Vendas de usados ficam estáveis em 2015

Vendas de usados ficam estáveis em 2015

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23256/vendas-de-usados-ficam-estaveis-em-2015

Mercado fecha o ano com 13,3 milhões de veículos, aponta Fenauto

As vendas de veículos usados encerraram 2015 com pouco mais de 13,36 milhões de unidades, entre leves, pesados e motocicletas, volume estável quando comparado com os 13,35 milhões transferidos no ano anterior, de acordo com dados divulgados na segunda-feira, 11, pela Fenauto, Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores.

“Iniciamos o ano [2015] com um ritmo mais acentuado de crescimento, mas a evolução da economia nos últimos meses diminuiu esse ritmo. Ficamos satisfeitos por terminarmos 2014 com um resultado estável, já que outros segmentos da economia vêm enfrentando grandes dificuldades”, afirma em comunicado o presidente da Fenauto, Ilídio dos Santos.

Considerando a média das vendas por dia útil, houve crescimento de 1,2% em 2015: foram 53,4 mil veículos negociados nos 250 dias úteis do ano contra os 52,7 mil nos 252 dias úteis de 2014. Os modelos mais procurados ao longo de 2015 foram aqueles com até 3 anos de uso, cujas vendas subiram 33,6% sobre o ano anterior, com mais de 4 milhões de unidades. As demais faixas etárias registraram queda no ano.

Os dados da entidade mostram queda de 1,9% das vendas de dezembro de 2015 contra as de igual mês do ano anterior, para 1,25 milhão. Já contra novembro, as transferências registrada em dezembro foram 20% maiores.

Houve crescimento das vendas de comerciais leves usados com volume 2,5% maior no comparativo anual, para 1,38 milhões de unidades, enquanto as de automóveis caíram 1,2%, para 8,62 milhões, incluindo as vendas de SUV’s. Os comerciais pesados que incluem caminhões e ônibus sofreram queda de 3,6%, a maior entre todos os segmentos, ao encerrar o exercício com 338,8 mil unidades.

O setor de duas rodas teve bom desempenho no fechamento de 2015 com incremento de 1,4% das vendas de motos usadas para pouco mais de 2,86 milhões de unidades.

Anfavea projeta vendas de veículos 7,5% menores em 2016

Anfavea projeta vendas de veículos 7,5% menores em 2016

Montadoras esperam por 2,37 milhões de unidades entre leves e pesados

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23245/anfavea-projeta-vendas-de-veiculos-75-menores-em-2016

s vendas de veículos devem encolher ainda mais em 2016, mas em ritmo menor que o de 2015, cuja queda chegou a 26,6% sobre o ano anterior, para pouco mais de 2,56 milhões de unidades. Para este ano, a Anfavea espera retração de 7,5% no volume de licenciamentos para algo em torno de 2,37 milhões de veículos, entre automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. A projeção é mais pessimista que a do setor de distribuição, representado pela Fenabrave e que prevê queda de 5,8% (leia aqui).

-Veja aqui os dados da Anfavea

Segundo Luiz Moan, presidente da associação que reúne as montadoras, as previsões foram baseadas entre outros aspectos no cenário econômico estimado pelo Boletim Focus divulgado em 31 de dezembro e cuja projeção aponta para queda de 2,95% do PIB para o ano em curso. O executivo esclarece que as empresas esperam manter ao longo de 2016 a média diária de vendas registradas no terceiro trimestre, de 9,42 mil unidades, embora tenham apurado aumento da média no último trimestre de 2015, para 9,93 mil unidades.

“Procuramos não considerar o crescimento da média diária do quarto trimestre porque há estimativa de queda para o PIB”, explica. Ele acrescenta que no primeiro trimestre deste ano os emplacamentos deverão apresentar queda relativa ainda maior do que o índice de 7,5% previsto para o ano. Isso porque no primeiro trimestre do ano passado a média diária era superior a 11 mil unidades por dia útil e de 10 mil unidades no segundo trimestre.

“Não vamos nos assustar com a queda das vendas no primeiro trimestre de 2016, porque ela será mais inchada que os 7,5%”, estima Moan.

Em sua avaliação sobre 2015, Moan lamenta a fraqueza do cenário macroeconômico: “Uma crise que não teve precedentes em termos de junção com as questões políticas que influenciaram em demasia a confiança tanto do investidor quanto do consumidor”, afirma. “Em termos de volumes de vendas, 2015 se equipara a 2007: é um recuo de 8 anos da indústria”, acrescenta.

CARRO CHEFE DA CRISE

Como foi em 2015 os veículos comerciais pesados continuarão a exercer a maior influência negativa sobre o resultado geral do setor em 2016. Na projeção da Anfavea, as vendas do segmento ficarão 13,9% abaixo do já decadente volume de 2015, de 88,4 mil unidades, que representou queda expressiva de 46,2% sobre o ano anterior. Enquanto isso, os licenciamentos de leves devem cair em menor proporção, de 7,3%, passando de 2,48 milhões de unidades em 2015 para 2,30 milhões em 2016.

