Hilux e SW4 voltam a ter opção flex

Hilux e SW4 voltam a ter opção flex

Motor bicombustível responderá por cerca de 20% das vendas dos modelos

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/24390/hilux-e-sw4-voltam-a-ter-opcao-flex

MÁRIO CURCIO, AB | De Atibaia (SP)

SW4 (à esquerda) e Hilux receberam motor flex 2.7 semelhante ao da linha 2015, mas 7% mais econômico
A Toyota volta a oferecer a opção flex para a picape Hilux e o utilitário esportivo SW4. O motor é semelhante ao 2.7 de quatro cilindros e tem os mesmos 163 cavalos quando abastecido com etanol, mas recebeu modificações que o tornaram 7% mais econômico, segundo a fabricante. A nova picape bicombustível tem preço inicial de R$ 111,7 mil e o SW4 parte de R$ 159,6 mil. A oferta de opções a diesel e V6 a gasolina (no caso da SW4) foi mantida.

“Esperamos que as versões flex respondam por cerca de 20% das vendas tanto da picape como do utilitário esportivo”, estima o vice-presidente executivo da Toyota do Brasil, Miguel Fonseca. O motor renovado adotou sistema de partida a frio sem tanquinho, recebeu duplo comando de válvulas variável e a Toyota reduziu o peso de balancins, retentores e molas, além de redesenhar a câmara de combustão e a entrada de combustível.

E os novos modelos também foram beneficiados pela transmissão automática de seis marchas como item de série em substituição à antiga de quatro velocidades. A SW4 até está disponível com motor flex e transmissão manual, mas apenas para frotistas.

Tanto Hilux como SW4 são montados em Zárate, na Argentina, onde a Toyota investiu US$ 800 milhões em 2015 e elevou a capacidade produtiva para cerca de 100 mil unidades na soma dos dois modelos. A picape responde por 85% desse volume total.

No ranking da Fenabrave, a Hilux perdeu no acumulado até julho a liderança das picapes médias para a Fiat Toro e está agora em segundo lugar: “Não vemos a Toro como nossa concorrente. Não houve redução no fluxo em nossas lojas nem diminuição de consultas. Na verdade, acreditamos que a Toro tirou clientes de SUVs e da própria Strada”, afirma Fonseca.

Desde a versão mais acessível, SR, a picape 2.7 flex tem rodas de liga leve de 17 polegadas, seletor de modo de condução (eco/power), compartimento refrigerado, airbag de joelho para o motorista, controlador automático de velocidade e protetor de caçamba.

As versões SRV 4×2 e 4×4 trazem também interior de couro, ar-condicionado digital, banco do motorista com ajustes elétricos, controles de estabilidade e tração com auxílio para reboque, assistente de partida em rampa, painel de instrumentos com tela de cristal líquido colorida, alarme e estribos laterais.

Vendido somente na configuração SR, o utilitário esportivo SW4 traz conjunto de itens equivalente ao a picape da mesma versão, mais ar-condicionado para o banco traseiro e alguns itens da Hilux SRV, como controles de estabilidade e tração com auxílio para reboque, auxílio para partida em rampa e estribos laterais. O único opcional para a SW4 é a terceira fila de bancos, que aumenta a capacidade total para sete lugares.

Toyota
Tanto o SW4 como a Hilux foram renovados há menos de um ano. Modelos são produzidos em Zárate, na Argentina, em fábrica com capacidade anual de cerca de 100 mil unidades. Versão para sete lugares do SW4 tem preço sugerido de R$ 164,9 mil; câmbio automático é item de série para as novas versões flex e tem seis marchas.

COMO ANDAM OS NOVOS MODELOS

Automotive Business avaliou uma Hilux SRV 4×2 e o SW4 para sete lugares. De cara se nota o maior conforto do utilitário esportivo, que lida melhor com piso irregular. A picape pula bem mais, algo natural quando se lembra que ela foi projetada para transportar mais carga, até 850 quilos. No SW4 essa capacidade vai de 620 kg (no caso de cinco lugares) a 655 kg (sete lugares).

A posição de dirigir e os bancos são pontos de destaque nos dois modelos. Já o desempenho é só razoável. Como são veículos pesados, com mais de 1,8 mil kg, o motor precisa trabalhar com frequência em rotações acima de 4.000 rpm e a transmissão, quando em Drive, fica sempre procurando uma ou duas marchas mais baixas a cada cutucada mais forte no acelerador.

