pondera se vai construir a estrutura necessária no terreno que já tem na cidade de Camaçari ou se o melhor é alugar um espaço já pronto em outro município.

O T5 chega importado e começa a ser vendido antes da inauguração da unidade, em março deste ano, com preços que começam na faixa dos R$ 60 mil. O novo projeto demanda investimento de R$ 200 milhões, mais suave do que o aporte de R$ 1 bilhão necessário para o concretizar o plano anterior. Ao enxugar as ambições para a sua fábrica nacional, a empresa também alivia a burocracia envolvida no processo ao desfazer a sociedade com a matriz chinesa. “Por ser uma estatal, cada detalhe tinha de ser aprovado pelo governo chinês também. Isso atravancava o processo. Agora vamos conseguir andar mais rápido”, acredita Pincigher.

Segundo ele, o negócio continuará amparado pela matriz da empresa, que garantirá boa parte da infraestrutura, como máquinas e projetos de engenharia, mas caminhará de forma independente. A saída da parceria chinesa também reflete o tombo do mercado nacional de veículos, que levou junto a operação local da JAC Motors. Em 2011, ano em que fez sua estreia no Brasil, a empresa vendeu 3 mil carros em seu primeiro mês cheio de atividades, com apenas dois modelos no portfólio, o hatchback J3 e o sedã J3 Turin. Na época a meta era alcançar vendas anuais de 35 mil veículos. As coisas, no entanto, não evoluíram como o esperado e em 2015 a empresa terminou o ano com pouco mais de 5 mil carros emplacados, apesar de ter oito modelos na gama.

O convidativo mercado brasileiro, que seria a porta de entrada da JAC Motors para o ocidente na visão dos executivos da empresa na China, perdeu boa parte de seu brilho. Pincigher aponta que a região permanece importante no cenário automotivo global, mas o potencial fica para o longo prazo. “Ainda temos uma relação de número de habitantes por veículo menor do que a da Argentina, um território enorme e, portanto, a expectativa de voltar a ser um dos maiores mercados do mundo no futuro”, diz. Ele aponta que a marca quer garantir seu espaço, firmando-se entre as médias e grandes empresas do setor em volume de vendas na região.

INOVAR-AUTO AINDA É DESAFIO

Por mais que a JAC Motors defenda o potencial do mercado brasileiro, o fato é que a empresa tem mais um bom motivo para seguir com o plano de montar carros localmente, ainda que de forma mais tímida. A companhia precisa cumprir o compromisso com o governo firmado quando se habilitou como investidora no Inovar-Auto, regime automotivo que entrou em vigor em janeiro de 2013.

O programa impõe o adicional de 30 pontos porcentuais no IPI das empresas que não cumprirem algumas exigências, como atingir metas de eficiência energética. Além disso, a política industrial concede cota de 4,8 mil carros que pode ser importada anualmente sem a alíquota majorada. No caso das montadoras que se inscreveram com programas de investimento no Brasil, o Inovar-Auto concede crédito presumido de IPI para a importação de carros até que a produção local seja inaugurada. Este é um dos compromissos que podem ter influenciado a empresa a investir na montagem local mesmo com a queda do mercado.

“Temos feito reuniões com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior para apresentar o novo projeto a eles e atender a todas as exigências”, conta Pincigher. Ele assegura que a companhia não tem preocupação com o crédito presumido de IPI, já que, com o volume de vendas mais baixo, a cota de importação de 4,8 mil unidades tem sido suficiente e não foi necessário recorrer ao volume adicional.

Com o projeto mais enxuto, a empresa pretende se adequar a outra categoria do Inovar-Auto: a de fabricante com baixo volume de produção, restrita a empresas com capacidade produtiva de até 35 mil unidades por ano. A estratégia é igual a usada pelas marcas premium BMW, Audi e Jaguar Land Rover para montar automóveis localmente sem a necessidade de atingir índice de conteúdo nacional tão elevado nos carros.

Para se habilitar nesta categoria, no entanto, é necessário investir R$ 17 mil em ativos fixos por unidade prevista para a capacidade produtiva, o que no caso da JAC Motors daria R$ 340 milhões, montante superior aos R$ 200 milhões que a empresa reserva para a operação. Desta forma, ainda deve demorar alguns meses para que a empresa chegue a um consenso com o governo sobre o projeto de fábrica nacional. Na prática, o novo anúncio da JAC Motors dá um horizonte mais realista para a marca no Brasil, mas ainda deixa margem para dúvidas sobre o potencial que o plano tem de se concretizar.

Fiat vai parar produção em Betim por 20 dias

Fiat vai parar produção em Betim por 20 dias

Montadora concederá férias coletivas a partir do dia 27 para ajustar estoque

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23321/fiat-vai-parar-producao-em-betim-por-20-dias

A fábrica da Fiat em Betim (MG) vai parar por mais 20 dias a partir da próxima quarta-feira, 27, informa em comunicado divulgado na sexta-feira, 22. Segundo a montadora, durante este período de férias coletivas apenas uma linha deprodução manterá suas atividades e que a medida tem por objetivo o de “ajustar a produção à demanda de mercado”.

De acordo com o sindicato dos metalúrgicos de Betim e região, o complexo industrial vai paralisar as áreas de pintura, funilaria e de motores durante este período.

A Fiat não informa o número de funcionários que entrarão em férias, mas o sindicato calcula que com essa nova parada, 75% dos empregados ficarão em casa, representando cerca de 13,5 mil dos quase 19 mil funcionários que trabalham na unidade.

Apesar de encerrar 2015 mantendo a liderança de mercado pelo 14º ano consecutivo, a Fiat foi a marca que mais perdeu participação nas vendas do ano, caindo para 17,7%, fatia 3,24 pontos porcentuais menor que a verificada no ano anterior. Na comparação anual, a marca que não teve nenhum lançamento importante em 2015 viu suas vendas recuarem 37,1%, índice bem acima da média do mercado, que caiu 25,6% (leia aqui).

 

Kia conclui construção de fábrica no México

Planta é a 1ª da companhia na América Latina e fará carros para o Brasil

Fonte: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23079/kia-conclui-construcao-de-fabrica-no-mexico

REDAÇÃO AB

A Kia concluiu a construção de sua fábrica no México, com capacidade anual para 300 mil veículos, o que deve corresponder a 10% da produção global da marca. A unidade, erguida em 13 meses, recebeu investimento inicial de US$ 3 bilhões, considerando o aporte da montadora e feito pelos fornecedores. O complexo industrial mexicano é o 10º centro produtivo da companhia coreana no mundo.

A fábrica é a primeira da Kia na América Latina e terá 60% de seu volume destinado ao mercado norte-americano, 20% abastecerá a demanda do México e outros 20% serão enviados para outros países do continente, incluindo o Brasil. A empresa espera que a operação regional reduza a pressão sobre outras unidades globais da Kia, que até então tinham de atender a demanda latino-americana.

A fabricante aponta ter buscado o menor impacto ambiental possível para a unidade e nível tecnológico elevado para o processo produtivo. A empresa aponta que a área de estamparia da unidade é a maior da Kia no mundo, com linha de prensas de 18 metros de altura e 3,8 mil toneladas. O equipamento recebeu US$ 75 milhões do aporte total feito na fábrica.

“Assim que a produção em massa começar, levará menos de um minuto para que um carro saia pronto da nossa linha de montagem, fazendo da planta uma das mais produtivas da Kia no mundo”, conta Seong-Bae Kim, presidente da montadora no México. A fabricante espera gerar 14 mil empregos diretos e 56 mil indiretos na unidade.