Já sobre os importados, a Anfavea espera que a participação destes modelos nas vendas totais deva cair para 15% em 2016, um ponto porcentual abaixo do índice de 2015.

TRIBUTOS

Embora não acredite em uma nova onda de desonerações por parte do governo dada a situação econômica, Moan reforça que tempos de IPI menor foi o de maior arrecadação tributária oriundas do setor: “Na última redução do IPI dada em maio de 2013 e que perdurou até dezembro de 2014, o setor vendeu 1,5 milhão de veículos a mais o que representou R$ 8,1 bilhões adicionais em tributos para as esferas federal, estadual e municipal”, informou acrescentando que “toda a isenção de imposto foi repassada sendo que o maior beneficiado foi o consumidor”.

De acordo com Moan, os veículos brasileiros têm a maior carga tributária do mundo, cerca de 30% do valor total do bem, sem considerar IPVA e outros custos em impostos que não podem ser repassados. “Nos Estados Unidos, o imposto médio equivale a 8% e na Europa, a 16%. O que pedimos não é uma política de desoneração, mas ajustes de carga tributária”, enfatiza.

Por outro lado, o executivo admite que os preços dos carros subiram 5,1% em 2015 (considerando dados até novembro) contra 2014, enquanto o IPCA, índice que mede a inflação no País, foi de 9,7% no mesmo período. Os dados são baseados em preços reais praticados pelo mercado pesquisados pelo IBGE e não consideram tabelas (preços sugeridos). “O preço de tabela pode ter subido mais o que não significa que é o praticado pelo mercado”, argumenta Moan.

Anfavea vislumbra estabilidade em 2016

Manter nível atual da média diária de 9,7 mil unidades vira meta das fabricantes

FONTE: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23153/anfavea-vislumbra-estabilidade-em-2016

SUELI REIS, AB

O presidente da Anfavea, Luiz Moan, reforça a expectativa de manter os mesmos níveis de vendas diárias deste ano em 2016
A Anfavea só divulgará as projeções de mercado referentes a 2016 no próximo 7 de janeiro, mas adianta parte do que espera para o desempenho das vendas de veículos no novo ciclo que se aproxima. Segundo Luiz Moan, presidente da entidade, o volume dos negócios deve se manter estável, pelo menos quando se considera o índice da média diária das vendas entre os trimestres.

Segundo o executivo, apesar da queda no volume de vendas até novembro, o desempenho ficou dentro da expectativa da entidade: “Esperamos no quarto trimestre alcançar a estabilidade da média diária na comparação com o resultado do terceiro trimestre, quando a média foi de 9,76 mil unidades”, afirma Moan durante a apresentação dos resultados do setor na sexta-feira, 4, em São Paulo.

- Veja aqui os dados da Anfavea.

Ele afirma que tal estabilidade é esperada também para o próximo ano, embora admita que haverá retração das vendas em termos de volumes. “Provavelmente em números absolutos não será um ano fácil. A expectativa é de conseguir sustentar o mesmo índice da média diária do quarto trimestre deste ano nos três primeiros trimestres de 2016. E vamos trabalhar para que no quarto trimestre já possa ter crescimento sustentável de acordo com a economia brasileira”, disse.

A tendência de queda das vendas vem diminuindo ao se comparar os desempenhos dos trimestres: no primeiro deste ano, a retração foi de 28,8% sobre os últimos três meses de 2014. Já no segundo trimestre de 2015 os emplacamentos diminuíram 8,4% com relação ao primeiro e no terceiro as vendas foram 9,1% menores que as do segundo. “Estancamos mantendo o grau de estabilidade”, complementou.

De acordo com os dados da entidade, as vendas de novembro totalizaram 195,2 mil unidades entre leves e pesados, ficando 33,8% abaixo do volume registrado em igual mês do ano passado, quando foram licenciados 294,7 mil veículos. O resultado representou o pior novembro desde 2008 e consolidou média diária de 9,67 mil unidades nos 20 dias úteis do mês – ou 19, se considerar o feriado da Consciência Negra adotado em diversos municípios. Na comparação com outubro, houve pequeno crescimento de 1,6%.

“Essa estabilidade já está acontecendo: repetimos em novembro a média diária de outubro”, acrescentou Moan.

No acumulado entre janeiro e novembro, o resultado foi 25,2% menor que o apurado em igual intervalo de 2014, para o total de 2,34 milhões de unidades, o menor volume para o acumulado desde 2007, quando o mercado doméstico absorveu 2,22 milhões de veículos novos, entre automóveis, caminhões e ônibus.

Com isso, a Anfavea manteve as projeções para o ano, que ao longo do período foram revisadas duas vezes. Na última divulgada em outubro (leia aqui) as fabricantes estimam encerrar 2015 com retração de 27,4% nos licenciamentos sobre o ano passado, para 2,54 milhões de unidades. “Infelizmente vamos atingir [a projeção] e é infelizmente porque a maior parte é de números ruins”, lamenta o presidente da associação.