O modo Sport, com trocas sequenciais, resolve parte do problema, mas essas mudanças só podem ser feitas pela alavanca. Nem a picape nem o SUV trazem aletas para troca de marcha atrás do volante. O acabamento é caprichado, com materiais muito agradáveis ao toque nas portas e no painel. Até o tecido aplicado nos bancos da versão SR surpreende.

Veja abaixo os preços de Hilux e SW4

Hilux SR 4×2 – R$ 111,7 mil;
Hilux SRV 4×2 – R$ 120,8 mil;
Hilux SRV 4×4 – R$ 131,2 mil;
SW4 4×2 com 5 lugares – R$ 159,6 mil;
SW4 4×2 com 7 lugares – R$ 164,9 mil.

Toyota Prius faz nova tentativa no País

Toyota Prius faz nova tentativa no País

Fabricante segura preço e pede mais incentivos aos híbridos no Brasil

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/24074/toyota-prius-faz-nova-tentativa-no-pais

PEDRO KUTNEY, AB | De Brasília (DF)

A Toyota lança este mês no Brasil a quarta geração do híbrido Prius, desta vez com esperança de tornar a tecnologia melhor compreendida e mais desejada pelos consumidores brasileiros, que até agora compraram pouco menos de 800 unidades da versão anterior, lançada aqui em 2012. Misturando propulsão elétrica com um motor a gasolina, o carro tem como principal atrativo a economia de combustível e redução de emissões. Pode rodar na cidade 18,9 km com apenas um litro de gasolina, segundo medições do Inmetro. O novo Prius será vendido por R$ 119.950, quase R$ 3 mil acima dos R$ 117 mil que eram pedidos pelo modelo anterior, assim continuará sendo o modelo híbrido mais barato do mercado nacional. Ainda assim, segue sendo caro para se popularizar como opção tecnológica ambientalmente amigável. Por isso a fabricante japonesa insiste que os benefícios oferecidos pelo Prius merecem mais incentivos para avançar no País, como acontece em outros lugares do mundo.

A Toyota garante que a nova geração do modelo deveria custar bem mais aqui, devido aos avanços tecnológicos que traz. “Começamos a discutir no início deste ano o preço do novo Prius e esse foi o maior desafio que enfrentei desde que cheguei aqui há 10 meses”, conta o português Miguel Fonseca, vice-presidente executivo da Toyota do Brasil. “Chegamos inicialmente ao valor de R$ 172 mil, que estava longe do que queríamos para propagar a tecnologia. Com muito esforço, baixamos para R$ 135 mil, que consideramos ser um preço justo”, revela.

Foi quando Steve St. Angelo, CEO da empresa para América Latina e Caribe, disse que interferiu para reduzir mais e chegar aos quase R$ 120 mil. “Sou um homem de engenharia e manufatura. Nossa intenção com o Prius não é só vender o carro, mas popularizar a tecnologia híbrida para torná-la viável no País. Por isso fizemos esforços para cortar esse valor ao mínimo possível”, conta. Com o novo Prius mais refinado, melhor desenhado e avançado tecnologicamente, a ideia desta vez é ampliar a gama de clientes para além de frotistas e taxistas, conquistar clientes individuais que compram outros modelos nessa mesma faixa de mercado, mesmo aqueles que não precisam se preocupar em economizar combustível. “Queremos mostrar que o carro não é só uma opção mais ecológica, mas também muito agradável e divertido de dirigir”, destaca o executivo.

Em 2015 o imposto de importação dos híbridos foi reduzido de 35% para 4%, mas a desvalorização do real encobriu o benefício e os preços não baixaram. Adicionalmente, as prefeituras de São Paulo e do Rio de Janeiro isentaram sua parte no IPVA dos híbridos e, na cidade de São Paulo, eles ficaram livres do rodízio municipal. Contudo, as vendas dos quatro modelos disponíveis – além do Prius, o Lexus CT200h (marca de luxo da Toyota), o Mitsubishi ASX e o Ford Fusion Hybrid – não passam de 800 unidades por ano. Enquanto isso, os híbridos já representam 20% das vendas nos 48 países da Europa e no Japão. Este ano os japoneses devem comprar 5 milhões de unidades híbridas.

“Quando lançamos o primeiro Prius, em 1997, perdíamos US$ 10 mil por carro vendido. Nem sei como ficamos no negócio. Mas o governo japonês compreendeu a importância de incentivar a tecnologia que protege o meio ambiente com redução significativa de emissões. Por isso hoje cada Prius vendido no Japão carrega cerca de US$ 1,3 mil em isenções tributárias”, compara Koji Kondo, presidente da Toyota do Brasil. “Agradeço os incentivos já concedidos pelo governo brasileiro, mas ainda não são suficientes. É necessário um desconto maior no IPI para tornar o carro mais acessível aqui”, pede o executivo.

“Acreditamos que a tecnologia híbrida representa o futuro da indústria automotiva, já existem cerca de 9 milhões de carros híbridos circulando no mundo todo, que evitaram emissões de 67 milhões de toneladas de CO2 e economizaram 25 bilhões de litros de gasolina. O Prius foi o primeiro híbrido produzido em massa e começou a mudar o jogo no setor, hoje é o mais vendido do segmento (5,7 milhões já comercializados)”, recorda St. Angelo. “A Toyota tem plano de até 2050 ter 100% de toda sua linha formada por híbridos ou elétricos a célula de hidrogênio. Na nossa visão não há mais espaço para veículos que só queimam um combustível. Estamos vivendo uma revolução, mas estou preocupado que essa evolução está demorando a chegar na América Latina”, destaca o executivo.

FUTURO NA AMÉRICA LATINA

St. Angelo avalia que o novo Prius terá a missão de divulgar mais a tecnologia híbrida aos brasileiros. Enquanto ainda espera receber mais incentivos fiscais, a Toyota tentará fazer mais barulho com a nova geração, cedendo em comodato o carro para frotas e promovendo eventos em universidades, por exemplo.

“É preciso mostrar que dirigir um híbrido é divertido, o carro tem bom desempenho, é econômico e silencioso, reduz sensivelmente o estresse ao dirigir”, ressalta. “Especialmente em cidades como São Paulo o híbrido é perfeito no anda-e-para do trânsito, movendo-se silenciosamente só com o motor elétrico, com grande economia de combustível e redução da poluição. Por isso estou confiante que a tecnologia híbrida tem grande futuro na América Latina”, aposta.

Miguel Fonseca diz ser um “fanático” pela tecnologia e vem dirigindo híbridos nos últimos 15 anos em que trabalhou na Toyota Europa, onde um quarto das vendas da marca são de híbridos. “É atualmente o coração de todas as tecnologias energéticas e tem grande potencial no Brasil, pois é um veículo rápido para abastecer, muito econômico e maleável, inclusive com a possibilidade de se combinar a motorização híbrida com o etanol. O Prius pode pavimentar o caminho para os híbridos no País e tornar possível a fabricação local no futuro”, diz.

EVOLUÇÃO REFINADA

A quarta geração do Prius melhorou sensivelmente em relação a seu antecessor, entregando mais conforto, desempenho, segurança e ainda mais economia. É o primeiro modelo da marca a ser montado sobre a plataforma TNGA (Toyota New Global Architecture, ou Nova Arquitetura Global da Toyota). A quantidade de chapas de aço de alta resistência utilizadas na construção da carroceria aumentou de 3% para 19%, elevando em 60% a rigidez estrutural do veículo para assegurar maior estabilidade e proteção aos ocupantes em caso de colisão.

O Prius ganhou desenho com traços triangulares que deram ao carro uma nova identidade, mais marcante e esportiva. Seu centro de gravidade está mais baixo e o coeficiente aerodinâmico (Cx) foi reduzido de 0.25 para 0.24, o menor do mundo em um carro desta categoria, resultando em melhor desempenho. A distância entre-eixos de 2,7 metros foi mantida, mas todas as outras dimensões cresceram um pouco. Mais longo, mais largo e com a dianteira rebaixada em 70 mm, o novo Prius ficou muito estável e agradável de guiar.

O modelo continua a ser uma referência mundial em baixa emissão de poluentes, ejetando no meio ambiente cerca de 40% menos CO2 na comparação com um veículo convencional. Pelas medições do Inmetro, o novo Prius é considerado hoje o carro mais eficiente do País, registrando consumo de 18,9 km/l em ciclo urbano e de 17 km/l em rodovias, índices que melhoraram expressivos 24% e 19%, respectivamente, em relação à geração anterior. Quando confrontado com um modelo de mesmo porte a gasolina, é até 52% mais econômico na cidade e 42% na estrada.