CONJUNTURA

O presidente da Anfavea declarou que a entidade se uniu a outras 30 associações setoriais da economia para pedir ao governo que saiba separar as questões políticas das econômicas a fim de ajudar o País a encontrar o rumo.

Sobre o processo de impeachment instaurado contra a presidenta da República, Moan disse que “quanto mais rápido melhor e se possível com a separação da política e da economia”, reforçou. “A economia não suporta mais não ter a adoção de medidas que visam a retomada. Precisamos pensar no País”, finalizou.

Subaru espera mais um ano desafiador em 2016

Marca quer chegar a 20 concessionárias e alcançar 2,4 mil emplacamentos

 

Fonte: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23121/subaru-espera-mais-um-ano-desafiador-em-2016

GIOVANNA RIATO, AB

A Subaru, marca japonesa representada no Brasil pelo Grupo Caoa, admite que 2015 tem sido um ano difícil, mas não espera cenário muito diferente para 2016. “Não temos elementos para acreditar em uma melhora”, avalia Flávio Padovan, diretor geral da marca no Brasil. Ainda assim, o objetivo do executivo é seguir liderando o crescimento orgânico da marca no País, com a expansão da rede de concessionárias, consolidação do portfólio de produtos e ações de comunicação e divulgação.

As novidades mais recentes são as novas gerações do Legacy e do Outback, que devem acrescentar 30 a 40 unidades às vendas mensais da marca japonesa. O sedã e o SUV chegam às concessionárias em dezembro e complementam o portfólio que agora soma oito modelos. Mais do que recursos tecnológicos de conectividade ou assistência à direção, os carros da marca apelam para a tradição de qualidade e confiabilidade. Com posicionamento premium, os preços dos modelos Subaru começam em R$ 99,9 mil para o Impreza e chegam a R$ 196,9 mil com o WRX STI.

A variedade é mais do que suficiente para abastecer as 12 concessionárias da marca espalhadas pelo Brasil – até 2014 eram apenas 9. Das revendas, 10 são à Caoa e apenas duas pertencem a grupos independentes, a de Brasília (DF) e a de Curitiba (PR). O objetivo é avançar para 20 casas em 2016. Com isso, a empresa deve encerrar 2015 com alta de 55% na comparação com o ano passado, para 1,7 mil carros. Outro salto está previsto para o próximo ano, de 41,1% para 2,4 mil emplacamentos.

CRESCIMENTO MENOR

Apesar de expressivo, o crescimento é menor do que o projeto pela empresa inicialmente. Em julho Padovan disse que a meta era dobrar as vendas (leia aqui), mas nem mesmo a ofensiva da Subaru no mercado local conseguiu contornar as dificuldades econômicas. “O dólar subiu muito e o cenário mudou”, reconhece o executivo. Diante disso, ele negocia preços menores com a matriz japonesa da companhia, que produz os carros vendidos no Brasil. O objetivo não é comprar por preço menor lá para fazer promoções no mercado nacional, mas sim melhorar as margens, que ficaram prejudicadas pelo novo patamar cambial.

Por estar sob o robusto guarda-chuva do Grupo Caoa, para importar os carros para o Brasil a Subaru tem de administrar a variação do dólar, mas não precisa pagar o adicional de 30 pontos no IPI dos veículos vendidos localmente. Os carros da marca japonesa entram nas cotas do grupo, que é habilitado ao Inovar-Auto como fabricante e como importador.

ATRAIR O CONSUMIDOR

A pressão sobre os preços causada pela subida do dólar afeta a verba para ações de divulgação dos modelos da marca vendidos no Brasil. Por causa disso, Padovan conta que a Subaru adotou de vez as redes sociais para falar de seus produtos. “Tem dado muito certo”, conta, destacando o potencial destes canais para atrair o consumidor. “Há entusiastas da marca que sempre foram clientes, então o nosso desafio é atrair novos consumidores”, avalia.

Segundo ele, mesmo esses novos clientes chegam à Subaru por causa de um conhecimento prévio sobre a marca, da imagem de qualidade. Normalmente a porta de entrada é o SUV Forester, modelo líder em vendas na gama da companhia, com 100 a 120 emplacamentos mensais. “Temos vários perfis de consumidores. Há os que chegam por causa da fama dos carros antigos da Subaru, há outros que se interessam pelos modelos com performance mais esportiva, tem alguns que buscam funcionalidade. O boca a boca tem um papel importante, divulgando a confiabilidade mecânica”, conta.

“Temos um lançamento previsto para o ano que vem”, aponta Padovan, sem dar pistas sobre qual modelo ou quando será apresentado. Passado o momento de expansão do portfólio e da cobertura do território nacional com concessionárias, a Subaru seguirá investindo em sua atuação de nicho, para poucos e fiéis consumidores.

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