Com quase 20 anos de experiência, a Toyota refinou bastante a tecnologia híbrida do Prius. O powertrain combina transmissão automática CVT com dois motores que trabalham combinados: um a gasolina 1.8 VVT-i de 98 cavalos ciclo Atkinson, que privilegia a economia, e outro elétrico de 72 cavalos, que pode trabalhar sozinho em baixas velocidades e ajuda o outro propulsor a combustão quando se requer mais potência, chegando ao total de 123 cv disponíveis. Esse arranjo ficou 11% mais leve e reduziu em 33% o espaço ocupado no novo Prius. Na prática, o propulsor elétrico conduz o carro no anda-e-para do trânsito sem gastar gasolina, mas funciona como um impulsor que oferece torque pleno imediato e tira o carro da imobilidade de forma muito ágil, ajudando o motor a combustão e garantindo prazer de dirigir.

A Toyota também fez bom trabalho no motor a combustão, que aumentou para 40% sua eficiência energética (contra média histórica de 30% da maior parte dos motores), graças a melhorias no sistema de combustão e uso de alto volume de gases no sistema de recirculação de exaustão (EGR). Adicionalmente, a entrada de ar da admissão foi redesenhada para melhorar o fluxo de ar dentro da câmara de combustão, e o sistema de refrigeração foi aprimorado, otimizando a temperatura interna do motor. O atrito dos componentes deslizantes foi reduzido com uso de óleo de baixa viscosidade. O propulsor elétrico está mais compacto e teve sua relação peso/potência melhorada. Em comparação à geração passada, houve redução de 20% nas perdas mecânicas por fricção.

A bateria de níquel, responsável por alimentar o motor elétrico do Prius, antes localizada no porta-malas, foi transferida para a parte inferior direita do banco traseiro, contribuindo para a redução do centro de gravidade e aprimorando a estabilidade na condução do veículo, sem comprometer o espaço interno. Para ajudar na recarga da bateria e garantir maior autonomia elétrica, o Prius tem sistema de frenagem regenerativa, que acumula a energia cinética transformando o motor em gerador elétrico.

Por dentro, o novo Prius subiu de nível, ganhou acabamento de primeira, com bancos, volante e laterais revestidos com couro, painel emborrachado e detalhes em plástico black piano.

O painel de instrumentos 100% digital fica centralizado e engloba duas telas que somam sete abas diferentes com informações de velocímetro, odômetro, funcionamento do sistema híbrido e computador de bordo, que entre outras funções calcula o desempenho de consumo do carro e também o gasto em dinheiro com combustível em diversos períodos de uso. Todas as funções podem ser controladas por meio dos botões no volante multifuncional. O carro também vem de série com headup display, que projeta o velocímetro, informações do sistema híbrido e do navegador virtualmente à frente do motorista.

No centro do painel uma outra e grande tela sensível ao toque mostra o mapa de navegação por GPS e informações do sistema multimídia. No console central o Prius tem sistema de recarga do smartphone por indução – basta deixar o aparelho repousar sobre a “almofada” de recarga (para os celulares que têm essa funcionalidade).

No Prius tudo foi pensado para elevar a eficiência ao máximo. O ar-condicionado elétrico S-Flow não para quando o motor a combustão desliga e reconhece quando os bancos estão desocupados, fechando o fluxo naquela área para aumentar a economia. Faróis e lanternas são 100% em LED, o que garante mais eficiência luminosa e redução do gasto energético.

A Toyota garante que o gasto com manutenção também é reduzido. O motor elétrico substitui as correias e o motor de arranque, além de atuar também na frenagem regenerativa, diminuindo o esforço do sistema de freios.

Com a oferta de grande pacote tecnológico e design mais atraente do que o antigo Prius, a Toyota tentará emplacar mais híbridos no Brasil. Para isso também baixou para R$ 142 mil e R$ 149 mil os preços das duas versões híbridas do Lexus CT200h vendidas aqui. Ainda é uma incógnita se conseguirá sensibilizar os clientes brasileiros, que usualmente, nessas faixas de preços, não dão a mínima para economia de combustível. Mas poderão, eventualmente, posar de ambientalmente corretos com carros que são realmente muito agradáveis de dirigir.

Toyota já faz motores em Porto Feliz

Toyota já faz motores em Porto Feliz

Entraram em produção os 1.3 e 1.5 para o Etios; Corolla fica para depois

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23925/toyota-ja-faz-motores-em-porto-feliz

PEDRO KUTNEY, AB | De Porto Feliz (SP)

Vista aérea a nova fábrica de motores da Toyota em Porto Feliz (SP)
No início deste mês a Toyota começou a produzir motores pela primeira vez na América Latina em sua fábrica de Porto Feliz, no interior paulista, a meio caminho das unidades de montagem final da empresa em Sorocaba, onde é feito o Etios, e Indaiatuba, que faz o Corolla. A montadora investiu R$ 580 milhões na nova planta para avançar na nacionalização de seus produtos no Brasil, reduzindo assim a exposição ao câmbio, ao mesmo tempo em que atende parte das exigências do programa Inovar-Auto, que concede isenções fiscais para incentivar o maior volume de compras no País e localização de processos industriais.

A inauguração oficial da fábrica de Porto Feliz foi feita na terça-feira, 10, mas a unidade já estava em operação para atender a recém-lançada versão 2017 dos Etios hatch e sedã (leia aqui). Inicialmente, entraram em produção os novos motores VVT-i de 1,3 e 1,5 litro, que passaram a equipar o Etios com economia em torno de 9% maior na comparação com a geração anterior dos mesmos propulsores – a maior eficiência energética também é uma das metas do Inovar-Auto.

Quando a construção da planta foi anunciada, em 2012, também estava prevista, em uma segunda etapa, a fabricação de motores para o Corolla. Contudo, com a retração das vendas e a queda dos volumes de produção, a Toyota deverá esperar mais para colocar esse projeto em andamento. “Ainda estudamos se faz sentido econômico. É necessário antes fazer um investimento maior para modernizar a fábrica de Indaiatuba. Quando decidirmos poderemos fazer aqui o motor do Corolla também”, explica Steve St. Angelo, CEO da Toyota America Latina. “Com a taxa de câmbio no nível atual, essa é a hora de buscar o aumento da nossa localização em todos os níveis, mas não é só isso que importa nesse caso [da importação do motor do Corolla], é um projeto maior”, acrescenta.

Pelo mesmo motivo, foi suspenso o plano de produzir o Corolla também em Sorocaba, como forma de aliviar a unidade de Indaiatuba em caso de maior procura pelo modelo. “O mercado mudou e hoje não precisamos de mais Corolla além do que já fazemos”, diz St. Angelo. No entanto, muitos dos investimentos para aumentar a produção brasileira da Toyota já foram feitos, segundo explica o vice-presidente da empresa para a América Latina, Luiz Carlos Andrade Jr.: “O que estamos fazendo é ficar preparados para fazer mais se o mercado demandar. Não tínhamos isso antes e perdemos oportunidades de avançar mais no País”, avalia.

“Esta nova unidade de motores reafirma a estratégia de longo prazo da Toyota, que enxerga o potencial da América Latina e do Brasil para emergir como poder econômico global nas próximas décadas”, disse St. Angelo em seu discurso durante a cerimônia de inauguração em Porto Feliz, em que procurou dissipar a tensão causada pela crise econômica. “Mantemos nossa promessa de investir no Brasil. Estamos sofrendo como nossos concorrentes, mas estamos trabalhando para superar esse momento, porque temos certeza que a economia vai se recuperar. Seremos recompensados no futuro”, destacou.

CAPACIDADE SOB DEMANDA

A fábrica de Porto Feliz nasce com capacidade para 108 mil motores/ano, a mesma instalada em Sorocaba para fazer o Etios. “Vamos seguir a demanda, quanto mais Etios vendermos, mais motores vamos produzir. Por isso fizemos uma planta extremamente flexível, capaz de operar com diferentes níveis de produção. Mas se for necessário expandir, também podemos fazer isso rápido, temos bastante espaço aqui para crescer”, diz St. Angelo. A planta está instalada em um terreno de 872,5 mil metros quadrados, tem atualmente 320 empregados e opera em dois turnos.

A Toyota garante que instalou no Brasil sua mais moderna, eficiente e completa fábrica de motores no mundo. Como poucas, a planta agrega todas as três etapas de produção, incluindo a fundição dos blocos e cabeçotes de alumínio, usinagem e montagem final. “Isso garante o maior controle dos processos e da qualidade”, explica Andrade Jr. “Esta fábrica também significa uma maior independência em relação à matriz, agora temos muita flexibilidade para atender melhor o mercado. Podemos produzir aqui qualquer motor com adaptação muito rápida da linha em termos de variedade e quantidade”, diz.

Para reduzir o tamanho da área normalmente ocupada pela fundição e aumentar a eficiência do processo, o forno de fusão que derrete o alumínio teve as dimensões diminuídas, para que pudesse ser instalado ao lado da moldagem, eliminando assim o transporte do metal derretido dentro da fábrica. A solução trouxe ganhos de segurança e produtividade. Também são usados somente aditivos inorgânicos dentro dos moldes dos blocos, para evitar a emissão de partículas e gases tóxicos. Com isso, foi possível diminuir o tamanho dos coletores de poeira, economizando espaço.

Enquanto mercado encolheu, vendas da Toyota cresceram 1%

Enquanto mercado encolheu, vendas da Toyota cresceram 1%

Com 41,4 mil carros vendidos, marca alcançou 8,6% de participação

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23769/enquanto-mercado-encolheu-vendas-da-toyota-cresceram-1

REDAÇÃO AB

A Toyota seguiu na direção oposta do total do mercado e conseguiu ampliar em 1% suas vendas no Brasil no primeiro trimestre do ano, para 41,4 mil unidades. O aumento porcentual é pequeno, mas expressivo se considerada a queda de 28,6% do mercado de forma geral, para 481,3 mil emplacamentos. Com o resultado, a montadora alcançou 8,6% de participação nas vendas.

O volume também garantiu à Toyota a quinta posição no ranking das maiores fabricantes de veículos do Brasil, atrás da General Motors, Fiat, Volkswagen, Hyundai e na frente da Ford, que ocupou a sexta colocação no primeiro trimestre do ano. O modelo da marca japonesa mais negociado foi o Etios, com 14,9 mil unidades entre as versões hatchback e sedã, com crescimento de 12% na comparação com o resultado de igual intervalo de 2015.

A demanda pelo Corolla também cresceu. Houve expansão de 4% para 15,2 mil unidades, o que garantiu ao automóvel a liderança do segmento de sedãs médios. Os negócios da empresa foram complementados pelos emplacamentos da Hilux, que somou 8,5 mil, e pela SW4, que teve nova geração lançada recentemente. Foram vendidas 2 mil unidades do modelo.

Toyota prepara mudanças para o Etios 2017

Motores 1.3 e 1.5 deverão ganhar mais potência na nova linha do hatch. Visual também ganhará novidades

ao todo, são oferecidas nove versões

Para ganhar fôlego diante das versões reestilizadas dos concorrentes, o Etios deve estrear mudanças importantes na linha 2017. AToyota vai inaugurar no primeiro semestre de 2016 sua nova fábrica em Porto Feliz (SP), que será responsável pela produção dos motores do hatch e do sedã. Atualmente os propulsores 1.3 e 1.5 são importados do Japão.

De acordo com o responsável da marca para a América Latina e Caribe, Luiz Carlos Andrade, em entrevista ao Automotive Business, “serão novos motores 1.3 e 1.5, diferentes dos atuais”. Ou seja, os novos blocos vão manter o deslocamento das unidades atuais, mas provavelmente deverão ganhar mais potência e torque, além de melhorias para diminuir o consumo de combustível e as emissões de poluentes.

Toyota
Toyota Etios Platinum sedã 2015 vem com novos equipamentos de série
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A nova planta de motores da Toyota já emprega 180 colaboradores, número que deverá subir para 340 funcionários quando a primeira fase das operações ficar ativa. A empresa prevê um investimento para o local de R$ 1 bilhão, sendo que a fabricante de transmissões Aisin está erguendo uma unidade em Itu (SP). A sistemista, que é controlada em parte pela Toyota, fará as caixas manuais para o Etios e a unidade deverá ser inaugurada em conjunto com a fábrica de motores.

O Toyota Etios 2017 deverá chegar às lojas até o fim do primeiro semestre do ano que vem. E o compacto vai estrear mudanças no visual, já que o modelo é vendido há mais de três anos com a mesma “cara” e pede por alterações. Segundo iG apurou, serão modificações leves e que incluirão uma repaginação no interior também. No entanto, não será desta vez que o compacto passará a ser uma referência em design no segmento.

Novos modelos

A Toyota também admitiu que entrará em novos segmentos no Brasil. Durante a apresentação da nova Hilux, executivos da marca citaram novos produtos em breve, mas sem detalhar quais serão eles.

A marca, embora tenha hoje um volume de vendas significativo, ainda não explora segmentos importantes como o de SUVs compactos, por exemplo.